História Diary of a Dead Girl - Used

Harry ficou um tempinho comigo ali na minha casa e logo foi embora, subi para tomar um banho e tirar toda aquela tensão de cadeia que ainda estava em mim, fiquei ali embaixo do chuveiro por longos minutos, pensando sobre a vida e sobre o que eu faria com Júlia. Ela foi completamente falsa comigo, mentiu na maior cara dura e ainda riu de mim, pois o idiota do Zayn estava acreditando em tudo que ela dizia, dois imbecis, não é a toa que se merecem. Sai do banho e coloquei uma roupa confortável e quente, pois o tempo não estava muito agradável para ficar de short e blusinha, entrei na cozinha e procurei por comida, mas não havia nada para comer, então decidi ir ao supermercado, voltei para o quarto e coloquei algo mais aceitável para as pessoas verem. Arrumei direitinho e desci, sai e tranquei a porta, tenho sorte pelo supermercado ser quase na esquina da minha casa, então não demorou para que eu chegasse lá, peguei um carrinho e fui atrás das coisas que eu precisava e que estavam faltando em casa. Quando fui entrar no corredor de doces vi Júlia e Zayn bem ali também fazendo compras. Já estava virando o carrinho para que eu não tivesse que conversar com os dois, quando Júlia me grita.

― Elisa, quanto tempo. – virei-me novamente para os dois.

― Pois é Júlia, adoraria conversar com você, mas tenho que terminar de pegar as coisas. – virei novamente para sair dali, quando ela segura em meu braço, enquanto Zayn parece uma estatua só observando. – Me solta!

― Você acha que nossa conversa terminou? Acha que eu me esqueci de quando você me atirou na frente daquele carro?

― Para de ser idiota, você sabe muito bem o que aconteceu naquele local, se eu tivesse te empurrado na frente daquele carro, eu não estaria solta e sim na cadeia.

― Ah, e você não estava presa?

― Estava querida, disse certo. Mas almas boas e verdadeiras foram dizer a verdade, dizer que eu te ajudei e não te empurrei.

― Seus pais devem ter pagado essas pessoas para falarem a mentira, porque eu me lembro muito bem qu... – a interrompi.

― LEMBRA DO QUE SUA IDIOTA? DO QUANTO VOCÊ FOI MENTIROSA SÓ PRA ME VER CAIR? POIS É FOFA NÃO CONSEGUIU, E NUNCA VAI. PARA DE SER TROUXA, TA FAZENDO TUDO ISSO PRA QUE? PRA IMPRESSIONAR O ZAYN E DEIXÁ-LO CONTRA MIM? O QUE VOCÊ ESTÁ GANHANDO COM ESSA BAIXARIA TODA?

― QUEM É VOCÊ PRA GRITAR COMIGO?

― A MULHER QUE UM DIA O SEU NAMORADO AMOU, SE NÃO AMA AINDA! – ri e rapidamente recebi um tapa na cara, virei o rosto por ter sido um pouco forte. Virei-me novamente a ela e retribui o tapa na cara dela que como é muito dramática, caiu no chão. Zayn foi correndo para vê-la e perguntar se estava tudo bem. Ela com voz de gazela disse que estava bem.

― Você não ousa tocar nela de novo Elisa – disse Zayn vindo em minha direção e levantando a mão para me bater.

― Bate, vai, você não é homem o suficiente?

― Você não vale nada, seus pais devem ter mesmo pagado aquelas pessoas pra mentirem pro advogado, você é uma pu.. – ele parou.

― Diz o que eu sou Zayn.

― Você é uma puta! – disse ele me olhando com fúria.

― Igual à pessoa que você chama de namorada. – então virei e sai dali, como se nada tivesse acontecido, suspirei ao ouvir novamente na minha cabeça o que Zayn disse sobre mim.

Comprei as coisas que eu precisava, passei pelo caixa e fui em direção a minha casa com algumas sacolas na mão, destranquei com dificuldade a porta e entrei, coloquei as sacolas no balcão da cozinha e fui colocando cada coisa no seu lugar. Preparei alguma coisa para comer e peguei uma maça, sentei-me no sofá e comecei a assistir a um filme que veio no aleatório. Estava prestando tanta atenção no filme que mal percebi que já estava ficando de noite, já era mais ou menos umas 19h10 e eu já estava morrendo de sono, então fiz uma coisa simples pra jantar e jantei, tranquei e desliguei tudo que estava ligado e subi pro meu quarto, chegando lá recebi uma mensagem, que obviamente seria do Harry. Olhei para a tela e era ele mesmo, na mensagem dizia:

Sei que você já deve estar morrendo de sono, e está pensando em ir dormir, só estou mandando essa mensagem te convidando para vir na minha casa amanhã à noite. Topa? Só não vou poder te buscar porque estarei fazendo o jantar, mas você sabe onde é minha casa haha’. Qualquer coisa me responde até amanhã à tarde, beijos e boa noite!

Decidi não responder agora, pois pra ele eu estava dormindo, e daqui a pouco estarei mesmo, arrumei minha cama, deite-me e adormeci.

No outro dia

Acordei com o sol literalmente no meu rosto, pois tinha esquecido as cortinas abertas, levantei-me um pouco cambaleando, mas levantei. Fui até o banheiro e fiz minha higiene matinal, desci e fui direto para a geladeira, peguei leite e cereal, coloquei na tigela e fui pra sala comer lá, liguei a TV em um canal de desenho e fiquei ali até o cereal acabar, meio que cochilando ainda. Como eu já tinha acordado em cima do horário de almoço e comi cereal, eu não iria almoçar, estava totalmente sem fome, então continuei vendo o desenho e deitei-me no sofá, já que minha casa estava limpa e não tinha o que fazer.

