1. Spirit Fanfics >
  2. Diário de uma fã >
  3. Capítulo trinta e nove

História Diário de uma fã - Capítulo trinta e nove


Escrita por: myprinceshawn

Capítulo 39 - Capítulo trinta e nove


Assim que terminamos de comer, ele colocou o prato e as xícaras na mesinha de centro e me puxou para os seus braços, me fazendo deitar ao seu lado no sofá. Ele me abraçou apertado e me deu um beijo na bochecha, mordendo-a de leve e eu deixei minhas mãos repousarem no seu peito, encostando meu nariz no dele. Eu penso que aquilo que eu e Shawn estávamos vivendo era muito mais lindo e mais intenso do que qualquer filme já tenha transmitindo, do qual dividíamos um sentimento tão verdadeiro e incomum que causaria inveja até nas maiores produções de Hollywood.

Senti seus lábios nos meus, enchendo o meu peito de felicidade. Eu estava completamente apaixonada por aquele garoto. Na verdade, sempre achei que amor e paixão fossem sentimentos distintos, mas Shawn me fez senti-los de uma só vez, juntos com milhares de outros sentimentos que eu desconhecia. Eu o amava como ídolo, mas ainda assim o via como o futuro pai dos meus filhos. Shawn despertava o que havia de melhor em mim, e sabia que não era a única garota a sentir o poder e a plenitude desse sentimento. Eu o dividia com milhões de garotas espalhadas pelo mundo, mas tinha certeza que nenhuma delas conseguiria explicá-lo, pois não era algo que pudesse ser colocado em palavras. Não dava para ignorar o fato de que havia algo em Shawn que o tornava especial entre todas as pessoas do mundo. Desde aquela noite em que o vi pela primeira vez, ele tem sido o centro de todo o meu mundo e o motivo de cada batida do meu coração. Mas penso que desde o momento que nasci cada passo que dei era para chegar até ele, pois se não tivesse me apaixonado por ele naquela noite, me apaixonaria em alguma outra. Era como se Deus soubesse que eu precisaria dele para ser feliz e dando sentido a minha vida ele cruzou os nossos destinos, sabendo que quando o visse pela primeira vez o amaria além das fronteiras impostas pelo amor, dando origem ao sentimento mais lindo que alguém é capaz de sentir.

Permanecemos abraçados em silêncio durante muito tempo. Eu olhava dentro dos seus olhos e eles brilhavam nos meus, como duas piscinas de águas profundas, a onde eu sentia vontade de me afogar e me perder para nunca mais voltar.

— Por que tudo é tão diferente quando eu estou com você?

— Como assim? – Eu sabia exatamente o que ele estava falando, pois nada no mundo poderia se comparar aos momentos em que passava com Shawn, mas adorava ouvir o que ele pensava e ter a certeza de que não era uma fantasia da minha cabeça.

— É estranho, mas você faz eu me sentir… completo. – Ele disse respirando fundo. Senti borboletas no estômago. Era possível ficar mais feliz do que eu já estava? Cheguei à conclusão que sim, pois a cada batida do meu coração, ele me fazia ainda mais feliz.

— Sei como se sente, pois me sinto exatamente igual. – Falei erguendo a minha cabeça e o beijando na bochecha.

— E isso te causa medo?

— Não. – Respondi sinceramente.

— Acho que tudo isso é novo para mim.

— Sinceramente eu acho que você nunca irá saber como é bom estar com você.

— É como estar com você? – Ele perguntou sorrindo.

— Não, é muito melhor.

— Sabe, da vontade de nunca mais sair daqui.

— Eu topo. – Disse rindo.

— Queria que fosse fácil assim.

— Às vezes eu tenho vontade de te sequestrar e te levar para algum lugar onde poderíamos ficar completamente juntos, sem nada para nos atrapalhar ou nos impedir.

— E a onde seria esse lugar? – Fechei os olhos e então deixei minha imaginação vagar.

— Em alguma cidadezinha da França talvez. Eu e você sentados em algum café ás cinco da tarde, decidindo quem lavaria a louça do jantar a noite.

— Parece ótimo, mas o que acha de uma praia deserta? Eu e você caminhando de mão dadas pela areia. Ou até mesmo assistindo a algum filme no sofá em uma noite chuvosa.

— E então eu pegaria no sono no meio do filme, deitada no seu colo, sentindo a sua respiração.

— Acho que nós dois estamos muito poéticos!

— Mas sabe qual é o melhor de sonhar tudo isso com você?

— O que?

— Abrir os olhos e te encontrar aqui. – Disse olhando-o. Ele me deu um beijo na testa, enquanto eu abraçava a sua cintura.

Ficamos por algum tempo ali, e eu me sentia como num filme, mas não como um filme comum, mas um que retratasse todos os meus sonhos mais ocultos, e a felicidade que exalava por todos os meus poros. Eu desejava que o mundo parasse naquele momento, para que eu tivesse a certeza que seria eternamente feliz ao lado da única pessoa capaz de tornar isso possível.

