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História Destiny - O errado às vezes parece certo - Parte 1


Escrita por: vanessadiass e Dydyh

Notas do Autor


Fala galerinha, tudo bem com vcs? Primeiro eu e Nessa gostaríamos de agradecer todo o apoio e carinho (as vezes agressivo e assustador kkkkk) que vocês tem nos dado: Não merecemos, mas agradecemos. Agora amorzões, fiquem com o capítulo e que ele seja tão gostoso de ler como foi pra nós escrever. Sem mais enrolação... Boa leitura!

Capítulo 6 - O errado às vezes parece certo - Parte 1


Fanfic / Fanfiction Destiny - O errado às vezes parece certo - Parte 1

POV Igor Cavalari

Mano, a Dy ainda me deixa louco!

Desde o dia da Fanfest, cada vez que eu vejo ela, eu tenho vontade de pegar, mas como nada nessa porra de vida é perfeito, advinha: Ela é difícil!

Estávamos num clima muito bom na praia, faltava tão pouco pra beijar, mas saquei que ainda não era a hora, pra ela baixar a guarda ela vai ter que querer, e esse vai ser meu próximo passo.

Não vou mentir que fiquei puto quando vi o tal “Ricardo” beijar ela lá no aeroporto, e é claro que ela ficou bolada por eu ter ficado puto: Eita bola de neve viu!

Ficamos mais uma hora na praia depois que a Vanessa e o Júlio voltaram, aparentemente eles dois tinham se entendido ou pelo menos decidiram dar um tempo nas tretas, ficamos ali dando risada e falando muita merda, ate que senti meu celular vibrar.

Mensagem on

Japa: To sabendo que as duas bichas estão no Rio, vou reunir um povo aqui na minha casa nova hoje. Não aceito não como resposta!

Mensagem off

Ai caralho, sempre tem tanta mulher nas festas do Japa, como lidar? Olhei pro lado e a Dy sorria pro nada, ela era linda velho! Vai, vale o sacrifício. Ri com meu pensamento.

– Aê cuzão, tem festa no Japa hoje! – falei olhando pro Júlio e a cara dele mudou na hora, o olho chega brilhou de animação.

– Júlio Cocielo, se você disser que vai destruir hoje, eu volto pra São Paulo e peço demissão! – a Nessa disse e nós rimos alto.

– Não, chatice, hoje eu tô de boa! – ela revirou os olhos enquanto ele ria cutucando ela.

– Então Nessa, os meninos vão pra festinha, e nós? Vamos fazer o que? Por que eu me recuso a ficar trancada no hotel! – ela disse animada e me olhou pelo canto do olho.

– Oxi mulher, vocês vão pra festa com a gente, né não Igão? – confirmei rindo – Tá começando a escurecer, vamos embora?

Levantei e ofereci a mão pra ajudar a Dy, ela levantou limpou o short e eu juro que tentei não olhar, mas com tudo aquilo na minha frente foi quase impossível, o Júlio olhou pra minha cara e começou a rir, ela e Nessa não entenderam nada.

– Que foi Júlio? – a Nessa perguntou.

– Nada não, chatice. – nós rimos alto, peguei a mão da Dy de novo e voltamos pro hotel.

***

Chegamos no hotel era quase 18h (horário de verão ilude a gente, eu bem trouxa achando que era umas 16h ainda) e combinamos de sair 20h, então subimos pro quarto.

O Júlio e a Nessa entraram e eu fiquei no corredor com a Dy.

– E ai, como é esse pessoal? – ela perguntou meio apreensiva – Devo me preocupar?

– Para Dy! – dei risada e ela levantou uma sobrancelha me encarando – Você é a mais top do baile! Olha pra você! Tem espelho ai né? – ela riu.

– Credo Igor, “Top”? Como sua assessora sou obrigada a te dizer que isso é muito zuado! – puxei ela pela cintura e cheirei seu pescoço, senti ela se arrepiar e sorri – Igor...

– Eu sei, eu sei... – me soltei dela rindo – Vou ali tomar um banho frio, nos vemos mais tarde!

