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História Destiny (Larry Stylinson) - Lutar por nós


Escrita por: Nick__R

Notas do Autor


Hi, espero que estejam bem <3
Vomitem arco-íris, bjos
Boa leitura *-*

Capítulo 23 - Lutar por nós


Fanfic / Fanfiction Destiny (Larry Stylinson) - Lutar por nós

23- Lutar por nós.

 

 Acordei com meu celular vibrando, como sempre, era o Niall.

---x---

 Eu: Alô...

 Niall: TÁÁÁ COM VOZ DE SONOOO, FOI MAAAL SE TE ACORDEEEEIII, DESLIGUE E VOLTE Á DORMIIIIIRRR DEPOIS ME LIGUE AQUIIII

 Eu: Niall, cala a boca, que música é essa?

 Niall: É um louca aí, cara, eu o Liam e o Zayn já chegamos, cadê tu homem?

 Eu: Acho que dormi demais, to indo.

 Niall: ANDA LOGO VIADO

 Eu: Como se você não fosse.

---x---

 Levantei contra a minha vontade, logo depois tomei banho e vesti uma calça skinny preta, um suéter preto com listra branca e um sobre-tudo por cima, e nos pés minhas inseparáveis botas. Peguei meu celular vendo que eu não estava nem cinco minutos atrasado, Niall e seu exagero.

 Era bom chegar na cozinha e não ver ninguém além do vazio. Era bom o fato de que eu estava sozinho.

 Okay. Vamos aos fatos. Eu vou vê-lo. Daqui á alguns minutos. Não, eu não estou preparado.

 Respirei fundo e liguei o carro, começando á dirigir pelas ruas, e por algum motivo, eu me sentia melhor do que nos últimos dias. Um lembrança vinha na minha mente, como no dia que fomos ao restaurante e ele comunicou que iria se casar, foi como um balde de água fria, foi como morrer e continuar respirando, mas eu entendi que, respirar não significa estar vivo.

 Percebi que cheguei na rua do estúdio, peguei minha pasta e o celular e fui em direção ao mesmo, com minhas pernas trêmulas, e meu coração acelerado. Talvez acelerado demais.

 Entrei e avisei que iria pra sala de reunião, e ao entrar lá, todos já estavam, inclusive Mia.

 -Oi... –Falei sem o olhar, e não tenho certeza se ele respondeu.

 -Creio em Deus pai, Harry, dormiu mais que a cama, é? –Zayn perguntou enquanto se levantava pra me cumprimentar e soltei uma risada.

 -Todo dia, amigão. –Ironizei e sentei junto deles. –Como nunca deveria ter deixado de ser, os cinco juntos. –Falei, e sorri pro Zayn, que apenas agradeceu. Mia estava sentada no sofá que tinha na sala, olhando algo em seu celular. Era uma garota bonita, e pelo jeito divertida.

 Começamos á falar de coisas básicas de todo álbum, número de músicas, data de lançamento, nome, onde seria as fotos, até que chegamos na parte da composição.

 -Alguém tem algo escrito? –Liam perguntou e Niall olhou pra mim.

 -O HAZZY TEM! –Disse alto e todos me olharam. Foi a primeira vez que eu o olhei e que meu olhar se cruzou com o seu. Primeira vez que eu o olhei em dois meses. Pálido, magro, com olheiras, e em seus olhos, por mais lindos que fossem, não havia brilho. Percebi quando ele sorriu de canto, e apenas fiz o mesmo.

 -Tem Harry? –Zayn perguntou e assenti.

 -Tenho, mas não ficou muito bom porque eu fiz em um dia que eu não estava muito bem. –Disse indiferente.

 -Podemos ouvir? –Niall perguntou. Ele era o único que tinha ouvido, e nas palavras dele era a coisa mais linda e deprimente ao mesmo tempo do mundo.

 -Se vocês querem... –Disse me levantando e pegando um dos violões presos na parede da sala, e me sentei novamente com a letra na mão. Okay, era agora.

 

Sentimentos em vão

Tempos perdidos

Na busca pela solução

Acabamos falidos de amor

 

Nunca pensei dessa forma sobre o destino

Mas ultimamente

Venho me sentindo aflito sem você

Coisas que eu não posso entender

 

Coisas que eu não posso sentir

Coisas que eu não posso falar, expressar

Seria o certo á fazer

Mas não consigo aprender á viver sem você

 

Mesmo sendo errado, proibido

E até impossível

Qual o motivo de eu continuar insistindo

Ou apenas amando você?

