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História Dimitri the Barbarian. - Capítulo 19


Escrita por: Tetekah18

Notas do Autor


Olá raposas do meu core. Tudo bem com vocês?
Sei que estou demorando, tanto pra responder ou postar, mas justo quando comecei a sair do meu bloqueio perdi uma parte do próximo capítulo. Isso me deixou chateada, mas vou postar. Só não sei quando, mas vou.  
Então não me abandonem! Por favor!
E vamos a mais um capítulo.

Capítulo 19 - Capítulo 19


Fanfic / Fanfiction Dimitri the Barbarian. - Capítulo 19

Ainda estava sem acreditar. Vir para a antiga casa de minha avó foi uma ótima ideia. Há tempos minhas tentativas de aproximação foram falhas, ou pelo menos, até alguns dias atrás. Ao que parece, ela está começando a me aceitar, não como o bárbaro saqueador, mas como seu marido.

Eu realmente a senti se entregar esta noite, foi algo mais especial do que as outras vezes e nossa interação começou a fluir. Estava sem acreditar que tudo aquilo era verdade. Rose acabara dormindo em meus braços, ao som dos lobos uivando e o calor do fogo que aquecia o ambiente.

Já era manhã, e não sabia dizer se tudo não passava de um sonho. Comecei a passar uma de minhas mãos em toda extensão de suas costas, sentindo sua respiração leve contra mim. Ela se mexeu um pouco, levantei o pescoço para ver seu rosto. Cílios estavam sendo levantados de maneira mais adorável que já vi.

-Bom dia.- a saudei abrindo um sorriso.

-Bom dia.- ela murmurou escondendo seu rosto em meu peito com sua mão livre ao lado. Rindo, tentei me sentar mas apenas recebi um grunhido em reprimenda.

-Vai querer passar o dia todo na cama?- perguntei sorrindo.

-Se for pra ficar do jeito que estamos...- começou colando sua bochecha esquerda em minha pele. -Então sim, eu vou querer.- falou fechando os olhos enquanto eu ria.

-Isso tudo é preguiça?- perguntei enquanto pegava em sua mão, que estava em cima de mim e fiquei mexendo no anel.

-É que está tão bom.- respondeu manhosa entrelaçando nossos dedos.

-Eu quero mostrar um lugar a você.- disse afagando seus cabelos com minha mão que estava em suas costas. Ela se apertou mais a mim em resposta. -Rose...- sussurrei quase rindo em seu ouvido.

Parecia que ela estava prestes a dormir outra vez. Em um movimento rápido, a peguei no colo ficando de pé.

-Dimitri!- gritou em meio ao susto se agarrando ao meu pescoço. -Está maluco?- reclamou com os olhos arregalados. Não resisti em deixar escapar uma sonora gargalhada.

-Eu disse que quero mostrar um lugar a você.- falei enquanto fazia seus pés tocarem o chão. Ela ficou um tempo mais em pé se apoiando em mim com os olhos fechados. -O que foi?- perguntei pouco antes dela levantar o rosto.

-Então vamos logo.- murmurou com um biquinho que não resistir beijar.

Nos vestimos e pegamos pães, frutas e um chifre com hidromel. Segurando sua pequena mão, segui em meio as árvores com caminhos de folhas de cores quentes. Já conseguia ouvir o barulho de água corrente ao fundo. Olhei para traz, Rose me observava cheia de expectativa.

A vegetação ficou espaçada próxima ao leito do rio, a parte de corredeira após a pequena cachoeira. Rose parou do meu lado. Pelo seu rosto pude ver o encanto pela paisagem. Sorri abertamente quando nossos olhos se encontraram.

[-É lindo]

-É lindo...- falou sorridente ainda boquiaberta.

-Fico feliz que tenha gostado.- disse afagando o lado de seu rosto e recebi um olhar carinhoso.

Nos sentamos em frente a queda d'água. Ela se sentou no chão entre minhas pernas. Aproveitei para abraçá-la enquanto ela colocava um pedaço de pão em minha boca. Comemos apreciando o som da natureza enquanto comíamos.

-Dá vontade de pular na água.- pensou alto.

-Você não faria isso...

-Por que não?- perguntou confusa se virando em minha direção.

-A água deve estar fria.- respondi colocando uma mecha de seu cabelo atrás da orelha.

-O quão fria?- questionou com curiosidade.

-Próximo do meu limite suportável, que com certeza é maior que o seu.- disse em tom brincalhão no final da frase mexendo levemente o nariz dela com o dedão e o indicador.

-Como você pode ter tanta certeza disso?- indagou descrente.

-Você está com um xale em cima do vestido.- comentei fingindo despreocupação até ela me dar uma leve cotovelada, me arrancando mais uma risada. -Podemos vir quando estiver perto do verão.

-Promete?

-Prometo.- beijei sua têmpora.

-Agora eu entendo porque você vinha aqui para ficar só...- ela disse olhando o entorno um tempo depois.