Ela entrou pro quarto rindo e eu fui pro meu.

***

 – Será que as minas já tão prontas? – o Júlio perguntou enquanto arrumava o cabelo no banheiro.

– Sei lá, cuzão, nem você tá pronto! – já tinha uma meia hora que eu tava vendo tv esperando a mocinha terminar.

– Vai se foder Igor! – ele disse rindo – Diferente de você eu tô solteiro, então se quiser pegar alguém tenho que tá arrumadinho né parça! – ri alto.

– Para mano, eu tô mais que solteiro, eu tô solteiríssimo! – ele riu alto

– Você ta é de quatro pela Dy, e nem pegou ela ainda! – revirei o olho enquanto ele ria – Na hora que você pegar, vai tá numa vontade que a mina vai fugir correndo! – ele disse fazendo aquela voz engraçada

– Vai a merda Júlio! – levantei rindo – vou lá acelerar elas, te espero lá beleza?

– Vai lá meu garoto, vê se da uns beijo! – mostrei o dedo e sai rindo do quarto.

Bati na porta e depois de uns 5 minutos ela foi aberta. Rapaz, que monumento! Ela tava com uma parte do cabelo preso, batom vermelho, um top listrado e uma saia preta rodada bem curtinha (que deixava o que já era caprichado maior ainda), precisei respirar bem fundo pra conseguir olhar pro rosto dela de volta.

– Já olhou tudo? – ela perguntou e senti meu rosto queimar – Como estou? – ela perguntou enquanto eu entrava no quarto e me jogava em uma das camas.

– Eu não consigo responder sua pergunta sem ser indelicado! – ela riu alto e sentou do meu lado na cama – Cadê a Vanessa? – ela respondeu de dentro do banheiro.

– Tô quase pronta Igor, aguenta ai! – nós rimos e depois aquele silêncio constrangedor começou.

A Dy se escorou pra trás quase deitando e ficou olhando pra tv, nem sei o que era aquilo que tava passando. Sem perceber fixei meus olhos nela, e ela, desaforada que é, não desviou o olhar, fui me aproximando observando os sinais, é agora!

Quando nossas bocas estavam a milímetros de distancia a porta é aberta bruscamente, nos afastamos rápido pelo susto, ela ficou vermelha e encarou o Júlio.

– Ah mano, se beijem logo! Se amem! – ela levantou com um mix de raiva e vergonha enquanto eu segurava o riso.

– Vai se foder, Júlio! – ela disse e foi pra dentro do banheiro onde a Vanessa estava. O Júlio riu alto, filho da puta, e sentou do meu lado.

– Brigadão ai, parça, valeu mesmo! – ele riu ainda mais alto.

– Por nada irmão, precisando é só chamar! – dei um tapa na cabeça dele e rimos alto.

Depois de uns 20 minutos elas saíram de dentro do banheiro, puta que pariu viu! Elas estavam lindas de mais. Vai ser um furdunço quando a gente aparecer com elas lá! Quero nem ver!

– Já que as bonitas tão prontas, acho que já da pra ir né? – o Júlio perguntou e elas assentiram, e nós descemos.

Já no hall do hotel enquanto esperávamos o taxi que o Japa mandou pra nos buscar o Júlio começou a ladainha.

– Aê, cuzão, você vai na frente e eu vou com elas atrás! – ele disse e riu.

– Não, deixa que eu vou na frente. Assim não amassa meu cabelo! – a Dy disse e eu ri alto.

– Nem fodendo! O cara vai ficar olhando tuas pernas! – ela revirou os olhos e a Vanessa riu alto, eu me virei pra ela – O mesmo serve pra você, viu o zóio azul! Vocês tão com o pai aqui!

– Falou ai, oh rei do Harém! – a Nessa disse e u ri – O Júlio vai na frente. Ele é mais alto e ai não fica com as pernas espremidas. – ele ameaçou protestar – E não se fala mais nisso!

O taxi chegou e ele foi emburrado pra porta do passageiro.

– Isso mesmo, Júlio! – falei zoando ele – Sem reclamar!

