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História Divine - Duelo


Escrita por: RocMo

Notas do Autor


Olar, bom dia!

Vamos com uma atualização logo pela manhã.

Queria agradecer a todos pelos favoritos (já passamos dos 80 <3) e comentários.

Esse capítulo tem algumas revelações rs.

Boa leitura <3

Capítulo 17 - Duelo


Fanfic / Fanfiction Divine - Duelo

Jiatsu, China

Yifan comandava a sua escuna, o Feng (significa “ventania” em chinês). Ele e seus homens se preparavam para assaltar algum pequeno barco que encontrassem fora dos limites de Jiatsu.

Não precisavam de muito, apenas suprimentos e um pouco de ouro para se manterem por algumas semanas.

Estava tudo tranquilo e dentro dos conformes, até que o jovem pirata notou que haviam dois navios enormes se aproximando, cada um de um lado de seu pequeno barco.

Ele reconheceu o símbolo da companhia de Chou nos navios, e sentiu um arrepio profundo.

Eles estavam seguindo o seu barco, então, provavelmente aquele homem havia descoberto toda a verdade sobre ele.

Yifan abandonou o timão, e correu para dentro da cabine, onde seus homens comiam juntos.

“Fujam, agora! Seremos atacados!” Ele gritou, desesperado.

“Do que está falando, Yifan?” Zhang o questionou, no mesmo instante que um tiro de canhão atingiu o navio, arrebentando a cabine.

Os homens se levantaram no mesmo instante, e começaram a correr para o convés, mas os navios começaram um verdadeiro bombardeio, fazendo aquela pequena escuna virar um amontoado de madeira em questão de minutos.

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Hung chegou em casa sorrindo satisfeito, e encontrou Lien e Tzuyu esperando por ele para jantarem.

“Boa noite, minhas queridas.” As duas responderam baixo ao cumprimento. “Hoje tivemos um dia muito proveitoso no trabalho, abatemos um navio pirata aqui nas redondezas, acreditam? Disseram que era de um tal de Yifan Wu.” Tzuyu engoliu seco ao ouvir o nome do rapaz, e Hung olhou diretamente para ela. “Está tudo bem, minha filha? Você parece pálida.”

“Sim... Sim, pai.” Ela respondeu, dando de tudo de si para segurar o choro. Sabia que se chorasse na frente de Hung, as coisas ficariam feias.

Aquela tortura psicológica de Hung era terrível.

“Que bom, eu já estava começando a ficar preocupado.” Ele respondeu cínico, e começou a comer como se nada tivesse acontecido.

Tzuyu engoliu a comida nem sabia como, com aquele nó em sua garganta.

Apesar de tudo, pensar em Yifan morto era algo que doía profundamente em seu coração.

Após o jantar, ela foi para o quarto, onde chorou muito pelo rapaz e por tudo o que estava acontecendo.

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Zhuhai, China

Mina treinava luta de espadas com Dahyun na praia, enquanto Shinji e Sana estavam sentados observando as duas.

“Ela treina para o duelo, e eu treino em pensamento como contarei a tia Keiko como ela morreu.” Sana comentou desanimada.

“Mina é esperta, creio que ela terá cartas na manga amanhã.” Shinji respondeu.

“Pai, aquela mulher deve ter a sua idade, ela é pirata desde antes da gente nascer, Mina vai ser trucidada, eu não quero nem ver.” Sana suspirou fundo. “Você teve que contar a tia Keiko que o tio Arata havia morrido, e eu terei que contar sobre Mina... Deve ser nosso karma.”

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Kobe, 1920

Shinji caminhava cabisbaixo. Quanto mais próximo de casa ele ficava, mais seu coração se apertava.

Ao chegar na vila que vivia, andou até a sua casa, e logo ouviu o choro de Sana, sua pequena filha, que havia nascido há poucos meses atrás, e a qual ele não via desde pouco mais de poucos dias de vida.

Ele abriu a porta devagar, e viu sua esposa Sora com a menina em seu colo, e surpreendeu-se ao encontrar Keiko, a irmã caçula de sua esposa, ali em sua casa, e com uma barriga grande.