 

Qual o motivo desse amor sem fundamento

O sentido de tanta saudade

Que eu não deveria sentir?

São coisas impossíveis

 

Coisas que eu não posso sentir

Coisas que eu não posso falar, expressar

Seria o certo á fazer

Mas não consigo aprender á viver sem você

 

Nós criamos nosso próprio universo

Mas nos desfazemos do mesmo em uma fração de segundo

Achei que íamos bem

Mas estamos fracassando

Me diga que é apenas um pesadelo?

 

Coisas que eu não posso sentir

Coisas que eu não posso falar, expressar

Seria o certo á fazer

Mas não consigo aprender á viver sem você

 

E não consigo aprender

Á viver sem você...

 

Terminei de cantar a música e senti que todos me olhavam. A primeira pessoa que percebi me olhar foi Mia, ela me olhava com um olhar de compaixão, não sei como explicar.

 -Essa música é incrível! Vocês gostaram? –Zayn perguntou.

 -Eu gostei faz tempo. –Niall disse.

 -É totalmente, completamente incrível! –Liam disse. Silêncio. Todos olhamos pro Louis.

 -É... Linda, Harry. –Ouvir meu nome novamente sendo pronunciado por ele me causou arrepios. Ele só falou o meu nome. Que tipo de efeito é esse? Pensei comigo mesmo, que merda o Louis faz comigo?

 Vi o mesmo se levantar e dizer que ia ao banheiro, e respirei fundo, colocando o violão novamente no lugar onde tirei.

 -Se eu puder opinar... –Mia disse se levantando, e sorri fraco pra ela.

 -Claro. –Disse.

 -É incrível. Só isso mesmo. –Rimos e ela saiu da sal também, possivelmente iria atrás do Louis.

 

 Pov. Mia.

 

 Talvez eu não estivesse nem aí se aquela gravadora tivesse mil e um corredores. Eu só tinha que achar o Louis. 

 Saí da sala e pensei por qual lado começar, então dobrei no primeiro corredor á direita, onde eu sabia que era o banheiro. Enquanto andava, eu chamava seu nome baixo, pra não incomodar ninguém, mas se ele estivesse perto, seria uma altura que ele ouviria.

 -Lou? Louis William Tomlinson, sai de onde você estiver ou eu não faço brigadeiro pra você olhar filme por um mês. –E não é que deu certo? A criatura saiu da porta do banheiro e veio ao meu encontro, me abraçando.

 -Foi pra mim. Aquela música... –Sua voz era trêmula, e talvez ele estivesse se esforçando pra não chorar.

 -E eu não sei? –Ironizei, desfazendo o abraço com cuidado. –Tá aí a prova que você precisava. –Ao falar isso, ele franzia a testa.

 -Prova do que?

 -Prova de que ele ainda te ama, cabeção! –Dei um tapa de leve em sua cabeça e ele riu. –Era disso que você precisava! AH QUANDO AS LARRIES OUVIREM...

 -O que eu faço agora? –Perguntou olhando aflito em meus olhos. Sorri.

 -Agora você volta pra aquela sala, como se nada tivesse acontecido. Vocês vão se pegar como se a vida de vocês dependesse disso, e a Larry shipper aqui junto com aquela gazela vai ficar feliz! –Brinquei e ele soltou uma gargalhada. Era bom vê-lo sorrindo. Nesses últimos dias, ele havia tido diversos pesadelos, lembro de ter acordado e ouvir ele chorando baixinho em seu quarto, já que eu estava morando com ele, teve várias recaídas, e foram infinitas vezes que acordei no meio da noite e ele estava fumando ou bebendo na varanda.

 -O que fazem aqui? –Simon. Fechei meus olhos e me virei, já que ele estava atrás de mim. –Vocês não deveriam estar na sala de ensaio?

 -Mia passou mal e eu vim ajudá-la. –Louis foi mais rápido. Me virei discretamente dando uma piscadinha pra ele, que retribuiu.

 -Você está bem? –Simon se dirigia á mim com sua pergunta, e apenas assenti, me virando e pegando a mão do Louis antes de respirar fundo e fomos novamente até a sala de ensaio.

 -Sabe uma coisa que eu percebi? –Louis me perguntava e o olhei.

