História Do crime... Para o amor. - Do amor ... para o crime. (Batalha Final!!)

*30 minutos de viagem*

Lucy:

-Não... Isso não está certo...

Tsuna:

-Papa? (Disse acordando.)

Lucy:

-Moço! Moço! Para esse ônibus.

Motorista:

-Senhora! Você não pode ficar de pé! Sente-se!

Lucy:

-Eu preciso descer!

Motorista:

-EU NÃO POSSO PARAR NO MEIO DA ESTRADA, A NOITE!

Lucy:

-PODE SIM! E VAI PARAR!

Ela agarra o braço do motorista que mexe o volante e quase joga o ônibus pra fora da estrada. Todos se assustam, até mesmo ela com seu ato.

Motorista:

-SUA MALUCA! QUER SE MATAR, DESCE AGORA DESCE ÔNIBUS, MAS NÃO LEVA NINGUÉM COM VOCÊ!

Lucy:

-(Sem querer, agradece pelo que fez a si mesma.) Obrigada! Desculpa pelo incômodo. Vem filho! Vamos achar teu pai!

Lucy pega as malas e as joga pra fora do ônibus. Logo volta ao degrau para descer Tsuna. Ela agradece mais uma vez. Mas então, depois que o ônibus se foi, Lucy viu realmente o quanto foi imprudente. Ela estava literalmente no meio do nada. Mas ela não se desesperou... Tirando o fato de Tsuna reclamar de frio... Ela tirou seu casaquinho e colocou sobre o filho. Que estava sentado em cima da mala dela. Enquanto isso... Lucy puxou da bolsa o celular, torcendo pra ter sinal... e tinha um risquinho. Foi aí que ela ligou pro único que teria condições de ajudar.

Lucy:

-Igneel?!

Igneel:

-Lucy? O que houve? Você está chorando?

Lucy:

-Aconteceram coisas terríveis. Mas no momento estou no meio do nada...

Igneel:

-Sozinha?!

Lucy:

-Pior... com o Tsuna.

Igneel:

-E O NATSU?!?!

Lucy:

-É uma longa história. E eu preciso... de um carro... preciso ir atrás do Natsu. Ele está prestes a fazer algo terrível. Precisamos achá-lo e pará-lo, antes que ele faça isso!

Igneel:

-Calma Lucy. Eu... eu vou enviar alguém pra buscar vocês. Me dá o número desse celular. Eu vou rastrear sua localização. E em seguida a de Natsu. Se acalme Lucy... Vai ficar tudo bem.

Lucy:

-Eu... eu não tenho certeza. Ele está... está muito irritado. Muito brabo. Chateado. Triste... Ele está fora de si. Igneel.... eu tenho medo... dele ter perdido o controle total... e não estar mais sabendo do que é certo e errado...

Igneel:

-Calma. Tudo será resolvido. Só... mantenha a calma.

Lucy:

-Vou tentar...

Igneel:

-Não preciso mais do número... eu consegui rastrear... estou enviando alguém aí... Tchau Lucy. E qualquer coisa... ligue novamente.

Lucy:

-Tá... Tchau... obrigada. (Desligam.)

*No sítio*

Natsu leva uma rasteira do Sting. Mas o mesmo puxa a perna do loiro e o derruba. Monta sobre ele e cai de soco na cara. Sting dá uma joelhada na barriga de Natsu, que para não voar longe, se machucando, dá uma cambalhota e fica de pé. Sting se levanta também. Natsu estava tão puto quanto Sting, ambos não falavam nada. Apenas se encaravam com ódio. O Natsu virou o rosto pro lado e cuspiu sangue e voltou a encarar. Enquanto isso Sting limpava o nariz e boca, sujos de sangue, com o braço. Feito isso ambos se posicionaram novamente e saíram correndo. Sting ia dar um soco... Mas Natsu desviou e levantou Sting pela barriga e jogou para trás, fazendo ele quase dar de cabeça, mas Sting colocou as mãos no chão e com uma "bananeira" saiu da situação... Mas não do soco forte e direto que recebeu de Natsu. Ele desequilibrou e deu uns passos para trás. Natsu foi seguindo este com outro soco. No entanto nesse ele recebeu um de tamanha força também. Ambos se afastaram... Mas Natsu ainda estava possuído. Foi dar um soco, Sting desviou, assim o rosado agarrou ele com um mata leão... Sting de início caiu no golpe... no entanto... ele conseguiu dar uma cotovelada nas costelas de Natsu, que soltou automaticamente. Eles estavam ofegantes... mas nem um pouco afim de dar trégua.