– Fazer o que, né? – ele olhou pra ela – Se mulher bonita manda, a gente obedece! – ela ficou vermelha na hora e nós rimos.

Entramos no taxi e sentei na ponta, a Dy no meio e a Nessa na outra ponta, pelo que o motorista disse a casa era meio longe, então íamos ficar um bom tempo dentro do carro.

Comecei a gravar uns snaps com as meninas e o Júlio só ria no banco da frente. Meu, as meninas são muito legais, entraram lindo na zoeira, acho que depois de tantas assessoras o Fernando acertou.

Quando parei com os snaps passei meu braço por trás da Dy e fiquei puxando o rabo de cavalo da Nessa, ela tava quase me batendo e nos só rimos.

Chegamos lá e ai começou uma ladainha enorme, porque as meninas queriam ajudar a pagar e nós não queríamos aceitar. No fim das contas o Júlio perdeu a paciência – não que ele tenha muita – e deu uma nota de 100 pro cara, juro que quase vi uma lagrima saindo do olho dele, pense num cara mão de vaca!

A casa do japa era chique demais! Assim que chegamos ao portão tinha um “leão de chácara” lá. Ele secou as meninas como se eu e o Júlio não estivéssemos lá.

– Boa noite! – ele nem tava disfarçando, filho da puta! – Seus nomes?

– Júlio, Igor, Vanessa e Didy. – o Júlio falou e o cara começou a procurar na lista.

– Olha, Júlio e Igor estão aqui, mas elas...  – ele sorriu com aquela cara de “se quiserem entrar tem um preço!” e senti meu sangue começar a ferver.

– Ô amigão, chama o Japa lá faz favor! – falei irritado e o cara foi.

– Vacilão você hein, Igor? – olhei pro Júlio e ele estava com uma cara de deboche – Não avisou o maluco que a gente ia trazer elas?

– E quando foi que teve lista pra entrar nas festas do Japa, hein viado? – nós rimos, acho que ele como eu estava lembrando das festas insanas, bons tempos... boas coisas – O cara tá patrão agora!

Depois de uns cinco minutos o segurança veio e na sequencia estava o Japa.

– E ai seus viados! – nos cumprimentamos e só ai ele viu as meninas que estavam atrás de nós, ele arregalou os olhos sem nem disfarçar – Sério que ele barrou vocês? – elas estavam completamente tímidas, eu ri alto – Olha, a partir de agora elas se chamam Igor e Júlio, e vocês podem ir embora. Eu lá quero saber de cueca na minha festa!

– Abre teu olho japonês do caralho! – o Júlio disse rindo e o Japa foi em direção as meninas.

– Senhoritas... – ele se fingiu de cavalheiro e beijou a mão delas, elas riam alto – Prazer, Mauro, mas podem me chamar de Japa. – passou o braço pela cintura delas, mano, que japonês abusado! – Vamos?

Elas nos olharam de um jeito engraçado, como quem pede socorro e riram. Fomos andando pra dentro da festa. Mano tinha gente demais... e mulher então, nem se fala!

Parei um minuto pra conversar com umas minas que estavam pelo caminho e quando olho para o lado, cadê a Dy? Pra falar a verdade, cadê todo mundo? Fui andando pela casa e como de praxe fui cumprimentando os parças. Cheguei na sala, que tinha sido transformada em pista de dança, e tocava um pancadão na maior altura, meu tipo de lugar!

Enxerguei os moleques num canto e fui lá falar com eles, estava o Mítico, Chris, T3ddy, Gusta, Japa, Muca e mais alguns que eu não conhecia.

 – Fala rapaziada! – os cumprimentei e começamos a conversar, do nada o Muca cutuca o Mítico e eles vão um a um voltado a atenção pra pista de dança, eu estava de costas pra pista – Carai viado, quem é a gostosa que conseguiu calar a boca de vocês?

Quando me viro, adivinha quem tava dançando até o chão? Ela mesma, a própria, Didy! Era a coisa mais linda que eu já tinha visto, confesso... Mas não gostei nada dos caras cobiçando.