“Resolveu dar as caras, seu traste?” Sora falou impaciente, mas Shinji nada respondeu. Ficou paralisado olhando para a cunhada grávida. “Surpreso pela gravidez de minha irmã? Cadê o seu amiguinho?”

Shinji engoliu seco, sem nem saber o que dizer.

“Onde está o Arata?” Dessa vez foi Keiko quem o questionou, e sua expressão ficou magoada. “Ele ficou lá com ela?”

“Não... Não é isso, Keiko... Arata... Arata está morto.” Shinji respondeu, sentindo um nó na garganta. As duas mulheres ficaram surpresas, e Keiko começou a chorar.

“Não... Não pode ser... Eu estou aqui esperando um filho dele... Ele não pode ter morrido... Como?” Keiko se desesperou, levantando-se e andando de um lado para o outro.

“Ele foi preso...Por Hung Chou... O marido... Aquele canalha mandou enforcarem Arata, eu não pude fazer nada.” Ele respondeu.

“Não, isso não pode ter acontecido...” Keiko murmurou e colocou a mão em sua barriga. “Eu estava feliz, eu iria lhe dar um filho... Por que vocês voltaram lá? Ele queria vê-la, não é?”

“Não,nós fomos a negócios, eu juro, Keiko.” Ele mentiu para a cunhada.

“Eu carrego um filho dele aqui em meu ventre, como vou fazer agora? Viúva e grávida?”

“Eu darei um jeito... Eu ajudarei a cuidar dessa criança, o filho de Arata será como um filho para mim, sei que ele faria o mesmo por Sana.”Shinji assegurou para Keiko, e Sora revirou os olhos, impaciente.

“Oras, não seja imbecil, não cuida nem de sua própria filha, como promete que vai cuidar de outra criança?” Ela repreendeu o marido.

“Fique fora disso, está bem? É um momento muito triste.” Ele falou chateado.

“Muito triste foi o momento que o meu pai acreditou naquela conversa-fiada que você e Arata falaram e entregou a mim e a Keiko nas mãos de dois estúpidos e mulherengos piratas, e agora estamos nós duas presas e com filhos de homens que não valem uma migalha de pão...”

“Cale essa boca!” Shinji gritou com a mulher, que começou a chorar e foi para outro cômodo, levando a pequena Sana consigo.

Shinji se aproximou de Keiko.

“Me desculpe por esse descontrole, mas é que eu estou muito triste pelo o que houve com o Arata, ele era um irmão para mim, nos conhecemos meninos, crescemos juntos, éramos inseparáveis... Eu nem sei como serão as coisas agora que ele se foi.” Shinji falou calmamente.

“Eu o amava, e queria muito lhe dar esse filho... Eu sei que a outra lhe deu um filho também, e ele a amava por isso...” Keiko falou, frustrada.

“Não, aquela história de filho era uma grande mentira, o pai da criança é o Chou, marido dela, oras, ela inventou isso para que Arata te deixasse, mas ele jamais faria isso, ele te amava.” O pirata a assegurou. “Olha, eu juro para você, que eu vou te ajudar, e vou sim estar presente na vida de seu filho, porque ele é um pedaço do Arata que está entre nós agora, Arata viverá nessa criança agora.”

Shinji abriu um pequeno sorriso e tocou na barriga da cunhada.

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“Pai, está tudo bem?” Sana perguntou ao notar que Shinji estava totalmente aéreo enquanto ela falava com ele. “Pai!”

“Oh... Me desculpe, eu acabei me distraindo aqui... Eu preciso falar com Mina.” Ele prontamente se levantou e se aproximou da sobrinha. “Mina, me desculpa atrapalhar o seu treino, mas é que eu realmente preciso falar com você.”

Dahyun e Mina pararam de lutar no mesmo momento.

“Agora, tio? Essa conversa não pode esperar?” A capitã perguntou.

“Não, Mina, é urgente.” Ele falou bastante sério.

“Tudo bem então, eu já volto Dahyun.”

