História Do crime... Para o amor. - Bronquiolite...

Natsu on:

Naquela hora, meu mundo parou. Meu coração parou com ele. Junto, também, da respiração. Então eu e Lucy voltamos a respirar e raciocinar. Eu perguntei:

-Pode... repetir Dra. Por favor...

Médica:

-Bem... Vou explicar. Essa é uma doença bem comum com crianças. Tenho que fazer mais uns exames... Mas bem possível que ele esteja com uma infecção que está atingindo as vias respiratórias inferiores, o que torna essa doença um pouco mais séria. Tenho quase certeza que se trata de uma bronquiolite (infecção dos bronquíolos) que em ocasiões piores pode requerer internação hospitalar e tratamentos específicos. Mas... Por enquanto... Vamos tratar apenas como uma infecção básica e sem nenhum efeito mais grave. Se ele piorar, corram para cá. Eu farei então a internação. Eu quero que, enquanto isso. Vocês façam esses exames nele... (Ela ia dizendo escrevendo tudo num papel e ali num requerimento de pedidos de exames) Voltem daqui a uma semana aqui. Mesmo que ele esteja melhor. Ok?

Lucy:

-Tudo bem doutora. Mas quero saber, como trataremos?

Médica:

-Água para hidratação, já melhora a febre e impede a desidratação.
Para aliviar a respiração, faça inalação com soro fisiológico várias vezes ao dia. Independente do trabalho que dê.
Para melhorar a obstrução nasal/ nariz entupido, deve-se usar a lavagem nasal com soro. Usa-se ao longo do dia, o soro fisiológico nasal com seringa, conta gotas ou em jato, no mínimo 10 vezes ao dia.
Existe também a solução salina nasal hipertônica, conhecida como Cloreto de sódio a 3%. Ela pode ser usada junto do soro. Porém menos vezes.
Deve usar sugadores nasais em média 4 vezes ao dia, apenas.
Como broncodilatadores, se pode usar o salbutamol (Aerolin®) e o fenoterol (Berotec®). Cuidado com a adrenalina inalatória, apesar de ser efetiva, só pode ser usada dentro de um hospital. O Ipratrópio (Atrovent®) é um anticolinérgico com efeito broncodilatador, também pode ser usado no tratamento da bronquiolite.
Aqueles corticóides... prednisolona, Predsin® ou Prelone®, é usado erroneamente e de forma indiscriminada como “xarope para tosse”, o corticóide oral não deve ser usado. Não como tratamento.
Os antivirais pode-se usar o Oseltamivir ou ribavirina. (Obs.: Eu fiz um resumo de um site que usei para pesquisa. Para a escrita ficar mais realista. kkkk Se quiserem ler mais. Deixarei o link nas notas. https://pediatriadescomplicada.com/2015/04/06/bronquiolite-como-tratar/) Agora eu farei uma analise das opções, prescreverei um tratamento em cima de algumas dessas, até os exames estarem prontos. E vocês terão que cumprir direitinho tanto com os horários e dias. Ok?

Eu estava tonto com tantas informações. Tsuna dormia no meu colo. Ele estava bem elétrico até... Se mexendo bastante. E também, suando de certa forma. Eu encarei a médica novamente,  Lucy e ela conversavam. Eu achando que Lucy ficaria mais nervosa do que eu. E ela devia mesmo estar, mas conseguiu ser mais madura e enfrentar aquilo de frente. A médica nos deu os papéis dos exames. E também as receitas de alguns medicamentos. Mais um papel que explicava tudo direitinho. Ela disse que daria um atestado pra Lu, que se disponibilizou a ficar com o Tsuna em casa. Eu até agradeci, após o susto que levei durante o dia, era melhor mesmo a Lu, ficar em casa. Nós saímos finalmente daquele consultório. Tsuna roncava baixinho, por estar respirando pela boca. Estava atirado em meus braços. Ele estava menos febril, já que a médica deu um medicamento para ele. Passamos na farmácia da entrada e compramos tudo que a médica pediu. Lá se foi mais dinheiro... Estava realmente começando a ficar preocupado. Saímos dali. Voltamos para o carro. Prendi bem o Tsuna. Coloquei uma manta sobre ele, que nunca sai do carro, apenas para lavar. E um travesseirinho. Lucy já tinha se sentado na frente. E eu fui para o lugar do motorista. Dirigi até em casa... E Tsuna acordou assim que o deitamos na nossa cama. Porém ele ficou deitado vendo desenho que tinha colocado na TV, pra passar. Isso enquanto estávamos na cozinha, fazendo a janta. Eu escutei o telefone fixo tocar e fui atender.

