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História Désiré - Finalmente 18


Escrita por: ickokim

Notas do Autor


Annyeong annyeong
Este é o último capítulo.
Eu não via muitos motivos para enrolar e enrolar, minha especialidade é short-fics e one-shots, sorry sorry.
Espero, entretanto, que tenham gostado de tudo até aqui <3

Capítulo 6 - Finalmente 18


Capítulo VI

Finalmente 18

 

Eu fui o primeiro beijo de Whee In e por mais que ela não tenha sido o meu primeiro, fora um momento que eu com certeza não viria a esquecer. Compartilhamos os nossos mais profundos sentimentos naqueles dias e eu lhe contei tudo o que eu sentia. Por mais recíproco fosse a nossa paixão, eu estive dois anos um pé atrás de assumir qualquer coisa. Eu tinha dezoito naquela época, dezenove no final do ano e ela tinha apenas dezesseis. Poderiam ser meros três anos de diferença, mas isso era, de acordo com a lei, proibido e eu era um tanto fiel a este tipo de coisa.

Não nos assumíamos e ninguém se quer sabia que vez ou outra tínhamos um relacionamento mais profundo do que meras amigas e isso durou por dois anos. Um relacionamento aberto, talvez, com a diferença de que nem ela e nem eu víamos a necessidade de ficar com outra pessoa, mas não proibíamos uma à outra de fazer o mesmo. Apesar das crises de ciúmes que vez ou outra vinham a acontecer. Isto até que ela veio a tornar-se uma garota de dezoito anos e eu, uma que estava para completar vinte e um anos e havia recentemente entrado na faculdade de publicidade.

Eu tinha saído da casa dos meus pais no ano anterior, para uma casa pequena que ficasse mais próxima da faculdade e, infelizmente, era um tanto mais distante do que a minha anterior, então via a mais nova menos vezes comparado com anteriormente. Algumas tardes trabalhava num café por perto, o que dificultava ainda mais de nos vermos, mas ainda assim arranjávamos um tempo para passar juntas e, vira e volta, ela aparecia na minha porta dizendo que havia pego um táxi – e eu odiava quando ela fazia isso ao invés de me chamar para busca-la – já que era algo que urgentemente precisava contar e acabava, muitas vezes, por dizer nada.

Os pais de Jung Whee In continuaram distantes, nada presentes como sempre. Sua tia era quem possuía sua guarda e a menor só morava com ela por estar recentemente completando a maioridade. Mudar-se-ia, até mesmo com incentivos e ajuda financeira dos tios. Logo, moraria sozinha como eu havia feito.

Um pouco depois do aniversário de Whee In, ainda de madeixas loiras como as minhas, eu a pedi em namoro, com direito a alianças já que enrolávamos durante um tempo. Tinha conversado com meus pais sobre isto, antes de firmar o nosso namoro e por mais que relutantes, por gostarem da garota, acabaram aceitando desde que isso fosse a minha escolha para a felicidade.

E sem dúvidas algumas, não tinha alguém que me fizesse mais feliz que Jung Whee In.

Naquela noite eu havia largado meus pais na mão, era uma sexta-feira e era meu aniversário. Disse estar cansada e havia afirmado que não iria para a casa comemorar o dia, faria isso no dia seguinte e eles concordaram.

Cheguei a casa apenas lá pelas seis da tarde e adentrei a casa em extrema escuridão, procurando que o interruptor que, pela fadiga diária que ocupara não só meu corpo como minha mente, acabei por sumiço de sua posição fez com que eu acariciasse intensamente a parede.

Não só a parede.

Meus olhos arregalaram e meus movimentos pararam. Um movimento sutil daquilo que eu estava encostando e as luzes foram acessas.

E lá estava Jung Whee In, mordendo o lábio para segurar o riso enquanto eu? Eu segurava um de seus peitos. Meus olhos mantiveram-se instáveis e eu encontrava-me absurdamente constrangida pela a cena e ela gargalhava, agora livremente, incendiando o ambiente com a risada mais prazerosa.

Afastei minha mão e antes que pudesse me aproximar para um devido cumprimento ela estendeu o pequeno bolo em mãos até a minha face. Começou a cantarolar a música de aniversário que nostalgicamente me levava a lembrar do meu primeiro aniversário ao lado dela, aquele que ocorrera uma semana depois de viajarmos juntas pela primeira vez.

Eu agradeci com repetidos sussurros, vindo a fingir assoprar uma vela como ela pedira, já que não havia conseguido achar nenhum lugar que vendesse velas por perto e eu agradeci mais uma vez.