Mina e Shinji caminharam por alguns metros, enquanto Dahyun foi se sentar ao lado de Sana.

Shinji parou de caminhar e encarou Mina.

“Mina, eu estive pensando, e eu acho que o melhor a se fazer é você desistir desse duelo.” O homem falou, e Mina o olhou com estranhamento. “Vamos embarcar no Daiya e deixar essa cidade, você pode morrer, e eu não posso falhar com sua mãe, eu prometi a ela que cuidaria de você, e eu vou cumprir minha promessa.”

“Eu não sou mais criança, tio, e eu não vou desistir.” Mina respondeu com firmeza. “Eu sei que vou vencer.”

“Você não vai vencer, Mina, não se iluda.” Shinji falou com certa impaciência. “ChingShih é uma velhaca, quando você ainda nem tinha nascido, ela já estava por esses mares cortando a cabeça de homens, acha mesmo que tem alguma chance contra ela?”

“Eu sei que tenho.” Mina respondeu e Shinji colocou as mãos na cintura e balançou a cabeça. “Eu não vou desistir, tio, eu não posso... Meu pai não desistiria.”

“Seu pai morreu por ser um tolo, e você vai cometer o mesmo erro!” Shinji vociferou, deixando Mina irritada.

“Olha, eu não me importo com o que você ou qualquer pessoa queira, eu não vou desistir!” Ela respondeu no mesmo tom. “Eu sou a capitão dessa porcaria de navio, e eu não vou desistir agora! ChingShih terá uma adversária a altura!”

“Mina, não seja teimosa...”

“Eu já decidi!” A jovem o cortou. “E não fale mais desse jeito de meu pai, sei que era seu amigo, mas isso não lhe dá o direito de falar nele com essas palavras e nesse tom.”

Mina então saiu, deixando Shinji sozinho. Ele bufou, irritado.

“Sua filha é um cão, hein, meu amigo?”

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Jeju, Coreia

Chaeyoung e Sooyoung foram até o quarto de sua mãe, pois a rainha Joohyun havia mandado chamar suas duas filhas mais novas.

“Com licença, mãe, mandou nos chamar?” Sooyoung falou, assim que ela e a irmã pisaram no aposento.

“Sim, quero falar com vocês duas.” Joohyun respondeu. “Eu estou retirando as duas da punição, já podem deixar Jeju quando quiserem.” As duas jovens sorriram animadas. “Eu fiquei até surpresa com o bom comportamento de sua parte, Chaeyoung, estava esperando que tentasse algo para dobrar as minhas ordens, mas confesso que fiquei muito feliz por ver que você pode ser uma filha obediente e comportada quando quer.”

Chaeyoung sorriu. Ah se sua mãe soubesse o quanto ela se controlou para seguir aquela ordem, nem a elogiaria tanto. A garota estava longe de ser obediente e comportada.

“Obrigada, mãe.” Ela agradeceu.

“Mas espero que continue mantendo o bom comportamento, já estou exausta da dor de cabeça que você tem me causado nos últimos séculos.” A rainha lhe advertiu.

“Eu prometo me comportar, mãe.” Chaeyoung falou, mas nem ela sabia se iria conseguir seguir aquilo, mas agora com certeza tentaria ser pelo menos mais cuidadosa.

Saiu do quarto, e foi direto para a praia, onde sentiu as vibrações de Mina, e entrou na água para ir ao encontro de sua pirata.

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Zhuhai, China

Mina acordou logo ao nascer do sol, e foi treinar sozinha na praia.

Ela nunca esperou um dia ficar irritada com todo mundo de seu navio, quer dizer, quase todo mundo, a única que não havia a irritado pedindo para desistir de duelar com ChingShih foi Dahyun.

Sentia que não confiavam nela e isso a deixava extremamente brava e ofendida. Ela sabia toda a história de Ching, seus feitos e tudo o que ela conquistou, mas ela era uma garota que em pouco tempo conseguiu dominar um navio repleto de homens, e os levou a conquistar várias coisas importantes: ela já havia afundado vários navios desde outros piratas até militares, alguns até maiores que o Daiya, já havia assaltado bancos de cidades grandes, e até mesmo enfrentado criaturas mágicas, então, não havia porque ela temer.