-Alô?

Igneel:

-Oi filho.

Natsu:

-Ah... Oi pai. Te deram o recado?

Igneel:

-Sim. Por acaso alguém teve na delegacia me procurando?

Natsu:

-Teve sim. Tá tudo naquele armário lá.

Igneel:

-Ok... Filho, tu parece bastante cansado.

Natsu:

-Bah... Nem imagina o quanto.

Igneel:

-Natsu, eu soube do Tsuna, soube da Lucy. Mas me explica que está acontecendo?

Natsu:

-Pai, não quero te preocupar com meus problemas.

Igneel:

-Está falando de meus netos. E de minha nora. Eles também são meus problemas. Pode falar, eu sinto pela tua voz, que tem algo te incomodando que tu não quer contar. Sou teu pai. Eu mudei faz tempo. Custa confiar em mim?

Natsu:

-Eu confio pai. Juro! Mas...

Igneel:

-Fala logo Natsu!

Natsu:

-Huf~ Peraí. (Eu olhei para ver se a Lu estava por perto. E ninguém, então comecei explicar) Estou preocupado. Tenho dinheiro suficiente para mim, Tsuna e Lucy. Mas não contava com mais um filho ‘agora’. E daí... a Lucy gastou muito já em roupas e coisas assim. E tem mais as idas ao hospital. Médicos. Exames. E agora o Tsuna está doente. Já gastei um monte com o pré-tratamento. Além de tudo... Estou muito cansado mesmo. Não consigo dormir preocupado com ele. E agora Lucy me assusta, desmaiando no meio da rua, por causa de cansaço. E pior... É socorrido por ninguém mais, ninguém menos que... Sting. Estou confuso, cansado e preocupado. (Me apoiei na parede e cocei meu cabelo com a mão livre) Pior que nem sei como explicar pra Lu que estamos quase sem dinheiro já. Tenho medo dela passar mal de novo, por preocupação.... Huf~~~ Era isso mesmo.

Igneel:

-Voltar para os E.U.A., não seria uma opção?

 Natsu:

-(Fiquei em silêncio, pensando por um momento. O salário era ótimo e tudo mais... Mas e o resto?) Não sei... Acho muito, muito difícil.

Igneel:

-Na verdade, até eu já prefiro que vocês fiquem aqui. Eu vou fazer uma coisa. Eu posso te dar uma grana. Uma ajuda para meus netos ficarem saudáveis. Não encare como piedade nem esmola, por que eu sei que é isso que está pensando. (Nossa... Ele leu meus pensamentos...) Só quero vê-los bem e felizes. Inclusive tu e a Lucy. E esse dinheiro nem fará falta pra mim.

Natsu:

-Tudo bem pai. Mas não vou aceitar muita coisa. Um dia que tiver melhores minhas condições eu te devolverei todo esse dinheiro.

Igneel:

-Natsu, me faz um favor. Larga de ser orgulhoso uma vez na vida! Vou depositar amanhã mesmo 100 mil reais na tua conta. (Eu fiquei surpreso)

Natsu:

-Eu não preciso de tanto!

Igneel:

-Já disse pra parar Natsu! E pense bem. Um dia, tudo que tenho será dividido entre tu e o Zeref. Então esse dinheiro já é teu por direito. Antes ou depois, não fará diferença pra mim. Apenas de que se tu tiver ele agora, fará diferença pra ti. Então só fica quieto e aceita. (Eu fiquei chocado. Ao mesmo tempo feliz, agradecido e impressionado. Parecia que meu pai tinha vindo do além, para me salvar de quase todos meus problemas.) Natsu?

Natsu:

-Obrigado pai... Eu nem sei co—

Lucy:

--NATSU! JANTAR! (Escuto ela gritar da cozinha)

Natsu:

-JÁ VOU! (Gritei de volta, tampando o microfone do telefone) Então pai, parece que a janta ficou pronta. Mas antes quero agradecer, muito mesmo. Obrigado pai por tudo. Eu estava desesperado, pensando que se o Tsuna, tivesse que internar, eu não conseguiria pagar. Igualmente para Lucy.

Igneel:

-Ótimo. Então fica tranquilo. Vê se não vai gastar tudo com bobagens. kkkk (Ele estava tirando com minha cara... Eu pensei: "Sério pai? Que piada sem graça.")

Natsu:

-Claro que não. Eu deixarei na poupança esse dinheiro. E só vou retirar pra quando precisar mesmo.