*Na estrada, algum tempo depois*

Lucy estava de pé, com Tsuna no colo... Embalando, pra frente e pra trás, tentando fazê-lo dormir... Pois ela estava assustada. A bateria havia acabado... e estava tudo escuro. Lucy estava com frio, estava com medo, estava cansada, estava sem esperanças. Luna não parava quieta... e a recente cirurgia estava dolorida. Lucy estava sem fé... Não sabia mais que horas eram... Nem quanto tempo faltava para alguém ajudá-la. Ela cansou de verdade e se sentou na mala... que já estava toda amassada. Tsuna voltou a chorar. Ela bufou leve... De repente viu duas luzes. Faróis pra ser mais exato. Ela se levantou, com Tsuna nos braços e abanou. O carro parou e de repente um motorista saiu para abrir a porta para ela. Se revelando ser o empregado do Igneel mesmo. Lucy ficou mais tranquila. Ela entrou no carro... mas por não ter cadeirinha. Viajaria com Tsuna no próprio colo. Por mais que odiasse fazer isso, a situação pedia. O motorista já sabia onde Natsu estava. E estavam indo rapidamente pra lá. Lucy segurava Tsuna com força... o medo do que acharia... era maior do que o medo de baterem o carro. Quando chegaram no local... Lá estava Natsu e Sting. Sting estava de pé de frente para Natsu... Segurando uma arma. Natsu o encarava ferozmente. Ambos muito machucados. Lucy gritou para dentro saindo apenas um ruído pela boca. O motorista se assustou também... E Lucy pediu para ele impedir de Tsuna sair do carro. Que ela iria parar a briga dos dois... O motorista/segurança, se revelou e impediu de Lucy também ir lá. Nisso escutaram um tiro e Lucy levantou a cabeça para olhar. Natsu estava torcendo a mão de Sting. Esse havia acertado de raspão na perna de Natsu. Agora o rosado tinha perdido o senso de culpa de vez. Ele deu uma cabeçada no loiro que o fez ficar zonzo. Ao cair sentado no chão, Natsu chutou ele, que ficou deitado. Natsu chegou e começou o socar... Socar muito... e muito forte. O rosto do homem estava ficando desfigurado pouco a pouco e as mãos de Natsu toda cortadas de tamanha força e pancadaria. Lucy se soltou do segurança... e foi correndo e gritando para Natsu parar... Mas este... como um demônio... Estava possuído... Parecendo outra pessoa. Ele destruía o rapaz... Que... após perder a consciência... Estava... morto. Nem assim ele parou de bater. Ele estava descontando tudo que ele lhe fez, em uma só vez. E assim... Lucy chegou e abraçou Natsu por trás. Que finalmente teve um pingo de sanidade... ao reconhecer quem era... Parou de socar... e focou a imagem de tanto sangue em baixo do corpo... e sangue em suas mãos... Olhou para Lucy... que tremia implorando:

-Já chega... por favor... para... Você... não é assim... Por favor...

Natsu:

-Lu...cy...

