História Do crime... Para o amor. - Terá salvação?

Tsuna:

-Papai... Bate nela... (aponta para parede)

Natsu:

-Por que eu bateria na parede? kk

Tsuna:

-Ela... mi bateu...

Natsu:

-Kkkkkkkk Ah filho... Kkkkkkkk

Tsuna:

-Não tem graça! (Fala sério, meio manhoso, chorando um pouco ainda)

Natsu:

-Tá bem... Papai bate na parede má. (Finge dar um soco forte na parede... mas reduz a força) Pronto?

Tsuna:

-Uhum... (Diz um pouco mais feliz, se sentindo vingado)

Lucy:

-Pronto... agora que está tudo bem... Não precisa mais chorar. Né?

Tsuna:

-É...

Lucy:

-Agora fala pra mamãe... Que eu te disse antes?

Tsuna:

-Pa cuida pa não si machuca.

Lucy:

-E que tu fez?

Tsuna:

-Dodói.

Lucy:

-Então já sabe. Na próxima vez... Não sai correndo desenfreado... Se não vai dar de cara na parede de novo.

Tsuna:

-Mas a culpa é dela! Ela que mi bateu!

Natsu:

-Kkkk Tem toda razão. Na próxima tu mesmo dará uma lição nela. Só não usa a testa de novo. Kkkkkkkk (O garoto ficou confuso e até Lucy ria)

Tsuna:

-... tá...

Lucy:

-Ok, meu bando de machões corajosos, destemidos e fortões. Podem se acalmar?

Natsu:

-Eu não estou nervoso. (Fala com uma gota na cabeça) Só com o fato de você já estar muito tempo com o Tsuna no colo. Passa ele.

Lucy:

-Mas ele não está me machucando. (Tsuna fica mais confuso... por não saber com quem fica)

Natsu:

-É, pode ser, mas ouviu o que a médica falou? Nada de pegar peso, nem o filho, muito tempo. Entendeu? (Fala sério e convencido, dando um micro puxão de orelha na esposa)

Lucy:

-Ok! Você venceu. Vai com o papai, Tsu. (Entrega-o para Natsu e o garoto boceja, deitando-se no ombro do pai) Tá com soninho filho? (Ele confirma) Coloca ele pra deitar amor? Eu vou dando um jeitinho na cozinha.

Natsu:

-Tudo bem. Eu já desço pra te ajudar.

Lucy:

-Beleza. (Dá um beijinho no galo na testa do menino.) Vai sarar logo. Bom descanso filho.

Tsuna:

-Bigado.

Natsu:

-Já volto. (fala pra Lucy) Vamos pequeno. (fala pro filho e vai subindo as escadas já)

Depois de algumas horas, Lucy estava dormindo em seu quarto, com as luzes apagadas, porém com as janelas abertas entrando claridade e ventinho refrescante no dia quente e de Sol que fazia. Natsu estava no primeiro andar, mexendo em seu notebook. Tsuna dormia em seu quarto tranquilo, até então... Lucy acorda ao ouvir uma tossezinha bem baixinha. Confirmou ao dizerem que ouvido de mãe é mais aguçado e que elas tem sono sensível. Ela levantou devagar... Pensando nem ser nada. Apenas delírio. No entanto decidiu dar uma olhadinha pelo quarto do filho. Para conferir se estava ainda dormindo... Antes foi ao banheiro... Passou uma água no rosto. Ajeitou o cabelo. E foi em direção ao quarto do menino. Quando ela entrou e viu o estado que ele estava... Ela atravessou o quarto e pegou ele do berço. Mas no desespero não sabia que fazia começou a andar em círculos dentro do quarto tentando raciocinar... Foi quando ela lembrou de chamar o Natsu.

-NATSUUUU!!!! CORRE AQUI!!!

