História Do crime... Para o amor. - Só mais um pouquinho...

*No meio da madrugada*

Lucy:

-Hum... Huf~ O que é isso...? Ai... Hey? (Tenta se sentar... mas dói... Ela fica então de lado apoiada pelo cotovelo e a outra mão para trás cutucando o marido.)

Natsu:

-(Ele acorda meio desnorteado e se localiza ao ver a mulher como está... e logo volta segurar a barriga.) Lu! O que foi?! (Se sentou rápido.)

Lucy:

-Natsu... tá... doendo...

Natsu:

-Ah! (Se assusta... mas tenta manter-se calmo.) Calma amor... eu... eu vou te ajudar, tá?! Calma. (Natsu se levanta correndo e vai para o outro lado da cama. Antes de pegar Lucy, ela faz sinal com a mão para parar.) Que foi agora?

Lucy:

-Passou...

Natsu:

-Tem... certeza?

Lucy:

-Sim...

Natsu:

-Huufff~~~ Que horror... Eu achei que iria enfartar.

Lucy:

-Desculpa...

Natsu:

-Tudo bem... tudo bem... Quer ir no hospital para ver se está tudo bem com a Luna...?

Lucy:

-Não precisa...

Natsu:

-Tu que sabe...

Lucy:

-Não... deixa...

Natsu:

-Tá... Posso deitar? Ou quer alguma coisa?

Lucy:

-Se puder... me traz um copo de água?

Natsu:

-Trago sim. Fica aí. Já volto...

Natsu desceu as escadas, esfregando o rosto. Ele havia tomado um susto e tanto. Ele chegou no pé da escada e foi no escuro até a cozinha... Apenas com a iluminação que entrava pelas janelas e tudo mais. Ele chegou na peça e ligou a luz... Foi até a geladeira. Pegou a jarra de vidro que continha água. Foi até o armário de louças, pegou um copo, então servindo a água, naquele copo, ele tomou. Se apoiou no balcão na cozinha e suspirou... ficou olhando o teto... pensando quando que ele teria paz total em sua vida. Já que sempre acontecia alguma coisa, para ele se preocupar. Nisso ele olhou para varanda e viu seu pai sentado no pátio em uma cadeira de deitar... Olhando para as estrelas. Natsu saiu dali e foi até o pai. Que se virou com curiosidade de saber quem era. Natsu se revelou com um sorriso sem vontade no rosto.

-Oi filho. (Se virou para frente novamente e voltou olhar as estrelas.) Achei que estaria dormindo...

Natsu:

-E tava... Mas acordei no susto. (Se sentou na cadeira ao lado do pai e olhou para o céu também.)

Igneel:

-Aconteceu alguma coisa...?

Natsu:

-Lucy sentiu dor... Mas passou em seguida. Foi só um susto mesmo...

Igneel:

-Hum... Entendi. Céu está bonito, não é, filho?

Natsu:

-Verdade... Pai... por que o 'senhor' (Deu ênfase.) está aqui embaixo? Achei que você estaria dormindo.

Igneel:

-Pois é... Mas sabe filho... Faz muito tempo que "isso" não acontecia...

Natsu:

-O que pai?

Igneel:

-Eu sonhei com sua mãe... (Natsu gelou assim que ele falou nela.) Ela... sorria. Sorria muito feliz. Disse para eu cuidar bem de vocês... Que Zeref estava pra ficar bom agora... E que... era pra dar atenção extra pra você, filho.

Natsu:

-...pra mim... ?

Igneel:

-Isso mesmo... Ela falou que você andava muito triste. Que isso estava a deixando preocupada. E disse pra mim te alegrar... pois Luna nasceria em breve e muito saudável.

Natsu:

-...(Deixa uma única lágrima escorrer.) mãe...

Igneel:

-Filho... Em seguida ela falou outras coisas para mim... Mas daí não tem por que te contar. Só quero falar filho... (Olhou para o Natsu.) Não fique achando sempre que a vida é cruel contigo. Não sofra por antecedência... Nem sofra para sempre por algo. O passado é a história. O presente é o agora... E o futuro é uma ideologia. Não podemos achar que sabemos tudo que vai acontecer. E não podemos sofrer por algo que virou apenas uma memória. Devemos é apenas aproveitar o agora... e resolver os problemas atuais. Com calma e discernimento de "certo e errado". (Natsu olhou para ele e ele olhou para o céu.) Sem deixar de fazer, ou fazer algo, que vá se arrepender mais tarde. Entendeu?

