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História Diary of a Dead Girl - Unrecognizable


Escrita por: flarke

Notas do Autor


Espero que gostem!

Capítulo 14 - Unrecognizable


Emma POV

Acordei mal conseguindo ver onde estava, meus olhos estavam roxos e muito doloridos, meu corpo estava com marcas de algum pau que eles usaram para me bater, olhei com dificuldade ao meu redor e percebi que eles não estavam mais ali, rastejei até minhas roupas e as únicas que estavam intactas eram minha calcinha e o sutiã, meu vestido estava todo rasgado, então coloquei minhas roupas intimas e rastejei até meu celular, que estava com a tela quebrada e sem área. Mesmo assim, tentei ligar para alguém, tentei três vezes para Harry, na quarta ele atendeu.

― Harry? – eu disse com uma voz fraca, pois estava sem força.

― Elisa, onde você está? Liguei ontem preocupado para você e depois só deu que seu celular tava desligado, por favor, me diga o que está acontecendo? Fui até sua casa e você não estava lá, estou muito preocupado.

― Depois te conto tudo, agora eu preciso que você me ajude.

― Ajudar como? Onde você está? Porque sua voz ta fraca? Elisa por favor!

― Calma, por favor, me ajuda, sabe de um barracão abandonado aqui mesmo em Phoenix um pouco perto da nossa casa?

― Sei, eu já passei por um barracão aqui perto, mas o que isso tem haver?

― Eu estou nele, quero que você venha me buscar, e traga alguma roupa sua ou alguma coberta, pois estou congelando.

― Elisa, o que você está fazendo em um barracão?

― Só venha me buscar, por favor.

― Espera, estou indo. – desligou.

Esperei por Harry e não demorou para que ele chegasse, quando abriu o portão e me viu ali no chão apenas com roupas intimas e toda roxa, foi correndo até mim e parou na minha frente, pude ver lágrimas caindo do seu rosto e de repente, eu estava chorando também. Ele se abaixou e me abraçou passando sua mão pelo meu cabelo, olhou pra mim novamente.

― O que aconteceu com você pequena?

― Depois te conto, porque estou morrendo congelada Harry. – eu disse batendo os dentes. Ele colocou a blusa em mim e me embrulhou numa coberta, me pegou no colo, se abaixou para pegar minha bolsa e foi me levando para o carro. ― De quem é esse carro?

― Eu comprei, já estava na hora né! – ele me colocou no banco de trás e me cobriu. ― Deita, isso vai fazer com que seu corpo não doa muito. – sorri ao ouvi-lo dizendo isso e deitei-me, ele entrou no carro e começou a dirigir. ― É melhor irmos pro hospital.

― Não Harry, meu caso nem é tão grave assim e não estou em clima de hospital, quero minha cama, minha casa.

― Mas Elisa, você está toda machucada.

― Harry, por favor, me obedeça, quero ir para a minha casa. – ele supirou.

― Tudo bem.

Ele acelerou o carro e em poucos minutos já estávamos em minha casa, ele desligou o carro, saiu e foi até a porta para destrancá-la, destrancou, pegou-me no colo e entramos, levou-me até o quarto e me deitou com total cuidado, desceu novamente para trancar seu carro e minha casa. Voltou para meu quarto, sentou na minha cama e ficou me olhando, uma lágrima escorreu pelo seu rosto.

― O que aconteceu com você Lisa? – disse já chorando e colocando suas mãos na cabeça.

― Eu não vou conseguir dizer para você.

― Você sabe que pode confiar em mim, que eu estou contigo para o que der e vier, por favor, confie em mim. – ele disse entrelaçando nossas mãos, suspirei.

― Eu fui estuprada. – ele se levantou, bagunçou seu cabelo, deu um soco com força na parede, e voltou a me olhar com o rosto molhado pelo choro.

― Quando que foi isso? – disse ele com uma voz fraca.

― Quando.. – respirei ―, quando eu estava indo para sua casa. – ele fechou seus olhos, respirou, abriu-os e veio até mim.

― Desculpa, eu deveria ter te buscado aqui, nada disso teria acontecido Elisa, eu sinto muito, me sinto tão culpado por ter deixado você ir sozinha, eu não sei o que dizer. Perdoa-me, por favor, eu fui o errado. Eu deveria ter.. – desabou no choro.

― Harry, isso não é culpa sua.

― Lógico que é, eu não deveria ter deixado você ir sozinha!

― Para de se culpar, por favor, nós não somos culpados pelo o que aconteceu, não temos culpa. Ei, olha para mim – levantei sua cabeça para me olhar ―, nós não temos culpa disso, você não tem culpa disso. Eu vou me sentir muito mal se você continuar se culpando por algo que não tem nada haver com você. Ok? – ele disse que sim com a cabeça. ― Agora você vai ligar para a minha mãe, e pedir que ela venha aqui. Eu preciso dela comigo, mas não diga o que aconteceu, se não ela vai vir igual louca e pode até sofrer acidente, fala que estou com saudades e preciso dela aqui. Faz isso por mim?

― Claro. – ele disse ainda chorando.

― Obrigado, limpa essas lágrimas, você vai ter que me ajudar a ser forte agora. Eu vou precisar muito de você.

― Eu vou te ajudar, vou estar com você.

― Obrigado – deu um beijo em seu rosto e ele desceu para ligar para minha mãe, com meu celular ainda com a tela quebrada.