Horas mais tarde.

Eu acabei adormecendo de novo, só não sabia de onde vinha tanto sono assim, olhei pro relógio e já era 18h55, sim, a hora passou correndo ou eu dormi muito, decidi já tomar banho e ir pra casa do Harry, talvez para ajudá-lo na janta ou só fazer companhia mesmo, subi e tomei um banho, coloquei um vestido não muito curto, arrumei o cabelo num rabo de cavalo, peguei uma bolsa, coloquei meu celular e desci. Apaguei as luzes, sai e tranquei a porta. Segui reto já que a casa dele é na mesma calçada que a minha, me assustei quando um carro passou bem devagar e parou um pouco a minha frente, deduzi que seria alguma visita para alguma casa, já que eu estava andando, fui para mais perto do carro. Quando um homem com capuz e todo de preto saiu do carro e me segurou, tentei gritar e tudo que eu sabia fazer era espernear, mas de nada adiantava, ele com muito custo me levou para dentro do carro, tampou minha boca e deu um jeito de amarrar meus braços. Eles aceleraram e foram em uma direção que eu não conhecia. Depois de mais ou menos meia hora, chegaram ao destino deles, o mesmo que me segurou me tirou de dentro do carro e me levou até um tipo de barracão, eu olhava assustada para tudo aquilo, o moço que me segurava me jogou em cima de um colchão e o que estava dirigindo chegou ao barracão e fechou o grande portão pelo qual passamos, eu já sabia o que ia acontecer, meu corpo tremia por inteiro e piorou quando um dos homens ainda com capuz e mascara tocou minhas pernas que estavam desprotegidas por causa do meu vestido, meu corpo ainda tremia descontrolavelmente e não adiantava eu gritar ou pelo menos tentar, nós estávamos em um barracão completamente longe de tudo. O moço continuou a tocar meu corpo, mas tinha subido um pouco sua mão, ela se encontrava nas laterais da minha calcinha, foi subindo mais sua mão e chegou aos meus seios, as lágrimas já escorriam pelo meu rosto e eu tentava não sentir e não ver aquilo, o outro rapaz que estava parado observando, começou a tirar minha roupa, eu tentava evitar, mas eles eram muito mais fortes do que eu, já sem vestido, eles começaram a tirar minha lingerie, senti-los me tocando era a pior sensação, eles colocaram suas mãos na minha intimidade e algumas vezes nos meus seios, fiquei sem reação quando os dois levantaram e começaram a tirar suas roupas ficando totalmente nus na minha frente, o moço que antes me segurava, segurou com força meu rosto e forçou me beijar, outro moço me soltava, rapidamente dei um tapa na cara do rapaz que insistia em me beijar, pude perceber que ele sorriu pra mim e me enforcou. Fiquei sem conseguir respirar por alguns segundos, quando o outro rapaz mandou o moço que estava me enforcando parar, então ele parou, abriu minhas pernas e me penetrou, naquele momento me senti um lixo, realmente um nada, as lágrimas ainda escorriam pelo meu rosto e tudo que conseguia fazer era gritar, não de prazer, mas sim de dor e desespero. Eu forçava meus olhos para não ver tudo que ocorria ali, sentir as mãos daqueles imundos me tocando já era demais pra mim, quando meu celular começou a tocar e eles pararam, um deles foi até minha bolsa jogada em um canto do barracão e pegou lá dentro meu celular, mostrou a tela do meu celular pra mim e pude ver que era Harry, ele devia estar preocupado com o meu sumiço, o moço depois de me mostrar o celular, o desligou, gritei em reprovação e continuei a chorar, eles voltaram a me forçar a fazer sexo com eles, e assim fiquei, pro longas e cansativas horas. Acordei ali no mesmo colchão que sofri o estupro, eu estava amarrada e com um pano na boca, estava completamente sem roupa e tremendo de frio, percebi os dois homens que obviamente seriam de ontem chegarem ao local onde eu estava, fingi ainda estar dormindo. Fiquei quieta apenas ouvindo a conversa dos dois.

― Cara, nós temos que dar algum remédio pra ela dormir e colocarmos ela dentro de casa, se não ferrou.

― Que levar ela pra casa o que, vamos fazer igual à Dona mandou, vamos deixar ela aqui!

― Ela vai ferrar com a gente.

― Acha mesmo que ela viu o nosso rosto? Para de paranoia e vamos dar um remédio pra ela dormir mais e acordar só mais tarde.

― Isso é o plano da Dona? Deixar mesmo a garota aqui jogada?

― Cara, não vamos brincar com a Júlia, sabemos do que ela é capaz! - Júlia? Então tudo isso foi plano dela? Abri meus olhos sem querer e pude ver que eles perceberam, como os dois estavam mascarados, não pude ver o rosto deles, foi então que os dois vieram até mim, me pegaram pelo pescoço e gritaram. – Você não vai falar nada, ta me escutando? – fiz que sim com a cabeça e eles começaram a me chutar e socar minha cara, tão forte que mau conseguia me movimentar, eles chutaram minhas costas e minha barriga, eu pedia para que parassem, mas nada adiantou. Eles continuaram me batendo com força, então eu desmaiei.