– Mano, vi essa mina lá na Fanfest, até dei ideia. – o Mítico disse e eu engoli seco – Vou tentar hoje de novo! Vai que cola! – eu tava quieto tentado não esmurrar alguém.

– Vish tio, olha a cara do Igão! – o Chris disse – Você conhece mano? Parece que tá pistola!

– Claro que conhece, ela veio com ele, né Igor? – o Japa disse.

– É a minha assessora, cuzão! – ah, para mano! Tá tocando "conto do pescador" agora, e ela mexe junto com a musica, puta que pariu! – Dá licença ai, vou falar com ela.

Eu tava puto, muito puto! Não gostei desse negocio de um monte de gente olhando pra ela. Normalmente isso não me incomodaria, muito pelo contrario, eu ficaria orgulhoso pra caralho, mas essa mulher tá mexendo com a minha cabeça!

"eu nunca vi ninguém dançando como essa mina, eu nunca vi nenhuma dançar como essa mina, de frente ela me deixa louco, de costas ela me fascina..."

Cheguei perto dela, onde mais um monte de macho tava olhando ela e mais umas meninas dançarem, peguei na mão dela e ela se virou pra mim com um sorriso enorme.

– Dy, vamo ali fora comigo. – ela ergueu uma sobrancelha – Preciso te falar um negócio serião! – ela me acompanhou e fomos pra parte de fora da casa, cheguei perto da piscina e parei, ainda dava pra ouvir a musica de onde estávamos – Sabe, é que os caras tavam todos te olhando e comentando... – é, eu realmente não sabia o que dizer

– E dai, Igor? – ô mina desaforada do caralho – Eu não tô entendendo o porquê de você ter me tirado da pista na minha música favorita! – ela cruzou os braços e bufou, linda demais ate brava – Queria me informar que tão olhando minha bunda? Obrigada, isso eu já sabia!

– Não é isso, é que os caras tavam comentando. – ela me encarou esperando eu continuar – Ah, quer saber? Foda–se! – ela continuava me encarando de braço cruzado – Eu não gostei, porra! Simples assim, não gostei dos moleques te comendo com os olhos! Te olhando como se tivesse uma placa luminosa na sua bunda escrito "gostosa"! – ela permaneceu muda me encarando – Que foi? – perguntei irritado.

– Ai, Igor! – ela disse rindo alto – Então você não gostou dos seus amigos me olhando, me querendo? – ela chegou bem perto de mim e me encarou – E ai, você vai fazer o que a respeito?

– Dy... – disse passando o braço pela cintura dela e colando nossos corpos – Não me provoca...

– Sabe Igor, só te falta um pouquinho de atitude. – eu ri e encarei – Só um pouquinho!

E aí meu irmão, eu parti pro abraço! Dei o beijo tão esperado, não teve essas paradas de começar de leve, foi intenso do início ao fim, tava na cara que ela tava tão na sede quanto eu. Segurei pela cintura e travei ela ali, coloquei uma das mãos no seu cabelo enquanto ela segurava minha blusa com força, acho que estávamos tão colados que podíamos nos fundir.

O beijo acabou pela falta de ar, ela estava vermelha e desviou o olhar.

Foi aí que a sereia caiu no conto do pescador. – cantei baixinho junto com a musica e ela riu alto.

– Você já parou pra pensar que talvez essa sereia esteja fingindo que caiu no seu papo só pra te levar cada vez mais pro fundo do mar? – eu ri alto e voltei a aproximar nossos lábios.

– Se esse mar tiver o gosto do seu beijo, eu morro afogado de boa! – e nos beijamos de novo.

POV Júlio Cocielo

Eu nunca vi um por do sol tão foda quanto esse. Eu não sei o porquê, mas comecei a observar a Vanessa. O contraste do sol com o rosto dela estava maravilhoso e me tirou o ar. Cê é louco! Tão linda, mas por que tão ignorante?

Eu estava viajando, observando o céu alaranjado, até que o Igor quebrou o silencio.

– Aê cuzão, tem festa no Japa hoje! – Igor falou, olhando pra mim. Festinha é comigo mesmo!

