Pessoas, cada uma com suas vidas, cada uma com seus problemas, cada uma com seus conceitos e suas crenças. Umas mais egoístas, outras mais humildes, umas se importam pouco e outras se importam demais. Existem aqueles que passam por cima de tudo para conseguir o que quer; existem os inúteis, e os que fazem a diferença, porém o que uma pessoa é se nem pessoa ela é considerada?
Estava deitado em um sofá lendo um livro qualquer que tinha encontrado, quando sinto um líquido extremamente gelado escorrer pela minha cabeça e levanto de imediato. " Água? "
-- Posso saber o que faz aqui? -- Alguém fala com uma voz muito raivosa.
-- I-irmão, eu s-só estava lendo. -- Falo quase sussurrando.
-- NÃO QUERO SABER, IMAGINA SE ALGUÉM O VISSE, SE DESCOBRIREM SOBRE VOCÊ, SERIA UMA VERGONHA PARA NOSSA FAMÍLIA.
-- Desculpa. -- Abaixo minha cabeça e falo mais baixo do que antes.
-- Saia da minha frente, se mais alguém te ver só vai acabar com o dia deles como acabou com o meu.
Saio de sua frente e vou para meu quarto sem sequer levantar minha cabeça. Não faço questão de abrir a luz, me encolho em um canto e simplesmente desabo em lágrimas.
" Eu sei que sou uma vergonha para família, mas não precisava ter falado assim. "
" Eu só queria poder ser aceito. "
Fiquei lá tempo o suficiente para que não tenha restado mais uma lágrima a cair, o que não foi pouco. Olho para o relógio que marcava 14:03.
-- Bom, acho melhor comer algo.
Vou até a cozinha com muito cuidado para não esbarra em alguém. Pratos e panelas sujas, porém, nada restava.
" Claro, não deixaram nada para que eu possa comer. "
Como rapidamente qualquer coisa que encontro na geladeira e decido ir logo para meu quarto, porém, como sou uma pessoa de muita sorte esbarro em alguém.
-- Seu moleque desprezível.
Minha madrasta me olhava raivosamente enquanto seu rosto ficava vermelho e se contorcia em uma careta.
-- Seu bastardo desprezível. -- Ela me dá um tapa.
-- Não fiz de propósito, porfavor me desculpe.
-- Mãezinha, o que aconteceu? -- Meu irmão entra na sala. -- Você está aqui de novo?
" Perfeito, o que faço agora? "
-- Eu só vim comer.
Ele segura meu cabelo com firmeza e o puxa com muita força.
-- Aí.
-- Eu estou cansado de você Jackson.
-- Irmão pare, isso dói. -- Quando falo isso ele puxa com mais força.
-- Eu não sou seu irmão, sabe o que deveria acontecer? Você deveria morrer.
-- Porfavor irmão, pare. -- As lágrimas caiam pela dor que não era só física.
-- Na verdade devo pedir perdão, você deveria nunca ter nascido. -- Logo após de dizer isso, ele me joga na parede.
-- Mas não devo me preocupar, já que vai acabar fora de nossas vidas de um jeito ou de outro.
Os does saem da sala me deixando novamente sozinho.
" Eu... deveria fazer como ele disse e sumir de uma vez. "
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