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História Diário de uma fã - Capítulo vinte e oito


Escrita por: myprinceshawn

Capítulo 28 - Capítulo vinte e oito


Me afastei dele contrariada, encostando novamente a cabeça no seu peito.

— Eu preciso ir. – Disse sem vontade. Mas era verdade, precisava ir, se não iria perder o voo.

— Agora eu entendo o quanto é ruim estar do outro lado da moeda. – Ele disse me apertando nos seus braços.

— Isso é para você aprender o quanto essas palavras são ruins, e precisam ser tiradas o quanto antes do seu vocabulário.

— E se for para dizer que eu preciso ir te ver?

— Aí você pode fazer uma exceção. – Eu disse me afastando e ficando de frente para ele.

— Só nesse caso? – Ele perguntou sorrindo, seu olhar percorrendo dos meus olhos a minha boca enquanto ele se aproximava novamente.

— Só. – Eu sussurrei quando sua boca estava a centímetros da minha. Então ele me deu um longo selinho, seguida de uma mordida leve no queixo e se afastou.

— Vamos então. Eu te levo até o saguão. – Ele disse se levantando e me puxando junto.

— Está bem, eu só preciso pegar a mala no quarto. – Eu disse enquanto saíamos da suíte.

Entramos no elevador, e eu abracei Shawn pela cintura, não queria ter que me separar dele. Ele me apertou nos seus braços, apoiando o queixo na minha cabeça, eu poderia ficar ali por anos sem me cansar. Mas então a porta do elevador se abriu e ele me soltou. Shawn abriu a porta do quarto para mim, e eu fiquei pensando porque ele sempre fazia isso. Cavalheirismo, eu acho. Eu poderia abrir as minhas próprias portas, mas gostava quando ele fazia. Shawn me ajudou a tirar a mala de cima da cama, parando no corredor.

— É só isso. – Eu disse dando mais uma olhada no quarto, não sei porque sempre tinha a impressão de que estava esquecendo alguma coisa.

— E você vai assim? – Shawn perguntou levantando a sobrancelha.

— Assim como? – Olhei para ver se realmente não havia derrubado molho na blusa, mas estava tudo certo.

— Com essa saia? – Segurei a vontade de rir, ele só podia estar brincando, mas a expressão séria dele indicava que não era nem de perto brincadeira. Não era possível que ele não havia esquecido a minha saia!

— Vou, por quê? – Perguntei enquanto ele me olhava sério, pendendo a cabeça um pouco de lado.

— Não, você não vai. – Ele disse naquele mesmo tom em que encerrava os assuntos.

— Eu não me lembro de ter lido a cláusula que dizia que você poderia mandar nas minhas roupas. – Disse indignada.

— Tudo bem. Nós temos o dia inteiro, não sou eu que vou perder o voo. – Ele disse encostando-se à porta e cruzando os braços.

— Não seja bobo Shawn, eu já guardei todas as roupas. – Estava pensando seriamente se ele ficaria ali até eu trocar de roupa. Não que eu me importasse, mas se eu perdesse o voo minha mãe me colocaria de castigo para o resto da vida sem sair de casa, e isso incluía os shows do Shawn.

— Não seja por isso, eu pego para você. – Ele disse se abaixando para pegar a mala.

— Não. – Quase gritei no susto, me lembrando da bagunça que estava minha mala. – Da licença então. – Pedi de má vontade, ele saiu sorrindo triunfante, fechando a porta em seguida.

Abri a mala, pegando uma calça jeans no meio do ninho de roupas emboladas, percebendo que ela estava um pouco amarrotada. Dei com os ombros, vestiria assim mesmo, e era bom que ele não reclamasse ou iria com a saia, ele querendo ou não. Vesti a calça, olhando no grande espelho que tinha na parede, não parecia tão ruim, mas a saia estava bem melhor. Abri a porta emburrada, e ele me recebeu com um sorriso, me desarmando totalmente.

— Agora sim. – Ele disse satisfeito.

— Idiota. – Murmurei ao passar por ele puxando a mala. Ele fechou a porta do quarto e veio atrás de mim pegando a mala da minha mão. Entramos no elevador e eu desisti de ficar emburrada com ele, afinal, não sabia quando o veria de novo. – Eu vou sentir saudades. – Eu disse baixinho, e ele sorriu abertamente me puxando num abraço.

