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História Disorder - Quartel


Escrita por: maybethatstrue1

Capítulo 2 - Quartel


Fanfic / Fanfiction Disorder - Quartel

O grande pelotão alinhou-se diante do coronel Chul-Moo e entrou em posição de ordens.

Rim Chul-Moo era um homem na casa dos 50 anos, cabelos semi grisalhos, cerca de 1.60 de altura. Entrou no exército aos 18 anos, seguindo de uma família de oficiais muito poderosa. Fora exilado do comando de Pyongyang, capital da atual Coréia do Norte, por questionar uma ordem de seu pai. O objetivo dele, então, era retomar ao poder em sua cidade natal  e finalmente tornar-se general. 

Os novos soldados, que estavam a conhecer o ambiente, se preparavam para começar um novo dia em uma nova realidade.

-Sentido! -Chul infla seu peito e anda diante da fileira de 30 homens.-Hoje, vocês iniciam os primeiros dos sete anos de treinamento. Logo, se inicia o primeiro dia no inferno. 

Homens respiram fundo com memórias de histórias que seus pais contaram sobre guerra, miséria e dor.

-Durante os anos reservistas, vocês serão designados a áreas específicas de administração de nossa comunidade. Um ano aqui dentro e seis nas cidades da área. Bom, não é novidade que todos vocês não tem onde cair morto, logo dependem do nosso salário e misericórdia.-Chul solta uma risada abafada junto aos sargentos. -Sua obrigação é me respeitar e fazer o que eu mandar, nem que seja comer comida estragada. Se bem que vendo a qualidade das malas de vocês... Comer comida estragada devia ser rotina, não?

Um dos soldados soltou uma respiração pesada e forçou o maxilar.

-Pois vemos que alguns vermes se sentem no direito de contestar... -Chul caminha em direção ao soldado e o enfrenta.

O soldado não recua e o olha com a mesma arrogância.

-Pois amo os vermes, todos precisamos de alguém para pisar as vezes. -O coronel solta um sorríso malicioso diante do homem. -Soldado, apresente-se!

-Senhor...-O homem deixa um intervalo desafiador para superiores.-Lee Jooheon, senhor! -

-Lee? Ah os Lee... Sabia que os maiores rebeldes da história são da família Lee? Óbvio que existe centenas de vermes dessa espécie agora, mas não nego minha felicidade de ter um Lee no meu pelotão.

Chul-Moo afasta-se lentamente de Jooheon, brincando com uma moeda de prata que carrega em seu bolso. 

-Sabe, estou feliz por terem vocês aqui hoje. É meu último ano nessa unidade e espero poder me despedir da melhor forma possível. 

Em questão de 2 segundos, o pelotão presenciou Jooheon caído ao chão com uma linha de sangue ao lado de sua boca. Ninguém esperava o soco surpresa do superior.

-Bem vindo, Lee. -Chul cospiu em cima do tronco de Jooheon e se retirou.

-Espero todos vocês amanhã no nosso café da manhã. Espero que os bebês não se importem em acordar um pouquinho mais cedo que o normal. Ah, não temos água quente essa semana. Peço perdão pelo inconveniente. E se eu sentir algum mau cheiro eu serei obrigado a presentear carinhosamente. Boa noite! 

Um terceiro homem apareceu na porta e gritou -Descansar!

Todos relaxaram os corpos e se entreolharam.  Jooheon ainda se recuperando, repara nos olhares lançados sobre ele.

-Hey, quer ajuda? -Um rapaz com traços finos, lábios bem desenhados e olhos relativamentes grandes estica seus longos braços para Jooheon.

-Ah.. Ah, obrigado. -Jooheon aceita sua ajuda. Reparou que todos pararam seus afazeres para observar a cena.

 Já de pé, reparou a altura do rapaz. Suas longas pernas e ombros finos deixam claro que sua estrutura física não é favorável para um quartel general. 

-Prazer, Chae Hyungwon. Acho que todos devemos se ajudar aqui, evitar que se torne um real inferno. -Hyungwon percebe o silêncio e olha em volta, o que faz todos voltarem a superficialmente a fazer algo.

-Obrigado. Concordo, todos devemos fazer o melhor. Preciso arrumar minha cama, hoje vai ser uma longa noite. Até mais.

-Até.

POV Jooheon

Encaro a pequena cama que vou ser obrigado a me encaixar pelos próximos doze meses. Com a baixa média de altura dos homens coreanos, meu corpo com quase 1,80cm não cabe perfeitamente aqui. Mas é o que tem e devo aceitar.

-Cara! -Ouço um sussurro perto de mim.

Me viro e procuro o responsavel, mas entre as dezenas de caras desconhecidos que desdobravam as roupas de cama e arrumavam os armários, era meio impossível identificar de primeira.

-Psiu! -Um rapaz de olhos negros e cabelos castanhos aparece ao lado do meu armário.

-Ah, boa noite!  -Sento na beirada da cama e abro a bolsa no chão.

-Você não andava muito pela cidade grande, certo?  -Paro de revirar minha bolsa e o encaro.

-Eu sempre fiquei no interior... Não via necessidade de sair de lá.