-Os motivos não eram tão agradáveis...- murmurei um tanto tenso pelo assunto.

-Por quê?- perguntou com cautela.

-Bem, em geral meu próprio pai me treinava. Toda vez que eu perdia uma batalha, além de receber algum golpe do oponente eu levava... alguns dele.- tentei aliviar na fala as lembranças horríveis que se passavam em minha cabeça.

-Alguns quanto?- ela insistiu com preocupação nítida.

-O suficiente para não me deixar sair da cama. Era o único filho homem, tinha que ser o melhor de qualquer jeito. Por sorte minha mãe era cuidadosa, não deixou cicatrizes visíveis...- tentei sorrir levemente. -E quando eu ficava melhor, rumava para cá.

Ela se ajoelhou na minha frete, deixando a comida de lado e me abraçou apertado. Sentimentos de raiva e mágoa dentro de mim pareciam se acalmar. Era tão confortante.

-Já não adianta se prender a esse tipo de coisa, não é mesmo?- perguntei massageando sua coluna.

-Tem razão...- ela murmurou. A afastei um pouco, seus olhos estavam começando a formar lágrimas. -Temos que seguir em frente...- e desceu carinhosamente sua boca sobre a minha.

Nossas línguas em contato pareciam um meio de encontrar a liberdade. Tudo era consumido pelo fogo do desejo. A paixão incessante me cegava apenas a querendo. Nada mais importava. Observei seu corpo nu, os cachos em contraste com as folhas secas. A imagem perfeita. A possuí em meio às árvores. Minha audição se concentrava em seus gemidos. Um dos sons mais agradáveis aos meus ouvidos. Era perceptível que ela já se afundava em sua doce agonia me levando junto consigo.

-Eu não acredito que fizemos isso aqui.- ela disse rindo no final um tempo depois de recuperar o fôlego.

-E por que não?- questionei beijando seu pescoço.

-Nós só fizemos na cama...- falou desconcertada começando a corar.

-Não se preocupe, temos muito tempo para fazer em vários lugares diferentes.- sussurrei em seu ouvido mordiscando o lóbulo de sua orelha em seguida.

-Dimitri!- tentou me repreender sem muito sucesso apertando os dedos em minhas costas. Comecei a rir enquanto saia de cima dela.

-Isso é normal, Roza...- murmurei afagando suas bochechas coradas.

-Desde quando você sa...- ela se interrompeu fazendo fazendo uma careta. -Esquece, prefiro não saber.

Eu apenas fiquei a observando com diversão. Ela continuou com pequenas rugas na expressão até que seu rosto ficou liso.

-Você me chamou de que?- perguntou levantando a parte superior de seu tronco.

-Roza...- repeti enquanto ela puxava o xale sem desviar os olhos dos meus. -Eu aprendi isso em um saque em um país ao sul. Tem o mesmo significado do seu nome.- acariciei seu rosto ao me sentar.

-Hm...- murmurou e abriu a boca duas vezes como se fosse dizer algo, mas nenhum som a mais saiu.

-O que foi? Não gostou?- perguntei preocupado.

-Não... Não é isso.- se apressou em dizer. -É só... O Mase era o único que me dava apelidos...- falou melancólica.

-Mase?- questionei confuso e enciumado.

-Era o meu irmão...- tentou dar um sorriso triste e tive vontade de me bater por isso. Coloquei-a em meu colo, afagando seu cabelo enquanto a apertava contra mim. Eu não queria que nenhuma tristeza a abalasse ou modificasse. Eu estava perdidamente apaixonado pela mulher teimosa que conheci.

[...]

Passamos mais um dia a sós e desde retornamos, nosso relacionamento evoluiu. As ultimas semanas haviam agitadas pela proximidade do inverno, mas as mais felizes que já tive. Na maioria, antes de dormir, conversávamos sobre o dia ou amenidades. Eu me sentia realizado em tê-la ao meu lado.

-Sua irmã está me assombrando.- começou Ivan enquanto políamos as espadas observando o rebanho. -Diz que está doida para que seja uma menina.- e levantou o rosto com cara assustada. -Sabe quantas onças vou ter que guardar para o dote dela?

-Eu imagino.- acabei gargalhando com a indignação do meu amigo. -Mas é melhor não contrariá-la, você se lembra do que ela fez com você na gravidez do Paul.

-Claro, como esquecer? Ter uma panela sendo jogada em minha direção por dizer que detestei o nome que ela escolheu para a criança é no mínimo memorável.- suspirou e virou em minha direção com o dedo apontando. -É bom você lembrar disso também... Grávidas são imprevisíveis.

-Vou saber me cuidar.- respondi rindo.

Ficamos um tempo em silêncio até Paul chegar correndo.

-A mamãe mandou chamar vocês.- disse ofegante com as mãos apoiadas nos joelhos. -Ela disse que um tal de Victor acabou de chegar com sua comitiva.