Ela tinha o que precisava para vencer aquele maldito duelo.

Conforme as horas iam passando, ela sentia o nervosismo aumentando, e os olhares de medo dos tripulantes do Daiya a estavam deixando ainda mais irritada.

Quando meio-dia se aproximou, ela deixou seu navio, e seguiu até a rua principal da cidade.

“Ei, Mina, espere por nós!” Ela ouviu a voz de Sana a chamando, então parou e olhou para trás. Além de Sana, Dahyun e Shinji também vinham correndo em sua direção.

“Ué, achei que ficariam no Daiya, assim seria mais fácil fugir quando eu perdesse o duelo.” A capitã ironizou.

“Não vamos te abandonar, Mina, estaremos juntos até o final, independente do que aconteça.” Shinji respondeu. “Me desculpe por ontem, é que eu fiquei preocupado, porquê você é importante para mim.”

“Está tudo bem.” Ela respondeu e abriu um pequeno sorriso. “Agora vamos, não quero que a Capitã Ching pense que eu estou com medo, por isso me atrasei.”

E assim os quatro seguiram, e ao chegarem na rua principal, Ching Shih já esperava por eles, também acompanhada por alguns de seus homens de confiança. Ela sorriu ao vê-los, enquanto fumava um cigarro de palha.

“Achei que a Capitã mirim iria desistir.” Ela falou debochada, e Mina sorriu.

“Desistir não é uma palavra presente no vocabulário de um Myoui.” Ela respondeu, demonstrando muita confiança. “Vou lhe provar o meu valor hoje, Ching Shih.”

A chinesa jogou o cigarro no chão, e o apagou com o pé, em seguida se aproximou de Mina, ficando cara a cara com a mais jovem.

“Olha, eu vou ter que confessar que para alguém que mal saiu dos cueiros e ainda cheira a leite, você tem bastante coragem.” ChingShih falou e Mina abriu um sorrisinho. “Agora chega de conversa e vamos ao que realmente importa.”

Ela sacou sua espada e Mina fez o mesmo.

Sana segurou na mão de Dahyun, e as duas demonstravam bastante apreensão.

Então, o duelo começou. Ching Shih era extremamente rápida e muito mais incisiva em seus movimentos, tanto que Mina apenas se defendia, e quando atacava era facilmente bloqueada pela mais velha.

Apesar de sentir que estava com certa desvantagem, Mina seguia bravamente com seus golpes e defesas.

Sana apertava a mão de Dahyun cada vez mais forte, ao notar que a prima estava em clara desvantagem. A filha de Shinji já estava suando frio.

Shinji cruzou os braços e respirou fundo, também visivelmente preocupado.

Mina resistiu por longos minutos, mas então sua mão foi atingida pela espada de Ching Shih.

Mina gritou, e acabou deixando a sua espada cair, nesse momento, a mulher lhe deu um chute, fazendo-a cair sentada.

Ching Shih pisou na espada de Mina, e apontou a dela para a jovem caída. Ela sorriu gloriosamente.

“Eu sabia que isso ia acontecer.” Sana falou, quase chorando.

Mina engoliu seco, estava se sentindo humilhada e já esperando por um golpe de sua adversária, mas a mulher abaixou sua espada, e estendeu a sua mão, surpreendendo a todos, principalmente a Mina.

“Levante-se, garota.” Ela disse, e então a jovem segurou na mão da mulher que a ajudou a se levantar. Em seguida a própria Ching pegou a espada de Mina do chão e devolveu para a garota, que estava se sentindo muito aliviada, porém confusa.

“Obrigada.” Mina falou baixo.

“Vem, vamos conversar, sei que deve estar cheio de perguntas martelando sua cabeça agora.” Mina abriu um pequeno sorriso.

“Exatamente.”

As duas mulheres seguiram para a praia.

“Sei que prometi que iria te matar caso perdesse o duelo, e saiba que eu realmente tinha essa intenção.” Ching falava calmamente, como se aquilo não fosse nada demais. “Mas passei a noite toda pensando nisso, sabe? Uma garota corajosa como você chama a atenção.”