-Pois bem, logo vejo. -O rapaz com estrutura forte caminha para meu lado e senta em sua cama, que é ao lado da minha.-As poucas vezes que vi você no centro foi apenas comprando fertilizante na loja de meu pai.

-Prazer, Lee..

-Jooheon! O grupo todo já sabe quem é você. Prazer, Choe Min-ho. -O rapaz estende sua mão com um sorriso seco.

-Prazer. Eu preciso arrumar minhas coisas então desculpa se eu não te der atenção e eu est...

-Relaxa, já vou te deixar em paz. Eu só vim te alertar de umas coisas. - O grupo de rapazes na sala começaram a ficar em silêncio aos poucos e senti que todos ainda me olhavam com ar de tensão.-Hm.. Eu descontei porque você não sabe quem é quem por aqui, todos se conhecem da cidade grande.

-Espero poder ser amigo de todos, temos bastante tempo para isso. -Volto a pegar umas peças de roupas e jogo sobre a cama.

-Eu to querendo te ajudar a escolher com quem anda...

Olho para meu lado direito e percebo todos olhando para Hyungwon com muita malícia. Hyung apenas se encolhia sentado na cama e olhava para o chão, tentando não encarar os mesmos.

-Olha, eu não estou captando o que está acontecendo... -Volto a focar na minha bolsa. Seja lá o que for, so quero terminar meus afazeres e dormir.

-Você não pode andar com maricas. -Minho falou em um tom porpositalmente alto, afim de chamar atenção.

-Pois não? -Paro com minha bolsa e o encaro.

-Você sabe, Hyungwon... Aquela cara de assustado não te fez pensar em nada? -Todos na sala soltam uma risada.

-Parceiro, vá direto ao ponto.

-Ele é uma bichinha! -Hyungwon fechou os olhos e virou de costas para Jooheon.

-E o que isso tem? -Eu senti meu coração bater forte. Não sabia quem era aquele rapaz mas estava evidente que algo errado estava acontecendo.

-Como assim, cara? Vai ficar andando com viadinho?! Você tem que andar com gente certa, com homem de verdade.

-Desculpe, eu posso decidir sozinho com quem devo conversar ou não. A sexualidade de uma pessoa não me diz respeito, eu só quero cumprir minha função no quartel o mais rápido o possível. -Olho para Hyung e ele vira a cabeça para esquerda, afim de me ouvir melhor.

-Jooheon, você não entendeu. Ou você concorda comigo, ou você é contra mim. -Minho se levantou e fez questão de ficar em pé diante de mim. -Eu não tenho medo de grandalhão, e pra mim quem defende bichinha, deve apanhar da mesma forma.

Respiro fundo.

-Sabe... -Levanto devagar e olho bem fundo nos olhos de Minho. -Pra mim quem tem ódio de pessoas como Hyung na verdade só se identificam mas tem o medo de ter a mesma coragem que ele.

Sinto a respiração de Minho em meu rosto. Apenas 10cm de distância impedia uma luta corporal entre duas pessoas que se conhecem por cerca de 10 minutos. 

-Será um prazer enorme fazer você engolir seus dentes e desfigurar seu rosto. -Minho cresce seu corpo me empurra.

Todos os caras do pelotão começam a gritar e bater nas paredes. Tudo o que pensei foi esmurrar a cara dele com um pedaço de madeira, mas quando menos percebi um rapaz apareceu entre nós dois. 

-Parem. -Todos param de gritar e o silêncio toma conta do ambiente.

-O que? Quer apanhar também? -Minho se desconcentra e olha com fúria para o rapaz.

-Acredito que todos estamos cansados, longa viajem e dia quente. Temos um ano para assistirmos vocês caindo na porrada. Eu realmente não estou com paciência para ouvir mais algumas horas de superiores gritando na minha cabeça e acredito que vocês também não.

-Verdade. É melhor eu observar os pontos fracos do oponente antes de atacar. -Minho saiu do caminho e foi em direção ao banheiro. -Salvo pelo tampinha, não vai ter a próxima. 

-Obrigado, apesar de não precisar da sua ajuda. -Falei ao rapaz.

-Olha, não me ponha em suas brigas. Eu não quero grupinho. Nem porra nenhuma!

-Vou começar a me arrepender de ter agradecido. -Torno a me sentar.

-Só não aguento mais essas gangues. Não é possível que até aqui isso exista.

-Não quero brigas, mas não vou fugir de uma. -O rapaz continua parado e sinto que ele quer dizer algo.- E o seu nome é...

-Oh, sou Lim Changkyun, mas todos só chamam Im.

-Lim? Não é comum família Lim por essas bandas. -Olho de baixo para cima para Im.

-M-Minha família não é daqui. É uma longa história. Meus pais vieram para uns projetos de família e quando..- Reparo no breve olhar de Hyungwon, assim que o mesmopercebeu que eu estava o observando, se apressou em desviar o olhar. -Mas aí os fazendeiros tiveram uma briga e tudo se enrolou por conta das vacas grávid..

-Que? -Retomo minha atenção.

-O que?

-Vacas?

-Sim. Grávidas.

-Im, eu vou dormir. Boa noite.



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