Natsu:

-Melhor do que nunca... Obrigado pai.

Igneel:

-Que isso... Só estou fazendo meu papel... (Fechou os olhos e inspirou o ar fresco ao redor e expirou com vontade.) Filho... (Abriu os olhos e olhou para Natsu, que continuava olhando para ele.) Tu não desceu para olhar as estrelas e falar com seu velho pai aqui... Certo?

Natsu:

-.pois é... Eu desci pra pegar água para a Lu.

Igneel:

-Imaginei... E... não tem que levar a ela...

Natsu:

-O quê?

Igneel:

-A água Natsu. kk

Natsu:

-Ah! Sim, sim. kkkk Eu só... estou distraído... pensando no que tu me falou. Sabe... se realmente existir um lugar para todos que já se foram da Terra... Eu espero que o Happy e a mãe, estejam juntos.

Igneel:

-Tenho certeza que estão.

Natsu:

-Bem... (Deu tapas nos joelhos ao apoiar as mãos para levantar.) Vou levar então o copo de água da Lu... E ver se eu consigo dormir novamente. (Sorriu sincero para o pai, que sorriu para ele, de volta.) Sabe... acho que o senhor deveria voltar a dormir de novo pai. (Foi saindo.)

Igneel:

-Só observarei este céu de lua cheia mais alguns minutos e irei deitar.

Natsu:

-kk Tá bem. Boa noite pai.

Igneel:

-Boa noite filho.

Natsu então serviu a água... E guardou o resto na geladeira de volta. Ele subiu com o copo. Abriu a porta devagarinho, sem fazer muito barulho e viu a loira dormindo. Ele sorriu meio sem jeito. Largou o copo na cabeceira e se deitou novamente. Só que agora da barriga para cima e encarando o teto. Até sentir uma loira o abraçando, com sua barriga enorme, linda, encostando em suas costelas... lateralmente. Ele sorriu... abaixou uma mão e passou no ventre da mulher, que sorriu.

-Trouxe seu copo d'água. Quer?

Lucy:

-Quero sim... Mor... por que demorou tanto?

Natsu:

-Desculpa... estava olhando as estrelas com o meu pai. kk

Lucy ficou confusa a princípio... Mas deixou passar. Ele passou o braço por baixo de seu pescoço... e ela deitou sobre aqueles músculos, que tanto a atraía. E jogou um de seus braços sobre o peitoral desnudo de seu companheiro... ele segurou este... e fazia carinho até que ela dormiu e ele também. Um pouco mais tarde... Já estava amanhecendo quando Lucy acordou sentindo dor mais uma vez... A barriga endurecida. Ela apertou a mesma e dessa vez chamou Natsu logo. Que já acordou mais rápido.

Lucy:

-Natsu... me leva no hospital.

Natsu:

-Que tu tá sentindo? (Se levantou rápido, mais uma vez... só que pondo roupa.)

Lucy:

-Dor... de novo... Como antes. Só... que ... mais forte...

Natsu:

-Ok! Calma... Eu vou falar com o pai, para ficar com o Tsuna. Não se meche! Eu volto rápido.

Lucy:

-Tá... (Tentava respirava devagar em meio a caretas.)

Natsu correu foi até o quarto do pai. Bateu desesperado e o homem se levantou e abriu a porta... Com muito sono. Natsu estava ofegante...

Igneel:

-Que acont—

Natsu:

--Cuida do Tsuna! Estou levando a Lu no hospital agora!

Igneel:

-Tá! (Respondeu na pressão.) Mas que—

Natsu:

--Depois te ligo pra explicar!

Igneel:

-...ok... Boa sorte.

Natsu:

-Valeu!

Natsu gritou do outro lado do extenso corredor. Ele voltou ao quarto e Lucy estava sentada com os pés para fora da cama. Natsu foi até ela...

-Eu disse que não era pra se mexer.

Lucy:

-Estou melhor... Amor... Eu... eu... eu não sei que está acontecendo... (Ela começou a chorar, 70% culpa dos hormônios. Natsu a abraçou carinhoso.)