— Achei que iria embora brava comigo.

— Eu tentei. – Admiti.

— Que bom que não conseguiu. A propósito, também vou sentir a sua falta, amor. – Senti meu corpo todo estremecer com aquelas palavras.

— O que você disse? – Perguntei me afastando, apenas o suficiente para olhar dentro dos seus olhos.

— Que eu também vou sentir saudades.

— Não, o que você disse depois.

— Amor?

— Sim, eu gostei disso. Pode repetir?

— Amor. – Ele disse sorrindo.

— De novo?

— Amor, amor e amor. – Meu coração batia feito louco quase me deixando sem ar. Joguei os braços pelo seu pescoço tentando segurar as lágrimas de emoção.

— Eu amo você. – Eu disse baixinho. Então senti seus lábios nos meus, sendo a melhor coisa que eu poderia sentir na vida. O beijei com toda a vontade que meu corpo pedia. Eu o amava, e amava muito, mais até do que a mim mesma, mais do que meu coração era capaz de suportar, mas do que eu conseguiria ser capaz de entender, e mais do que qualquer coisa no mundo. Na verdade, ele era o meu mundo, pois nada mais faria sentido se ele não estivesse aqui.

A porta do elevador abriu e nós nos afastamos.

— Deixa que eu cuido de tudo na recepção. – Ele disse segurando a porta.

— Obrigada. – O abracei novamente. Não queria ter que soltá-lo, mas fiz, ainda que com o coração na mão.

— Boa viagem. – Ele pegou minha mão, beijando delicadamente.

— Tchau. – Disse segurando as lágrimas e me virando, enquanto ele soltava minha mão aos poucos. Calma Luiza, você não pode chorar agora! Eu repetia para mim mesma enquanto puxava minha mala pelo saguão. Entreguei o cartão para o Sr. Giane, que também me desejou boa viagem e encontrei o Owen sentado em uma poltrona à minha espera.

— Vamos então. – Ele disse ao se levantar.

— Vamos. – Concordei, reprimindo a vontade de largar tudo e correr de volta para Shawn. Como era difícil saber que ele estava a poucos metros de distância e não poder estar nos seus braços. Owen me levou até o aeroporto e cuidou de toda a parte burocrática para mim. O agradeci, embarcando em seguida, mas deixando meu coração ali, naquela cidade, naquele quarto de hotel.

A viagem foi tranquila, não continha mais a mesma ansiedade da ida, apenas as lembranças de outro fim de semana perfeito, da continuação de um sonho, do melhor sonho da minha vida, do qual eu queria poder não acordar nunca mais. Assim que cheguei em Oshawa meu pai e Lily foram me buscar no aeroporto e passamos a tarde toda no shopping passeando e olhando vitrines enquanto eu contava como havia sido a viagem. Lily me ajudou a escolher um vestido e meu pai me deu um sapato de presente de aniversário antecipado.

Minha mãe foi me buscar na rodoviária na segunda-feira de manhã, eu havia perdido mais um dia de aula e ela não tinha gostado nada disso. Mas no fim ela acabou se entretendo enquanto eu contava os detalhes de como havia sido a gravação, que para ela parecia muito interessante. Repeti o mesmo discurso para Julia assim que a encontrei na escola, acrescentando a parte que havia almoçado com Shawn. Eu ainda me sentia culpada em esconder algumas coisas dela, mas não queria nem pensar na possibilidade de falar para alguém o que havia acontecido no sábado à noite. Mas ainda assim ela mal acreditou no que eu disse, dando pulos de alegria.

O programa passou na sexta à noite, e felizmente o canal pegava na TV de casa. Julia veio assistir comigo, e ficou constantemente perguntando a onde eu estava e quando eu apareceria, e só ficou satisfeita quando me viu por alguns segundos no canto da tela completamente deslocada. Ver Shawn novamente, ainda que pela TV foi maravilhoso, me fez lembrar de tudo que havia sentido ali naquela plateia há poucos metros dele, e toda a emoção tomou conta de mim. Eu pulei de felicidade quando ele entrou, e chorei de emoção ao vê-lo ir embora, sem desgrudar por um segundo os olhos da televisão.


Notas Finais


Recadinho: Vocês querem que eu faça apresentação dos personagens? Eu sei que já estamos quase na metade da história, mas eu tenho fotos e posso fazer um post só pra isso. Me digam o que acham! <3


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