História Diary of a Dead Girl - Revenge

Elisa POV

Acordo com Harry deitado do meu lado, levantei para fazer o café da manhã enquanto ele ainda dorme. Fui até a cozinha, fiz dois cappuccinos e sentei-me na bancada pegando um caderninho qualquer e uma caneta, já começando a escrever meu pano de vingança, Harry acordou e me abraçou por trás me dando um beijo na bochecha para dizer bom dia, ele pega o cappuccino dele e senta ao meu lado me ajudando em algumas coisas do meu plano. Conversamos bastante e nos sentamos na sala para continuar falando sobre isso, Harry não estava concordando muito com tudo isso, mas ele estava do meu lado. Liguei para meus “comparsas” e pedi que eles fizessem o trabalho deles totalmente de acordo com o plano, e pedi que alguém sequestrasse a Júlia pra mim, já que eu não iria sujar minhas mãos com ela.

5 horas depois

Tudo já estava pronto, já me ligaram falando que Júlia estava no barracão e que eu já deveria ir pra lá, caminharia até lá a pé para não levantar suspeitas, chegando lá a vi sentada quase no centro do barracão, amarrada e com um tipo de touca tampando sua cara. Fui até ela e tirei a touca que a fazia ver nada.

― Já estava com saudades Jú!

― Porque você está fazendo isso? Onde eu estou? – disse ela olhando para todos os lados.

― Jura que não conhece esse lugar? Foi onde seus “amigos” me trouxeram para me estuprar!

― Não sei o que você está falando.

― Ah claro, agora você não sabe de nada, mas enfim, vamos ao assunto do porque você está aqui – fui até uma mesa ali e peguei o tablet que estava em cima dela, voltei a conversar com Júlia –, está vendo esses pontos vermelhos na tela?

― Lógico, não sou cega. – disse ela revirando os olhos.

― Ótimo, é nesses pontos vermelhos que está instalado as bombas, agora olhe bem onde estão os pontos – cheguei mais perto dela, que olhou atentamente o local onde os pontos estavam, depois de ter olhado atentamente, me olhou com medo nos olhos –, diga-me agora, onde estão esses pontos?

― Na minha casa, na casa dos meus pais e na casa dos meus tios. Isso é mentira né? – disse ela rindo, como se aquilo fosse uma brincadeira.

― Não é mentira, realmente tem uma bomba instalada nesses três locais, e estão todas programadas, se alguém desse barracão disser sem querer a palavra E X P L O D I R – soletrei –, elas vão começar a contagem regressiva e não poderemos parar a contagem.

― Você está louca!

― Não estou não, e a contagem tem apenas 10 segundos.

― Você não pode fazer isso, é minha família Elisa!

― Estou pouco me fudendo pra sua família querida, eu vou fazer você pagar por tudo que você fez pra mim, não adianta fazer cara de piedade pro meu lado que hoje não cola.

― Eu te imploro! – disse ela deixando lágrimas escaparem.

― Cala a boca, porque agora você vai ligar pro Zayn e contar tudo o que fez comigo. E nem tente contar o que está acontecendo aqui, se não, vai ser pior para você! – eu disse pegando seu celular e ligando para Zayn, coloquei no viva-voz. Depois de dois toques ele atende.

― Zayn? – Júlia pergunta.

― Oi Júlia, tudo bem?

― Não, eu preciso te contar algumas coisas..

― Pode contar!

― Deixe eu falar tudo e depois você fala, não me interrompa porque o assunto é muito sério, e preciso que você ouça atentamente.

― Ok.

― Então, sabe aquele dia que encontramos Harry e Elisa no parque? E eu falei daqueles roxos na pele dela e aquele corte na testa? Então, ela estava falando a verdade, fui eu que fiz tudo aquilo, literalmente não fui eu, mas eu contratei dois homens para ficar observando ela por alguns dias, e quando ela saísse sozinha à noite, eles iriam pegar ela e levar para um barracão. E ela saiu, e eles colocaram meu plano em pratica, a seqüestraram e levaram pro barracão não muito longe daqui, lá ela foi – suspirou – estuprada e torturada, tudo isso porque eu mandei. E estou completamente arrependida de ter feito isso.

― Espera, deixa-me ver se ouvi direito. Você contratou dois homens para estuprarem a Elisa?

― Sim, eu não consegui te dizer antes.

― Porque você fez isso? Pra que Júlia? Você tem problema mental?

― Ela gritou comigo no supermercado, e eu não quis me sentir inferior a ela e decidi fazer isso.

― VOCÊ É DOENTE, UM ANIMAL. COMO PODE TER FEITO ISSO?

