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História Diário de uma fã - Capítulo quarenta e quatro


Escrita por: myprinceshawn

Capítulo 44 - Capítulo quarenta e quatro


O domingo amanheceu chuvoso. Então levantei e fui para a sala assistir televisão ainda de pijamas. Alguns minutos depois Christina apareceu na escada.

— Você dormiu aqui? – Perguntei confusa, já que ela ainda estava com o vestido e toda despenteada.

— Sim. – Ela disse envergonhada.

— E como foi a festa? – Perguntei enquanto ela se sentava no canto do sofá.

— Estava ótima.

— Que bom.

— E você já está melhor?

— Sim, não era nada de mais. – Disse, pois ela me olhava curiosa.

— Vamos fazer o café da manhã? – Ela sugeriu animada.

— E o que você quer fazer? – Perguntei tentando parecer interessada.

— Sabe fazer panquecas?

— Não. – Respondi como se isso fosse muito óbvio.

— Então vamos pesquisar no Google. – Ela disse levantando e me puxando junto. – A propósito, me empresta uma roupa?

— Claro. – Disse enquanto subíamos as escadas. Emprestei para ela um vestido que ficava grande em mim, pois ela era maior do eu e pareceu ficar bom. Imprimimos uma receita e passamos a manhã tentando fazer panquecas doces. Após pouca experiência e muita sujeira, o resultado havia ficado satisfatório. Ou pelo menos, comestível.

A semana mal havia começado e eu já estava desejando o fim. Na escola só se falava no baile. Havia garotas suspirando pelos corredores por finalmente ter beijado aquele garoto popular, enquanto o mesmo se gabava por ter beijado outras sete. Havia aquelas que estavam de mal com a vida por não serem convidadas, tentando fazer a típica solteirona, sem perceber o quanto eram lindas e não precisavam da aprovação de um garoto para isso. Havia aqueles que estavam desconsolados por serem tímidos demais para convidar aquela garota linda e solitária para dançar. E no meio disso tudo estava eu, que não me encaixava em nenhum dos perfis, quanto menos conseguia seguir os próprios conselhos. Apenas observava, quieta e deslocada, as pessoas submersas naquele clima pós baile. Descobri que quando você aprende a destacar o lado bom das coisas a vida fica mais interessante. E o lado bom de tudo isso, era que com toda essa agitação repentina, as pessoas estavam esquecendo de mim, esquecendo de me atormentar e de tornar a minha vida um inferno. Sentia que logo teria a minha paz de volta, apesar de nem tudo conseguir se restabelecer como antes. Mas ainda assim me mantinha firme, acreditando piamente em uma frase do meu livro favorito. Ela dizia que as coisas que perdemos sempre voltam para nós no final, mas não da maneira que esperamos. Era evidente que andava pensando em Júlia. Não havia cogitado a possibilidade de perdoá-la, coisa que ela nem sequer havia pedido. Mas não podia negar a mim mesma que sentia a sua falta, mesmo me odiando por isso. Mas esperaria que o tempo estancasse o sangramento e curasse as feridas abertas no meu coração, que insistiam em doer todas as manhãs. Eu nunca pensei que pudesse sofrer por amizades do tipo que se sofre por amor, mas a vida estava me surpreendendo de uma maneira assustadora. E a única coisa que me confortava era saber que mesmo com as perdas, eu havia ganhado o melhor presente de toda a minha vida, que era ter Shawn próximo a mim. Por poucos momentos que fossem, mas que eram suficientes para me tornar imensamente feliz.

Fui até a casa de Guilherme na segunda-feira à tarde, ele morava na rua de trás da escola e eu havia ido levar Harry até lá. Ele insistia em fazer a reprodução do meu peixe com a dele. Então levei Harry e deixei Rony em casa, pois era mais novo. Não sabia como seria o procedimento, mas pedi para que ele devolvesse meu peixe inteiro. Pelo que ele havia me explicado demoraria aproximadamente uma semana, nem acreditava que ficaria tudo isso sem Harry. Deixei com ele o aquário, ração, água mineral e milhares de recomendações. Já estava voltando para casa, pensando se Harry reagiria bem a Nina, a fêmea do Guilherme, pois ele só estava acostumado com Rony e em aquários diferentes. Quando meu celular tocou. Meu coração pulsou violentamente quando vi o número no identificador de chamadas. Era ele.

— Oi. – Disse retomando o fôlego ao atender.

