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História Diário de uma fã - Capítulo cinquenta e dois


Escrita por: myprinceshawn

Capítulo 52 - Capítulo cinquenta e dois


Encontrei uma mulher no elevador que ficou me olhando intrigada. Talvez pela minha roupa ou talvez porque eu sorria sem parar. Entrei no quarto e a primeira coisa que fiz foi verificar a hora no celular, faltava dez minutos para as oito, mas a cada segundo que passava meu nervosismo aumentava. Passei um pouco de perfume, tentando não exagerar e fiquei olhando para o espelho pensando se deveria ligar para Shawn ou não e dizer que já estava pronta. Mas minha aflição acabou assim que ouvi meu celular tocar em cima da cama. Era o barulho de mensagem de texto, e corri para pegá-lo, sentindo meu coração acelerar ao ver aquele nome tão lindo estampado no visor do meu celular. Abri a mensagem lendo as poucas palavras que ela dizia.

 

“Vá para o elevador.”

 

Resolvi não questionar, dei uma última olhada no espelho, respirei fundo e abri a porta indo para o elevador. Assim que cheguei lá notei que havia um rapaz vestido formalmente parado a frente dele. Concluí que deveria ser um funcionário do hotel à espera do elevador, mas assim que me viu ele sorriu como se estivesse à minha espera.

— Srta. Villar?

— Sim. — Disse sem entender absolutamente nada.

— Para a senhorita. – Ele me entregou uma rosa branca e um pequeno bilhete.

— Obrigada. – Disse surpresa e confusa, só podia ser algo que Shawn estava aprontando.

— Pode entrar. – Ele disse me dando espaço para entrar no elevador, apertando o botão para o térreo e saindo antes que a porta se fechasse.

Olhei para o papel e nele pude ver a caligrafia torta que tanto fazia meu coração disparar.

 

“Porque você me faz sentir como se eu tivesse tudo”

 

Como já era de se esperar, meu coração parecia querer saltar do peito. Li e reli o bilhete umas três vezes tentando segurar a emoção, até que a porta do elevador abriu. Parado a minha frente estava um homem vestido igualmente ao outro rapaz, e ele também segurava uma rosa e um bilhete, mas dessa vez a rosa era vermelha.

— Boa noite, senhorita. – Ele disse sorrindo.

— Boa noite. — Disse saindo do elevador.

— Está muito bonita.

— Obrigada. – Respondi envergonhada. Ele me entregou a rosa e o bilhete e me mandou seguir reto no corredor a direita. Enquanto andava li o bilhete sentindo que meu coração ia se romper a qualquer momento por bater tão rapidamente.

 

"Porque você me faz sentir como se eu fosse uma criança apaixonada."

 

Eu estava com dificuldades em acreditar que aquilo era mesmo real. Shawn era inacreditável, cada dia mais surpreendente. Há uns poucos metros pude ver um outro rapaz usando os mesmos trajes e parado em frente a uma porta lateral. Me aproximei e então ele me entregou uma outra rosa – dessa vez cor-de-rosa – e um outro bilhete.

 

“Porque você me faz sentir como se eu nunca quisesse crescer”

 

Senti o frio na barriga e as borboletas sobrevoando meu estomago, a emoção tomava conta de mim, mas o rapaz só esperou até eu terminar de ler para abrir a porta.

— Tenha uma boa noite. – Ele disse, e eu só tive tempo de respirar fundo e entrar. Chegara o momento que eu tanto esperava.

Parece que quatro coisas aconteceram ao mesmo tempo naquele momento. Eu ouvi a porta se fechar atrás de mim, Shawn que estava de costas se virou para me olhar, as minhas pernas congelaram no lugar e meu coração deu um solavanco duplicando a velocidade dos batimentos. Dizer que Shawn estava lindo era totalmente injusto, ele estava magnífico. E usava terno. Não exatamente terno, mas um smoking preto, com a gravata borboleta e o lenço do bolso da mesma cor do meu vestido. Ele estava mais lindo do que já havia visto, tão lindo que chegava a me faltar o ar. Parecia ter acabado de sair da capa de alguma revista de debutantes. Ele era a prova de que a perfeição existia e estava bem na minha frente.

