História Do crime... Para o amor. - Hiro

Natsu:

-Tu não deveria ter feito tudo isso... Nem ficado nervosa... Único que tem que se desculpar ainda... Sou eu. E tu... só tem que entender... que eu quero apenas que tu descanse e se cuide. Eu não me importo com meu corpo... se puder deixar vocês felizes e bem. Mas eu preocupei você. Desculpa... Eu vou ser mais forte agora... Mais resistente. Eu vou chegar mais disposto... e mesmo que eu tenha que limpar de novo, toda essa casa. Que eu tenha que fazer a comida 1000 vezes, que eu tenha que te ajudar a subir as escadas ou te carregar no colo 40000 vezes e mesmo que eu tenha que dar banho no Tsuna a cada minuto... Eu farei. Eu farei... mesmo que isso me esgote... ou não me canse... doente ou disposto. Eu farei igual... Por que só quero que vocês fiquem bem. E isso inclui a Luna.

Ele falou tudo com uma voz triste de culpa... e calma ao mesmo tempo... uma voz acolhedora... e palavras de confiança. Ele só queria que ela confiasse nele, pra tudo que fosse preciso. Pois ele estava ali, pra isso.

Natsu:

-...entendeu...? (Perguntou em dúvida.)

Lucy:

-Sim! (Abraçou ele com vontade de novo.) Te amo! Te amo mesmo!

Natsu:

-Também... E muito. Agora... tu já fez o favor pra mim de lavar a louça... e terminando esse prato fica tudo limpo... Então... Vamos deitar logo... Vai? Tu está exausta... e eu sinto sua testa em meu corpo... como se tivesse pegando fogo... Eu não quero que tu piore. Mas tu sabe que Tsuna está manhoso... E... Está chovendo muito... Posso deixar ele dormir com a gente? Ele dorme do meu lado. Não se preocupe... Vai nos economizar a caminhada até o quarto dele... Várias vezes a noite. E então?

Lucy:

-Claro... Eu também não suporto ver ele com medo e fingir que não estou vendo, só para obrigá-lo a dormir sozinho.

Natsu:

-Tá bem... Agora vem... Vamos subir.

Lucy passou o braço sobre o ombro de Natsu, que desejava ser a última vez no dia de subir e descer aqueles degraus. Chegou no quarto de Tsuna e o mesmo ainda estava chorando... Não se deu por vencido pelo tempo. Mas ele tinha razão... estava caindo o mundo lá fora. Ele soltou Lucy que se deitou. Natsu tirou a coberta que enrolou o menino no desespero pra encontrar Lucy e botou um outro pijama. Pegou no colo... e o menino deitou no ombro do pai. Natsu pegou os dois dragões do menino e o entregou. Ele segurou firme e foi até o quarto... Ambos se deitaram. E de um lado, Tsuna deitou sobre o torço de seu pai... com a cabeça apoiada em um dos seus dragões... e o outro ele abraçava. Natsu afagava os fios loiros do menino... que dormiu rapidamente. Já Lucy... virou de ladinho... e colocou o braço do modo que gostava... Em cima do peitoral do marido... que disponibilizou a outra mão a outra cabeleira loira e mulher sorriu... e dormiu assim. E Natsu... finalmente... dormiu...

*Uma semana depois, no final de semana*

Natsu:

-Vem cá! E traz a corda maior.

Tsuna:

-Xim!

Tsuna saiu correndo... Ele levou a corda e Natsu amarrou numa árvore do jardim. Ele pegou do outro lado e começou a embalar. Tsuna, que estava treinando a pular corda sozinho, agora estava aprendendo a pular com outra pessoa girando, apesar de que toda hora caía, querendo ou não ele era muito pequeno. Lucy assistia tudo sorrindo. Eles receberam uma ligação... e Lucy atendeu.

-Alô?

Laxus:

-Prima!

Lucy:

-Laxus??? Que aconteceu? Que voz é essa?

Laxus:

-Estou desesperado. Mira está em trabalho de parto... Vai nascer prematuro... E eu não tenho com quem deixar Hiro. Além de que eu estou entre os dois... eu não posso deixá-lo sozinho... e preciso entrar pra ficar com a Mira. Tu pode por favor... cuidar do Hiro?! Eu estou sem chão prima...

Lucy:

-Cla...CLARO! Eu vou pedir pro Natsu me levar aí agora mesmo... nós cuidaremos bem dele.

Laxus:

-Obrigado prima... obrigado.

Lucy:

-Já estou indo... fica calmo. Vai dar tudo certo. (Desliga) NATSU ME LEVA NO HOSPITAL AGORA! (Natsu soltou tudo correndo e Tsuna parou de pular assustado. Natsu correu até a mulher.)

Natsu:

-O QUE ACONTECEU?! (Perguntou muito nervoso.)

Lucy:

-Nada comigo... Mas Mira está em trabalho de parto e se não chegarmos rápido no hospital pra ficar com o Hiro... Laxus perderá o nascimento do filho!

Natsu:

-Nossa... que susto. Mas tudo bem. Vamos rápido então... TSUNA! (Gritou para o menino que ficou estático.) ANDA GAROTO! (Ele então veio correndo.) Vai com tua mãe pro carro que eu vou pegar as coisas e já vou.

Tsuna:

-Tá!