 -O que?

 -Os traços que você tem são parecidos com o do Simon... –Parei de caminhar onde estava e ele me olhava novamente. –O que foi? Tudo bem?

 -Você... você me acha parecia com ele? Tipo, mesmo? –Perguntei aflita, ele não poderia saber.

 -Hey hey espera. O que quer dizer com isso? –Perguntava e abaixei minha cabeça, eu não gostaria que ele soubesse assim.

 -Depois conversamos sobre isso, okay? –Perguntei e ele assentiu juntando as sobrancelhas, mas pelo menos o assunto seria encerrado.

 Acho que nunca contei pra ninguém porque meio que era uma vergonha ter um pai como o Simon.

 Chegamos novamente na sala de reunião e antes de entrar percebi que Louis respirou fundo.

 Foram mais algumas horas conversando, alguns deles mostravam músicas que tinham escritas, e percebi que os que menos falavam eram Harry e Louis. E eu, como uma boa Larry Shipper ajudaria esses dois á voltarem. Porque, vai dizer, eles são lindos juntos.

 Depois que saímos, eu pedia mentalmente que Louis tivesse esquecido aquele assunto. E acho que sim, pois quase não falava nada. Não sei exatamente se foi bom ou ruim pra ele ver o Harry, e também não seria o mais certo perguntar, talvez ele só não estivesse no melhor dia da vida dele, e eu sei que não estava.

 -Você está bem? –Perguntei enquanto ele ligava o carro para voltarmos pra casa.

 -Sim. Porque a pergunta? Aparento estar mal?

 -Na verdade sim.

 -Vou sair hoje á noite, se importa se eu ir sozinho? –Perguntava e franzi a testa. Isso não era bom.

 -Não me importo não, mas não vá fazer besteira. –Falei e ele disse que não faria nada de mais. Preferi não perguntar mais nada sobre isso, e quando chegamos em casa eram quase oito da noite.

 -Você vai sair logo? Vou ter a casa só pra mim essa noite? É ISSO MESMO PRODUÇÃO? –Falei brincando e ele sorria novamente, assentindo. Entramos e ele logo se arrumou, bom, nem tanto. Apenas colocou algo que não fosse um pijama, que era o que eu vestia, com um cobertor por cima de mim no sofá enquanto passava ´A culpa é das estrelas´ na TV.

 -Já vou indo. –Ele disse e notei que ele não carregava nada, apenas seu celular.

 -Você e o Harry combinaram de se pegar e eu não to sabendo é?

 -Talvez em sonho...

 -Qualquer coisa me ligue, Tommo. –Foi a última coisa que eu disse antes de ele deixar um beijo em minha bochecha e sair.

  Fiquei me perguntando onde ele iria, ou melhor, com quem iria.

 Claro, se fosse com quem eu estou imaginando, eu sabia quem poderia saber de algo.

 Peguei meu celular encontrando seu contato em uma das primeiras conversas, já que eu conversava constantemente com ele sobre o Harry e o Louis.

--x—

 Eu: GAZELA LOIRA OXIGENADA DO MEU CORAÇÃOOOO

 Niall: Que que é criatura?

 Eu: Ai, tá de mal humor é?

 Niall: NÃO MINHA MORENINHA, NO QUE O TITIO HORAN PODE TE AJUDAR, VIDINHA?

 Eu: O Lou saiu.

 Niall: Não perguntei.

 Eu: Não sou movida á sua pergunta, mas é sério Horan! Você sabe do Harry?

 Niall: OTP TÁ JUNTO

 Eu: O HARRY DISSE QUE IA SAIR TAMBÉM?

 Niall: Não, ele disse que a mãe dele ia ir na casa dele essa noite.

 Eu: Como Larry Shippers são iludidas... por um momento até achei que o OTP tinha marcado de se encontrar...

 Niall: Vou ter que ir, Josh tá chamando.

 Eu: Quero nem imaginar pra que.

 Niall: Nem imagina mesmo *Cara da lua*

 Eu: Depois reclama que eu não tenho sanidade, mas você mesmo me tira ela! Agora vai lá pro teu homem.

--x—

 Soltei uma risada, esse Niall era incrível. Fiquei novamente me perguntando onde Louis havia ido, mas do que adianta esses pensamentos? Não era assim que eu iria descobrir mesmo...

 

Pov. Louis.