Igneel:

-Ótimo. Agora vai lá jantar e amanhã, volte para o trabalho, mais atento e relaxado.

Natsu:

-Vou sim. Obrigado mesmo. Boa noite pai.

Igneel:

-...Boa noite filho. Ah Natsu. Eu te liguei pra outra coisa, agora que lembrei.

Natsu:

-O que foi pai?

Igneel:

-Uma família muita importante pros nossos negócios está vindo para o Brasil. Eles vão ficar aqui na cidade por um tempo. Eles querem ver meus sucessores. Isso condiz três jantares, tu e Zeref são obrigados a comparecer. Que eu ia falar também? Ah sim. Claro que a Lucy e o Tsuna, também virão. Assim como Mavis e Misaki.

Natsu:

-...Quando isso? (Perguntei sério.)

Igneel:

-Amanhã será o primeiro jantar. Segundo mês que vem. E o próximo no outro mês.

Natsu:

 -Pai... Tu sabe que a Mavis, Misa e Zeref estão nos E.U.A., né? Como que chegarão aqui para o jantar de amanhã? A tempo, claro. E ainda por cima, ficar 3 meses diretos, aqui?

Lucy:

-NATSU!!!

Natsu:

-ESTOU FALANDO COM O PAI! EU JÁ VOU JANTAR! (Respirei) Fala...

Igneel:

-É por que ele já está aqui. Por acaso, aqui em casa. E também, vai comandar a empresa de longe. Não tem como fugir desses jantar.

Natsu:

-Zeref está no Brasil e ninguém me avisou nada?!

Igneel:

-Achei que ele tinha te contado. Bem. É isso. Amanhã depois do trabalho, tu vai sair, se arrumar, comprar roupas bonitas para ti, Lucy e Tsuna, e virão voando para cá.

Natsu:

-Pai... Lucy tem que descansar e Tsuna está doente.

Igneel:

-Natsu! Só vem para cá! Tsuna não vai morrer se trocar de casa. Vai apenas trocar a tua, pela minha. Aqui tem maiores acomodações que a tua em si. Só deixa algumas coisas dele dentro do carro. Qualquer coisa. Ele e Lucy podem dormir aqui enquanto rola o jantar. Mas é importante que venham. Ah é... Mais uma coisinha importante! (Suspirei) Vocês terão que dormir aqui. O jantar vai adentrar madrugada a dentro... Então... Vão ser obrigados. Trás tua farda e algumas roupas. Bem é isso. Tchau até amanhã!

Natsu:

-Espera pa-- (ele desligou) --i... Não tenho saída... Vou ter que convencer a Lucy de ir junto com Tsuna nesse jantar amanhã... (Falei comigo mesmo. E fui para cozinha)

Lucy:

-Até que enfim veio jantar.

Natsu:

-Nem me diga essa palavra...

Lucy:

 -Aconteceu alguma coisa?

Natsu:

-Se é pra contar. Que eu diga de uma vez. O pai me obrigou a aceitar. E amanhã nós três, (olhei para Tsuna sentado na cadeirinha, enrolado num cobertor pequeno) vamos ter que jantar lá na casa dele. E depois... dormir lá. Uma família muito importante dos negócios vieram para cá e querem nos conhecer. Ainda terei que comprar roupas pra nós três também amanhã. Espero que tu e o Tsuna, estejam melhores...

Lucy:

-Natsu... Tu sabe que eu penso de dormir lá...

Natsu:

-Eu sei! Mas...—

Lucy:

—Mas... tu não deixou eu terminar!

Natsu:

-Desculpa.

Lucy:

-Nós estaremos na casa do seu pai. Nada vai nos acontecer... Do jeito que teu pai é precavido... Ele é capaz de contratar uma enfermeira particular pra mim e pro Tsuna, se passarmos mal. Então... Se és tão importante. Nós iremos contigo.

Natsu:

-Sério...?

Lucy:

-Sim.

Ela sorriu para mim. E eu sorri para minha linda esposa, de volta. De repente ouvimos Tsuna tossir e voltamos pra realidade. Eu fui ajudar ele. O tirei da cadeirinha... E fiquei com ele no colo, para ele se acalmar um pouco. Olhei para Lu, que enchia a mamadeira com água, temperatura ambiente, e perguntei novamente:

-Tudo bem... Mesmo? (Falei meio encarando Tsuna)

Lucy:

-Sim... (pareceu pensativa e encarou ele, entregou a mamadeira e me encarou de volta.)...eu acho... (Só pensei: "Ferrou!")

Natsu off—