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História Diary of a Dead Girl - We Are Victims


Escrita por: flarke

Notas do Autor


Espero que gostem ♥

Capítulo 24 - We Are Victims


Elisa POV 

― HARRY! – gritei o deixando assustado, o mesmo estava deitado na cama, por ainda ter vários machucados. 

― O que aconteceu Elisa? Porque está toda desesperada? – tentei me recompor e respirar calmamente.

 ― Nada... Só achei que... Não sei – disse eufórica. 

― Elisa, me diga o que aconteceu?

― Nada Harry, apenas me assustei com... um barulho vindo da cozinha. Pensei que fosse alguém, mas foi só a colher que estava no canto da pia e caiu no chão – menti.

― Tem certeza? – indagou.

― Tenho, desculpa por te assustar. Está com fome? Quer sair da cama ou fazer alguma coisa?

― Se não for muito incomodo, quero apenas um copo de água.

― Claro, vou buscar para você. Já volto!

Desci as escadas ainda assustada, passei pela sala e lembrei-me de tudo que há minutos atrás havia acontecido, balancei a cabeça e fui até a cozinha pegar o copo de água. Voltei para o quarto e dei o copo de água para Harry, o mesmo ainda estava muito machucado, mas estava melhor no quesito força.  

― Quer mais alguma coisa? Não fique com vergonha, é só me falar que eu te ajudo.

― Quero nada Elisa, não estou com fome, só quero dormir.

― Então durma, vou tomar banho e jantar, já venho para cá de novo. – olho o relógio que marcava 20h47min.

― Pode ir, não se preocupe comigo.

― Tem certeza que não está com fome?

― Absoluta!

― Ok... Qualquer coisa me grita! – ele assentiu e fui até o guarda roupa pegar minha roupa, fui ao banheiro e tomei banho, coloquei a roupa e abri a porta tendo visão para o quarto, Harry estava com os olhos fechados e respirando calmamente, me senti aliviada ao ver seu peito subir e descer devido à respiração. 

Desci as escadas e fui até a cozinha preparar um strogonoff de frango, como só eu iria comer, fiz bem pouco e fiz também um suco de limão no copo, não demorou para que tudo estivesse pronto, então fiz meu prato e sentei-me na mesa que havia na sala, um pouco afastado dos sofás e televisão. Sentei-me e comecei a comer, comi e coloquei o prato e copo na pia, não iria lavar naquele momento, então deixei tudo ali, apaguei as luzes da sala e cozinha, e subo para o quarto, Harry ainda dormia, fui até o banheiro e escovei os dentes, olhei-me no espelho e percebi olheiras terríveis, suspirei, apaguei a luz do banheiro e voltei ao quarto. 

Sentei-me na cama, ao lado de Harry e peguei um livro qualquer, optei por Convergente, pois já tinha lido Divergente e Insurgente. Já era 2h21min quando acabei adormecendo.

 *** 

11h36min

Acordei completamente sonolenta, meus olhos mal abriam direito, virei para o outro lado e ali estava Harry, ainda dormindo, os roxos do rosto ainda estavam intactos, nenhum havia melhorado sua situação, e senti meu coração apertar ao vê-lo assim. Não queria acordá-lo, então me levantei e fui até o banheiro, fiz minha higiene matinal, prendi meu cabelo em coque alto e desci as escadas, acordei sem fome alguma, sentei-me no sofá e liguei a televisão, coloquei em um canal de desenho que estava passando Hora de aventura, e deixei naquele canal, rindo com cada coisa idiota que eu me sentia idiota. Então, tudo fica escuro, novamente, como ontem. E o único ponto de luz, era ele.

― Olá novamente Elisa. 

― Porque está aqui de novo? – me levantei e fui para longe dele, encostando-me a parede.

― Eu estou aqui? – indagou levantando-se e vindo até mim. 

― Não venha com esse papo novamente, eu sei que não está aqui... Mas porque sempre aparece? Já é a segunda vez. 

― Tenho saudades... Apenas saudades...

― Você é um idiota! 

― E você sempre exuberante. – falou colocando suas mãos em minha cintura.

― Já pensou na probabilidade de eu não querer te ver? 

― E você já pensou na probabilidade de eu estar nem ai para o que você quer? – sua mão contornou meus lábios, e segurou meu queixo, finalizando o percurso pelo meu rosto. 

― Minhas forças para te mandar embora já acabaram. – digo fitando seus olhos. 

― Isso é bom, porque eu não quero ir! – ele tirou sua mão do meu rosto, suspirou e foi se aproximando mais e mais. 

― Não tente fazer isso... 

― Está com medo? Calma, Elisa... Pretendo não machucá-la, só se quiser. 

― Não me beije! – exclamei autoritária, mas seus lábios já se encontravam colocados aos meus. 

