Ser humano, o animal "racional" mais cruel que existe, podem ser tão terríveis ao ponto de machucar aos próprios companheiros, destruturar a harmonia, tirar vida de semelhantes. Mesmo eles sendo tudo isso, podem ser completamente o oposto. Afinal, quem entende o ser humano?
De alguma forma eu conseguia ver uma aura negra ao seu redor, seus olhos negros estavam mais escuros.
— Não vai me responder? — Fala se levantando.
Não sabia o que fazer e estava muito assustado para me mover.
Quando enfim ele percebe que não irei falar decide quebrar o silêncio.
— Você estava aqui Jackson? — Se aproxima lentamente. — Você estava nessa casa?
Meu corpo treme com sua possível descoberta.
Sua raiva aumenta ao ponto que percebe que eu estava disposto a permanecer calado. Rapidamente ele se aproxima de mim e segura em minha mandíbula fortemente, tento tirar sua mão mas para que eu não obtivesse sucesso me prensa na parede dificultando minha ação.
— Me res-pon-da. — Fala raivosamente.
Balanço minha cabeça negativamente.
— Pois então respondo para você, não Jackson, você não estava nessa casa, e a pergunta é.....— Faz uma pausa. — Onde exatamente você estava. — Ele souta minha mandíbula. — Lhe darei exatos 5 segundos para responder, 1...2...
Procurava em minha mente um jeito de sair dessa situação.
— 3...4...
— Espera eu ...
— E 5, bom , acho que...
— ESTAVA NA CIDADE. — Grito com o desespero.
Ele me olhava meio triste.
— Então.....você ia fugir?
Balanço minha cabeça rapidamente com negatividade.
— Eu queria saber, e sentir o que tinha do lado de fora, só queria....
— Fugir?
— Não, eu não ia fugir. — Tento me esplicar.
— MENTIRA, você queria fugir de nós, fugir de mim, não era?— Ele segura em meus ombros os apertando bruscamente.
— E por que eu fugiria de você? — Pergunto retoricamente. — Eu tenho motivos? Talvez eu quisesse mesmo isso.
— Você não pode. — Fala em um quase sussurro. — Isso que você fez é imperdoável, você esqueceu? Nosso pai é um homem poderoso, ele teria complicações se descobrirem sobre você.
— E POR QUÊ? — Sinto repentinamente meus olhos arderem. — Por quê? Não faz sentido irmão, não é como se a vida dele fosse acabar se descobrirem sobre mim, então por que não posso ser normal? — Nesse momento sinto as gotas quentes escorrerem pelas minhas bochechas.
Ele me olha com surpresa.
— Só... só vamos acabar logo com essa conversa, você ficará trancado a partir de hoje.
" Minha alegria realmente durou pouco. "
Ele vai em direção a porta e para antes de chegar.
— Minha mãe não está em casa. — Fala somente isso antes de ficar calado.
Mesmo que ele não tenha falado eu entendi o que ele queria.
— Irmão, você não quer ficar?
— E por que eu ficaria? — Fala sem ao menos se virar.
Ando até ele e seguro em sua mão o puxando, levando ele até minha cama e o sentando.
Em todo o processo ele não falou uma única palavra. Coloco minha mão em seu ombro e lhe dou um sorriso e logo Ian retribui.
Em toda a noite não falamos nada e simplesmente dormimos.
" Hoje você pode ser você mesmo, ser o Ian, ser meu irmão."
Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.
Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.