História Dirty Mind - Crazy night

Me sentia uma adolescente perto daquele homem. Meu controle evaporava e meu corpo ardia quando estava perto dele. Foi uma surpresa encontrá-lo novamente mas não posso reclamar, é sempre bom limpar a vista. Mesmo querendo beijar aqueles lábios eu não queria ser aquele tipo de mulher que pega o chefe em troca de "recompensas" pessoais e profissionais. Era clichê até demais. Viro outro shot de tequila sentindo o gosto amargo rasgar minha garganta e o homem em minha frente me encara fascinado. 
— Comigo bêbada você pode fazer o que quiser — pauso. — Mas sóbria, terá que me conquistar — rio sentindo minha racionalidade sumir. Eu sou muito fraca pra bebida.
Ao sentir suas mãos em meu corpo, eu suspiro. Esse homem me tem apenas com um toque. Ele me guia até a pista de dança que estava lotada e pega minha outra mão a colocando em seu ombro para dançarmos colados. Seu olhar exalava desejo e admiração enquanto tocava em cada extremidade de meu corpo. Fiz alguns movimentos rebolando minha bunda e gemia em seu ouvido quando a música pausava. Coloco sua mão esquerda em minha cintura e a direita em minha bunda sentido um forte aperto, mordo meus lábios e sorrio esfregando meu corpo ao seu. Enquanto ele beijava meu pescoço eu arfava seu nome o ouvindo gemer em aprovação. Desci até o chão e abri minhas pernas o provocando, ele me levantou rapidamente e acabou a distância entre nós colando nossos lábios em um beijo quente e cheio de luxuria. Apertava sua nuca o querendo mais próximo se é que era possível e aprofundando cada vez mais o beijo. Passava minhas mãos pelo seu abdômen musculoso e desci até sua parte intima a apertando levemente. Nossas respirações eram pesadas mas nenhum ousou quebrar o beijo, estávamos sempre querendo mais com o toque. Eu precisava tê-lo em minha cama, sei que irei me arrepender mas eu preciso que esse homem me foda.
— Quer me foder gostoso Bieber? Gozar dentro de mim? — perguntei após finalizar o beijo. Ele tentava recuperar sua respiração para me responder, mordi seu lábio e ele sorriu sedutoramente me olhando com aqueles olhos fodidamente lindos.
— Quero. Vou te foder tão forte que amanhã você não vai nem conseguir levantar da cama — um gemido escapa pelos meus lábios gostando da ideia. — Vou te chupar como ninguém enquanto se contorce em minha cama pedindo por mais, vou pegar meu pau duro e te torturar para ver você implorar pra eu te foder. Você vai gemer tão alto quando enfiar meu pau na sua entrada que eu vou te dar um tapa para minha ninfeta se acalmar. Ninguém te satisfará melhor do que eu, Anne — ele diz em meu ouvido. Eu já estava louca e entregue à aquele homem. O puxei para um beijo mais selvagem e esfreguei meu corpo no seu procurando contato com seu membro que já estava duro. Um barulho chama a atenção me fazendo soltá-lo para observar o que aconteceu. Tiros são ouvidos e todos os presentes gritam em desespero se movendo rapidamente pela saída de emergência. Justin segura meu braço e me puxa para longe da multidão em busca de refugio. Ele abre uma porta que é identificada como banheiro feminino e me coloca dentro de uma cabine.
— Fique aqui. Preciso encontrar meus amigos lá fora, eles estão sozinhos e não sabem se defender. Eu já volto para te buscar, e não saia daqui entendeu? — perguntou, concordei levemente com a cabeça e apertei seu braço.
— Tome cuidado e não leve um tiro — disse. Ele sorriu de canto e concordou.
— Ainda tenho que te foder, lembra? — eu sorri. O vejo se deslocar para longe de mim e sinto o medo apossar meu corpo. Revejo minhas ações nos minutos anteriores e praguejo mentalmente. Com um beijo e já me entrego tão facilmente? Eu estava praticamente implorando que me fodesse com o olhar. Alguns minutos passam e os tiros cessam me fazendo perguntar se tinha acabado. Subo vagarosamente encima do vaso sanitário e a sento para descansar, abraço minhas pernas na tentativa de me acalmar e me sentir protegida. Um barulho arrastado denúncia que a porta se abriu e passos são dados calmamente. Era esse o momento da minha morte? Finalmente irei ver meu pai? A porta da cabine é aberta e grito sentindo uma mão me calar. Justin me olhava assustado com minha atitude e minha vontade é manda-lo pra puta que pariu.