— Não tem problema – Comentei quanto às velas, pegando o pequeno bolo e colocando meu dedo indicador neste – Nem precisava comprar um bolo – E sujei o nariz alheio com a cobertura de chocolate, rindo fraco ao final do ato.

— Ah! Idiota – Ela murmurou, mostrando a língua, careta que fora logo desfeita com a aproximação.

Envolveu o braço esquerdo em meu pescoço e com a mão direita limpou o próprio nariz, lambendo a cobertura na ponta do dedo e sorrindo tenuemente. O outro braço viera, também, a se entrelaçar em meu pescoço e seus pés ergueram-se sutilmente.

Seus lábios se aproximaram dos meus e com estes roçando eu levei a mão vaga até a sua cintura, certificando-me de segurar bem o bolo com a outra mão.

A menor realizou algumas sucções em meu lábio inferior antes de partir para o superior e terminar com repetidos selares, que me fizeram esboçar um curto sorriso enquanto fitava seus olhos sutilmente comprimidos e as covinhas aparentes.

— Parabéns minha idosa – Brincara a loira, afastando-se e roubando o bolo em mãos – Vou cortar em dois. Um pedaço para você e um para mim.

Seus passos saltitados lhe levaram até a cozinha e, meus pés arrastavam atrás de seu corpo, realizando exatamente o mesmo trajeto. Alcançou uma faca e cortou um bolo enquanto eu ficava parada próxima da porta.

Com conversas sobre nossos dias nos alimentamos com o pequeno bolo, de atitude admirável da garota que tirou uma cópia da minha chave de casa sem o meu consentimento – e não que isto me irritasse, as suas surpresas eram sempre as melhores e não tinha dias ruins com Whee In, mesmo com as poucas brigas que não duravam mais de um dia.

E quando o silêncio estabeleceu, o dia escurecia e a sala tornava-se agradavelmente silenciosa, a pequena e sempre animada garota decidira mudar o rumo da situação. Desapoiou a cabeça de meu colo, ajustando-se no sofá e sorriu amplamente para mim.

— O bolo obviamente não foi o meu presente – Sua pronuncia era baixa, quase em um sussurro e, o mero movimento de seus lábios era de me desabalar por inteiro – Eu finalmente tenho dezoito! Bom, desde este ano, nós finalmente somos um casal, mesmo que nossa orientação sexual não seja muito aceita – Ela suspirou, mordiscando seu próprio lábio inferior e eu apenas movimentei a minha cabeça em concordância, esperando saber a onde ela gostaria de chegar – E, eu também tenho alguns desejos, sabe? – Seus sussurros ainda eram presentes, o tom diminuído cada vez mais que sua face vinha a se aproximar da minha.

A princípio não era algo que eu persuadia, mas desejava. Era algo que eu sabia que viria a acontecer em seu tempo certo, por mais que Whee In tivesse deixado claro em suas pronúncias que fora um incômodo esperar durante tanto tempo, mas seus pensamentos costumavam serem tão certos quantos os meus. Sempre condizentes com as leis. Ambas sentíamos certo desconforto em realizar certas coisas no período “errado”.

Tudo o que posso garantir é que, cada gemido dos lábios alheios, contidos por tanto tempo, haviam sido válidos à espera. Que cada toque e pronúncia da mais nova eram totalmente desejáveis, mais e mais.

À noite em que o melhor presente de aniversário fora receber a loira por completo. E que, mais uma vez de sua incontável lista, sua presença fora mais do que um agrado.

Aquela presença que eu desejava todos os dias. Aquele rosto que desejava ver a todo instante.

Tantos desejos existentes, mas o único que realmente tenho é o desejo de tê-la ao meu lado para sempre, ou ao menos o quanto for possível. E enquanto possível, farei o possível para ver os melhores sorrisos daqueles belos e avermelhados lábios.


Notas Finais


[Encontrou algum erro durante o texto? Informe-me! Eu sou uma pessoa deveras desatenta, não importe quanto eu reveja o texto. Eu não trabalho com betas, então espero que compreendam!]
Muito obrigada a todas as pessoinhas lindas que leram palavra por palavra, viu? Sou realmente grata, já que por ser um ship sem muita atenção e etc, eu achei que não chegaria nem a 5 leitores. Eu tenho planos de voltar com outras histórias Wheebyul, não ficarei contente até ter essa tag cheia de fanfics. Esse ship também merece :(((
Vejo vocês numa próxima <3


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