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História Diário de uma fã - Capítulo trinta e um


Escrita por: myprinceshawn

Capítulo 31 - Capítulo trinta e um


Estava caminhando em direção a praça. O vento batia nos meus cabelos, eu havia esquecido meu casaco, mas não estava com frio. Shawn já estava lá, sentado no mesmo banco, mas quando me viu não sorriu. Me aproximei confusa enquanto ele me olhava atento e sentei ao lado dele.

— Preciso te dizer algo. – Ele começou a falar, sua voz fria e calma.

— O que? – Estava assustada.

— Não vamos mais nos ver.

— Por quê? – Perguntei aflita.

— Encontrei outra pessoa.

— Como assim Shawn? E nós?

— Não existe mais nós. – Ele disse duramente. Nunca o tinha visto assim, e estava completamente desesperada.

— Mas você disse… – A lágrimas rolavam pelo meu rosto, eu estava perdendo-o, perdendo parte de mim.

— Eu menti. Por que você acha que eu olharia para alguém como você? – Ele ria.

— Eu achei… – Disse baixinho em meio as lágrimas

— Achou errado! – Ele disse se levantando. Então uma mulher surgiu atrás dele se aproximando de nós. Eu a reconheci, era a mulher loira do pub em Nova Iorque. Mas o que ela fazia aqui? – Lembra dela? – Shawn perguntou.

— Lembro. – Disse me levantando surpresa.

— Nós estamos namorando. – Ele disse abraçando-a e a beijando na minha frente.

— Como assim? Você… – As palavras pararam na minha garganta e eu não consegui falar.

— Você achou que eu a trocaria por você? – Ele perguntou rindo – Olha para ela e olha para você. — Abracei o meu corpo tremendo, estava doendo e estava doendo muito.

— Mas eu te amo! – Eu disse baixinho.

— Não seja boba! – Ele disse, e os dois riam de mim. Minhas pernas cederam, e eu caí no chão sentindo um buraco se abrir no meu peito, eu não podia ficar sem ele. Abracei minhas pernas ainda deitada no chão, soluçando descontroladamente em meio as lágrimas enquanto os dois gargalhavam cada vez mais alto.

Acordei assustada, meu coração estava disparado, a respiração ofegante e a garganta seca. Levei a mão aos olhos, estava chorando. Sentei na cama tentando me acalmar. Foi só um sonho ruim, só um sonho ruim! Repetia para mim mesma. Mas parecia tão real, eu senti doer, eu senti a cratera se abrindo no meu peito. Deitei de volta na cama chorando descontroladamente, era como se uma parte de mim esperasse que isso pudesse acontecer a qualquer momento. Mas foi só um sonho, só um sonho ruim! Não consegui dormir mais, parei de chorar após algum tempo, tentando afastar as lembranças do pesadelo na minha cabeça, mas parecia muito difícil. Levantei, descendo até a cozinha um pouco desnorteada. Peguei um pouco de água na geladeira e sentei em uma das cadeiras. O que estava havendo comigo? Foi só um pesadelo, nada era real! Mas o medo de perdê-lo havia sido real demais para mim. Coloquei o copo de volta na pia e voltei para o quarto ainda apreensiva. Quando estava no meio da escada ouvi meu celular tocando ao longe. Corri o mais rápido que eu podia, me jogando na cama para atendê-lo.

— Alô.

— Te acordei? – A voz calma de Shawn perguntou no outro lado, sem frieza, sem rispidez. Sem que eu percebesse as lágrimas começaram a rolar de novo pelo meu rosto.

— Não, não estava conseguindo dormir.

— Por quê?

— Nada de importante.

— Hum. E advinha onde eu estou agora?

— Onde? – Perguntei confusa, tentando me lembrar da agenda de shows dele dessa semana.

— Em uma pequena praça em uma cidade chamada Whitby, conhece?

— Sério? – Perguntei dando um pulo da cama.

— Sim. Estou esperando uma bela moça vir aqui me fazer companhia.

— E será que ela demora? – A sua voz doce acalmava meu coração, e cada vez mais parecia ter sido só um sonho bobo.

— Não sei, mas acho que não. Parece que ela não está conseguindo dormir.

— Ela só teve um sonho ruim.

— Então eu vou esperar ela chegar até aqui para me contar o que houve.

— Tudo bem. – Desliguei o telefone sorrindo de alívio e felicidade. Troquei de roupa rapidamente e desci as escadas correndo. Entrei na cozinha novamente, pegando um saquinho de plásticos com algumas coisas que reservei para a próxima vez que Shawn viesse, e saí pela porta, quase atravessando o portão. Caminhei o mais depressa possível, mas parecia que minhas pernas estavam contra a mim, me impedindo de chegar mais rápido até ele. Quando virei a esquina pude vê-lo, lindo como sempre, de casaco cinza. Ao me ver ele sorriu, fazendo meu coração derreter. Quase corri até ele, sentindo minhas pernas bambas, mas não pararia por nada até estar nos seus braços.

