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História Dicotomia - Tensão Familiar


Escrita por: cecifrazier

Notas do Autor


"Eu vou trazer o próximo cap o mais breve que eu puder."

>Praticamente um mês depois.

DESCULPA, MAS EU TAVA SEM CRIATIVIDADE.

Aí vai uma tretinha básica pra vocês. -q
Boa leitura. <3

Capítulo 14 - Tensão Familiar


Fanfic / Fanfiction Dicotomia - Tensão Familiar

 

Naquele mesmo dia, voltei para casa a pé, seria bom esticar as pernas um pouco. Ao chegar em casa, fui direto para o quarto de Frisk, mal falei com Toriel ou Asgore, apenas queria saber como minha garota estava.  

 

Quando entrei no quarto, pude vê-la deitada na cama, dormindo. Decidi não acorda-la, mas seja o que ela tem, espero que passe logo.  

 

Desci as escadas e senti o cheirinho do almoço no ar. Minha escola era de tempo integral, mas nas provas eles liberavam “os escravos” mais cedo. Isso era bom, realmente não aceitaria a ideia de ter que fazer provas e mais provas o dia inteirinho.  

 

— Oh, Chara, como foi a prova? — Minha mãe perguntou com um sorriso, enquanto colocava os pratos na mesa.  

 

— Ah...sei lá, acho que foi bem. — Desviei o olhar para a sala. — E cadê o Asgore?  

 

— Meu filho... — Ela suspirou, então segurou minhas mãos. — Seu pai está estressado, ele foi ao laboratório da Alphys resolver algumas...coisas.  

 

— Que tipo de coisas?  

 

— Bom...ele disse que...  

 

— Que cheiro bom! — Frisk exclamou enquanto descia as escadas devagar. — Char, como foi a prova?  

 

— Fri! — Corri até ela e dei um abraço apertado. — Você me preocupou! Sua tonta!  

 

— Ai! Não me aperta!  

 

— Para de ser fresca. — A peguei no colo e a carreguei até a cozinha. — Olhe mãe, seu bebê chorão.  

 

— Ah, vocês me matam de rir, viu? — Toriel soltou uma risada, mas logo olhou para Frisk com um olhar apreensivo. — Filha, quero conversar com você depois, sim?  

 

— E eu posso saber o que é? — Perguntei, deixando Frisk no chão.  

 

— Não te interessa, seu bobo. — Ela soltou uma risadinha e apertou minha bochecha. Ora! Por que todos têm que esconder segredos de mim?  

 

Depois que almoçamos, Toriel disse que levaria Frisk para fazer algumas compras. Roupas de bebê, se não me engano. Quando Asgore soube da gravidez da minha mãe, se empolgou tanto que levou ela no mesmo dia para fazer compras pro bebê, não sei porquê minha mãe vai fazer isso de novo. Enfim, pelo o que Frisk disse são "coisas de mulher". Aff, não vou ficar enchendo minha cabeça com isso.  

 

O que me intriga mais, é que Asgore foi no laboratório da Alphys fazer sabe-se lá o que. Sei que ele me odeia e sinto que o assunto a ser tratado com ela sou eu. Seja lá o que for, vou descobrir hoje, já que Sans vai aparecer por aqui de noite.  

 

Realmente, eu fico me perguntando o porquê de todos esconderem as coisas de mim. Porra, não custa me contar!   

 

••• 

 

Já eram 18:40, Frisk e Toriel chegaram com várias sacola e foram para o andar de cima. Apenas ouvi aquelas risadinha ao me olharem, e sinceramente, aquilo me irritou. Alguns instantes depois, Sans apareceu na sala, do nada, com um olhar meio...receoso.  

 

— Chara, temos que ir, agora. — Ele disse, segurando minha mão, mas puxei de volta.  

 

— Dá pra você me explicar o que tá acontecendo? Porra, to cansado de ninguém me contar nada.  

 

— Prometo que tudo será explicado, pare de reclamar e confie em mim.  

 

Bufei, mas segurei a mão de Sans e nos teletransportamos para o laboratório. Alphys estava em frente à um computador, com vários papéis que quase deixou cair ao nos ver.  

 

— A-ah! Vocês c-chegaram! — Ela disse, organizando os papéis.  

 

— Agora, dá pra alguém me explicar que merda tá acontecendo aqui? — Perguntei, já irritado.  