― Eu já estava alterada e com raiva dela, e não pensei em vingança melhor do que essa!

― Eu não estou acreditando nisso.

― Pois acredite, e tem mais uma coisa, na verdade duas coisas..

― O que mais você fez? Matou ela agora?

― Não, é sobre meu acidente. Na verdade ela não me empurrou pra eu ser atropelada, eu mesmo não prestei atenção no sinal e ela foi me socorrer, nada disso é culpa dela.

― Eu não acredito que você me fez chamar a policia e a fazer ficar presa por uma mentira, sério, me diz qual o seu problema? Ela nunca fez mal a você, na verdade foi você que me tirou dela e ela que deveria ter feito tudo isso, mas não, foi você que fez. Qual é seu objetivo? Fazê-la sofrer horrores e sempre sair como a inocente nessa história? Você é uma psicopata.

― Escuta, tem mais uma coisa.

― Eu não quero ouvir mais seus planos doentios.

― É melhor que você me ouça agora, pois tem haver com você.

― Fala.

― Todo esse tempo eu tenho de manipulado pra você ficar do meu lado... – ele a interrompeu.

― Ah, cala a boca.

― ME ESCUTA ZAYN! E você caiu igual patinho nessa história toda, você sempre estava me apoiando e isso fez com que eu continuasse a me aproveitar da situação, estava sendo ótimo ver você do meu lado enquanto eu fazia a Elisa sofrer do outro. Era tudo que eu mais queria, e quando eu entrei na vida de vocês, realmente o meu plano era tirar você dela, e não é que deu certo? Você caiu em todas minhas manipulações e tenho que te agradecer por ter sido um completo idiota na minha mão.

― Eu vou aí!

― Aqui? Eu não estou na minha casa e eu também não quero te ver. – sussurrei para que ela não deixasse ir até sua casa.

― Eu quero que você diga isso tudo na minha cara.

― Zayn, não quero te ver, não vai até minha casa, por favor.

― Então isso tudo é mentira?

― Não é mentira, mas eu não posse deixar você ir até lá porque é muito perigoso, não vá até lá.

― Perigoso por quê?

― Porque tem uma bomba lá! – olhei pra ela em reprovação.

― Porque você tem uma bomba em casa?

― Por que.. – sussurrei para que ela tivesse cuidado com o que falar – eu estava planejando matar a Elisa. Por isso tem uma bomba lá, e ela está ligada, eu sai e esqueci de desligar, é melhor você ficar aí, pelo seu bem.

― Agora você quer meu bem?

― Zayn, me escuta, onde você está? A bomba vai explodir!

― Na porta da sua casa! – sussurrei novamente para ela dizer pra ele voltar, olhei no relógio da bomba e estava 00:10

― ZAYN NÃO, PELO AMOR DE DEUS VOLTA AGORA! Você tem que sair daí.

― Estou dentro da sua casa e acha mesmo que acredito nisso de bomba?

― Você tem que acreditar, sai da minha casa agora, você vai morrer. – olhei no relógio novamente e 00:06.

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BOOOOOOOOOOOOM!

Ouvimos o som da casa explodindo, meu rosto ficou pálido e eu estava sem fala, olhei para Júlia que estava num tipo de êxtase, ela começou a dizer não descontroladamente e a gritar por Zayn. Então a linha da chamada caiu. Ao ouvir o “pi pi pi”, eu já sabia o que tinha acontecido, ou pelo menos previa. Procurei rapidamente meu celular e liguei para Harry, que me atendeu no primeiro toque.

― Algum problema Elisa?

― Sim, me ajuda, vá até a casa de Júlia e procure pelo Zayn.

― Mas a casa dela explodiu, está dizendo em todos os noticiários, o que Zayn fazia lá?

― Ele foi lá procurar por ela, eu preciso que você corra lá e veja se ele estava lá dentro, Harry por favor, me ajuda!

― Ok, estou indo, continue na linha, que vou correndo.

― Ok!

5 minutos depois.

― Elisa, tem muitas pessoas aqui, não vou conseguir procurá-lo. Espera, tem uma rodinha ali perto do jardim dela, parece que as pessoas estão olhando algo no chão, vou tentar chegar mais perto.

― Fala que não é ele, por favor!

― Elisa... – ele fez uma pausa, a pausa que parou meu coração – É ele. – cai no chão e logo pude presenciar lágrimas escorrendo pelo meu rosto, minha voz sumiu e tudo que eu sabia fazer era chorar.

― Não pode ser ele, você deve estar errado, Harry, não é ele, diz que não é ele. – pude ouvir soluços, ele estava chorando. Lógico, não podemos esquecer que Zayn era como um irmão pro Harry, e saber que tudo isso é culpa minha.