Nisso chegaram a polícia e Igneel . O pai do rapaz olhou a cena e colocou as mãos na cabeça... Por mais que quisesse dar razão ao filho... Dessa vez... Não poderia ajudá-lo. Lucy chorava e a polícia se aproximou... Vendo a cena... Igneel separou Lucy de Natsu a força, já que por ela não se separaria. Natsu... foi algemado... e questionado... tudo em silêncio... Ele... ele não queria aceitar que havia matado um homem... por mais horrível que este fosse. Lucy berrava por Natsu... que a olhava... sem alma... sem reação... sem... vontade de continuar a viver. Um homem... confuso. Lucy caiu de joelhos no chão enlameado... O qual já havia se sujado antes... e socava o chão gritando longos:

-"Por quê!?!?"

Igneel entregou Lucy nas mãos de Jude. Que havia ido junto, assim que soube de tudo. Lucy se debatia, cada vez que seu pai tentava acalmá-la. Já Igneel, fez questão de acompanhar o carro da polícia. Para saber tudo que fariam... inicialmente... levá-lo ao hospital. Mas antes de partirem. Lucy se levantou. Limpou as lágrimas e foi atrás de Igneel decidida.

Lucy:

-Eu vou ser a advogada do Natsu!

Igneel:

-É melhor não Lucy. (Falava sério.) Você está muito abalada... E nesse momento, pode até acabar atrapalhando.

Lucy:

-Não quero saber!! Eu vou ajudar meu marido a sair dessa! Ele precisa ver o nascimento da Luna! Ele precisa me ajudar a cuidar de Tsuna! E... ele precisa cuidar de mim. Enquanto eu puder ajudar... eu irei. Pode apostar Igneel! Eu farei Natsu pegar pena mínima e ainda sair como inocente.

Igneel:

-Posso saber como pretende fazer isso?!

Lucy:

-Por enquanto tu só precisa saber que ele levou um tiro, mesmo que de raspão, na perna. O que significa que a partir daí, posso jogar tudo pro lado de autodefesa. E irei conseguir. Além de que ele estava ameaçando nosso filho e matou nosso gato. A ficha dele antiga não o ajudará. Natsu sairá ileso dessa.

Igneel:

-Lucy... (Tentou manter a calma.) Natsu matou um homem. Por mais que este, fosse Sting... Está pronta para viver com isso?

Lucy:

-Igneel. (Falando com a maior racionalidade possível.) Eu só sei que estou disposta a defender meu marido de um julgamento errôneo. Eu prefiro julgar ele em casa, até me separar dele depois... Do que ele mofar numa prisão... por uma morte da qual o júri nem se importará com o motivo. Por favor... me deixa...

Igneel:

-Huf~ Ok. Ganhou... Entra aí... estão levando ele pro hospital agora... cuidar da perna.

Lucy:

-Obrigada.

Jude do outro lado entendeu o recado. Tirou o neto do carro... Que chorava feito louco... Estava já ficando cansado de tanto chorar ultimamente... de olhos inchados... e com garganta doendo. Jude o pegou e apoiou sua cabecinha em seu ombro... Tentou acalmar o pequeno... Mas nada o fazia se acalmar. Ele entrou novamente no carro e pediu para o segurança, que estava disfarçado antes de motorista, ir para sua casa. Que ele ficaria lá com Tsuna. O homem aceitou e saiu daquele sítio que fedia a morte... Naquele momento... daquele dia... se criou uma grande polêmica... Natsu... fez um favor, ou uma atrocidade, a humanidade? E se ele não tivesse matado Sting... ele, realmente morreria? Ele... ou... alguém de sua família? Natsu... Natsu ao caminho do hospital... Dentro daquela viatura... a qual normalmente dirigia uma igual... agora estava como prisioneiro... se sentindo mais confuso... e mais culpado... do que nunca. Ele... ele nunca esqueceria do cheiro e da imagem de sangue daquela cena... e de Lucy tremendo de medo... dele.

*5 horas depois dentro da delegacia, sala de interrogação*

Natsu:

-Me deixa aqui Lucy... (Falava sem olhar em seus olhos.)