– Júlio Cocielo, se você disser que vai destruir hoje, eu volto pra São Paulo e peço demissão! – a Vanessa disse de uma forma engraçada e todo mundo riu.

– Não, chatice, hoje eu tô de boa! – ela revirou os olhos. Comecei a rir e a cutucar ela com o braço. Ela riu fraco olhando pra mim. Sorrisão da porra!

– Então Nessa, os meninos vão pra festinha, e nós? Vamos fazer o que? Por que eu me recuso a ficar trancada no hotel! – a Dy disse animada.

– Oxi mulher, vocês vão pra festa com a gente, né não Igão? – eu disse e o Igor concordou, rindo – Tá começando a escurecer, vamos embora?

Nos levantamos juntos. Vi o Igor oferecendo a mão pra Didy levantar. Ela limpou o shorts e eu só fiquei fitando o Igor tentando evitar olhar, mas ele não aguenta. Olhei pra ele e comecei a rir. Ninguém entendeu nada.

– Que foi Júlio? – a Vanessa perguntou.

– Nada não, chatice! – nós rimos e fomos em direção a hotel. O Igor de mão dada com a Dy era engraçado. A essa altura era a única coisa que ele ia conseguir com ela. Menina difícil do caralho!

***

Entramos no hotel, subimos no elevador e fomos em direção aos quartos. Me despedi da Vanessa com um sorriso e ela sorriu de volta, meio sem graça. Fechei a porta e me joguei na cama. Porra, a caminhada com a Vanessa me destruiu!

O Igor entrou no quarto depois de alguns minutos e se jogou na outra cama. Ele tava com um sorrisão no rosto.

– Pegou? – perguntei meio rindo.

– Peguei porra nenhuma! Nunca vi mulher mais difícil, mas o esforço vale a pena. – ele riu e eu ri também.

***

– Será que as minas já tão prontas? – eu perguntei enquanto arrumava meu cabelo no banheiro. Tava rebelde pra porra!

– Sei lá cuzão, nem você tá pronto! – ele respondeu. Pelo barulho ele tava vendo TV.

– Vai se foder Igor! – eu disse rindo – Diferente de você eu tô solteiro, então se quiser pegar alguém tenho que tá arrumadinho né parça! – só ouvi ele rir alto do quarto.

– Para mano, eu tô mais que solteiro, eu tô solteiríssimo! – eu ri.

– Você tá é de quatro pela Dy, e nem pegou ela ainda! – falei rindo – Na hora que você pegar, vai tá numa vontade que a mina vai fugir correndo! – eu falei mudando a voz.

– Vai a merda Júlio! Vou lá acelerar elas, te espero lá beleza?

– Vai lá meu garoto, vê se da uns beijo! – vi que ele mostrou o dedo e ouvi a porta se fechando.

Arrumei pra caralho o cabelo e no final das contas acabei colocando meu boné laranja. Sentido? Não encontro. Mas fazer o que?

Peguei meu celular que tava jogando no armário, fechei a porta e abri a do quarto delas. Dei de cara com a Dy e o Igor quase se pegando. Eu sou um amigo foda pra caralho!

– Ah, mano, se beijem logo! Se amem! – eu gritei rindo. Ela levantou com muita vergonha e só vi o Igor segurando o riso.

– Vai se foder, Júlio! – ela disse e foi para dentro do banheiro. Eu ri alto e sentei ao lado do Igor.

– Brigadão ai, parça. Valeu mesmo! – eu ri ainda mais.

– Por nada, irmão! Precisando é só chamar! – ele me deu um tapa e começamos a rir mais alto ainda.

Fiquei olhando minhas redes sociais e tirando fotos escrotas com o Igor no Snapchat, até que as duas apareceram no quarto. As duas estavam lindas demais, puta que pariu!

– Já que as bonitas tão prontas, acho que já dá pra ir, né? – eu perguntei e elas assentiram. Fechamos os quartos e descemos juntos.