“Muito obrigada.” Ela agradeceu, com um sorriso tímido.

“Fiquei imaginando que tipo de coisa faria uma jovem pirata como você procurar alguém como eu, propondo um acordo.”

“Eu estou há dois anos nessa vida, larguei tudo, minha mãe, minha casa, minha terra natal, tudo para me vingar do homem que matou o meu pai.” Ela respondeu. “Ele era um pirata e eu tomei o seu lugar, até a espada e o chapéu que uso eram dele, ele vive em mim, e eu não consigo pensar em outra coisa que não seja colocar minhas mãos em Hung Chou...”

“Opa, vamos com calma, você disse Hung Chou?” Ching Shih a interrompeu, e Mina apenas assentiu. “Esse homem é muito poderoso, não se lhe admiro pela coragem, ou lamento pela loucura.”

“Talvez possa fazer os dois.” A jovem respondeu e as duas mulheres riram. “Eu sei que ele é poderoso, sei que tem muito dinheiro, e uma frota respeitável, enquanto eu só tenho o Daiya, e como eu não sou suicida, eu vim em busca de sua ajuda, porque sei que só você pode fazer frente aquele homem.”

“Bom, é uma proposta tentadora, admito, até porque todos os piratas detestam Chou, ele é um verdadeiro carrasco conosco, mas é arriscada, e eu posso ter o mesmo destino de seu pai entrando nisso.”

“Eu faço o que for necessário, eu lhe dou todo o ouro que tenho, trabalho para você, lhe dou parte de tudo o que conquistar daqui em diante, mas por favor, me ajude.” Mina disse e a mulher abriu um sorriso, se aproximando da jovem.

“Você me lembrou muito alguém de quem sinto muita falta.”

“É mesmo? E quem é?” Mina perguntou curiosa.

“Meu marido, ou melhor, meu falecido marido, Cheung Po Tsai.” Ela respondeu com um sorriso tristonho. “Um capitão com mão de ferro para o mundo, porém, entre quatro paredes, era a pessoa mais quente que já conheci.”

Mina sentiu as bochechas arderem.

“Sinto muito pela morte dele.”

“Está tudo bem agora, isso já foi há um bom tempo, em uma batalha no Vietnam.” Ching respondeu, deixando Mina cada vez mais ansiosa para saber onde ela queria chegar com aquela conversa, se bem que, ela já tinha uma opinião, mas podia estar totalmente enganada. “Mas desde então eu não tenho um corpo quente em minha cama.” É, ela estava certa. “E imagino que uma garotona como vocêtenha muito a oferecer.”

Ching se aproximou ainda mais de Mina, e segurou em sua cintura.

A capitã da Frota Vermelha tinha mais que o dobro da idade da capitã do Daiya, mas era sem dúvida alguma, uma mulher muito atraente, e com toda a sua trajetória e história como pirata, Mina não conseguia não se sentir atraída.

“Eu passei boa parte da noite pensando em você, e não somente pela curiosidade sobre a sua proposta, mas também por desejar você em minha cama, junto comigo.” Mina abriu um sorriso convencido.

“Você é uma mulher muito bonita, Ching Shih, eu nunca lhe diria “não””. Então a jovem tocou no rosto de Ching Shih e lhe beijou.

Ao se separarem, Ching fez uma expressão estranha.

“Está tudo bem? Não gostou do meu beijo?” Mina perguntou, preocupada.

“Não, eu adorei, mas é que eu tive uma impressão de que eu vi alguma coisa ali na beira do mar, e que assim que eu olhei para ela, desapareceu na água, parecia uma sereia.”

“O que?!” Mina se espantou. Era só o que faltava.

“Nossa, que espanto, sereias sempre aparecem por aqui, não vai me dizer que tem medo delas.” Ching falou com um risinho debochado.

“Claro que não, eu só ... Enfim, não foi nada, eu só achei que estávamos sozinhas por aqui.” Ela mentiu.