Lucy:

-Natsu! Para! Olha pra mim! ...Eu só quero te ajudar! Não é justo tu ficar aqui!

Natsu:

-LUCY! EU TENHO QUE PAGAR PELO QUE FIZ! EU MATEI UM HOMEM!

Lucy:

-EU SEI! EU VI! EU TAVA LÁ! MAS PARA DE FALAR ISSO! TU ESTAVA APENAS DEFENDENDO O QUE É TEU! ...Lembra do por que você foi atrás dele?...Eu errei demais quando te obriguei a tirá-lo da cadeia... Natsu... Você quer mesmo... nos abandonar... por uma cela...Por um sentimento de culpa... podendo eu te tirar daqui... e te ajudar a enfrentar tudo?

Natsu:

-Lucy... Eu... eu só... só quero um modo de sentir que paguei por meus erros... Se tu me tirar daqui agora... Eu vou sentir como se matar alguém... fosse como matar uma formiga... Eu... eu... tenho que ficar aqui... pra pensar um pouco... Eu... não posso... eu não tenho condições de viver agora... Não conseguiria voltar pra polícia... prender alguém... sabendo que também sou um bandido. Com que razão iria julgá-los? (Falava quase chorando.) eu sou um assassino... é isso que sou...

Lucy:

-Para Natsu... Por nossa família... Aceita minha ajuda...

Natsu:

-Não... Nunca irei me perdoar pelo que fiz. Pelo que tu viu... como tu me viu... Tu sentiu medo. Medo de mim... Eu sou um monstro. (Apoia os cotovelos na mesa e tapa sua cabeça com os braços.)

Lucy:

-Cala a boca! (Natsu arregala os olhos , cheios de lágrimas e olha finalmente sua esposa.) Cala a boca idiota... Minha barriga está doendo para cacete. A Luna não para nunca de me chutar as costelas. Tsuna não parou de chorar um segundo. Nosso gato morreu... e "meu marido" está preso. Se ele não for solto eu terei que continuar a trabalhar... mesmo com uma cirurgia recente. E ainda cuidar da casa e de nosso filho... Ou melhor... Se "meu marido" continuar preso, por ser sentenciado como assassino... (Começa a chorar de verdade.) Ele perderá a infância de ambos filhos. Então me diz... se eu posso mudar isso... por que "ele" não deixa?

Natsu a olhava confuso... Ela tinha mesmo aceitado o fato dele ter matado alguém... tão... fácil? Seria mesmo só por causa da família? Mas qual seria uma causa mais nobre... ele sabia... não perdoar pela família... mas de arriscar a própria vida e capaz de sacrificar alguém... para proteger a integridade dela. Ele estava perdido em mil pensamentos... Lucy apoiou as duas mãos na mesa... bufou... piscou vagarosamente. largou dali... pegou a bolsa na cadeira e falou antes de sair:

-Se mudar de ideia... Pede pra ligar pra sua "advogada". A partir de agora... É apenas isso que sou. Já que pra ti... nós não somos nada. Prefere sentir 'culpa'... do que ficar com tua família... Temos apenas um compromisso profissional. Ah... (Tirou a aliança e voltou entregando em sua mão.) Guarda ela pra sua próxima mulher...

Natsu:

-É melhor assim mesmo... (Ele falou num impulso, ela escutou... e ficou chateada). Tu tem razão em largar um preso... Vai viver tua vida como uma advogada brilhante... E me larga de mão... Só assim tu não terá na ficha de trabalho, ser casada com um assassin—

Lucy:

--(Lucy deu um tapão na cara de Natsu, que por estar um pouco machucada, sentiu bastante.) Eu te odeio... mais ainda... por achar que eu que estou te largando. Você! Você que nos abandonou... No momento que se decidiu a se entregar a "essa realidade". Na vez de lutar e superar seus medos, anseios e erros. Já chega pra mim. Adeus Natsu... Adeus...