Pisquei os olhos algumas vezes para clarear meus pensamentos, pois as reações do meu corpo estavam me deixando tonta, ou então estava completamente entorpecida pela beleza perturbadora de Shawn. Precisava me lembrar de respirar, respirar era fundamental. Mas a onde estava o ar? Ele também parecia estar congelado no lugar e percebi que estava segurando um violão com a mesma expressão embasbacado que deveria estar no meu rosto. Então eu sorri e ele sorriu de volta, o meu sorriso, fazendo meu coração inflar no peito. E no momento seguinte ele estava tocando o violão e se aproximando enquanto me olhava fixamente. E as minhas pernas tremiam mais a cada centímetro a menos de distância. Ele parou a menos de um metro de mim e a letra de uma música espetacularmente linda foi entoada pela sua voz de anjo.

 

I know that we just met, maybe this is dumb. But it feels like there was something from the moment that we touched. Cause, it’s alright, it’s alright, I wanna make you mine…

 

Era linda e a cada palavra me tocava lá no fundo fazendo meu coração derreter de tanta emoção.

 

The way you’re lightin’ up the room, caught the corner of my eye. We can both sneak out the back door, we don’t have to say goodbye…

 

As lágrimas paralisaram nas pálpebras e insistiam em querer descer, mas me lembrara que estava de maquiagem e me esforçava ao máximo para não borrá-la. Mas segurar a emoção naquele momento estava quase impossível. Ver aquele garoto ali na minha frente, olhando dentro dos meus olhos como se estivesse lendo além deles e cantando – cantando como eu amava vê-lo fazer – aquela música tão linda e tão cheia de sentimentos, era muito além do que meu corpo e meu coração seriam capazes de suportar. Chorar seria apenas um mero detalhe perto de tudo que eu estava sentindo.

Estava vivendo o sonho mais lindo que alguém poderia sonhar, aquele em que se sonha acordado, colocando cada mínimo detalhe para torná-lo perfeito. Eu já havia ultrapassado o mundo da felicidade e me teletransportado para o desconhecido, para o sobrenatural. Eu me sentia nas nuvens, como naqueles filmes em que você sai correndo em meio a um lindo jardim de encontro com a pessoa amada. E a pessoa amada – a pessoa incondicionalmente e absurdamente amada – estava ali na minha frente me levando para o melhor conto de fadas já inventado e me fazendo sentir os melhores e mais profundos sentimentos e sensações que alguém poderia sentir.

Ele era o meu anjo, o meu ídolo e o grande amor da minha vida. E a única certeza que tinha na vida era que o amaria até o último segundo dela. Ele era parte de mim e eu era inteira dele. Ele preenchia todas as lacunas da minha vida, coloria e iluminava qualquer coisa. Ele era a lembrança que guardaria para o resto da minha vida, aquela que me faria sorrir de emoção e chorar de saudades. Aquela que ficaria gravada na minha alma, e que o tempo não levaria embora. O maior amor da minha vida, o meu sonho mais lindo e a minha melhor realidade.

Assim que parou de cantar, Shawn passou a alça do violão pelo pescoço e o encostou em um canto. Fiquei observando até ele voltar e parar na minha frente abrindo os braços. Então eu corri para o lugar em que estava ansiando por todo esse tempo, o lugar mais confortável e seguro do mundo. O lugar em que fazia todo o resto perder a importância; o seu abraço.

— Senti tanta saudade. – Disse abraçando-o forte.

— Eu também senti, muita. – Ele disse, me apertando em seus braços e me passando aquela inexplicável sensação de segurança que sempre sentia quando estava ali. – Como você está? – Ele perguntou ao me soltar.

— Agora eu estou bem. – Eu disse sorrindo abertamente. Era evidente que estava completamente bem e que toda aquela ansiedade e nervosismo havia desaparecido em um passe de mágica.

— Você está tão… linda! – Ele disse enquanto acariciava o meu rosto com as costas da mão.

— Pena que não posso dizer o mesmo de você. – Disse com convicção e senti o choque passar pelo seu rosto perfeito. – Lindo é um adjetivo muito vago, você está deslumbrante! – Ele sorriu e balançou a cabeça, me puxando novamente para seus braços.

