História Do crime... Para o amor. - A separação...

*3 horas da madrugada*

Natsu:

-Tudo bem. Não Mavis... Fica calma. (Falava muito sério ao telefone.) Eu vou para aí. Sim... Sim... Amanhã mesmo. Vou já arrumar minhas coisas agora e vou comprar a minha passagem e logo estarei aí... Mavis não fica assim... Isso. Isso. Pensa no meu sobrinho aí dentro. (Tentava manter a calma.) Ok. Não te preocupa... Dará tudo certo. Sim... Boa noite Mavis. Te cuida. Qualquer notícia me liga. (Desliga.)

Lucy:

-(Falava sonolenta.) O que houve amor...?

Natsu:

-(Sentado na cama, com as pernas pra fora, virou-se de frente para Lucy.) Eu vou para os EUA agora.

Lucy:

-Por que?! (Senta rápido e coloca uma mão no ventre pelo desconforto do ato.)

Natsu:

-Calma. (Toca no ombro de Lucy que parece relaxar um pouco.) Tipo... Pelo que entendi, mesmo Mavis estando muito nervosa, foi que o Zeref estava na empresa até agora pouco, trabalhando ainda e quando foi voltar pra casa, um outro carro bateu de frente com ele. Parece que o outro tentou ultrapassar em alta velocidade... E então, não viu Zeref e bateu. (Lucy fazia uma cara de horrorizada. Enquanto Natsu estava triste.)

Lucy:

-E aí?!

Natsu:

-Zeref, ele está no hospital... sim... sem consciência. Ele está em coma... E o homem do outro carro morreu no mesmo momento do acidente... (Lucy agora estava muito apavorada.) Mavis me ligou desesperada. Ela está sozinha com a Misa no hospital agora... E ela está tão assustada quanto nós. Então ela não é de pedir ajuda... Mas ela me ligou chorando... E pediu pra eu ir ficar com ela... Ou pelo menos... Pegar a Misa. Por que ela não está em condições de nada... E que ela está chorando desde que soube e Misa está em pânico por vê-la assim. (Lucy estava triste e assustada.) Bem Lu... Eu te levaria junto. Mas por três motivos, tu sabe que não dará.

Lucy:

-Estou grávida de 6 meses... E além de perigoso, eu passo muito mal. Eu lembro da gravidez do Tsuna. Segundo, que seríamos 3 e estamos quase sem grana, além da comida que está folgada e as contas pagas... Pra lazer está curta a grana. E terceiro... que eu trabalho muito essa semana e eles não me liberaram nem quando era o Tsuna doente, não me liberariam pelo meu cunhado. (Disse quase conformada de não ir.)

Natsu:

-Exatamente... Luce... Tu ficará bem? Se tu pedir pra eu ficar... eu não vou. Eu ligo pra alguém lá, para ficar com elas—

Lucy:

--Não Natsu... Vai. Vai lá e cuide bem da Mavis e da Misa... Eu vou ficar bem. E aqui eu tenho todo mundo. Se precisar de carona ou qualquer coisa, temos todos nossos amigos e ainda nossos pais.

Natsu:

-Ok... Então eu vou. Mas promete que vai se cuidar e cuidar de nossos filhos?

Lucy:

-Prometo.

Natsu:

-Tá... (Se levanta e pega o notebook. Liga e logo vai pro site de compras de passagens.) Pronto... Tem uma pra daqui 3 horas. Tempo suficiente pra eu fazer a mala e fazer tudo.

Lucy:

-Amor...

Natsu:

-Quê? (Pergunta de costas.)

Lucy:

-Eu te amo. (Natsu vira e olha com carinho e triste.) Volta, tá? ... por favor ... se cuida... e volta pra gente antes da Luna nascer... Por favor... Eu não suportaria ganhar ela sem você perto.

Natsu:

-Eu volto Lucy. (Falou sério, mas um tanto delicado.) Eu amo vocês demais e não perderia o nascimento da Luna, por nada nesse mundo. Agora eu tenho mesmo que começar a me arrumar, pode voltar a dormir.

Lucy:

-Não... Não conseguirei dormir sabendo que você vai viajar daqui a pouco e não tem data pra retorno.

Natsu:

-Máximo 2 meses. Nem dará tempo de ti sentir saudades de mim. kk (Tenta fazer graça.)