 

 ´Siga em frente´, era isso que eu escutava da boca de várias pessoas diariamente. Do Niall, do Liam, do Zayn, e agora, principalmente da Mia.

 Mas, afinal, o que é seguir em frente? É passar os finais de semana enchendo a cara pra ver se esquece um amor falido?

 Se é, parabéns pra mim, eu cumpro muito bem esse papel. Não faço a mínima ideia de quantas cervejas já tomei e de quantos cigarros já pus um fim. Se duvidar, nem onde eu estou eu sei, e talvez eu não lembre do caminho pra casa, afinal, deixei o carro e vim caminhando.

 Chovia, era mais de onze horas, eu certamente não estava mais sóbrio. Pensei em ligar pra Mia, mas eu só iria encomodá-la.

 Fiquei me perguntando no que eu havia me tornado. Frio. Distante. Parecia sem vida, e talvez eu estivesse assim mesmo.

 ´Lute´, Mia me dizia isso também diariamente, eu escutava, e sorria como se eu tivesse forças pra tal coisa, mas eu sabia que não tinha. Eu procurava, procurava, mas essa força evaporava.

 Tudo começou á girar, e por um momento prendi a respiração com vontade de colocar tudo que eu havia bebido pra fora. Tentei me levantar, mas minhas pernas não tinham força.

 -Louis? Louis você está bem? –Ouvi Mick perguntando. Claro. Eu escolhi vir no bar onde eu e Harry vínhamos as vezes, e conhecíamos Mick de anos, então ele sabia.

 Tentei negar, pedir ajuda, qualquer coisa, mas uma escuridão tomou totalmente conta de meus olhos antes de eu sentir meu corpo tremer por inteiro e cair no chão.

 

Pov. Harry.

 

 LA, 00: 24 pm.

 

 Possivelmente eu estaria no quinto sono se meu celular não estivesse vibrando em baixo do travesseiro.

 Liguei o abajur abrindo os olhos devagar e me encomodando com sua luz, mas ao ver o nome brilhar na tela, me assutei.

 ---x---

 Eu: Louis? O que foi?

 Mick: Harry, sou eu, o Mick.

 Eu: Mick? O que você faz... com o celular do Louis?

 Mick: É meio complicado de explicar, mas será que você pode vir pro hospital?

 Eu: Hospital? Aconteceu alguma coisa com vocês?

 Mick: Comigo não, é com o Louis.

 Eu: Estou indo.

---x---

 Claro. Eu deveria imaginar. Me levantei pela segunda vez no dia contra a minha vontade e tirei meu pijama sem mais nem menos e fui rápido até o carro, quase esquecendo de chavear a porta de tão aflito.

 O que teria acontecido? O que Mick estaria fazendo com o celular do Louis? Ele deveria estar em casa uma hora dessas, certo? Eram muitas perguntas, e ao chegar no hospital, logo vi Mick sentado na sala de espera e fui ofegante até ele.

 -Mick? –Ele me olhou e percebi que sua expressão era calma. –O que aconteceu? –Perguntei depois de nos cumprimentarmos.

 -Meio que o Louis bebeu demais. –Suspirei.

 -Típico. Ele desmaiou, não é?

 -Exatamente, aí eu não consegui pensar em ninguém mais pra ficar com ele. O médico disse que pode levar ele pra casa, porque ele só está dormindo muito profundo, já tomou soro e tudo. –Suspirei mais uma vez. Era só o que faltava.

 -Isso é sério?

 -Muito mais que sério.

.......................................................................

 -Só você, Louis. –Disse enquanto o deitava em minha cama e o cobria. Seu rosto era quente e pálido, e pra começo de conversa, eu nem deveria estar fazendo isso. Deveria sim é ter ligado pra Mia, mas eu á encomodaria e trazer o Louis pra casa novamente não me pareceu uma coisa pra se preocupar tanto.

 Depois que o cobri, fiquei o observando. Tão lindo... o mesmo efeito de quando nos conhecemos ainda estava presente ali.

 A mesma forma que eu o amei cada dia dos meses que estivemos juntos ainda estava presente no meu coração. Eu estava colocando tudo á perder, não? Eu poderia estar enfrentando tudo de cabeça erguida, mas não, eu me deixei colocarem no chão, obedecendo regras estúpidas.