― É ele sim Lisa, ele está todo deformado e eu... – ele desabou a chorar. Olhei Júlia e ela estava totalmente sem cor, e olhando para a parede. A linha que eu estava com Harry caiu e joguei meu celular em um canto qualquer.

― Você o matou. Você é uma assassina.

― Se você não tivesse começado, nada disso teria acontecido.

― Você vai morrer com esse remorso nas suas costas, você matou a pessoa que você mais amou na sua vida.

― Cala sua boca...

― Vai queimar no inferno sua vagabunda, você merecia isso, e merece muito mais.

― Cala a boca.

― Merece que sua família inteira morra por sua culpa, sua idiota!

― CALA A BOCA! – fui até ela e dei um soco em sua cara, foram um, dois, três, quatro, cinco socos até ela desmaiar. Concentrei-me em ficar calma e tentar entender as coisas que acabaram de acontecer.

Peguei meu celular e tentei novamente ligar para Harry, um, dois, três toques e nada, até que ele atende e fica em silêncio.

― Harry? – ele continua em silêncio, mas posso ouvir sua respiração pesada. – Harry me responde, por favor! – o silêncio permanece. – Eu não fiz por mal, não fui eu que ativei a bomba, foi a Júlia que disse a palavra, eu juro que não fui eu, eu não queria que isso tivesse acontecido, Harry me responde! Eu estou completamente destruída por isso, eu não sei o que fazer...

― Eu disse que isso não ia dar certo, e você não me escutou. – disse ele com a voz falha.

― Eu sei, mas estava tudo no controle, ela estava falando tudo que fez pra mim pra ele e de repente ela disse a palavra e a contagem começou, eu tentei fazer ela mandar ele voltar, mas ele não quis, não foi culpa minha. – disse já chorando.

― Agora não adianta mais, ele está morto.

― Me ajuda, eu não consigo continuar sem você...

― Conversamos sobre isso ontem, sei que você lembra muito bem do que conversei com você, eu disse que se algo acontecesse com ele, eu não te perdoaria.

― Harry, mas isso não foi culpa minha, desculpa-me mesmo assim, mas, não fui minha intenção o machucar.

― MAS VOCÊ NÃO ME ESCUTOU ELISA, PORRA! – exclamou Harry já alterado.

― Eu sei disso e me arrependo, não precisa gritar comigo.

― NÃO PRECISO? VOCÊ ACABOU DE MATAR MEU IRMÃO E QUER QUE EU SEJA TODO AMOROSO COM VOCÊ? Poupe-me.

― O que você vai fazer agora?

― Eu vou voltar para o Reino Unido.

― E tudo que você me disse antes? Sobre me amar e querer ficar perto de mim? Era tudo mentira?

― Não, tudo o que disse foi verdadeiro, mas depois disso eu não quero olhar na sua cara, eu te amo e sempre vou te amar, mas como você, agora eu preciso de tempo para processar tudo o que acabou de ocorrer. Já estou fazendo minhas malas, comuniquei os pais do Zayn sobre isso e eles viram hoje para enterrá-lo, não vai ter velório porque ele está todo deformado. – suspirou – Você vai ao enterro?

― Não.

― Ok, como essa é a ultima vez que vamos conversar, saiba que eu te amo muito e lá onde estarei, vou lembrar-me de você todos os dias, mas uma parte de mim ainda vai estar com raiva de você, por você não ter me ouvido e por ter matado meu irmão, mesmo não sendo você que fez a bomba explodir, eu te avisei que não daria certo e você deu as costas. Enfim, é isso... Estou deixando um presente pra você na sua casa – suspirou novamente e como um sussurro disse –, eu te amo.

― Eu também te amo! – disse enxugando as ultimas lágrimas que insistiam em cair. Ele desligou o celular e senti uma pontada no coração.

Deixei o celular no chão e fitei Júlia ainda desacordada. Pensei no que faria agora com ela, olhei em volta do barracão e fui à procura de algo que eu não sabia ainda, foi quando encontrei uma arma (Desert Eagle) jogada no canto, rasguei um pedaço da minha blusa e a peguei, ela possuía ainda uma bala. Voltei a ficar de frente com Júlia, ela ainda estava desacordada. Olhei a arma novamente, suspirei, cheguei mais perto dela e apontei em sua cabeça, contei até três...

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Atirei.

***

Andei de volta para minha casa, passei pela casa de Harry e pude ver uma luz acesa, não sabia se eu deveria bater e pedir que ele me desculpasse ou apenas continuar minha trajetória para casa, olhei novamente para a luz e cheguei mais perto da porta, quando eu ia bater, a porta se abre, era ele.