― Tarde demais... – então o temido beijo começou, eu queria não retribuir, mas as forças para impedi-lo era zero, ele pediu passagem e eu cedi já me arrependendo, nossas línguas estavam numa perfeita e vibrante sintonia, e o fôlego já estava chegando a faltar, e sem ao menos perceber, ele se afastou. Por completo.

― Qual o seu problema? – perguntei. 

― Nenhum, porque? Estava gostando? 

― Filho da p... – ele me interrompeu. 

― Nem pense em terminar essa frase, se disser ela novamente, eu te agarro de novo e faço você engolir essas palavras! – exclamou. 

― Filho... – dei um passo. ― da – dei outro ― puta – mais um, encontrei-me em sua frente, sua respiração batia em minha bochecha, então do nada senti suas mãos agarrarem minha cintura, forçando-me a encostar-me na parede.

 – Diga mais uma vez! 

― Filho... da... puta! – sussurrei e quando nossos lábios se tocaram de novo para iniciarmos outro beijo, ouço Harry me gritar, então olho desesperada para as escadas e quando olho para frente, tudo volta ao normal, ele não está mais ali.

Corro até o andar de cima, falando a mim mesmo o quanto eu era uma vadia por estar gostando da presença dele e ter gostado do beijo, mas eu não sabia se ele realmente estava ali, eu não sabia praticamente de nada. Paro na porta do quarto respirando pesadamente.

― O que aconteceu Harry?

― Pensei que havia saído de casa.

― Não... – fui até ele, ficando de joelhos no chão e colocando os braços na cama. ― Estava lá em baixo, assistindo a um desenho. Quer alguma coisa?

― Acho que cansei de ficar deitado. – ele riu.

― Quer ajuda?

― Não. Eu consigo sozinho. – ele se sentou na cama e colocou os pés no chão, tentei o ajudar, mas ele retrucou, então deixei que ele fizesse isso sozinho. Sentei-me na cama o vendo se levantar e indo até o banheiro.

Minutos depois

Eu ainda estava no quarto, Harry desligou o chuveiro e abriu a porta do banheiro, pude ter a clara visão de seu corpo – da cintura para cima, infelizmente –, descoberto. Havia apenas uma toalha para cobrir a parte abaixo da cintura, seu cabelo estava molhado e observei também suas tatuagens – caso eu não tenha falado aqui, ele tinha tatuagens, muitas –, a minha preferida com toda certeza era as andorinhas no peito, pode parecer loucura mas, elas naquele lugar, me deixavam excitada. Juntos com suas tatuagens, também observei algumas marcas roxas em seu abdômen, fazendo-me sentir-me aflita.

― Vai ficar ai babando? – indagou passando as mãos pelo cabelo molhado.

― Eu poderia, passar horas te olhando, nunca me cansaria. – ele sorriu vindo até mim e parando em minha frente, como eu estava sentada e ele em pé, pude ter uma visão privilegiada.

― Eu amo você. – falou passando a ponta dos seus dedos em meu rosto. Fechei os olhos ao sentir seu toque.

― Eu também amo você, mas amaria mais, se você me dissesse quem fez isso com você. – ele revirou os olhos e saiu da minha frente, indo até o guarda roupa. ― Por favor, diga-me realmente quem foi Harry. – ele pegou a roupa a jogou na cama e deixou sua toalha cair no chão, me fazendo arrepiar ao ver aquela cena, ele ao ver minha reação, sorriu maliciosamente.

― Já falei que foi um ladrão, já tivemos essa conversa Elisa e para de me olhar assim, ‘to ficando constrangido.

― Nada que eu já não tenha visto, baby. E pare de mentir pra mim Harry, eu sei que não foi um ladrão, porque eu estive com quem fez isso com você! – ele já tinha terminado de colocar a roupa uma Box preta, bermuda jeans e camiseta preta, logo que falei, ele arregalou os olhos, bingo!

― Como assim, você esteve com quem fez isso comigo? Elisa, mas você nem sabe quem foi...

― Ele veio aqui, e eu sei quem foi, ou não. Estou confusa.

― Você está surtando, é isso. 

― Não estou surtando Harry, ele está aqui, eu o vi, eu o senti me tocando, não estou louca, juro! – ele sentou ao meu lado.

― Ele te tocou? Ele esteve com você? E AGORA QUE VOCÊ VEM ME DIZER ISSO? – exclamou.

― Eu não sabia como te falar isso, eu estava com medo, ainda estou, mas não sei se ele realmente esteve aqui, porque ele sumiu de repente e do nada. Ele não andou até a porta e passou por ela como uma pessoa normal faria, ele evaporou do nada, por isso acho que não estive com ele, ou estive.. Ai Harry, eu não sei mais o que pensar.

― Você tem que se distanciar dele, você não pode ficar perto dele por nada nesse mundo Elisa, ele quer te machucar, te fazer mal e não sei se vou poder interferir nisso.

― Como vou me distanciar dele, se ele aparece do nada na minha frente Harry? 

