História Diário de um alfa ; ChanBaek - Troca de mensagens

No fim da tarde, ChanYeol teve que deixar Baek e seguir seu caminho, o cheiro que o pequeno deixou em sua roupa, talvez ele nunca mais fosse lavar aquela camisa azul do colégio. Como ChanYeol iria conquistar o pequeno ômega ele não sabia, mas tentaria de todas as formas possíveis. Talvez doces... Talvez Baek fosse gostar, mas e se ele não gostasse?

— Nossas almas estão ligadas? Eu não paro de pensar nele... Eu conheço ele desde... Na verdade, conheci ele hoje... Eu pareço doente, nunca senti isso por outra pessoa. — ChanYeol falava sozinho.

— Falando sozinho novamente? — Kai entrou, como sempre, sem nem bater na porta.

— Aquele maldito ômega... — O mais novo sussurrou.

— Conheceu ele hoje, babaca. — Kai deu risada se jogando no sofá.

— Você conversou pela primeira vez com KyungSoo hoje e já está pensando nele. — ChanYeol encarou o mais velho.

— Talvez, mas pelo menos conheço ele à três anos e a comida dele é boa... Eu gosto. — Kai fez uma cara estranha.

É... Kai tinha razão, ChanYeol conheceu ele hoje e já achava que era amor? Era apenas mais um ômega bobo com um cheiro bom e marcante. Deve ser os hormônios falando mais alto, e se ChanYeol fosse apenas se aproveitar do pequeno garoto? Ele parecia inocente... Seu rosto e o formato da sua cintura deixava ChanYeol com cara de idiota lembrando daquela incomparável beleza. Seria mais fácil se pelo acaso do destino, ChanYeol fosse apenas um beta, assim o problema relacionado ao cio não existiria.

— Acho melhor esquecer tudo isso. — ChanYeol sussurrou para si mesmo e se levantou.

— BaekHyun... Foto bonita... — Kai jogou o celular em direção à ChanYeol, que segurou o aparelho e olhou para a tela.

Por alguns segundos o mais novo ficou sorrindo bobo, olhando agora aquela foto. Baek usava uma lente azul e uma roupa que caía muito bem nele, inclusive, ficava muito bonito graças ao se tom de pele. Sua boca rosada deixava a mente de ChanYeol com alguns pensamentos não tão puros, mas nada de mais, eu acho... 

— Irei conversar com ele! — Chan sorriu e devolveu o celular para Kai, já que haviam mensagens frenéticas e sem noção de KyungSoo.

Pegou seu celular e digitou rapidamente o nome do ômega em sua rede social. Ao revirar o perfil do mais novo, mandou solicitação e esperou por alguns minutos aterrorizantes. Chan estava nervoso, o ômega iria aceitar?

     "Esperava por isso."

Chan quase derrubou seu celular ao ler a mensagem do garoto de pele clara. Mordeu os lábios e finalmente o mais novo aceitou sua solicitação, deixando agora mais fotos visíveis para o alfa.

     "Te achei pelo acaso, estava apenas navegando."

     "Oh, sei... Mas me conte, oque está fazendo de divertido?"

     "Nada, afinal, estou sozinho..."

     "Estranho, encontrei seu amigo e ele disse que iria te vistar. Será que aconteceu algo?"

     "Ah, Kai? Ele já foi, só veio conversar um pouco."

ChanYeol achou mesmo que Baek iria sair de sua cama quentinha e ir para sua casa? BaekHyun deixou o alfa tão focado nas mensagens que ele nem pode perceber os sorrisos bobos de Kai perante as mensagens de KyungSoo. No fim da tarde Kai foi embora, e os dedos de ChanYeol faziam movimentos frenéticos na tela do celular. Até que Baek disse que precisava dormir pois amanhã iria para o colégio, que para a infelicidade do alfa, não seria o mesmo. Na mensagem, apenas um boa noite comum, mas em sua mente, em sua boca, em seu coração...

— Eu te amo...