No elevador o Igor não parava de olhar para as pernas da Didy. Mas eu vou confessar que ela é muito linda, pra não dizer outra coisa. Só que talaricagem não é comigo, né, mano? Vanessa tá do meu lado e eu posso olhar à vontade. Maldito Pedro que tirou a sorte grande.  

Quando chegamos no térreo do hotel, o Igor disse que o Japa ia mandar um táxi e ai ficamos esperando.

– Aê, cuzão, você vai na frente e eu vou com elas atrás! – eu disse e ri.

– Não, deixa que eu vou na frente. Assim não amassa meu cabelo! – a Dy disse e o Igor riu alto.

– Nem fodendo! O cara vai ficar olhando tuas pernas! – ela revirou os olhos e a Vanessa riu. Ele se virou pra Vanessa – O mesmo serve pra você, viu o zóio azul! Vocês tão com o pai aqui!

– Falou ai, oh rei do Harém! – a Vanessa disse e eu e o Igor rimos – O Júlio vai na frente. Ele é mais alto e ai não fica com as pernas espremidas. – eu quase contrariei, mas fiquei quieto. Mina mandona da porra! – E não se fala mais nisso! – ela apontou o dedo pra mim e eu fiz cara feia.

Odeio gente que quer mandar em mim. Isso me deixa puto! O taxi chegou e eu já fui com raiva sentar na frente.

– Isso mesmo, Júlio! – Igor disse. Esse cara quer apanhar! – Sem reclamar!

– Fazer o que, né? – olhei pra Vanessa, que tava sorrindo – Se mulher bonita manda, a gente obedece! – eu falei e ela ficou muito sem graça. Não falei nenhuma mentira, né?

Fui na frente e o Igor foi com as meninas atrás. A Didy sentou no meio e a Vanessa atrás de mim. O motorista falou que era um pouco longe e eu já bufei, mas até que o banco era confortável.

– Solta meu cabelo, merda! – ouvi a Vanessa gritando lá atrás e comecei a rir alto.

Peguei meu celular e comecei a gravar uns snaps e foi ai que eu vi que o Igor já tava fazendo isso. Elas entraram na zoeira com a gente e começamos a rir alto. Até o motorista cantou “Olha a Onda” com a gente. Melhor corrida de táxi que eu já fiz.

Chegando lá, pensamos em rachar a corrida entre eu e o Igor. Foi ai que a Didy e a Vanessa começaram a falar.

– Eu me recuso a aceitar que vocês paguem sozinhos. Aceita essa merda agora, Júlio! – Vanessa falava, com uma nota de 20 na mão.

– Para de bancar de macho que a gente sabe que você odeia gastar, Júlio! Pega essa nota antes que eu enfie ela na sua garganta! – a Dy também estava com uma nota de 20 na mão.

– Chatas pra caralho, hein, mano? A volta vocês pagam! – eu já tava de saco cheio! Encerrei a discussão entregando uma nota de 100 pro cara. Sagrados 100 reais, sentirei sua falta.             

Descemos do taxi e nos deparamos com um segurança na porta da casa do Japa. Ele secou bonito as duas e eu já percebi que o Igor não ficou muito feliz com a situação.

– Boa noite! – o cara nem disfarçava, mano! Até eu fiquei incomodado – Seus nomes?

– Júlio, Igor, Vanessa e Didy. – eu respondi e o cara começou a procurar na lista.

– Olha, Júlio e Igor estão aqui, mas elas...  – ele deu um sorrisinho de leve e eu vi o Igor apertar os olhos e a boca. Cara filho da puta!

– Ô amigão, chama o Japa lá faz favor! – Igor falou irritado e o cara foi.

– Vacilão você hein, Igor? – falei pro Igor, com deboche – Não avisou o maluco que a gente ia trazer elas?

– E quando foi que teve lista pra entrar nas festas do Japa, hein viado? – nós rimos. Comecei a lembrar das festas épicas que o Japa dava. Era bebida e mulher pra caralho! – O cara tá patrão agora!

Depois de uns cinco minutos o segurança veio e na sequencia estava o Japa.