Estava com os olhos fechados, apenas sentindo a presença de Shawn, quando o celular dele tocou. Pude ver o nome do Andrew aparecendo no visor do aparelho, mas ele apenas rejeitou a ligação.

— Hora de voltar pra realidade. – Disse. Eu enterrei o rosto no seu peito. Não queria me separar dele, mas eu sabia que ele possuía uma vida fora daquele nosso mundinho, da qual eu não podia e nem queria atrapalhar.

— Tudo bem. – Concordei. Ele me deu um beijo na testa e se levantou.

Coloquei de volta o meu vestido e sandália, deixando as roupas dele em cima da cama e pegando minhas coisas. Shawn trocou o moletom por jeans, tênis e uma camiseta azul, e abriu a porta do elevador para mim. De repente, senti uma tristeza por ter que deixar aquele lugar.

A viagem de volta demorou menos do que eu gostaria, e em pouco tempo já estávamos estacionados em frente à minha casa.

— Eu tenho uma reunião agora, mas eu te ligo assim que terminar. – Ele disse, me dando um beijo. Eu assenti.

— Está bem. Obrigada pela noite, e pela manhã também. Foi tudo perfeito, cada momento que passamos juntos. – Ele sorriu e beijou a minha mão delicadamente.

— Obrigado por estar comigo. – Puxei ele em um último abraço antes de abrir a porta do carro e eu ter que me separar dolorosamente dele.

Assim que entrei no meu quarto ouvi o barulho de mensagem de texto vindo do meu celular, o procurei na bolsa e senti faltar o ar ao notar o número que a enviara. Eram apenas quatro palavras, mas naquele momento pareciam as palavras mais bonitas do mundo. 

 

“Já estou com saudades!”.

 

Meu coração transbordou de alegria. Me joguei na cama, pensando em como o destino podia ser tão bom comigo em realizar o meu maior sonho, de uma forma que eu não poderia imaginar ser possível.

Quando minha mãe chegou à tarde, me perguntou como havia sido dormir na casa de Christina, eu respondi apenas que havia sido bom, não gostava de mentir, mas era necessário. A verdade é que dava para contar nos dedos as pessoas de quem eu não escondia nada recentemente. Contei para ela como Chris e Fred começaram a namorar e ela pareceu se entreter com a história, pois eu sabia que se ela começasse com as perguntas sobre a noite passada, provavelmente eu iria me perder e entrar em contradição. Não era por acaso que ela era tão boa advogada.

Ela quis saber se eu havia ido para a escola, e mais uma vez eu menti, mas dessa vez enquanto retirava os pratos do jantar para não ter que encará-la, dando graças a Deus que não havia aula do Bortolotto na quinta. E então ela me disse que ele me daria uma prova na próxima semana para recuperar a nota, e eu teria que estudar ou nunca mais sairia de casa. Que ótimo! Quando penso que me livrei das provas, eis que elas ressurgem das cinzas para me atormentar.

Estava deitada no meu quarto, enquanto as palavras do livro de história pareciam não fazer o menor sentido, pois eu só conseguia enxergar nelas um rosto de olhos profundos e brilhantes e um sorriso lindo e encantador, quando Christina entrou no quarto trazendo as coisas que havia deixado na casa dela. E eu senti borboletas no estômago ao me lembrar que não havia pensado em uma desculpa para dar sobre a noite passada.

— Me conta tudo. Agora! – Ela disse animada ao se sentar na beirada da cama.

— Contar o que? – Eu perguntei tentando desconversar.

— O que aconteceu.

— Não aconteceu nada.

— Você passou a noite fora…

— Fala baixo. – Eu interrompi.

— … tem que ter acontecido alguma coisa. – Ele terminou a frase diminuindo o tom de voz.

— Não exatamente. – Eu disse esperançosa, mas sem conseguir impedir que um sorriso bobo se formasse no meu rosto ao pensar em tudo que havia acontecido.

— Oh meu Deus! – Ela disse levando a mão na boca. – É o que eu estou pensando? – Eu tranquei os lábios tentando não sorrir novamente e balancei a cabeça negativamente. – É sim!

— Não! – Eu disse quase num grunhido enquanto cobria o rosto com um travesseiro.

— Me conta! – Ela pediu eufórica, e eu balancei a cabeça novamente, ainda com o rosto escondido atrás do travesseiro. – Deixe de ser estraga prazeres, Luiza!

— Tenho vergonha. – Disse com a voz abafada.

— Não precisa ter vergonha.

— Mas eu tenho.

— Tudo bem. Promete que me conta um dia?

— Tudo bem, um dia.

— Agora tira esse travesseiro do rosto. – Ela disse puxando-o. – Foi bom?

— Para! – Disse envergonhada, batendo nela com o travesseiro. Apesar de todos os motivos racionais para não contar a ela o que havia acontecido, eu me sentia bem em dividir pelo menos parte daquilo com alguém que não iria me julgar. Christina parecia compreender e aceitar os meus limites, e eu me sentia imensamente grata por isso. Ela ficou algum tempo me contando suas poucas experiências, tentando me deixar mais à vontade com o assunto, até ir embora dizendo que voltaria no outro dia quando Frederico chegasse de viagem.



Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...