 Eu deveria estar lutando pela pessoa que eu amo, deveria estar com ele, deveria ser o motivo do seu sorriso novamente, ser o motivo do brilho em seus olhos mais uma vez. Nem que fosse apenas mais uma vez.

 Me sentei ao seu lado na cama de leve pra ele não acordar e passei minha mão de leve por seus cabelos.

 

 -And it's alright

Calling out for somebody to hold tonight

When you're lost, you'll find a way

I'll be your light

You'll never feel like you're alone

I'll make this feel like home... (...) –Deixei um beijo de leve em sua testa e me dirigi pra sair do quarto, mas voltei ao ver seu celular tocar, era Mia.

---x---

 Mia: Louis William Tomlinson se você não voltar em vinte minutos você vai ganhar um tapa na cara com a força da mão do Harry!

 Eu: Minha mão tem tanta força assim?

 Mia: HARRY? OH, MEU DEUS, ATRAPALHEI!?

 Eu: Não... eu e o Louis não estávamos fazendo nada. É o seguinte, ele passou meio mal... você se importa de ele ficar aqui essa noite? Amanhã eu o levo pra casa, pode ser?

 Mia: MAS CLARO QUE PODE! Cuida bem do menino aí...

 Eu: Pode deixar.

 Mia: Até amanhã, metade do meu OTP!

 Eu: Você anda convivendo demais com o Niall. Boa noite, Mia.

 Mia: Boa noite, Harry.

---x---

 Deixei seu celular em cima do criado mudo e vi ele se mexer, agarrando um travesseiro. Sorri com aquela cena, mas antes de fazer qualquer coisa, saí do quarto, me escorando na porta e respirando fundo.

 -Eu vou lutar por nós. Nem que seja á última coisa que eu faça. –Disse olhando pro nada, mas aquela promessa, eu teria que cumprir.

.......................................................................

 

 Passava das nove da manhã, eu mal consegui dormir noite me perguntando se ele estava bem ou se já havia acordado, me perguntando se acharia ruim o fato de eu ter trazido ele pra cá, o que eu achava difícil, mas vai saber.

 Depois de colocar todo o café que eu havia preparado em uma bandeja, subi as escadas cuidando pra não deixar nada cair no chão, e entrei devagar no quarto.

 Ele ainda dormia, ainda abraçado no travesseiro, e continuava pálido. Percebi que mesmo por baixo do cobertor ele estava encolhido, e me preocupei ao ver que ele suava.

 Deixei a bandeja na mesinha e fui até ele colocando minha mão em sua testa e vendo que ele estava fervendo.

 -Lou... Louis acorda! –Balancei seus ombros de leve e tentei tirar o travesseiro de seus braços, mas ele reclamou e se mexeu um pouco.

 -Ai Mia, me deixa, que coisa! –Disse e depois respirou fundo, com o travesseiro em seu rosto, e só então pareceu despertar, com o cheiro... –Harry... –Meu nome saiu arrastado de sua boca e ele tossia.

 -Abre os olhos, sou eu que estou aqui, não a Mia. –Pedi.

 -É só um sonho.

 -Louis. Não é um sonho, abre os olhos. –Pedi novamente e ele abriu seus olhinhos devagar.

 -Harry... é você mesmo? Não... não é um sonho? –Perguntou me olhando, como se precisasse daquilo pra acreditar que eu não era uma ilusão da sua mente. Vi o mesmo fazer uma careta e se levantar rápido correndo até o banheiro, se escorando no vaso e colocando tudo pra fora. Corri até ele e fiquei tirando seus cabelos do rosto e afagando suas costas. Depois de uns suspiros ele me olhava novamente.

 -Eu nunca mais quero acordar! –Me assustei ao sentir ele agarrar meu pescoço, mas sorri por seu ato e retribuí.

 -Lou, você precisa comer alguma coisa, eu estarei aqui. –Falei e ele assentiu me olhando. Seus olhos pareciam cansados, na verdade, todo ele parecia assim.

 -Eu estou com frio... –Disse enquanto ia direto pra cama e se sentava na beirada.

 -Está se sentindo fébril? –Perguntei.

 -Não sei... me toca e vê se eu estou com febre? –Sorri com seu pedido, e assim fiz. Toquei sua testa, bochechas, pescoço, e ele fechava os olhos e sorria fraco.

 -É, eu acho que sim. Vai tomando café que eu vou buscar um remédio. –Falei e me dirigi pra fora do quarto. Foi melhor do que eu imaginava que seria, mas eu estava preocupado, ele estava extremamente quente.

