Problemas, problemas e mais problemas, não importa o que fassa para evita-los, sempre aparecerá algum só para mostrar que está presente. Muitos deles são resolvidos com esforço, outros parece não se resolverem, não importa o que fassa, e muitas vezes em nossos problemas precisamos de dinheiro. Será mesmo que podemos resolver todos os nossos problemas com dinheiro?
P.O.V Mark
— Desculpe garoto, mas aqui não será vendido mais nada pra você até que pague o que deve. — Fala o dono da farmácia onde me encontrava.
— Por favor não fassa isso, eu realmente preciso desses remédios. — Falo suplicante.
— Não incista garoto, agora saia logo antes que chame alguém para te tirar daqui. — Fala com grosseria.
Ele realmente já estava quase chamando alguém e para não causar problemas decido sair de uma vez.
Moro numa ruazinha simples, ela é como se fosse a parte pobre da cidade. Ando um pouco até chegar em uma casa pequena, ela era simples e velha, de cor azul claro e com pedassos de sua tinta já caídas no chão. Entro dentro da mesma.
Por dentro era igualmente simples, com móveis velhos e tintura descascada. Era uma casa improviso, já que não era tão grande a cozinha era no mesmo cômodo que a sala e é exatamente aí que estou agora. Me jogo no sofá que estava do lado esquerdo do cômodo e dou um grade suspiro.
— Filho, você chegou. — Me assusto um pouco com a repentina voz, porém logo me tranquilizo pós já sabia a quem pertencia.
Olho na direção da voz e vejo minha mãe entrando na sala/cozinha.
— A senhora não deveria estar deitada?
Ela senta a meu lado no sofá.
— Deveria, mas estou cansada de ficar sempre deitada, não é como se eu fosse incapaz de sequer me levantar.
— Eu sei, mas faz dias que a senhora não toma seus remédios, se continuar assim não saberei o que fazer. — Falo preocupado.
Ela dá um sorriso meio fraco, e com as suas duas mãos pega a minha direita.
— Filho, você é ainda tão novo, uma criança de 17 anos não deveria ter esses tipos de preocupação, me desculpe. — Ela faz uma pausa. — Se eu ao menos não fosse doente...
— Mas a senhora é. — A interrompo. — E como isso é algo que não pudemos evitar a senhora tem que se conformar de que eu e o pai a amamos e queremos o seu melhor.
Dá um pequeno sorriso.
— Só não quero que você se sinta culpado.
Sim, é verdade, meu nascimento teve muitas complicações e no processo minha mãe teve que tirar uma parte de seu pâncreas e assim adquiriu diabetes, mas não é culpa que sinto.
— Eu não sinto culpa. — Coloco minhas mãos em seus ombros e olho em seus olhos. — Só sinto muito carinho, e esse carinho faz com que eu queira cuidar da senhora. — Dou um sorriso gentil. — A senhora não é um problema, só é algo muito importante.
Ela dá um sorriso terno, conformada com a resposta.
— Obrigada meu filho, você também é muito importante. — Me dá um beijo na testa. — Mas ainda peço que não se preocupe com isso.
" Desculpe mãe mas isso é impossível de se fazer. "
— E seu pai? Ainda está a trabalhar?
— Sim.
Ela dá um suspiro parecendo preocupada. — Um dia ele terá um colapso.
— Chega dessa conversa. — Me levanto. — Vai se deitar, tá bem?
— Certo, certo senhor.
Ambos rimos e logo após ela voltou para seu quarto.
Minha mãe é uma pessoa muito doente, mesmo ela podendo ter uma vida normal, sem seus remédios ela fica muito fraca.
Dou mais um suspiro e decido sair de casa indo para a casa de meu amigo.
Paro na frente de sua casa que não tinha muita diferença da minha, tirando a cor que era rosa. Me aproximo e toco a campainha e logo a porta é aberta.
A pessoa que abre só revira os olhos e entra novamente, deixando a porta aberta. Eu entro também e fecho a porta.
— Que recepção calorosa meu amigo D.O. — Falo com sarcásmo.
— Aquela velha finalmente me deixa em paz e você vem só para acabar com ela. — Fica de frente a mim.
Eu riu dele.
— O que você quêr? — Fala com dureza.
— Só não tinha nada pra fazer.
— E o quê eu tenho a ver com isso?
— Sempre tão gentil. — Dessa vez eu reviro os olhos.
— Se não gosta por que veio?
Não falo nada, já estava acostumado, em vez disso vou para seu quarto, era pequeno e simples, sério, bem simples, ele entra logo depois de mim.
— Você não conseguiu os remédios não foi?
— Não. — Falo desanimado. — Parece que em toda drogaria que eu vou, ou não vende fiado ou já estamos devendo. — Me deito em sua cama e ele se senta na mesma.
— Eu já disse que tenho um dinheiro guardado Mark, eu poderia...
— Não D.O. — Falo o interrompendo. — Quantas vezes você já me emprestou dinheiro?
— Algumas.
— E quantas vezes eu consegui pagar?
Ele revira os olhos.
— E isso importa? Nós somos amigos Mark, sei que pretende me pagar, por enquanto isso é suficiente pra mim.
— Mas não pra mim, você também precisa desse dinheiro que eu sei, então dessa vez não posso aceitar.
— Que ridículo, se eu precisa-se tanto quanto você não taria oferecendo.
Dou um sorriso largo por essa resposta.
— D.O, D.Ozinho, é um saco ser pobre.
— Então seja rico.
— Mas como? — Olho para ele.
— É só não ser um inútil como você. — Dá uma risada malvada.
— Obrigado D.O, agora me sinto muito incentivado. — Falo irônico.
— De nada. — Dá um pequeno sorriso de lado.
— Hum, de qualquer jeito, eu sei um jeito de ganhar dinheiro rápido.
— O que pretende fazer? — Levanta uma das sobrancelhas intrigado.
Dou um sorriso para ele.
" Pode até não ser o certo, mas não posso simplesmente ver minha mãe piorando a cada dia, posso? "
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