— Boa tarde, eu queria saber se a dona desse celular está muito brava comigo? – Ele perguntou animado, me fazendo sorrir.

— Ela tem motivos para estar brava com você?

— Não sei, têm?

— A menos que você tenha aprontado alguma coisa no fim de semana que ela não saiba, creio que não.

— Ah, quanto a isso ela não precisa se preocupar.

— Será mesmo? – Perguntei provocando-o.

— Te dou a minha palavra que estou me comportando direitinho.

— Hum. Está bem então. – Eu disse rindo em seguida.

— E como você está?

— Bem e você?

— Também.

— E como foi o show?

— Estava ótimo, lotou o parque.

— Como sempre. – Eu disse suspirando.

— E você está muito triste por eu não ter te levado ao baile sábado?

— Quantas vezes eu vou ter que te dizer que não?

— Até eu acreditar.

— É sério, Shawn, eu não estou me importando com esse baile. – Não era mentira, mas eu sabia que no fundo eu queria muito ter ido com Shawn, do jeito que desse, nas circunstâncias possíveis.

— Tudo bem. – Ele fez uma breve pausa como se estivesse pensando em algo. – Já tem compromisso para essa semana?

— Por enquanto não, por quê?

— Vou ter show em Vancouver quinta-feira.

— Lá vem você com as suas ideias loucas.

— Calma, eu nem terminei de falar.

— Já estava prevendo!

— Então, quinta-feira eu tenho show em Vancouver, mas vou precisar estar lá na quarta, pois tem entrevistas em algumas rádios e alguns outros problemas para resolver com antecedência.

— E a onde eu entro na história? – Perguntei confusa.

— Na parte que você poderia ir para lá na quarta-feira.

— Ah claro! – Disse irônica.

— Então um amigo…

— Você ficou louco Shawn?

— Não, por quê? – Ele perguntou parecendo confuso.

— Acha que posso ir para Vancouver assim? E além disso eu estudo, esqueceu?

— Luly, quinta-feira é feriado.

— Ah, é verdade. – Disse um pouco envergonhada. – Mas ainda assim, não é tão simples.

— Já está tudo certo. Um amigo meu vai de jatinho pra Vancouver e pode te dar uma carona na quarta-feira à tarde, e eu prometo de devolver na quinta-feira de manhã.

— Já ouvi isso antes.

— A tarde então. – Ele disse rindo.

— Preciso ver Shawn, não dá para ir para Vancouver escondida da minha mãe. – É claro que eu queria ir, eu daria qualquer coisa para poder ir. Mas precisaria de uma desculpa para ficar a noite e parte do dia fora. Se minha mãe sonhasse que eu atravessaria o estado sem ela saber eu ficaria de castigo até os meus cinquenta anos, no mínimo.

— Então conta para ela.

— Ah claro, vou falar “Mãe eu vou para Vancouver com o Shawn Mendes, tudo bem?”. Aí ela me interna de vez.

— Exagerada.

— Você não sabe o que eu passo.

— Então o que você vai fazer?

— Eu vou tentar resolver e te ligo.

— Está bem, de qualquer forma eu vou te ligar amanhã.

— OK. A onde você está?

— Indo para casa dos meus pais.

— Tudo bem. – Disse num profundo suspiro.

— Estou com saudades. – Ele disse fazendo minha respiração vacilar, por pouco não deixei cair o celular.

— Eu também estou com saudades. – Disse retomando o ar novamente. Shawn ainda me causaria problemas sérios no coração, por ser tão lindamente perfeito, como ninguém mais conseguiria ser.

— Vou te ligar amanhã e torcer para a resposta ser positiva.

— Tudo bem. – Disse vacilante. A onde estavam as minhas palavras? A verdade é que eu mal sabia a onde estava o ar para respirar. Era incrível o efeito que Shawn causava em mim mesmo do outro lado de uma linha telefônica. E extremamente constrangedor também, não é legal ser tão vulnerável assim o tempo inteiro. Shawn se despediu e desligou, me deixando com um sorriso bobo nos lábios ao encarar o portão da minha casa. Pisquei os olhos algumas vezes como se precisasse retomar a consciência e entrei em casa rapidamente, me jogando no sofá.


Notas Finais


Postando tarde hoje de novo, desculpem. É que tá tendo o jojuco aqui e eu tô indo acompanhar. Amanhã provavelmente atrase também, talvez não.


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