História Diary of a Dead Girl - Lie

Não demorou para que meu pais chegassem na delegacia já com um advogado, começaram a conversar e eu apenas conseguia dizer que eu não tinha a empurrado, eu jamais machucaria alguém, ainda mais sem qualquer motivo. Ficamos mais alguns cansativos minutos conversando, até que o delegado disse que vou ficar presa até ter provas de que eu realmente não fiz isso, meu advogado pediu que olhassem nas câmeras ao redor de onde eu estava, e o delegado mandou policias verem as câmeras, meus pais me falaram que iriam fazer de tudo para me tirar dali o mais rápido possível, acreditei nas palavras deles. Levaram-me para uma sela onde havia mais duas presas, entrei e fiquei um pouco longe delas, pelo incrível medo delas criarem implicância comigo. Elas me olhavam de cima a baixo e eu tentando evitar olhares cruzados, até que uma chegou perto de mim, bem na minha frente, me olhou com nojo e sorriu para a colega de sela. Com firmeza na voz, ela disse:

― O que faz aqui princesinha? – tremi ao a ouvir. Mas decidi responder.

― Fui acusada de ter jogado uma garota na frente de um carro em alta velocidade, mas sou inocente. - ela se virou para a colega de sela e as duas riram.

― Todas nós somos aqui! – fitei o chão, evitando outra adorável conversa.

Sentei-me em um banco que tinha ali e respirei fundo, olhei ao redor ainda não acreditando estar naquele lugar, por uma coisa que eu nunca faria, coloquei minhas mãos na cabeça, fechei os olhos e mais uma vez respirei fundo. Minha cabeça começou a doer do nada, tentei colocar meus pensamentos em ordem, mas agora, nesse lugar era mais do que difícil.

Três semanas depois

Já faz três semanas que estou aqui, tentando conviver com duas assassinas, mesmo que eu tenha me dado bem com elas nessas três semanas, eu ainda tinha um pouco de receio e medo de não acordar viva. Meio que não se pode confiar muito, assustei quando um dos policias que ficavam no corredor me chamou, ele abriu o portão da sela e fui a sua direção, ele estava me levando para uma salinha, entrei nela e lá dentro encontrei meu advogado, suspirei quando o vi. Sentei-me na cadeira e a porta foi fechada.

― Diz que já vai me tirar daqui hoje. – disse quase chorando.

― Não posso te dar certeza disso, investiguei as câmeras junto com os policiais, e ironicamente as três câmeras que davam pra ver o que realmente aconteceu estavam desligadas, mas hoje de manhã recebi uma ligação daqui dizendo que quatro pessoas vieram contar uma história contraria da história da Júlia.

― Como assim?

― Essas quatro pessoas estavam no mesmo lugar que você, na mesma hora que o acidente aconteceu. E essas pessoas vieram dizer que você é inocente sim em tudo isso, que você a ajudou e não a empurrou contra o carro. Elas ajudaram muito e talvez eu te tire daqui hoje, porque também apareceu o dono do carro que atropelou ela. – sorri ao ouvir essas coisas.

― E quando o dono do carro vai vim conversar com o delegado?

― Ele já está conversando com o delegado, só vim avisar você, tenho que estar lá para ver o que ele está falando.

― Okay, que você consiga me tirar daqui o mais rápido possível, mas espera, como essas pessoas ficaram sabendo que eu estava presa? – ele já estava se levantando e eu me levantei também.

― Elisa, você saiu em todos os jornais de Phoenix.

***

Voltei para a sela e não demorou nem 20 minutos para que o policial me chamasse de novo, levou-me até a delegacia e lá estava meu advogado, o suposto dono do carro que atropelou Júlia, meus pais e o delegado. Meus pais estavam assinando algum papel e olhei para meu advogado, que sorriu.

― Senhorita Elisa, saiu rápido, espero não ter problemas futuros com você! Você já pode ir pra casa. – sorri de orelha a orelha quando ouvi o próprio delegado dizendo isso para mim, abracei meus pais e meu advogado, o dono do carro foi levado para a sela já que ele estava em alta velocidade e por ter atropelado uma pessoa. Saímos daquela cadeia que já estava me dando enjôos, estava tão feliz por ter saído que mal vi uma surpresa na minha frente, quem eu menos esperava ver, ainda mais hoje, ainda mais aqui.

― Harry? – fui correndo o abraçar, ele me recebeu de braços abertos e me apertou forte, aquele abraço foi tão bom que eu ficaria ali em seus braços por muitos e muitos anos.

― Oi princesa, fiquei sabendo do que aconteceu e tive que vir correndo te buscar.

― Eu não sei o que dizer, estou muito feliz por te ver.

― Eu errei muito com você, mas eu te juro que nunca mais vou fazer isso, sei o quanto te machuquei. E espero que você me desculpe por tudo!

― Claro, eu te desculpo. – o abracei novamente.

Meus pais levaram eu e Harry pra minha casa e se despediram de mim, eles iriam voltar para a cidade deles, e pediram para que me cuidasse. Deitei-me no sofá e abracei o travesseiro, estava com saudades até do cheiro floral que a minha casa tem.

― Saudades de casa?

― Muito, não sabe o quanto estava com saudades até das formigas – rimos.

― Imagino, mas me conta, o que realmente aconteceu?

― Quando Júlia foi atropelada eu fui correndo a ajudar, gritei para todo mundo chamar uma ambulância, e quando ela chegou eu fui na ambulância né, já que eu era a única pessoa ali que conhecia ela, mas me arrependi por tê-la ajudado. Chegando lá eu fiquei na sala de espera e fiquei esperando por algum tempo, depois de ligar para você avisar o Zayn. O médico veio me dizer que ela já podia receber visitas porque nem foi tão grave assim, esperei Zayn chegar e entramos na sala onde ela estava. Entrei e ela já veio me mandando sair da sala porque tinha sido eu que a joguei na frente do carro, quase gritei com ela depois de ouvir isso, ela me chamou de invejosa e Zayn acreditou em tudo que ela disse, realmente eu fiquei chocada com a capacidade que ele teve de acreditar em tudo isso.

― Não acredito que Zayn fez isso.

― Fez sim, fiquei muito impressionada, ele sabe que eu nunca faria isso, nem com a minha pior inimiga.

― Fica calma, você vai se vingar por todo esse tempo que passou lá? E pela mentira dela?

― Não sei Harry, ainda estou pensando no que devo fazer.

― Faz o que achar melhor, e sobre o Zayn. Ele vai se sentir um idiota por não ter confiado em você.

― Eu quero que ele se sinta culpado por até ter ligado para a policia, não sabe a raiva que eu estou dele. E desculpar, não será tão fácil assim.