História Diary of a Dead Girl - Hate

No capítulo anterior...

(...) ― Cala a sua boca, que agora vamos resolver isso. Para o nosso bem.

Harry POV

Ao ver que atrás dele não havia mais espaço, calculei um modo de fechá-lo naquele pequeno espaço, e literalmente consegui. Fui para cima dele e o mesmo caiu no chão gritando para que eu parasse, não liguei para os seus gritos, eu já tinha na cabeça o que fazer e não voltaria atrás, eu estava com raiva de saber tudo o que Zayn fez. Ele me fez perder meu bem mais precioso e agora eu terminaria o que Elisa não teve chance de fazer no dia em que matou Júlia, matá-lo. Quando Zayn parou de lutar, as minhas forças se renovaram e direcionei a faca para o seu coração, e bem na hora em que a iria acertar em cheio aquela região que o mataria na hora, ouço a porta se abrir e assusto-me.

― O que ‘ta acontecendo aqui? – perguntou uma voz masculina, virei-me rapidamente para olhar quem teria atrapalhado o que iria fazer, James.

― James? – perguntei ainda não acreditando que ele estava ali.

― Harry, o que você está fazendo? – ele perguntou vindo até mim e tirando a faca da minha mão, sai de cima de Zayn e coloquei as mãos na cabeça, me afastando dele.

― Esse idiota ‘ta acabando com a minha vida! – exclamei gritando e apontando para Zayn.

― Eu posso saber o que aconteceu aqui? – James perguntou.

― Eu só quero deixar claro uma coisa Malik, se encostar um dedo sequer na minha filha, eu acabo com a sua vida. Não consegui dessa vez, mas haverá mais chances e não pense que eu estou brincando. – fui até a porta, coloquei a mão na maçaneta e virei-me novamente para Zayn. ― E mais uma coisa, se você continuar com essa merda de pétalas vermelhas, elas vão enfeitar o seu caixão! Inútil.

Corri a caminho de casa, abri a porta e passei pela mesma e a fechei com força, olhei para todos os lados e bem do nada, comecei a chorar e joguei-me no chão, juntei meus joelhos para mais perto do corpo e repousei minha cabeça nos joelhos. Logo a babá desceu as escadas com Maya no colo e ao terminar de descer as escadas, me olhou assustada.

― Aconteceu alguma coisa Sen... Harry? – ela perguntou balançando calmamente Maya.

― Só me deixe sozinho, por favor! – pedi e assim ela fez, indo para para a cozinha, provavelmente para dar mamadeira para Maya.

Voltei a chorar como nunca havia chorado antes, quando ouço a porta se abrir e depois fechar. Não olhei para ver quem era, apenas continuei na mesma posição. Então uma mão provavelmente de homem, parou em minhas costas, e mesmo assim, continuei como estava.

― Harry, o que aconteceu? Por que está assim? Sabe que pode contar comigo para o que precisar, me conte... – falou James que agora se encontrava sentado em minha frente, ele trouxe o diário de Elisa, pois o mesmo estava no sofá. Olhei para James e respirei fundo.

― Aquele idiota, ele destruiu minha vida, ele foi capaz de machucar Elisa todo esse tempo e agora foi capaz de mexer nos aparelhos que a estavam fazendo respirar. Você não sabe como estou destruído por dentro, minhas mãos estão ansiando arrancar a cabeça dele fora, ele conseguiu destruir a minha vida James, e eu juro por tudo que é mais sagrado, que se encostar o dedo em Maya, eu vou acabar com a pouca vida que ele ainda tem, eu juro. – exclamei.

― Mas porque ele está fazendo tudo isso? Por que está destruindo sua vida? O que você fez pra ele? – perguntou.

― Porque ele foi idiota, quando ele podia ter Elisa desperdiçou toda a chance dele. Eu o ajudei, fiz de tudo para que ele conseguisse ficar com ela,  porque ele a amava, fui até para o Reino Unido para ele se acertar com ela,  aí a Julia entrou na vida deles, e o Zayn nem pensou em Elisa, ele a rejeitou. Então eu decidi fazer Elisa feliz, tirei ela dele, pois ele só estava a fazendo sofrer, fiz isso pelo bem dela! – ele assentiu e eu vi a babá subir as escadas com Maya no colo. ― Agora Zayn quer se vingar, e eu sei que ele vai tentar tirar Maya de mim, e se ele fazer isso, eu vou matá-lo James! – exclamei.