– E ai seus viados! – nos cumprimentamos e aí ele viu que as meninas estavam atrás da gente. Ele arregalou os olhos e nem disfarçou. Outro vacilão! – Sério que ele barrou vocês? – elas estavam completamente tímidas, Igor riu alto – Olha, a partir de agora elas se chamam Igor e Júlio, e vocês podem ir embora. Eu lá quero saber de cueca na minha festa!

– Abre teu olho japonês do caralho! – eu disse rindo e o Japa foi em direção as meninas.

– Senhoritas... – Japa cavalheiro desde quando? Ele beijou a mão das duas e elas riram com a situação, provavelmente constrangidas– Prazer, Mauro, mas podem me chamar de Japa. – ele passou o braço pela cintura delas e o Igor estava quase perplexo – Vamos?

Elas nos olharam engraçado, quase que pedindo socorro. Fomos andando pra dentro da festa e na mesma hora que olhei pro lado, tinha um garçom com uns drinks na bandeja.

– O que a gente tem aqui? – perguntei pra ele, com as mãos na cintura e ele riu.

– Caipirinha e tequila.

– Opa! – peguei uma caipirinha – Valeu ai, irmão!

Sai andando pela festa. Nenhum sinal das meninas e do Igor.

– Fala ai, Cocielo! Firmeza, mano? – ouvi uma voz feminina atrás de mim e me virei pra olhar. Dani Russo.

– E aí, beleza? – dei um abraço de lado nela e ela sorriu.

– Mal chegou e já tá chapando né? – ela disse rindo.

– Tem que saber aproveitar, né mano? – ri fraco.

– Fiquei sabendo que cê tá na pista agora, né? – ela disse, começando a dançar. Abaixa essa bola, querida.

– É, rolou umas tretas aí mas agora tá tudo suave. – respondi meio sem graça – Namorar só dá problema!

– Mas dar uns pegas de vez em quando vale. – ela fez que ia passar a mão na minha barriga mas eu esquivei – Vem, vamo ali comigo no cantinho, Ju! – ela puxou meu braço mas eu larguei. Puta mulher chata!

– Não, mano, eu tô suave aqui! – me distanciei um pouco e ela ficou me olhando – Vou ali no banheiro e depois a gente conversa, falou? – vou no banheiro porra nenhuma!

Sai andando de ré e de repente encostei em alguém.

– Que isso! Júlio já tá louco! – Lukas. Me virei pra ele e ri.

– Tava fugindo de uma mina chata da porra ali. – ele riu alto.

– Que isso, mal terminou e já tá sendo disputado, cara?

– Tô nada! Ela que já tá meio chapadona, tá ligado? – ele riu alto e ai começamos a conversar sobre coisas aleatórias.

Papo vai, papo vem, começamos a falar sobre nossos canais. Marcamos de gravar qualquer dia desses também.

– Mas cê pega mais visualização em vídeo que você tá sozinho, né? – Lukas falou mas eu não consegui prestar atenção nele. De relance eu vi a Vanessa passando, vidrada no celular e indo em direção à parede.

Virei rápido parecendo o Flash e segurei ela pelo braço. 

– Oxi, bebeu todas, é? – falei alto e ela riu, colocando a mão no rosto. 

– Tava vendo umas mensagens aqui. – ela disse, quase inaudível. 

– Nem percebi, né? Pensei que ia se fundir com a parede e ia sair destruindo tudo aí. – ela riu. Mano, ela tem uma risada muito boa – Cadê a Didy e o Igor? 

– Provavelmente tá com a língua dentro da boca dele. – ela disse simples e eu ri alto – Me admira o fato de você não estar fazendo a mesma coisa. 

– Ah, mano, a gente tá aí disponível né? Só que ninguém quer. – falei na zoeira.

– Aham, admite que você ainda não esqueceu sua ex, Cocielo. É óbvio que se você já tivesse esquecido, ja estaria aí pegando todas. 

– Porra, não sou esses caras não, mano! Tô suavão aqui! – ela revirou os olhos – Aliás, eu já tô shippando o Igor e a Dy.