Ele se assustou com o berro. E ainda mais o que nele foi expresso, tamanha urgência e desespero na voz. Ele quase atirou o notebook ao seu lado, em cima do sofá e saiu disparando. Subiu a escada como se fosse nada. Abriu a porta do quarto, com um só empurrão, que estava encostada por causa do vento. Foi alto o barulho da porta, ao abrir e chocar-se contra a parede. Mas nenhum dos três estavam nem aí. Lucy estava chorando com Tsuna no colo. Desacordado. Natsu arregalou os olhos e correu e pegou o filho, o deitando em seu braços. Ele estava mole... E com um pouco de vômito em sua roupa. Perguntou rapidamente que tinha acontecido. Mas nem Lucy sabia... Pediu pra ela pegar a bolsa do menino e os documentos deles três, que ele levaria o filho para o carro. Assim foi feito. Lucy saiu arrecadando tudo que precisava, muito rápido. E Natsu desceu tudo correndo novamente. Abriu o carro e colocou o menino na cadeirinha. Começou a prender ele bem. Pegou um travesseirinho que nunca saia do carro e colocou ao lado de sua cabeça. Lucy chegou desesperada e entregou tudo ao Natsu. Que abriu o porta-malas e tacou tudo ali, sem pensar muito. Fechou e Lucy foi atrás fazendo carinho e cuidando do menino. E rezando pra ele acordar logo. Natsu foi pra direção e arrancou rapidamente. Estava nem aí se teria multas, estava nem aí para sinais vermelhos, estava nem aí pro resto. Ele queria chegar o mais rápido possível no hospital. Ele costurava por meios de outros carros e até na contramão andou várias vezes... até chegar no hospital, ele não iria sossegar. Chegando lá... Lucy só pegou a bolsa dela com os documentos mais importantes e Natsu pegou novamente o filho. Ambos saíram caminhando muito rápido. Entrando com tudo dentro do hospital. Gritando e implorando ajuda. Um médico ao ver a movimentação de ambos e ao identificar o pequeno sem consciência, nos braços do pai. Ele pediu para que o seguisse. Eles foram... corredores e salas... atravessadas rapidamente, até chegar na emergência. O médico lá examinou o menino e constatou o que o menino tinha. E encaminhou para cirurgia. Lucy e Natsu estavam desesperados, não entendendo nada. Eles pediam explicações e logo vieram.

-Eu preciso que vocês se acalmem e autorizem a cirurgia.

Lucy:

-MAS DOUTOR... NÓS NEM SABEMOS QUE ELE TEM!! (Chorava muito)

Médico:

-Ele teve um pequeno traumatismo craniano, com uma hemorragia interna. Que esperamos estar controlada ainda. Logo percebi pelo inchaço em sua testa. Ele recém havia batido, não é?

Natsu:

-Não. Faz algumas horas... Mas foi uma bobagem doutor! Não é possível!

Médico:

-Bem o sono que descreveram... Foi disso... Jamais poderiam terem colocado pra dormir. Até por que ele se asfixiou com o próprio vômito.

Lucy:

-A culpa é toda minha!!!!

Natsu:

-Não Lucy... Por favor... Não faça isso consigo.

Médico:

-Bem... Eu preciso mesmo que autorizem logo. E aí?

Natsu:

-Aonde assinamos as papeladas? (Disse abraçando lateralmente a sua esposa que desabava a chorar)

Médico:

-Na recepção daqui do bloco. Lá terá o nome do profissional que executará a operação e tudo mais. Não se preocupem... A chances de dar errado são bem baixas. Claro que tem riscos. Mas... São muito poucos se o profissional fizer seu trabalho direitinho.

Lucy:

-Meu filho sobreviverá, sem sequelas?

Médico:

-Sim. Se tudo der certo. Esse é o destino. Agora... Também, falando de verdade. É uma operação delicada e demorada. Se quiserem avisar amigos, familiares, trocar de lugar, ir pra casa, voltar... Fica por vocês. Mas precisamos sempre de um aqui, como responsável. Tá?

Natsu:

-Sim... Obrigado por tudo. (Dizia tentando se manter calmo, para acalmar a Lucy) Vamos Lu... Temos que ser fortes, por ele.

Lucy:

-...tá...

Natsu:

-Senta aqui. Eu vou lá acertar tudo.

Lucy:

-...ok... (Ela se senta nuns banquinhos e Natsu sai. Assim que ele se vai, ela volta a chorar) É sim tudo culpa minha filho. Me perdoa. (Abraçava a si própria, tentando não cair no "desespero") Me perdoa...

Natsu:

-Pronto... agora é só esperar... (disse entregando os papéis para Lucy, que corre para olhar o nome do médico)

Lucy:

-Não é possível... (fala incrédula)

Natsu:

-O que...? (Lucy aponta) Lo-ke... Oh Céus!

Lucy:

-"Ela"... (vidente) disse... que ele... salvaria... nosso filho... um dia... Será... Será que é verdade?

Natsu:

-Não sei. Espero que sim... Só sei que agora estou com medo. Iremos finalmente descobrir... se... tudo que ela viu do nosso futuro e nosso passado... Aconteceram mesmo.

Ele falou tão espantado, quanto a própria mulher. Então ambos ficaram em silêncio... Torcendo pra que a previsão de que Tsuna fosse salvo pelas mãos de Loke... Fosse uma verdade a se concretizar.