Lucy:

-(Lucy leva a sério.) É sério Natsu! Eu já estou com saudades... Será o tempo mais difícil que viveremos.

Natsu:

-Eu sei... (Finalmente falou o que sentia.) Mas teremos que enfrentar. Né?

Lucy:

-Sim... (Abaixa a cabeça, Natsu vai até ela e levanta com a ponta dos dedos e a beija.)

Natsu:

-Te amo muito minha loira... Vamos conseguir.

Lucy:

-Te amo muito também... Vamos sim.

Natsu levanta o joelho que apoiou antes na cama, para beijar a mulher. Volta, puxa a mala do armário e começa pegar umas roupas e coisas... Passando do quarto para o banheiro, do banheiro para o quarto. O closet estava ficando uma bagunça... Mas ele pegou tudo que precisava... Enrolou então o cachecol branco no pescoço... Mas olhou Lucy, que se contradizendo, pela gravidez acabou dormindo pelos movimentos repetidos do Natsu. Então ele se aproximou devagar dela e enrolou o cachecol no pescoço dela e ela acordou vagarosamente. Ele sorriu para ela... e ela apertou aquele tecido gostoso e quentinho... e sorriu deixando uma lágrima escorrer... Ele passou a mão no rosto e depois ajeitando uma mecha do cabelo loiro dela, para trás da orelha.

Natsu:

-Ele vai te proteger... Então cuida bem dele.

Lucy:

-Tenho... certeza... que com esse cachecol comigo... Nada de ruim irá acontecer. É como se tu tivesse aqui... Eu vou cuidar dele.

Natsu:

-Ótimo... Eu tenho que ir... No caminho do aeroporto, eu vou ligar pro pai pra avisar. E vou deixar claro pra ele ficar alerta contigo aqui. Qualquer coisa liga pra ele. Tu sabe que ele pode fazer qualquer coisa. Mas se for algo rápido... Liga para o Gray. Ele é o mais pertinho daqui. Tenho certeza de que se precisar, ele irá ajudar prontamente sem hesitar.

Lucy:

-Sim...

Natsu:

-Te amo. (Disse fechando a mala e deu um selinho.)

Lucy:

-(Puxou para um beijo profundo.) Também te amo. Boa viagem...

Natsu:

-Obrigado. Tchau...

Ele deu um beijo na testa dela, acariciou a barriga e saiu do quarto, mas ela foi atrás devagarinho, após colocar um roupão. Ele entrou no quarto do filho, deu um sorriso triste e um tchau baixinho. Mas a criança acordou e chamou pelo pai. Ele se aproximou e o pegou no colo e fez umas cosquinhas na barriga do menino dorminhoco. Esse ria se debatendo pouquinho e o rosado ria do pequeno. Logo ficou sério e endireitou o menino no colo, Lucy observando tudo na fresta da porta. Natsu começou a conversar:

-Filho... papai vai ter que viajar. Tu cuida bem da mamãe pra mim?

Tsuna:

-Poque?

Natsu:

-Por que sim... Então... cuida?

Tsuna:

-Tá... (Falou coçando os olhinhos cansados.)

Natsu:

-kk Sono?

Tsuna:

-Xim...

Natsu:

-Tudo bem. (Colocou o menino no berço de novo.) Tchau filho.

Tsuna:

-Xau papa. (Natsu bagunçou os fios loiros e ia sair e viu a Lucy, que sorriu sem jeito.)

Lucy:

-Tsuna...

Tsuna:

-Han...?

Lucy:

-Não quer dar Tchauzinho pra teu pai no aeroporto?

Tsuna:

-Pode...se...

Natsu:

-Amor... Eu vou de táxi. Não tem por que vocês irem.

Lucy:

-Mas...

Natsu:

-Sem mas... Eu já estou saindo mesmo.

Lucy:

-Tá... pelo menos da porta de casa?

Natsu:

-Huf~ Ok. (Pegou o filho.) Vamos até a porta com o papai.

Os três foram pro corredor e o Natsu estava com uma mão ocupada com o Tsuna e a outra pegou a mochila e colocou apenas de um lado das costas. Ele foi descendo as escadas e Lucy atrás. Chegaram na porta... e estava amanhecendo. Natsu soltou Tsuna e Lucy se agachou, após se despedir mais uma vez de Natsu, abraçou o filho e ambos ficaram abanando para o Natsu que se afastava abanando também... até que virou de costas e deu o último aceno e saiu de casa, fechando o portão e sumindo da vista dos dois. Tsuna virou para Lucy, que estava emocionada.