– Credo, Júlio, isso ficou tão gay saindo da sua boca! – ela riu. 

– Aí, amiga, vai me dizer que você não shippa Dygor? – fiz voz de gay e ela riu alto. Vontade de apertar essas bochechas. Tomar no cu!

Ela ficou olhando para o outro lado da festa e eu fiquei rindo fraco. Aí senti meu celular vibrar e peguei. Desbloqueei sem ver, entrei no WhatsApp e era uma mensagem do Pedro. Era uma foto. 

Mensagem on

Pedro Guilherme: molequeeeeeeee
                Tô brbado e mimha ex tá na minha caba jaosocjsjaiaoiaj
                (Foto)

Mensagem off

Que porra é essa? Carreguei a foto e era ele com uma mina agarrados. Ouvi uma risada e meu coração acelerou, lembrando que a Vanessa estava comigo.

– Você precisava ver sua cara agora! – ela continuava a rir. 

– É, vi um negócio meio chocante aqui. – tentei disfarçar.

Mensagem on

Júlio Cocielo: cê tá doido mano, a Vanessa tá aqui na minha frente

Pedro Guilherme: o que os olos não vê o coração não sebte kaisjauiqhs 

Mensagem off

Guardei o celular no bolso e olhei pra Vanessa. Ela continuava a observar a festa, até que do nada ela arregalou o olho e foi abraçada por alguém que logo reconheci ser a Kéfera. 

– Mano, o Júlio realmente não merece uma assessora tão linda quanto você! – eita porra! Ela fica vermelha muito fácil. 

– Ele precisa é entrar nos eixos! – ela disse, ainda sem graça.

– Caraca, seu cabelo é lindo! Seu nome é? 

– Vanessa e o seu? – ela sorriu. 

– Kéfera! Vai me ver muito com o Júlio por aí! Aliás, eu queria muito gravar com ele, mas os horários não batem. Cê podia marcar...

Mano, que isso. Por que eu tô observando a Vanessa com outros olhos? Só sei que ela é mô firmeza pra um cara qualquer fazer uma coisa dessas com ela. Foda–se que o Pedro é meu amigo, mas se ele fosse homem de verdade não faria isso. Puta sacanagem com ela mano! 

– Eu amo a coleção da Pantene. – ela soltou o cabelo e a Kéfera ficou passando a mão – O cheiro é uma delícia! 

Você que é uma delícia! Opa, isso não tava no script não, mano! Isso tá saindo dos eixos. Que sorrisão e bocão da porra!

Fiquei viajando um tempão, até que despertei com ela dando pulinho na minha frente.

– Eita, porra, que isso! 

– Dormiu? Eu hein! – ela exclamou, sorrindo. Abri um sorriso involuntário pra ela e ela corou. 

Tava errado pensar isso, mano, mas tava inevitável. Minha mão chegava a soar e do nada eu fui me aproximando do rosto dela. Coração disparou, mas ela não esquivou. Ela ficou me olhando fixamente e eu segurei as bochechas dela com as mãos. O salto que ela estava nos pés era inútil. Eu ainda ficava muito mais alto que ela. Ri com isso, já que ela tava com a cabeça toda virada pra cima pra me olhar. Não esperei nem mais um segundo e colei nossos lábios. Logo senti um arrepio quando a mão dela chegou na minha nuca e percorreu meus cabelos. O beijo tava até lento e muito bom, pra ressaltar, até que eu comecei a levar ela pra parede, que estava perto da gente. Que porra eu tô fazendo? Só sei que o beijo ficou mais intenso, nossas línguas brincavam uma com a outra, até que paramos com alguns selinhos. 

Quando separamos, ela ficou me olhando estática. Eu comecei a soar frio, lembrando que talvez eu tenha feito uma merda gigantesca. E eu tava certo.

– Por que você fez isso, Júlio? Cê tá louco? – ela me olhou com indignação. Fodeu tudo!


Notas Finais


Meu Deussss, o que foi isso? Não se esqueçam de deixar aquela opinião marota ai, hein? Suas lindass!
Um beijo, Vanessa e Dy <3


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