Tsuna foi até a mãe... que já estava na garagem, abrindo o carro. Ela ajudou o menino a se sentar na cadeirinha. E fechou o cinto. Nisso Natsu chegou correndo e abriu o porta-malas tocando tudo lá pra dentro, menos o celular, carteira e bolsa de Lucy. Assim que Lucy se sentou, Natsu já foi pro banco de motorista e acelerou. Lucy foi pondo cinto no caminho e Natsu numa sinaleira fechada. Ele chegou rápido no hospital... E lá estava logo na entrada, Laxus de mão dada com o filho. Laxus viu o casal, mais Tsuna. E suspirou aliviado... Se abaixou e ficou na altura do menino:

-Foi aquilo que te expliquei. Mamãe e papai não podem ficar contigo agora. E tu vai ficar bem quietinho e comportado com teus "tios". Entendeu?!

Hiro:

-......xim......

Laxus:

-Ótimo. (Assim que eles chegaram perto, Natsu desceu Tsuna que cumprimentou o amigo, assim como Lucy e Natsu, cumprimentaram Laxus) Obrigado por ficarem com ele... (Parecia um pouco mais aliviado... mas ainda assim... desesperado.)

Lucy:

-Tudo bem... será um prazer ficar com o Hiro.

Natsu:

-Cara... vai logo ficar com tua mulher. Ela precisa de ti lá... Não aqui... Aqui está tudo sobre controle. Vai lá... e dê forças pra Mira, por nós todos.

Laxus:

-Pode deixar! Tchau! (Falou se afastando.) Obrigado! (Diz mais afastado.) PAPAI TE AMA HIROSHI! SE COMPORTE! (Ele gritou muito longe... mas o menino sorriu com tal declaração... afinal... seu pai não era muito de ficar falando "te amo" em qualquer momento.)

Hiro:

-Ta ben te amo papai... (Falou tristonho... pois sabia que o pai não escutaria sua resposta. Lucy sorriu e segurou em sua mão... um pouquinho maior que de seu filho.)

Lucy:

-Não fique triste... Tenho certeza de que ele sabe disso... E ainda maior certeza... que ele escutou, mesmo de longe. (O sorriso dela era acolhedor.)

Natsu:

-Então... onde vamos agora? (Todos os três olharam para ele, sem entender.) Não me digam que vocês querem mesmo voltar pra casa... ?

Tsuna:

-Eu queo sovete! (Falou determinado.)

Natsu:

-Ok! Vamos a uma sorveteria então! (Falou sorrindo, enquanto Lucy a olhou meio pensativa.)

Lucy:

-Tem certeza, que é certo dar sorvete a eles... Nesse dia fresquinho de meia estação?

Natsu:

-Não é? (Perguntou confuso.)

Hiro:

-Ta ben... queo... sovete.

Lucy:

-Huf~ Ok! Vocês ganharam! Vamos comer sorvete então!

Falou convencida e os pequenos sorriram largo. Natsu então pegou com Hiro, a chave do carro de Laxus, que ele havia deixado pra pegar as coisas de Hiro no porta-malas, para passar a noite fora de casa. E também para pegar a cadeirinha, a qual, Natsu fixou ao lado da cadeirinha do Tsuna. Ambos ficaram felizes da companhia do outro... E após tudo guardado... Natsu saiu dali. Na hora que Natsu descansava a mão sobre o câmbio de marchas... Lucy colocou sua mão sobre a dele e sorriu... delicada:

-Logo será nossa vez de deixar Tsuna com alguém... (Falou num tom que apenas Natsu escutaria.)

Natsu:

-Pois é.... Mas tenho certeza que cuidarão bem de nosso filho. E ... o bom... é que ele faz amigos rapidamente. Não tem por que se preocupar.

Natsu sorriu para ela e ambos olharam pelo retrovisor... os meninos brincando e conversando, de seus modinhos, no banco de trás. Eles foram à sorveteria. Comeram seus sorvetes... Mas Lucy preferiu não arriscar... Afinal... Ela recém estava saindo de um resfriado. Natsu escutou trovejar de fundo... Ele olhou para Lucy... Todos finais de tarde estavam sendo assim... frios. E a noite... chuva intensa. Natsu foi e pagou a conta dos três... E saiu da sorveteria com cada um em um braço. Eles entraram no carro... E foram embora pra casa... No entanto caiu mais um raio... agora dos secos... e tenebrosos para alguns... Como Lucy, que quase enfartou. Tsuna tremia de medo, mas não chorou por causa de Hiro... Que sorria... Natsu perguntou por que...

-Simplex. Papai tá felix.

Natsu:

-Como assim?

Hiro:

-Papai dix... que leba de cando eia kiança e gotava dox raio no se xitio. ( = papai diz... que lembra de quando era criança e gostava dos raios no seu sítio.)

Lucy:

-Já eu... sempre que ia lá... morria de medo... Eles caíam tão perto... O brilho... o barulho... tudo... era assustador. Mas eu lembro do seu pai, colado na janela... admirando "a beleza da eletricidade". Kkkk (Ri com saudades da tia.) Lembro quando sua avó, Hiro, queria matar seu pai... por causa disso dizendo que era perigoso e pra ele fechar a janela. E para deixar de me assustar... É... teu pai adorava me assustar... Era tão injusto. >-< kk Sinto falta daquela época... minha mãe... (Virada pra janela... sem deixar ninguém ver... deixou escorrer a lágrima solitária.) Bem... (Sorriu e limpou a lágrima.) Que faremos ao chegar em casa? (Tentou se desvincular do assunto.)

Natsu:

-(Entendeu a deixa que a mulher criou.) Que tal eu ligar o console e jogarmos videogame? Faz muito, mas muito tempo mesmo, que eu não jogo... Tenho parceria? Ou não?

Os garotos logo pararam de pensar na chuva e nos trovões e em qualquer outra coisa, que não fosse videogame. Lucy sorriu e agradeceu pelo lado infantil de seu marido. Graças a isso... Eles teriam o que fazer sem problemas... Já que ele conseguiria entreter ambos, sem dificuldades.