Respirei fundo, aspirando seu perfume doce que sempre me entorpecia. Fechei os olhos e senti seus lábios beijarem de leve o espaço entre a minha orelha e o meu queixo e descer para o meu pescoço me causando arrepios. Ele desceu os lábios até meus ombros e subiu novamente. Meu coração batia descompassadamente, e eu tinha certeza de que ele podia ouvir. Na verdade, eu achava que o mundo todo podia ouvir as batidas aceleradas do meu coração quando estava perto de Shawn.

— Hum, gostei disso. – Ele murmurou e eu senti sua respiração quente no meu pescoço. Agradeci mentalmente a todos os óleos, sais e hidratantes que havia experimentado no hotel.

Ele colocou uma das mãos na minha clavícula e os seus lábios traçaram o caminho até a minha boca, se movendo gentilmente. Num impulso de saudade misturada com desejo eu joguei os braços pelo seu pescoço, e no mesmo momento ele me puxou pela cintura, tornando o beijo mais intenso e urgente. Meu coração batia cada vez mais acelerado e já estava ficando sem ar, mas não queria me separar dele. Então ele me soltou e eu arfei, respirando o máximo de ar que podia tentando me manter em pé e consciente.

Shawn sorriu e me puxou pela mão para uma mesa que estava há uns três metros de nós. Então reparei que estávamos em um vasto salão de festa completamente vazio. Havia arranjos de rosas brancas e vermelhas por todas as partes, mas o que me chamou a atenção foi que em todas as paredes – da metade para cima – e em todo o teto havia pequenas estrelas brancas, e bem ao centro uma grande meia lua estava pendurada. A mesa era redonda, com as toalhas rosa e champanhe, os talheres e pratos perfeitamente alinhados e havia apenas dois lugares. Shawn pegou as rosas e os bilhetes que eu ainda estava carregando e os colocou em cima da mesa, pegando uma caixinha que estava ali e abrindo-a. Levei a mão na boca automaticamente ao ver o seu conteúdo.

— Para você. – Ele disse sorridente.

— Não acredito! Como você… – Tentei perguntar, mas as palavras simplesmente não saíram. Sentia que a qualquer hora ia desabar em lágrimas de felicidades. Shawn tirou o buquê de pulso da caixinha, reconheci ser uma gardênia com uma fitinha de cetim cor-de-rosa, e prendeu no meu braço direito. – Você é inacreditável!

— Gostou? – Ele perguntou enquanto eu olhava o buquê mal acreditando que aquilo estava acontecendo realmente.

— Amei. – Disse quase num sussurro, e então o abracei novamente, apertando-o o máximo que podia.

— Nossa, parece que fiquei meses sem te ver. – Ele disse encostando o queixo na minha cabeça e mexendo no meu cabelo daquele jeito que só ele sabia fazer.

— Eu que o diga. Meses, anos, séculos. Acho que vou precisar de tudo isso para matar as saudades.

— Fechado. – Ele disse, e pude ouvir a sua risada baixinha. O apertei ainda mais em meus braços, era como se precisasse me fundir a ele para acreditar que ele realmente estava ali. Ele me soltou e puxou uma das cadeiras da mesa para que eu me sentasse.

— Primeiro o jantar.

— Jantar? – Perguntei surpresa enquanto me sentava.

— Sim, um jantar especial. E eu fiz o possível para não errar. – Ele disse se sentando a minha frente.

— Já estaria perfeito de todo jeito. – Disse sinceramente e ele sorriu timidamente.

Fiquei hipnotizada olhando seu rosto perfeitamente delineado, a onde todos os traços se encaixavam com tamanha perfeição. Como era possível existir alguém tão imensamente lindo? E ainda por cima estar parado ali na minha frente, sorrindo para mim.

Nem nos meus sonhos mais lindos eu havia imaginado aquela cena. Sabe aqueles momentos que carregam toda uma mágica e uma singularidade em si mesmo? Aqueles que entram e se fixam na sua memória bem naquele lugar chamado fonte de felicidade, pois se tornam as melhores lembranças da sua vida. Eu sabia que aquele era um daqueles momentos. Daqueles que te entorpece, te alegra, te motiva, e te faz ter a plena certeza de que todas as barreiras e obstáculos que enfrentou até aquele momento valeram a pena, pois faria tudo novamente se fosse para viver aquele momento outra vez.


Notas Finais


Quem também está se sentindo como uma criança apaixonada? <3


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