 Voltei com o remédio e ele tomou, e fiquei o observando enquanto tomava seu café.

 -O que... o que aconteceu? Eu não lembro de nada... –Disse se virando pra mim e suspirei.

 -Ontem á noite, você bebeu. Bebeu muito, e passou mal, aí eu te trouxe pra cá, o Mick me ligou pedindo ajuda, espero que não se importe. –Disse sorrindo, ele retribuiu.

 -Claro que não, eu estava... com saudades... –Ele disse colocando sua mão em seu braço direito, lhe dando um ar inocente.

 -Eu também estava, Lou. –Meu olhar intercalou entre seus olhos e sua boca. Eu não podia... era errado? Isso é tão errado?

 -Tudo bem? –Sua voz fraca me despertou e assenti.

 -Sim, agora você vai deitar nessa cama e vai descansar. –Disse e ele soltou uma pequena risada, o que me fez sorrir também.

 E assim ele fez, se deitou no mesmo lugar de 

E assim ele fez, se deitou no mesmo lugar de antes. Onde ele costumava deitar.

 -Eu senti falta desse cheiro... –Disse enquanto eu o olhava e o cobria com o cobertor até a cintura. –Harry...?

 -Sim? Está sentindo alguma coisa? –Perguntei.

 -Saudade. –Franzi a testa com sua resposta. Ele só podia estar delirando. –Saudade de nós dois... deita comigo? Pelo menos até eu dormir? Por favor? –Como resistir á Louis Tomlinson? Fiz o que ele pediu. Me deitei ao seu lado, passando meu braço por seu pescoço e ele deitava no mesmo, sorrindo. Senti ele passar as mãos pela minha cintura, fechando seus olhos.

 Em poucos minutos, ele dormia, e por um tempo fiquei o observando, as vezes colocando minha outra mão sobre sua testa, e o remédio parecia estar fazendo efeito, pois sua febre parecia estar baixando. Sem querer, acabei dormindo abraçado o seu lado, como nunca deveria ter deixado de ser.

........................................................................

 -Lou, acorda. –Chamei depois de ver que passava das três da tarde. Ele se mexeu um pouco ao meu lado, abrindo os olhos devagar.

 -Oi... –Disse sorrindo.

 -Se sente um pouco melhor? –Perguntei colocando minha mão em sua testa, percebendo que estava menos quente.

 -Você ficou comigo. –Disse fitando meus olhos.

 -Claro que eu fiquei... –Desviei meu olhar do seu, eu não queria ficar com mais vontade.

 -Hey, obrigado. –O olhei novamente. –Estou me sentindo bem, ou, melhor do que antes com certeza.

 -Eu... eu acho melhor a gente ligar pra Mia. –Levantei, ele continuava me olhando.

 -Você não gosta mais da minha compania? –Ele só podia estar brincando comigo, só podia.

 -Lou, não é isso, mas você sabe... ah, você sabe do que eu estou falando. –Passei a mão pelos cabelos e ele fez sinal pra eu sentar ao seu lado, e assim fiz.

 -Você ainda acha que vale á pena? –Travei com sua pergunta. Claro que eu achava que valia, mas quais eram as proporções de dar certo?

 -Você acha que vale? Mesmo sabendo que isso pode dar errado? –Perguntei.

 -Me permite fazer uma coisa? –Franzi a testa, mas concordei. –Feche seus olhos. –Respirei fundo, e assim fiz.

 Ele tem as melhores ideias, eu sei que tem. Tem a capacidade de me fazer esquecer todas as dúvidas, todas as incertezas apenas com um beijo.

 -Eu por você, você por mim. –Afirmou, descolando nossos lábios.

 -Eu por você, você por mim. –Afirmei.

 Eu tive a certeza que eu precisava. Ele aceitaria lutar comigo. A força que eu achava que já não existia mais, é ele. O que eu precisava pra lutar, era ele, e agora, é só isso que eu preciso fazer.

 

 Lutar .


Notas Finais


Oinw gente, pode me amar que eu deixo ^-^
Eu sou legal
*A música meio pombo ali fui eu que escrevi (SORRY, É UMA MERDA)
Espero que tenham gostado, obrigado por tudo, amo vcs pessoas <3
Até o próximo, bj
~N.


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