― Eu não sei, mas quando você ver ele, corre, foge ou sei lá, mas não fique sozinha com ele e nem tenha qualquer contato com ele, ele vai te fazer mal Elisa, e eu não quero te ver machucada.

― Então foi ele? FOI ELE QUE TE AGREDIU HARRY? FALA-ME! – gritei.

― Foi – ele suspirou –, nós somos vitimas da mesma pessoa. 

***

No outro dia – 15h01min

Harry estava tomando banho para que pudéssemos ir até a praça, os machucados deles estavam menos visíveis e ele também não se importava em ter roxos no rosto, diferente de mim, que me recusaria a sair de casa.

Então do nada, as luzes se apagam, e o único ponto de luz que consigo ver, é ele novamente. Isso já estava virando uma miserável rotina.

― Não quero falar com você, já pode sumir. – falei virando-me e colocando o pé no primeiro degrau da escada, mas algo me interrompe de subir, sua mão segurava meu pulso.

― Porque está assim comigo? Eu te fiz algo?

― VOCÊ FEZ TUDO, ESSE É O PROBLEMA, TUDO O QUE VOCÊ FEZ, TER APARECIDO NA MINHA VIDA! – exclamei soltando meu braço de sua mão, ele me fitava sem entender.

― Elisa, o que aconteceu?

― O que aconteceu? – indaguei o olhando sem entender a sua pergunta. – Você machuca Harry, vem aqui conversar comigo como se isso fosse extremamente normal e ainda me pergunta o que aconteceu?

― Quem falou para você que fui eu que fiz aquilo com Harry?

― Você acabou de assumir que foi você, só quero saber por quê? Você não tem o direito de machucá-lo – toquei seu peito com o dedo –, se quer machucar alguém, faça isso comigo, porque eu sei que você tem raiva de mim.

― Eu não tenho raiva de você Elisa.

― AH PELO AMOR DE DEUS ZAYN, EU MATEI A JÚLIA, EU MATEI VOCÊ! E você foi bater logo no Harry? – ri. ― Qual o seu problema?

― Eu não sou igual você que resolve as coisas com violência Elisa.

― Ah lógico! Porque agredir uma pessoa não é violência. – revirei os olhos.

― Você quer que eu te machuque? – perguntou.

― Eu quero que você pare de ser idiota, e resolva as coisas como HOMEM – gritei –, eu não quero você tocando no Harry, quer fazer mal a alguém, que eu seja esse alguém, mas não toque suas mãos no meu Harry. Eu poderia acabar novamente agora com sua vida, mas eu ainda estou indecisa sobre você estar aqui ou não, mas se eu tivesse certeza de que você estava aqui, eu acabaria com o resto da sua pobre vida que eu deixei escapar do inferno.

― Você não me matou.

― O que?

― Eu sei que quem me matou foi a Júlia, ela que disse a porra da palavra e a bomba explodiu, porque esta agora se mostrando como se fosse você que me matou? Você tem raiva de mim?

― Eu tenho raiva do que eu me tornei quando te conheci. Eu virei um monstro, e você agindo como se tudo fosse normal, eu matei pessoas, eu fui pra cadeia, tudo isso por ter te conhecido, eu virei uma merda, uma pessoa insensível e sem coração. Harry mudou-me, fez com que as coisas insensíveis que você me mostrou, tornassem coisas que eu me importo agora, trouxe o meu coração que você arrancou de volta e agora você o agride? Porque eu me tornei uma pessoa melhor com ele e não com você? Porque eu realmente senti o amor com ele e não com você? Porque eu me tornei mulher com ele, e não... com você?

― CHEGA! Chega de jogar na minha cara o quanto eu fracassei.

― Eu só mostrei a verdade, e mais uma coisa que eu percebi. Você tem inveja, tem inveja pelo Harry me ter, e você não, por ele ter me dado o amor que eu merecia e você... ah, você não.

― Porque você esta falando isso? Porque está agindo assim Elisa? Como se você não sentisse seu corpo tremer quando eu te toco, como se você não me quisesse na sua vida mais? Você me conheceu primeiro, fui eu que fui até o seu trabalho te atormentar só pra ouvir sua voz pelo menos uma vez na vida, e agora tudo isso para você não passou de um momento? Que não foi melhor do que todos os momentos que você passou com o Harry?

― Querido, vamos ser verdadeiros e sinceros. Você pode ter feito isso sim, eu posso ainda tremer ao sentir seu toque, mas isso não passa de nada, minha vida tornou um inferno quando eu te conheci, quando nós conhecemos a Júlia, você não me trouxe felicidade, você ao menos me mostrou a verdadeira felicidade, foi tudo em vão, e eu quero que... – ele olhou pra cima e desapareceu ―, Zayn? – ao perceber que ele não estava mais ali, virei-me e olhei para cima, lá estava Harry, com um olhar intimidado, suspirei pesadamente. 


Notas Finais


Muito obrigado pelos comentários do cap anterior e espero que tenham gostado ♥♥♥♥♥


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