Harry POV

Ela foi estuprada, indo para minha casa, eu estava destruído. Não há como não me sentir culpado por isso, minha cabeça latejava sem parar, meu rosto ainda molhado pelo choro que até agora não consegui controlar, meu corpo está tremulo e meus pensamentos estão longe. Desci para ligar para a mãe de Elisa, não sabia onde buscar forças para conversar, sem dar o sinal de que havia algo de errado ali.

― Senhora Miller?

― Sim, quem é e porque está com o celular da minha filha?

― Aqui é o Harry, amigo de Elisa, estou na casa dela e a mesma pediu que a Senhora e seu marido viesse até aqui, ela está morrendo de saudades e está chorando.

― Aconteceu algo com a minha filha? – suspirei.

― Não, ela só está triste e deprimida por não tê-los aqui, e pede que venham aqui nesse exato momento.

― Sorte dela que ainda estou em Phoenix, hospedada em hotel, comprando algumas coisas para casa, vou correndo pra ai. Diga a ela que já estamos indo.

― Digo a ela sim! Obrigado. Até mais. – desliguei. Fui até o quarto de Elisa e ela estava deitada de costas para a porta, e chorando ainda. Sentei-me na cama e passei minha mão pelo seu cabelo. ― Seus pais já estão vindo ok? Eles estão hospedados em hotel aqui em Phoenix, e já estão vindo.

― Não sei como te agradecer, por tudo isso.

― Não precisa princesa, agora vou descer e quando seus pais chegarem eu recebo eles e peço que subam aqui.

― Não sei como vão reagir. – ela disse olhando para mim e limpando as lágrimas que insistiam ainda em cair.

― Seja forte e tudo vai dar certo, eles vão te dar amor e tudo que você precisa para tirar essa memória horrível da cabeça, e lembre-se também que eu vou estar aqui, vou estar sempre com você, e foi fazer com que eles paguem por isso, por tudo isso. – dei um beijo em sua bochecha e desci, fechando a porta de seu quarto. Em menos de meia hora os pais dela chegaram, cumprimentei os dois que sorriam para mim, sorri falso, pois ainda estava quebrado por dentro. Agora é a pior hora. ― Bem, a filha de vocês está lá no quarto.

― Ah, vou lá. – Deanna, mãe de Elisa já ia subindo, quando a impedi.

― Espere, antes de a Senhora subir pro quarto dela, eu quero que a Senhora fique forte e dê força para ela também.

― Como assim, o que aconteceu com a Elisa? Com minha Lisa?

― Vai lá. – olhei para baixo e a mãe dela subiu as escadas correndo e quando abriu a porta do quarto e viu Elisa naquele estado, gritou. Olhei para o pai de Elisa que se assustou com a reação de sua esposa e correu para vê-las. Subi para tentar controlar os dois, chegando ao quarto Deanna está abaixada ao lado de Elisa, as duas choram incontrolavelmente e o pai dela, apenas olha e pude ver lágrimas caindo. Não me controlei.

― Por favor, não chorem, eu estou bem. – diz Elisa com uma voz falha.

― Filha, o que aconteceu com você? – diz Deanna ainda sentada no chão e com os olhos vermelhos. Ajudei o pai de Lisa se sentar em uma cadeira ali mesmo, percebi que o coração dele estava acelerado.

― Mãe, eu fui.. – ela respirou fundo e procurou coragem olhando-me. ―, estuprada. – foi ai que sua mãe desabou no choro e seu pai estava com as mãos na cabeça. ― Me ajudem, por favor, me ajudem a encontrar força e superar tudo isso.

― Como isso aconteceu Lisa? Porque está toda machucada? Conta tudo isso direito. – ela respirou novamente, sentei-me ao lado dela na cama, dei um beijo em seu rosto e sussurrei “estou aqui” em seu ouvido, segurei sua mão com força e então ela começou a dizer tudo que ocorreu.

***

Elisa POV

Depois de contar tudo o que aconteceu comigo, meus pais insistiram em me levar para o hospital, eu não podia ficar com aquelas feridas se não elas piorariam. Então eles me levaram ao hospital e logo fui atendida, fui levada para uma sala e eles começaram a cuidar dos meus ferimentos, enquanto minha mãe, pai e Harry estavam na sala de espera. Uma médica veio conversar comigo, ela era meio psicóloga também, então contei a ela tudo que aconteceu comigo, ela deu seu cartão para mim caso eu queira passar por um processo de terapia, para tentar esquecer tudo que aconteceu e focar nas coisas lindas da vida. Mas eu não queria isso, eu não queria ficar horas deitada numa cama contando tudo para uma pessoa que eu mal conhecia, eu não queria precisar de alguém para melhorar, ainda mais sabendo quem foi a autora de tudo que eu passei, de todos os momentos de dor e aflição, de todos os segundos de tortura que sofri. Eu não ia deixar isso passar em branco, fui estuprada e torturada por caras que nem sabia da existência, e agora sabendo quem mandou e fez com que tudo isso acontecesse comigo, eu irei atrás de vingança, mesmo que meus pais não queiram e Harry insista para eu deixar isso quieto e apenas ir a delegacia. Eu não vou deixar que ela pague meses ou anos na cadeia, eu quero que ela sofra tudo, tudo mesmo que eu sofri, não só ali, mas na cadeia também.

Já podemos decretar Júlia, morta.


Notas Finais


Comentários, críticas, opiniões são bem-vindos! Isso me incentiva muito <3 Leitores fantasmas apareçam PFVR <333


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