Ele se levantou assim que me aproximei, e eu me joguei nos seus braços, o apertando o máximo que eu podia, segurando a vontade de chorar novamente. Ele estava ali, era real. Eu estava abraçando-o, e meu peito estava inteiro. Nada mais parecia importar, nenhuma preocupação, nenhum sonho ruim. Ele era a única coisa que me importava, era ele que mantinha meu coração inteiro, era por ele cada um dos meus sorrisos, e ele estava ali agora, nos meus braços, me fazendo a garota mais feliz do mundo.

— Quer me contar sobre o sonho? – Ele perguntou me soltando.

— Não tem importância agora. – E era verdade. Eu me sentia feliz, e não queria me lembrar daquele sonho bobo.

— Tudo bem. O que é isso? – Ele apontou para o saquinho que eu estava carregando.

— Jujubas! – Eu disse animada enquanto sentava.

— Meu Deus, você é uma formiga! – Ele disse rindo, e se sentando ao meu lado.

— Está reclamando?

— Eu não!

— Ah, que bom! Porque eu trouxe marshmallow também.

— Sério? – Ele perguntou enquanto eu passava um saquinho com marshmallows para ele. – Eu não deveria comer essas coisas.

— Eu não conto se você não contar! – Ele deu uma gargalhada gostosa, que soou como música para os meus ouvidos.

— Você vai me levar para o mau caminho.

— Então agora eu sou mau exemplo? – Me aproximei dele.

— Você? Com certeza! – Shawn diminuiu o espaço entre nós, e quando ia me beijar, eu enfiei um marshmallow na boca dele, que riu e revirou os olhos. – E como foi o aniversário hoje?

— Foi muito bom. Eu acordei com lindas flores no meu quarto – ele sorriu. – Depois eu fui ao shopping com o Frederico e a Julia, me fizeram uma festa surpresa quando cheguei em casa, e meu pai estava lá!

— Uma festa? Que legal! E como foi?

— Não foi bem uma festa, foi mais um bolo para os mais íntimos. Mas foi bem legal, fiquei morrendo de vergonha. 
— Vergonha de quê?

— Não me sinto à vontade sendo o centro das atenções, a além disso, a parte do “Com quem será?” foi constrangedora!

— Por quê?

— Frederico quis fazer graça, e gritou bem alto “Vai depender se o Shawn Mendes vai querer”, e claro que todos riram.

— Ele sabe sobre nós?

— Não, mas ele sabe do meu amor por você.

— Então fala para ele que o Shawn Mendes aceita a proposta.

— Bobo! – Eu revirei os olhos, enquanto ele ria.

— Você só come as rosas? – Ele perguntou, indicando as jujubas com a cabeça.

— Digamos que sim.

— Porque “digamos”?

— Porque eu gosto das rosas, então como elas primeiros. Mas às vezes eu como todas, só que por cores. Da para entender?

— Da sim.

— Cada doido com a sua mania. – Dei com os ombros.

— Posso pegar as verdes?

— Você pode pegar a cor que quiser, a Julia geralmente pega todas as minhas amarelas.

— E se eu pegar as rosas?

— Aí nós vamos ter que brigar.

— Não vou arriscar então.

— Melhor assim! – Ele riu.

— É legal conhecer as suas manias.

— Para constatar meu estado de loucura?

— Talvez. – Nós dois rimos. – É brincadeira. Mas você é diferente de tudo aquilo que eu conheço.

— Diferente bom ou diferente ruim?

— Diferente bom.

— Tudo que é diferente causa aversão no começo.

— Não causa exatamente aversão.

— Eu sei, usei a palavra errada. Mas causa uma difícil aceitação.

— Tudo que é novo causa certo estranhamento, mas eu já passei dessa fase com você!

— Às vezes eu acho que a qualquer hora você vai cair em si e sair correndo de mim.

— É meio difícil, porque se eu sair correndo aqui, provavelmente vou ficar perdido.

— Idiota! – Eu disse rindo.

— Mas isso me preocupa.

— Ficar perdido?

— Não, é sério agora. Me preocupa você achar que eu possa fazer isso.

— É meio óbvio, não é? Qualquer pessoa te acharia louco.

— Louco por que?

— Olha para você e olha para mim.

— O que tem?

— Shawn, nós pertencemos a mundos tão diferentes!

— Mas quando existe amor verdadeiro entre duas pessoas, ele é capaz de criar pontes entre esses mundos diferentes.

— Duas pessoas loucas!