— Seu viado! Quer me matar de medo? Eu estava me cagando aqui e você aparece assim do nada. Seu filha da puta do caralho!
— Cala a boca porra! — ele grita. — Temos que ir, a polícia estar chegando e não quero ser interrogado — diz, ele tinha razão. Saio da cabine e passo por ele correndo em direção ao salão principal. Precisava encontrar Maya e perguntar onde estava. A procurei por todos os lugares e encontrei-a atras do bar encolhida enquanto chorava.
— Maya? — pergunto e ela me olha se levantando e correndo em minha direção, seus braços me apertam em um abraço e retribuo tentando passar todos os tipos de carinho.
— Eu estou com tanto medo Anne, quase fui baleada por aqueles bandidos — diz chorando.
— Como assim? — pergunto preocupada.
— Eu estava saindo da boate com um cara quando os tiros começaram, eu corri de novo para dentro e me escondi aqui. Só de pensar que a essa hora eu poderia estar morta... e-eu — a interrompi.
— Vamos para minha casa, hoje você dorme lá. Não é bom ficar sozinha e não está tão tarde, podemos assistir alguns filmes pra você se acalmar.
— Obrigada amiga, você é a melhor! — agora sou eu que a puxo para um abraço. 
— Nós prometemos cuidar uma da outra, lembra? — digo. Nos levantamos e a abracei de lado, caminhávamos lado a lado para fora da boate. Estava tudo silencioso na parte externa e logo encontramos o carro e a coloquei no banco de trás para ficar mais confortável e sentei no banco do motorista me acomodando. Liguei o carro e dirigi até minha casa, espiei pelo espelho e Maya estava dormindo serenamente. Foi realmente horrível o que aconteceu hoje, só desejo que depois dessa noite ela não consiga um trauma. O trânsito estava calmo e em poucos minutos cheguei em casa. Maya percebeu, se levantou e saiu do carro esfregando os olhos em direção a porta, abri-a e Maya trancou em seguida, fomos para meu quarto e ela correu para o banheiro para tomar banho. Separei uma roupa de dormir e coloquei em cima da cama, desci as escadas e preparei pipoca, e derreti algumas barras de chocolate para ela relaxar. Enchi dois copos de refrigerante e levei tudo em uma bandeja grande até o quarto. May já estava vestida e enrolada em minha cama, quando me viu abriu um sorriso de lado, mas quando viu a comida, abriu um sorriso radiante.
— Você é uma comilona sabia? — ela riu.
— Comida é a melhor coisa no mundo! — disse e sorri. Deixei em cima da cama e fui para o banheiro tomar banho. Fiquei uns dez minutos e sai enrolada na toalha, vesti um moletom e shorts fino e me deitei do lado de Maya.
— Vamos assistir The Walking Dead? — perguntei. Já fazia um tempo que queria assistir.
— Vamos! Ouvi falar que é muito boa — ela disse. Coloquei na Netflix e passamos a madrugada assistindo aquela série maravilhosa.
— Eu odeio o Shane, que otario.
— Eu gostei Glenn, ele já se tornou meu favorito quando se arriscou pra salvar o Rick — disse e ela concordou. Nós sempre temos os mesmos personagens favoritos. No final do episódio 07 ela dormiu. Desliguei a televisão e a enrolei até os ombros para ficar aquecida. Peguei meu celular e fiquei vendo algumas notificações e uma me chamou atenção.
Era do Bieber, e o que me chocou era que, o email era de sua conta pessoal e não da empresa, como deveria ser.
            De: Justin Bieber

Para: Anne Marie Harris

Assunto: Seu horário.

Olá, Anne! Estou enviando de minha conta pessoal para que, haja o que houver, reportar diretamente a mim. Seus horários de entrada e saída são das 07:00 às 12:00 (horário de almoço) e termina às 18:00. Não tolero atrasos. Tenha uma boa noite.

Hmm. Reportar diretamente a ele, gostei. Lembro perfeitamente do que aconteceu antes da confusão mas no dia darei uma de desentendida. Guardei meu celular e me afundei na maciez do travesseiro adormecendo rapidamente.