Natsu:

-Calma Lu... Eu vou te levar no hospital só para acabar de vez essas dúvidas que temos. E dará tudo certo. Ok? (Olhou para a mulher, segurando seu rosto com as mãos e limpando as lágrimas.)

Lucy:

-Sabe... tenho... tenho tanto medo que... Luna... Venha antes do previsto... Como Tsuna veio...

Natsu:

-Não acontecerá isso Lucy... Não acontecerá.

Lucy:

-Tudo bem...

Natsu:

-Consegue se levantar?

Lucy:

-Acho que sim...

Ela se levantou devagar, com apenas o Natsu dando uma mão para ela se apoiar. Ela foi calmamente até o guarda roupa e puxou um vestido bem soltinho, que estava ali. Natsu pegou um casaquinho pra ela também. Ele ajudou ela se vestir e calçar os chinelos... Já que os pés continuavam inchados... Natsu deu o braço pra ela se apoiar e assim ela cruzou com o dele e começaram a caminhar... Lucy só parou... para acariciar o rosto do filho... E voltou a andar. Natsu saiu do quarto com ela e apagou a luz... Ao chegar no corredor, viu seu pai, escorado de um lado da parede... Sorriu, mais para dar forças a Lucy e a Natsu. E entrou no quarto... Ambos ficaram olhando... E o pai dele saiu com o menino no colo... dormindo ferrado. Ele levaria para dormir em seu quarto... Já pela casa ser tão grande... Se o menino precisasse de algo... Ele nunca saberia. Ele olhou mais uma vez o casal e disse baixinho:

-Fiquem tranquilos... Eu cuidarei bem dele. Não tenham pressa, se necessitar fazer exames demorados.

Natsu:

-Obrigado pai...

Lucy:

-Obrigada Igneel...

Igneel:

-Tudo bem... Agora vão, antes que a Lucy fique mal mais uma vez, ainda dentro de casa. E vão devagar... Não vão se meter num acidente de carro com meu carro. (Falou de modo como se não se importassem com eles... mas era só seu modinho orgulhoso de falar "se cuidem".)

Natsu:

-Seu...carro...?

 Igneel:

-Claro... Ou acha que eu deixaria vocês irem a pé? Seu carro ficou na sua casa, não é? Então... Tem as chaves lá na garagem... Escolha um... depois me devolvam... Os papéis estão tudo dentro deles, no porta luvas.

Lucy:

-Obrigada... De verdade...

Igneel:

-É o mínimo que posso fazer... Agora vão.

Natsu:

-Valeu pai... Valeu.

Eles desceram devagar... chegando na garagem. Natsu acendeu as luzes mostrando diversos carros digno de colecionador... Óbvio que Igneel, tinha muito dinheiro... Para ter tudo aquilo e continuar podre de rico. Natsu sorriu para Lucy que deixou o queixo cair... Ele levou ela até o "Quadro" e disse para ela escolher um... sem ver o nome. Ela fechou os olhos e pegou uma chave. Natsu então... bipou o carro após Lucy abrir os olhos. Ele gargalhou...

Natsu:

-Hahaha Hahahaha!! Pois é! Acho que vamos com o muscle car mais potente até hoje... Eu nem sabia que o pai tinha um desses. Chevrolet Chevelle SS 454, do ano de 1970. kkkk

Lucy:

-Natsu... está... está mesmo tudo bem... ir a um hospital com esse carro...?

Natsu:

-Com toda certeza, eu precisaria de uma causa muito nobre pra tirar essa fera da jaula...

Lucy:

-Tu não está pensando... em... sair correndo por aí... está?

Natsu:

-Tá tudo bem Lu... Eu não faria algo assim, já que tu está junto e nada bem... Eu vou dirigir certinho... Falando nisso... tu piorou... tuas mãos estão meio suadas...?

Lucy:

-É que estou um pouco nervosa... por saber... da importância do carro... que andaremos...

Natsu:

-Tu não quer ir nesse?... Eu vou entender...—

Lucy:

--Não!... desculpe... mas... fiquei um pouco empolgada também...

Natsu:

-Kkkk Tinha certeza que ficaria. Vamos...