Tsuna:

-Mama...

Lucy:

-Sim...?

Tsuna:

-Tá choando?

Lucy:

-Não...

Tsuna:

-Ta... mama?

Lucy:

-Sim......?

Tsuna:

-Papa foi onde?

Lucy:

-Ele foi para casa dos teus tios nos Estados Unidos.

Tsuna:

-Poque?

Lucy:

-Ah...~ (Olhou para o filho e ficou de pé.) Coisa de adultos. Quando tu tiver maior eu te conto.

Tsuna:

-Papa vota?

Lucy:

-Volta sim........eu espero... (Tsuna ficou confuso e Lucy forçou um sorriso, Tsuna então sorriu de volta.) Vamos dormir?

Tsuna:

-Xim...

Lucy:

-Quer dormir com a mamãe?

Tsuna:

-Xiiiimm!!

Lucy:

-Aeh... Até teu papai voltar... Se quiser pode dormir com a mamãe. Tu quer? (Sorriu simpática.)

Tsuna:

-Queo! Queo!

Lucy:

-Huf~ kkkk Tá bem. Então vamos subir...

Tsuna:

-Ahan!

Ele começou a engatinhar... pois ainda estava cansado. Nisso Lucy parou no meio do caminho quando o telefone fixo começou a tocar. Lucy falou com o filho e foi atender.

Lucy:

-Espera aí! Não sobe sem a mamãe, tá?

Tsuna:

-Tá... (Subiu no sofá, se deitou e ficou brincando com os pés.)

Lucy:

-(Atendeu o telefone.) Alô?

Gray:

-Oi.

Lucy:

-Gray...?

Gray:

-E aí? Tá tudo bem por aí?

Lucy:

-Sim... Quer dizer... Natsu acabou de sair. Ele foi viajar.

Gray:

-Eu sei. Ele me ligou e falou tudo. Sabe que qualquer coisa que precisar é só avisar, né?

Lucy:

-Poxa... essa foi rápida. Não... Tudo bem. Obrigada Gray. Pode deixar que qualquer coisa eu aviso.

Gray:

-Então tudo bem.

Lucy:

-Desculpa ser grossa Gray... Mas... Tô... cansada e com sono... Afinal... Acordamos as 3 da manhã... Eu quase não dormi e eu tenho que trabalhar ainda... Tudo bem se... eu for dormir agora?

Gray:

-Ah... >\\< Claro. kk Foi mal... (Coçou a cabeça.) Bom descanso Lu.

Lucy:

-Valeu. (Falou simpática.)

Gray:

-Tchau Lu.

Lucy:

-Tchau Gray. (Desligam.) Vamos subir...Tsuna? ... kk Fofo... kkkk

Ela sussurrou para si própria e pegou o pequeno, que dormiu, em seus braços e foi subindo as escadas... Chegou no segundo andar e deitou e menino e se jogou devagar na cama, hiper cansada no momento. Ela em seguida apagou de sono e assim dormiu abraçada no pequeno. Nisso os dias foram passando... Completou então uma semana que Natsu estava longe. E Lucy... Estava completando uma semana de estresse, saudade, tristeza, trabalho, filho, casa e cansaço. Naquele dia... ela chegou do serviço... Abriu a porta e viu o estado da casa... Ela colocou uma mão nos olhos e suspirou profundamente. Já Tsuna... entrou como um furacão mais uma vez e largou um brinquedo que estava na mão no chão... E Lucy só olhou e disse quase desistente:

-Tsu... Esse brinquedo é pra ficar no carro. Pra ti ficar brincando no percurso...

Notou o garoto correndo para a cozinha e nem dando bola pra ela... Novamente suspirou, foi até um canto puxou um cesto vazio e se agachou com cuidado, começando a juntar tudo que estava espalhado. Ela só pensava que se o Natsu tivesse ali, ele conseguiria dar um jeito, mas desde que ele tinha saído... Tsuna estava rebelde... Ou ele brincava o tempo todo com tudo, ou se isolava e chorava chamando pelo pai. Lucy estava cansada demais já. Assim que o cesto estava com tudo empilhado, pesado e equilibrado... ela soltou numa estante da sala e se deitou no sofá e adormeceu ali mesmo.