O garoto se prontificou a legar o rebanho de volta e seguimos para onde as drakkars¹ atracavam. Victor veio até a mim assim que me viu acompanhado de seu irmão e sua filha, que continuava desastrada e calada. Ele estava significativamente envelhecido. Sua comitiva era composta por duas embarcações.

-Sejam bem-vindos.- o cumprimentei. -A que devo a honra de sua companhia?

-Como vai Dimitri?- questionou alegremente ignorando minha pergunta. -Eu sinto muito pelo seu pai.

-Obrigado, e você? Como tem passado?- tentei manter um tom agradável a conversa.

-Nem tanto... A idade chega para todos.- comentou aparentando conformismo. -Ivan, meu jovem, como está?

Seguimos para minha casa falando apenas amenidades. A ideia do porque ele ter vindo estava rondando minha mente. Se ele sabia que meu pai estava morto há tanto tempo, que sentido faria vir só agora?

Minha mãe e Rose estavam a nossa espera na porta. Minha esposa estava linda como sempre, mas parecia insegura. Logo que me aproximei, beijei seus lábios. Atitude essa que se tornou uma mania assim que eu a encontrava.

-Victor, quero apresenta-lo minha esposa, Rose.

-Muito bonita. Onde se escondeu criança?- questionou o velho.

-Em uma ilha ao sul.- respondeu sucinta enquanto o recém chegado apresentava uma feição surpresa.

-Ho, pois muito bem. Deixe-me apresenta-la minha filha, Natalie e meu irmão, Robert.

-É um prazer conhece-los.- respondeu com simpatia. Robert parecia neutro como sempre, mas a garota estava mais deslocada que o de costume.

-Vamos entrar.- disse minha mãe e tão logo Victor tratou de bajulá-la dizendo o quanto sentia pela morte de seu amigo.

-Eles realmente são irmãos?- Rose sussurrou para mim enquanto nos direcionávamos para a sala.

-Sim, Robert foi fruto do segundo casamento do pai de Victor.- respondi. Eles não se pareciam, nem na parte física ou da personalidade.

Depois de muita conversa jogada fora, apenas permaneceram a mim, Ivan, Victor e seu irmão. Eu sabia que aquele velho tinha algo por trás, mas era esperto demais para falar de uma vez.

-E como vai sua prima? A filha do Nathan?- questionou Victor, ele tinha certo interesse pela jovem. Em sua ultima visita havia feito uma oferta de casamento para o pai dela.

-Casada e com filho nos braços.- falei simplesmente o que o refreou.

-Que pena...- murmurou. -Por falar em casamento, é uma surpresa que esteja casado.

-Isso é verdade. Finalmente uma mulher o conquistou.- disse Ivan recebendo um olhar esquisito dos visitantes.

-Realmente.- murmurou Robert pela primeira vez enquanto Rose entrava na sala trazendo o hidromel. Após servir a todos, se direcionar a saída.

-O que acha de aproveitar essa sorte para um segundo casamento?- Victor começou antes de dar um gole na bebida.

-O que está querendo dizer?- perguntei pouco mais duro do que planejei.

-O que achou da minha filha?- continuou.

-Parece ser agradável...- tentei parecer gentil com a jovem.

-Ótimo. Ela vai permanecer aqui. Eu e seu pai pretendíamos selar um acordo casando os dois.- falou de uma vez deixando a sala em silêncio.

-Não.- irrompi o silêncio. Eu não queria outra mulher, nem mesmo me imaginava com alguém mais.

-O que?- o velho parecia confuso.

-Não vou me casar com mais ninguém.- respondi firme.

-Mas o seu pai...- tentou continuar, mas o interrompi.

-Eu não dei a minha palavra. E como você disse, vocês apenas pretendiam. Ele está morto e o chefe aqui sou eu.- falei deixando a raiva transparecer pela minha voz.

-Você devia pensar no quanto seria vantajoso.- tentou outra técnica.

-Fiquem por uma semana se quiserem,- me levantei e dei alguns goles na minha bebida. -mas chegaram tarde para ver meu casamento.- saí de lá sem me importar.

Logo seria o jantar e pensei em conferir se Paul havia feito o trabalho direito. Mas antes que eu pudesse tomar distancia da casa, vi Jesse enfurecido andando a passos largos. Ele parecia estar melado de algo e a filha de Victor o acompanhava. Isso era realmente estranho, mas ignorei e segui meu intento.

Eu apenas queria dar um fim àquela conversa. Eu jamais iria ceder a oferta de Victor. Não somente pela promessa que fiz a Rose, mas porque eu não queria outra além dela. Eu realmente estou mais do que apaixonado pela minha Roza. Isso seria amor?

1-Apelido para as embarcações.


Notas Finais


Não se esqueçam de votar e comentar, conto com vocês.
Beijos da Raposa.
Teka. 


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