Eles foram até o carro e Natsu ajudou Lucy a se sentar com muito cuidado. Natsu foi para o lado do motorista e se sentou... Esfregou de leve aquele volante... Câmbio de marchas... o painel... Sorriu para Lucy, que parecia bem... "nervosa". Assim que Natsu, deu uma leve apertada no pedal... e escutaram o ronco que aquele V8 emitia... Lucy arregalou os olhos e Natsu sorriu muito largo. Ele abriu o portão da garagem... e saiu cantando pneus... Lucy grudou as mãos no banco... pedindo por tudo que era mais sagrado que Natsu não batesse em nada. Ou eles morreriam na hora. Vendo o desespero de Lucy... Natsu dobrou a esquina com um drift, muito bem feito e foi desacelerando... Até chegar aos 60 novamente... como todos os dias... Lucy colocou a mão sobre o peito... achando que o coração ia saltar pela boca. Natsu estava extremamente feliz... Nem seu Dodge... alcançaria aos pés daquele carro. Mas ele resolveu falar com a Lucy... Afinal... eles só tinham saído para levá-la ao hospital... e aquilo tinha ficado em segundo plano nos últimos minutos...

Natsu:

-Tu está bem Lu...?

Lucy:

-(Se acalmou um pouco e olhou para ele, apesar dele olhar para a rua.) BEM?! COMO PODERIA ESTAR BEM?!?! ... Tu quase me mata do coração...

Natsu:

-Desculpa... Eu me ... me empolguei um pouco...

Lucy:

-Sabe que mais me irrita?!

Natsu:

-O quê...? (Perguntou com medo.)

Lucy:

-Tu estar indo a 60 km/hr agora!

Natsu:

-Han?! (Agora ele não tinha entendido.)

Lucy:

-Meu coração estava pulando de adrenalina, emoção e felicidade! E tu reduziu a velocidade! (Natsu riu agora com vontade.)

Natsu:

-Quer dizer que gostou?

Lucy:

-Claro, né Natsu! Óbvio que o medo de bater em algo é horrível... De ser pego, multados... ou presos... é uma sensação esquisita... Mas é esse mix de sentimentos... Que me deixaram com gostinho de quero mais.

Natsu:

-Kkkkkkkk Sabia que para uma mãe, passando mal, você é bem ousada! kkkk Eu te amo Lucy!

Lucy:

-Eu também te amo Natsu. Agora mete o pé na tábua... Que eu quero saber se a Luna está bem! (Falava autoritária. E Natsu começou a acelerar... cada vez... mais e mais... aumentando as marchas também.) Mas Natsu...!! E se algum policial nos parar... (Falou com medo... ela realmente não queria nem ser multada... nem presa naquelas condições.)

Natsu:

-E se algum policial nos parar?! Então finja que está passando muito mal! E eu ainda consigo uma escolta policial para nós até o hospital.

Lucy:

-Isso funciona...?

Natsu:

-Normalmente... É o que mais acontece... só que muitos realmente estão passando mal.

Lucy:

-Bem... se nos pegarem... ficarei nervosa o suficiente pra isso passar de mentira e se tornar verdade.

Natsu:

-Então não se preocupe... dará tudo certo.

Dizia fazendo drift... E sorrindo mais largo do que nunca antes... acelerando... freando... fazendo drift... Curvas... Lucy se segurava com uma mão... e a outra na barriga. Mas ela também sorria... Até sentir mais uma daquelas dores... e começar gemer "ais" Natsu freou bruscamente... e o carro parou metros depois... Por acaso... na entrada do hospital.

Natsu:

-São aquelas mesmas dores Lu?!

Lucy:

-Sim!... Só... só que mais intensas... Ai!

Natsu:

-Ok... Nós estamos na frente do hospital! Aguenta mais um pouquinho!

Natsu pedia a todos os santos para ajudarem a Lucy aguentar mais alguns segundos... Ele entrou e estacionou na vaga bem da frente da porta da emergência. Ele entrou com a Lucy... e a sentou na cadeira que tinha... Com mais umas pessoas ali. Ele foi até o balcão pedir ajuda. E logo um enfermeiro veio ajudá-la... Mas quando ele chegou nela... ela relaxou. Só estava ofegante... e um pouco suada... Ele sorriu para ela... e ela sorriu meio torto... Natsu voltou até eles e o moço que ajudava a Lucy a ficar de pé... pediu para eles o acompanharem até uma sala. Eles foram até o local... e logo um médico entrou e o enfermeiro saiu. De um lado o casal sentado, do outro um médico de plantão.