Não! Aquilo não podia ser verdade. Chan se levantou, jogou o celular no sofá e foi para o banheiro. Lavou o rosto e ficou se olhando no espelho, pensando se teria chances com tal obra prima que era o ômega. Ao entrar no chuveiro, percebeu que pensava no mais novo, até seus pensamentos causarem um problema não tão pequeno, em todos os sentidos. Ele tentava resolver com água fria, quente ou morna, mas era inútil. Ele não queria se rebaixar e usar suas mãos, que coisa mais... Sem noção!

— Maldito ômega...

Levou suas mãos até aquela base, que estava firme feito uma rocha, mas não vamos exagerar. Com movimentos de vai e vem devagar ele se corroía de raiva, não devia estar fazendo aquilo. A cada movimento ele podia ouvir a voz de Baek sussurrando seu nome, mas ele nem se quer era amigo daquele garoto. Para acabar logo com aquilo, que era um profissional quando se tratava de "resolver problemas com as mãos", começou a fazer movimentos frenéticos, mordendo seus lábios e imaginando cenas nada inocentes com o causador de tanta encrenca. Logo havia resolvido, mas tinha vontade de ruir de si mesmo por ser tão impotente. Se enrolou numa toalha branca e caminhou até o quarto, onde se secou feito uma "mulherzinha" e vestiu uma cueca qualquer, que parecia mais um shorts, ele poderia andar livremente com apenas aquela peça. Pegou novamente seu celular e continuou a fuçar uma rede social alheia, cujo pertencia à Baek, mas encontrou oque não queria. Uma foto de dois anos atrás de BaekHyun agarrado em outro homem, pareciam felizes. Chan fingiu que estava tudo bem, mas na verdade estava consumido por ciúmes.

— Porque ele está abraçado nesse... Projeto de... Ah, nesse idiota? — Chan perguntou para si mesmo. — Na verdade, porque eu estou me importando? Eu sou bem mais bonito, sarado e gostoso do que esse merdinha! 

Foi aí que ele prestou atenção no contexto da foto e na legenda. Era o pai de Baek.

— "Feliz dia dos pais?" — Chan olhou confuso. — O pai dele é mais bonito do que eu!

Sim, é a mesma pessoa que à dez segundos antes disse que o cara não chegava aos seus pés. Agora ele se deu conta que estava sentindo ciúmes de algo que não pertencia à ele.

BaekHyun:

Eu esperava que o mais velho me mandasse mensagem, mas não esperava que nossa conversa iria além do clichê de apresentações simples. Após desligar o telefone, imaginava oque o alfa estava fazendo. Talvez jantando ou vendo vídeos engraçados na internet. Ele parecia ser educado, porque Baek pensaria coisas ruins dele? Baek deve ser bem mais... Pervertido do que ele. Suas mãozinhas desceram até sua cueca para causar um problema. Logo algo pequeno acordou, Baek chamava ele de Hyunie. Alguém pedia por carinho, e Baek não negou, suas mãozinhas subiam e desciam acariciando a região rosada de Baek, mas o problema era seu lubrificante natural escorrendo pela cueca. Ele se irritou, levantou da cama e tirou a cueca, ficando completamente nu. Ele iria resolver aquilo do seu jeito. Hyunie era apenas seu brinquedo, ele mandava e o bichinho obedecia, mas ele tinha dó, precisava fazer o bebê dormir, ou ele faria escândalo e faria o maior sentir dor. Quando seu pequeno havia dormido, Baek vestiu a cueca e foi lavar as mãos. Se olhou no espelho e sorriu, Chan devia achar que ele realmente era um neném inocente. 

— Ah, se você soubesse disso, alfa bonitão... — Baek mordeu o lábio desenhando um coração no espelho.

Agora ele iria dormir calmamente, já que a masturbação fazia parte de sua rotina diária. Bem no fundo, ele era inocente, em certos pontos. Um deles era tratar seu membro como um filho, um bebê. Ele também não tinha muita noção do tamanho que aquilo podia chegar, achava que aquele era o limite, que o seu era o maior do mundo. Ele também não sabia para oque servia aquele líquido "escorregadio" que saía de dentro dele, talvez fosse apenas feito para incomodar e molhar a cueca de Baek. Mas isso não vinha ao caso, um dia ele talvez fosse descobrir.