 

— Olha pirralho, o Asgore veio aqui e mandou encerrar os testes, porque...ele disse que se você tiver outra crise não vai ser nada bom. — Sans disse, coçando sua 'cabeça'.  

 

— M-mas os testes não podem ser interrompidos, p-principalmente agora que... — Vi Sans cutucar Alphys para que não falasse nada.  

 

— Agora que o que? — Cruzei os braços.  

 

— Pirralho, já disse que tudo será explicado, mas agora não é o momento. — Sans abriu a porta da sala e me encarou. — Já sabe o que fazer.  

 

Suspirei, então entrei na sala e me sentei na cadeira. Logo, as máquinas foram ligadas e senti minha alma sair do meu peito. Por mais que os testes estivessem acontecendo a semanas, ainda tinha um ponto negro, um ponto que se recusava a sair. E isso me preocupava, de certa forma.  

 

De repente, tudo ficou escuro e escutei uma risadinha. Ah não... 

 

— A quanto tempo, não é, Chara? 

 

— O que você quer de mim?  

 

— Percebi que você anda frustrado, não é? Ninguém te conta nada...não é? 

 

— Se tu tá pensando que vou matar alguém, pode esquecer essa ideia.  

 

— Claro que não... — Ele ri de forma sarcástica. — Coisas boas virão, Chara. Mas, infelizmente, são apenas boas para mim. Seu estado de espírito vai machucar muito as pessoas que você ama, e quando isso acontecer, eu vou estar lá.  

 

— Do que tu tá falando? Seu doente.  

 

— Ora, Chara, eu não sou o doente. — Ele se aproxima de mim e sorri. — Você é o doente.  

 

Oito anos atrás 

(Narrado pela autora) 

 

— Chara...eu não estou gostando desse plano. — Asriel disse de forma chorosa, enquanto abraçava Chara fortemente. — Me desculpe!  

 

— As...Asriel. — A criança sussurrou, chamando a atenção de seu amigo. — Eu...eu gostaria de ver as flores da minha vila...aquelas flores douradas...o céu azul... 

 

— Como eu te levo até lá? Eu faço o que você quiser.  

 

— A-absorva minha alma e atravesse a barreira...por...favor... — Aos poucos, Chara foi fechando os olhos enquanto o choro de Asriel só aumentava.  

 

Ele arregalou os olhos ao ver aquela alma vermelha sair do peito de seu amigo, então franziu o cenho e a pegou.  

 

De repente, tudo ficou claro. 

 

(Narrado por Chara) 

 

Eu acordei no chão da minha...sala? Não conseguia entender, por que todos estavam me olhando daquele jeito?  

 

— Chara, você...você surtou. — Sans disse, apreensivo.  

 

— Mas está tudo bem agora, não se preocupe, meu amor. — Toriel disse com um sorriso gentil. Mas, espere, que marca é essa em seu rosto?  

 

— Mãe...o que aconteceu? — Perguntei, tentando não imaginar no pior.  

 

— Filho, você... 

 

— Cadê ele?! — Asgore entrou na sala, completamente fora de si. — Você precisa ir embora!  

 

— Asgore, por favor, pare de gritar. — Toriel foi até ele e tocou suas mãos. — Eu estou bem, não se preocupe. Foi só um arranhã... 

 

— Arranhão nada! — Asgore me olhou com ódio. — Saia daqui, Chara, você não é bem vindo.  

 

— Papai, pare! — Frisk berrou, já com lágrimas em seus olhos. — Char, você só teve uma crise e o Sans te trouxe pra cá, mas você...você se descontrolou e machucou a mamãe. Mas não foi nada, ela tá bem!  

 

— Eu...eu fiz isso? — Murmurei, olhando para o rosto de Toriel. — Desculpa, mãe... 

 

— Vai se desculpar se for embora daqui! — Asgore me puxou pelo casaco e me arrastou para fora de casa.  

 

— Pai! Para com isso! — Frisk correu para a porta, mas ele a segurou.  

 

— Frisk, vá já pro seu quarto!  

 

— Quer saber? — Olhei para Asgore. — Vai se foder.  

 

Sem esperar mais um segundo, comecei a correr para longe daquela casa.  

 


Notas Finais


Obrigada por lerem! <3

Até o próximo cap! <3


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