― O que está fazendo aqui?

― Eu a matei. – no momento fiquei meio desnorteada e senti que iria desmaiar, ele me pegou antes que eu caísse no chão e me levou para dentro de sua casa, me deitando no sofá. – Eu a matei...

― Elisa, porque você fez isso? – antes que eu pudesse dizer algo, alguém começa a bater na porta, ele foi até a mesma para abrir, duas pessoas entraram em sua casa, eles pareciam muito com Zayn. Os pais dele. Eles estavam chorando descontrolados e Harry tentava acalmá-los de alguma forma, se sentaram no outro sofá e Harry foi buscar água para eles, olhei para eles e como um sussurro eu disse.

― Desculpem-me! – eles me olharam sem entender o porquê de eu estar pedindo desculpas a eles. Foi ai que falei o que não devia. – Não foi minha intenção matar o filho de vocês, não foi. – eles me olharam com raiva e a mãe de Zayn veio até mim e me deu um tapa bem forte no rosto e começou a me enforcar.

― VOCÊ MATOU MEU FILHO SUA VADIA, PIRANHA, ELE ERA TUDO PRA MIM E VOCÊ O MATOU. – ela dizia, ela não sabia se chorava ou se falava mal de mim, suas mãos estavam fortemente apertando meu pescoço e já me faltava ar quando Harry a tirou de cima de mim e fez com que ela se afastasse.

― Calma Sra. Malik, eu não sei o que ela disse, mas, não foi culpa dela. – disse Harry.

― Como não foi? Ela acabou de dizer! – exclamou o homem, suposto pai de Zayn.

― Ela o amava como o senhor e a senhora, em nenhum momento ela quis fazer mal ao filho de vocês, ao contrário, ela o amava muito e não seria capaz de tal crueldade. O objetivo dela era se vingar da namorada de Zayn que a fez sofrer, contratou dois homens pata estuprarem ela e a torturarem. Ela nunca pensou em fazer ma ao Zayn. – disse Harry.

― Então quem foi que o matou? – perguntou a mãe.

― A própria namorada dele, Júlia. – respondeu Harry.

― E onde está essa garota? – perguntaram os dois.

― Está morta. – respondi.

***

No outro dia

Acordei com uma dor de cabeça insuportável, eu estava em um quarto diferente, era o quarto de Harry. Levantei-me rapidamente e desci as escadas à procura dele, antes mesmo de começar a procurá-lo, vi um papel em cima de sua mesa de centro. O peguei e li.

Olá, você já deve ter acordado. Bom, primeiramente o enterro já foi, nos despedimos dele com muita dor e completamente destruídos, os pais dele voltaram para a cidade deles e eu... Eu estou nesse momento voltado para o Reino Unido. Não sei quando volto, não tenho previsão para voltar, deixei com você a chave da minha casa e as suas estão aqui também e não tente me ligar, joguei meu celular fora e comprarei outro, desejo que você fique bem e que nada de ruim aconteça contigo. Espero te ver em breve, vou tentar mandar cartas enquanto estiver fora... Enfim, tenha um bom dia, eu te amo.

Com amor, Harry.

Corri para todos os cômodos a procura dele, e realmente não o encontrei. Talvez seja melhor assim, ou não. Peguei o papel, coloquei no bolso da minha calça, peguei as chaves, sai de sua casa e tranquei, fui para minha casa e abri com dificuldade, entrei, tranquei e dei de cara com um buquê de rosas. Que com toda certeza eram dele, peguei o buquê e levei até minhas narinas para sentir o doce cheiro que ali peregrinava, sorri ao sentir um pouco o perfume dele, sentei-me no sofá e respirei fundo. Olhei cada parte da minha casa e revivi todas as lembranças que ali tive com e Harry. Foram ótimos momentos que não voltaram mais, suspirei e subi para o meu quarto, peguei minha mala e rapidamente reuni todas minhas roupas ali, peguei sapatos, algumas maquiagens, guardei tudo rapidamente. Peguei meu celular e mandei uma mensagem para meus pais. Nela dizia:

Estou indo viajar para Oxford, não me procurem, por favor, estou bem e sei com o viver lá, não tenho previsão para voltar, mas mando recados sempre quando puder. Eu amo vocês e se cuidem!

Com todo amor e carinho, Elisa.

Deixei um mesmo recado para Harry caso ele volte e me procure, eu estava empenhada em me mudar e mudar minha vida, não sei o que me aguarda lá e espero não ir para a mesma cidade que Harry está, pois ele também está no Reino Unido, não sei o que o futuro reserva para mim, mas estou disposta a tudo!