― Harry, agora você tem uma filha, uma filha que precisa do pai, que já não tem a mãe presente, só tem a você. Então tenha cuidado com o que você irá fazer, pense muito bem. – assenti.

***

A babá teve que ir embora, e eu segurava Maya em meu colo, brincando de me esconder tampando o rosto com as mãos e falando "achei" ao tirar as mãos do rosto, estava me sentindo como uma eterna criança.  Maya ainda não entendia o que eu estava fazendo, e entristeci ao vê-la totalmente séria.

― Ok Maya, você não quer brincar de "esconde, achou!" ou sei lá como se chama isso. – eu ri. ― Do que você quer brincar filha? – perguntei, mas eu sabia que ela não responderia. ― Eu não sei como brincar com uma recém-nascida filha, você poderia ajudar o papai. Não acha? – e ela continuou me olhando, como se estivesse se maravilhando comigo, mas na verdade, eu que estava me maravilhando com ela. ― Você é linda, tem meus olhos, mas parece tanto com sua mãe. Uma mulher maravilhosa, sua mãe iria estar te amando e te admirando 24 horas. Acredita filha, que ela ficou tão contente em saber que estava grávida de você, que pulou igual louca na hora de me contar? E eu também pulei, e aí meu mundo se coloriu quando você nasceu e se transformou em preto e branco quando sua mãe me deixou, nos deixou. Mas tudo bem 'né filha, estamos bem e passaremos essa fase juntos ok? Eu amo você e sempre vou te amar, agora você é minha sweetie.

Assusto-me ao ouvir alguém bater na porta, coloquei Maya no berço,  analisei se tudo estava certo e bem, e então desci as escadas correndo, passando na porta e a abrindo. Pessoa inesperada e indesejável estava a minha frente.

― O que você quer Zayn? – perguntei com raiva.

― Calma Harry, vim em paz! – respondeu ele. ― Só vim para ver sua adorada filha, Maya. – falou empurrando-me para entrar, o empurrei de volta.

― Você não irá tocar ou ver minha Maya. – meus olhos a essa altura já estavam num tom escuro de verde.

― Harry, qual é?  Não vou machucá-la, só quero ver sua filha. Você estará com certeza ao meu lado, acha mesmo que tentarei machucar sua filha, sabendo que você pode me matar aqui mesmo? – pensei um pouco e realmente, ele não seria doido de machucar Maya, comigo ao seu lado.

― Cinco minutos! – abri passagem para que ele entrasse e assim ele fez, apontei para o lado do quarto e ele subiu as escadas, mas antes deixou um pequeno quadro no sofá,  percebi que era o quadro que antes estava na sua estante, a foto de Elisa. Sorri fraco e subi correndo as escadas atrás de Zayn, ele parou ao lado do berço e sorriu ao ver minha filha. Juntei-me ao seu lado e Zayn aproximou sua mão até o rosto de Maya. O acariciou sorrindo largamente e meu rosto entristeceu ao ver Maya sorrindo , para Zayn.
Ela sorriu para ele, a primeira vez que ela sorriu e não foi para mim e sim para o homem que matou sua mãe.

― Parece que ela gostou de mim! – disse Zayn sorrindo, eu não estava aceitando aquilo.

― Já se passou os cinco minutos, saia daqui! – ordenei.

― Ahh Harry, ela sorriu pr...

― SAIA DAQUI, AGORA! – gritei assustando-me pela minha atitude. Ele saiu do quarto e ouvi a porta de baixo bater fortemente ao se fechar.

Olhei para Maya, e tentei repetir o mesmo toque de Zayn, mas nada. Ela não sorriu, não teve qualquer expressão.

― Por que não sorri pra mim Maya? – perguntei, tentando procurar uma resposta para isso. ― Maya... – apoiei as duas mãos no berço e deixei lágrimas escaparem.

Minha filha sorriu, para aquele que está intacto no sentimento predominante no meu coração no momento, o ódio. Por aquele que um dia, considerei meu melhor amigo.