“Eu tenho alguns negócios a resolver agora pela tarde, mas te esperarei para jantarmos juntas essa noite, espero que me dê essa honra.” Mina sorriu.

“Claro que sim.”

“Me encontre ao anoitecer, esperarei por você em meu navio, depois do jantar, te apresentarei minha suíte, a suíte de uma verdadeira rainha do mar.” Ching beijou Mina mais uma vez.

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Mais tarde naquele mesmo dia, Mina se arrumava em seu quarto, acompanhada por Sana e Dahyun.

A capitã estava em pé, arrumando o cabelo olhando para o espelho, enquanto sua prima estava em pé, próxima a cama, onde Dahyun estava sentada.

“Sabe, às vezes eu fico impressionada em como as mulheres literalmente se atiram em cima de mim.” Mina comentou fazendo as outras duas garotas rirem.

“Nossa, que humildade.” Sana debochou.

“Ah, qual é? Vão dizer que não é verdade?” A pirata se defendeu.

“Bom, avaliando a situação de uma situação lógica, podemos concluir que as prostitutas só se atiram para você por quererem seu dinheiro, e as ninfas, por terem muita energia sexual acumulada, então elas precisam extravasar.” Dahyun falou rindo.

“Nossa, está entendendo bem de ninfas, hein? Aprendeu isso como?” Sana perguntou, cruzando os braços.

“Eu vi em um livro, você sabe que eu adoro ler.” Dahyun respondeu. “Não há motivo para ciumeira, minha linda.”

“Espero que não haja mesmo.” A garota falou, sentando no colo da namorada, passando seus braços pelo seu pescoço e lhe dando um beijo rápido nos lábios. “Sabe que é só minha, não vou te dividir com ninguém.” As duas se beijaram novamente, de forma mais aprofundada.

“Nada de saliência na minha cama.” Mina as advertiu em um tom brincalhão, e chacoalhando Sana, que interrompeu o beijo. “Se eu descobrir qualquer coisa, coloco as duas para andar na prancha.”

“Está muito charmosa.” Sana elogiou a prima, que sorriu. “Essa é a vantagem de ser bonita, ao invés de ter o pescoço cortado, você ganha um encontro romântico.”

“Boa sorte com a Ching Shih.” Dahyun falou.

“Sorte ela precisou hoje mais cedo, agora ela vai precisar é de vigor para dar um bom trato em uma viúva carente.” Sana brincou e as outras duas riram.

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Já era noite quando Chaeyoung chegou na praia onde o navio de Ching Shih estava aportado. Ela levou quase um dia inteiro, mas descobriu o navio daquela velha nojenta e agora iria ensinar uma lição para ela.

Sabia que sua mãe havia lhe dito para ficar longe de qualquer confusão, mas um naviozinho a mais ou a menos não faria nenhuma diferença, não é? Joohyun nem ficaria sabendo.

Ela não aceitava ter nadado aquele tanto, para encontrá-la nos braços de uma mulher velha e que parecia ser sua mãe. Aquilo era um disparate contra Chaeyoung.

Ela era uma sereia-ninfa jovem, cheia de encantamentos, com o corpo todo durinho, seios firmes e muita beleza. Não era possível que Mina preferisse aquela velha.

Ela andou sorrateiramente até o navio, e subiu nele, andando na pontinha do pé para não fazer nenhum barulho e chamar a atenção de quem pudesse estar ali.

Chaeyoung andava por um dos corredores, quando foi atacada e jogada contra a parede, e antes que pudesse fazer qualquer coisa, viu Mina prensando-a na parede com o próprio corpo, segurando firme em seu cabelo com uma mão e com a outra segurando sua espada em seu pescoço

“Eu sabia que era você!” Mina disse sorrindo maliciosamente.             


Notas Finais


Quase toda fic que eu já li, tipo uns 80% rs, a Mina é sempre tão fdp (inclusive em uma minha mesmo, né, cof The Girl of my Best Friend cof) então nessa eu resolvi mudar, e fazer a Chae como a fdp da estória rs.

Enfim, espero que tenham gostado, deixem seus comentários e até a próxima! <3


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