— Se te conforta, de louco todo mundo tem um pouco. E nesse momento eu estou louco por você!

— Eu também estou louca por você! – Eu disse me inclinando e beijando-o, enquanto ele segurava meu cabelo pela nuca.

— Obrigado por encher meu cabelo de marshmallow! – Eu disse me afastando.

— Desculpa. – Ele disse levantando as mãos em sinal de rendição.

— E como foi o show hoje?

— Não foi tão bom quanto a sua festa, mas estava ótimo. – Fiz uma careta para ele.

— Ah, tem fotos da festa no meu celular.

— Quero ver. – Peguei o celular, procurando as fotos e passei para ele.

— Eu saí horrível em todas! – Disse enquanto roubava dois marshmallows dele. Ele apenas revirou os olhos e continuou olhando as fotos, e eu comendo os doces. Em uma coisa ele estava certo, eu realmente era uma formiga ambulante, que teria que parar com isso, ou seria obrigada a entrar em uma dieta forçada.

— Esse Matheus que te ligou é o seu ex-namorado?

— Por que você está mexendo nas minhas ligações? – Perguntei surpresa.

— Vi por acaso. – Ele deu com os ombros. – Você não respondeu a minha pergunta. – Ele me encarava sério.

— É meu aniversário. Ele só ligou para me dar os parabéns!

— Para que?

— Ele apenas quis ser gentil! – Respondi enquanto ele me devolvia o celular.

— Quanta gentileza a dele! Normalmente isso tem outro nome. – Ele levantou, ainda me encarando.

— Larga de ser idiota, eu e o Mateus não temos mais nada! – Estava muito surpresa com a sua reação.

— Eu sou idiota? Então por que ele fica ligando para você? – Ele perguntou indignado.

— Ele apenas me deu parabéns por educação Shawn, nós ainda somos amigos.

— Fica difícil assim Luiza. Desde que ele voltou tem sido um tormento na minha cabeça, porque ele vai estar sempre mais perto de você do que eu. – Ele disse calmamente com um certo tom de tristeza na sua voz. Me levantei enquanto ele encarava o chão e segurei seu rosto entre as mãos para que ele olhasse para mim.

— Nunca ninguém vai estar mais perto de mim do que você, porque você está aqui dentro. – Toquei meu coração com uma das mãos. – Por favor, não fica assim. É meu aniversário, e eu não quero te ver desse jeito.

— Me desculpa. – Ele me puxou, me apertando em seus braços. O abracei pela cintura, e acostei a cabeça no seu peito. Ali em seus braços os problemas pareciam nem existir, tudo parecia mínimo demais perto do que eu estava sentido.

Inclinei minha cabeça para que ele pudesse me ouvir melhor.

— Sabia que você fica lindo quando está com ciúmes? – Eu disse sorrindo.

— Eu não estou com ciúmes. Só acho que…

— Psiu! – Interrompi.

— Está bem.

– Melhor assim! — Ele encostou o queixo na minha cabeça, e com uma das mãos acariciava o meu cabelo. Não sei quanto tempo se passou até que ele se afastou de mim. – A propósito, tenho algo para você. – Ele disse apalpando os bolsos, até que retirou um pequeno saquinho preto do bolso da jaqueta. – Feliz aniversário!

— Você não precisa me dar presentes Shawn! – Disse surpresa. Ele apenas encostou o dedo indicador sobre os meus lábios, como eu geralmente fazia, e pôs o saquinho na minha mão.

— Abre. – Ele pediu. O saquinho era de veludo preto, com uma fita de cetim vermelha formando um laço. Puxei a fita devagar, virei o saquinho para baixo, e uma correntinha dourada caiu na palma da minha mão. Era simplesmente perfeita, completamente delicada, e havia um lindo pingente de coração. O virei, e pude ver um S cravejado em pequenas pedrinhas vermelhas.

— É lindo Shawn! Eu estou até sem palavras, obrigada!

— Não precisa dizer nada. Me deixa colocar em você. – Ele disse pegando a corrente da minha mão. Virei de costas para ele, levantando o cabelo, e rapidamente ele colocou a corrente dourada no meu pescoço. Virei-me para ele novamente, colocando a mão no pescoço para senti-la.

— Obrigada! — Sussurrei enquanto jogava meus braços pelo seu pescoço, ficando quase na ponta dos pés. Até que Shawn me pegou pela cintura e me ergueu, fechando o espaço que havia entre nossos lábios.


Notas Finais


Não consegui responder ainda os comentários do último capítulo porque minha internet tá muito muito ruim (vou glorificar de pé se conseguir postar esse aqui, pq já é a terceira vez que eu tento), mas eu vou responder todos, AMO os comentários de vocês! <3


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