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História Destino ou coincidência? - Capitulo 71


Escrita por: Berryblossom

Capítulo 71 - Capitulo 71


P. O. V Bernardo on

   Meus pais entabulam uma conversa, como sempre fizeram. Sei que mais tarde me sentirei melhor, porém quando sinto que Carol está olhando para mim, tenho medo de suas perguntas.

 - Ei! – alguém sussurra e toca minha mão por cima da mesa.

   Levanto os olhos e vejo que é Carol.

 - Está tudo bem? – ela pergunta, com um olhar preocupado – você mal tocou na comida...

 - Sim, estou cansado – digo e me forço a comer uma torrada. “Não estou com fome” – não é nada demais.

  Carol olha para mim e permanece em silêncio.  Quero ficar quieto agora, estou me sentindo sufocado ainda. Costuma ser assim... O máximo que posso fazer é tentar me distrair. “A vida continua”. Depois de um tempo, eu e Carol vamos á escola.

    Durante o percurso, Carol tenta conversar. Mas não quero, odeio ter que agir desse jeito e ela não entender. Ainda não consigo explicar. Simplesmente não dá, dói muito.

  “Será apenas um dia comum, aguente”, repito mentalmente enquanto passo pelo corredor para chegar ao meu armário. No caminho encontramos uma animada Emily conversando com Hector e Bertie. Do jeito que olha, Bertie parece admirar Emily, ouvindo atentamente ao que ela diz.

   - Bom dia – os cumprimento.

  - Bom dia, tudo bem? – Carol diz.

  - Bom dia! – Emily, Bertie e Hector falam.

  - Sobre o que vocês estavam conversando? – Carol pergunta curiosa – pareciam animados.

  - Sobre um jogo chamado “Life is strange” – Emily começa a falar.

   Conheço... Até que seria interessante conversar sobre isso, mas não estou com paciência.

   - Desculpe – digo – tenho que falar com o Sr. Wright sobre uma prova – minto.

  - Quer que eu vá com você? – Carol pergunta.

   - Não. Vejo vocês mais tarde – digo e vou embora para a sala.

      P. O. V Bernardo off

     P. O. V Carol on

     Bertie, Emily e Hector ficam olhando para mim, parecendo confusos. Também estou.

     - Carol... – Emily pergunta um pouco receosa – você e Bernardo... brigaram?

     - Não – respondo – ele está estranho desde hoje de manhã, acho que ele está de mau humor. Dormiu pouco.

   Continuamos conversando sobre jogos com viagens no tempo, tento me concentrar nessa conversa, mas estou com a cabeça em outro lugar. Depois de um tempo, o sinal toca e vamos para a sala.

     Sr. Foster explica o cronograma para as provas do próximo mês. E a conversa com o diretor volta a me incomodar. Não contei á minha família ou para qualquer pessoa, e isso está me consumindo. Não sei o que faço, não sei o que quero, não sei, não sei, não sei.

   No inicio do intervalo...

  - Emily – eu a chamo – ér... preciso te contar uma coisa – falo apreensiva, com medo de sua reação. Olho ao redor para ver se não tem ninguém está nos escutando – é que-

 - Ia fazer uma piada – ela olha preocupada – mas pela sua cara o assunto é sério.

 - O diretor me chamou na sala dele semana passada... – começo a explicar – ele me perguntou se eu queria que ele escrevesse uma carta de recomendação para a Universidade de Cambridge e-

  - Nossa! – os olhos de Emily brilham – é incrível! Estou feliz por você.

  - É, eu também fiquei feliz na hora, mas...

  - Mas? – ela franze o cenho.

  - Eu não sei se eu realmente quero – digo, tentando escolher as palavras – quero dizer, a minha família mora no Brasil e não quero ficar tanto tempo longe deles. Eu amo morar aqui, mas sinto falta deles – sinto um aperto no coração – porém não quero ir embora, não sei se aceito, se fico ou se vou. Você é a única pessoa para quem estou contando porque confio muito em você.

 - E Bernardo? Ele não faz ideia?

- Não... Não consegui contar nem pra ele nem para a família dele – respiro fundo – Bernardo ficaria feliz por eu ficar mais tempo, eu acho. E criaria expectativas. Não quero que isso aconteça. Talvez não dê certo, talvez seja melhor voltar...

  Emily me analisa por um tempo.

  - Carol, digamos que: e se você não passar? – ela sorri compreensivamente – eu entendo que você esteja preocupada. Mas você não pode se preocupar com algo que você não tem certeza.  Você precisa se acalmar um pouco, deixe a vida te dizer o que fazer. Seja o que você fizer, sei que vai fazer a melhor escolha – Emily continua – posso não ser uma boa conselheira e tals, mas não importa o que aconteça, sempre poderá contar comigo.

   Sinto-me tão aliviada que pulo nos braços de Emily e a abraço com força.  Ela sorri, surpresa.

  - Obrigada – falo baixinho.

  - Não precisa agradecer – Emily responde gentilmente – vem, vamos para o refeitório pra distrair essa mente preocupada – ela cutuca minha testa – estou doida para saber qual será a sobremesa de hoje!

   Rimos um pouco e andamos em direção ao refeitório.

  P. O. V Carol off



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