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História Do Outro Lado Da Seleção - Explosão de sentimentos


Escrita por: gabibmesq

Notas do Autor


OOOOOOI, GENTE!!!
Olha só quem renasceu das cinzas! EUZINHA! Hahahahahahah
Eu sei que vocês querem me apedrejar, me crucificar, me jogar na cova dos leões, e eu não os culpo por isso. Esperar mais de um mês por um capítulo é horrível, ainda mais depois de um capítulo que terminou como o último. Também sou leitora de muitas fics, sem bem como vocês se sentem, e isso me faz sentir ainda pior.
Eu poderia dar muitas desculpas por ter demorado tanto, mas a verdade é que: no começo, eu estava meio sem tempo mesmo, mas depois foi batendo um bloqueio criativo. Eu não sabia como fazer esse capítulo. E eu sou muuuuuito perfeccionista, e sigo o princípio de “o que tem que ser feito, tem que ser bem feito”. E esse capítulo tinha que ser MUITO bem feito. Então, eu preferi esperar passar o bloqueio criativo a fazer algo meia-boca pra vocês. Porque vocês são fãs maravilhosossssss!
Eu sei que depois dessa demora toda, esse capítulo tinha que ter umas 10 mil palavras hahahhahaha. Mas aí demoraria ainda mais pra ele sair, então preferi postar um menor pra não fazer vocês esperarem mais.
Sério, gente, desculpa MESMO pela demora. Vou dar meu máximo para não demorar assim de novo.
Agora é hora de agradecer. Gente... GENTE... o último capítulo teve quase 30 comentários!!!! Vocês têm noção do quanto isso significa para mim? EU TO MUITO FELIZ POR ISSO!!! MUITO OBRIGADA PELO CARINHO, DE VERDADE!! Vocês são incríveis, os comentários foram lindos! Quando comecei a escrever a fic, eu fiquei com medo de não corresponder às expectativas dos leitores, porque eu sei que Maxon é perfeito na mente da maioria {inclusive na minha}, e reproduzir essa perfeição não é um trabalho fácil. Mas eu vejo a recompensa disso quando vejo os comentários de vocês. Obrigada, obrigada e obrigada! Continuem comentando, isso me deixa mega feliz!
Bom, agora chega de enrolação, vocês já esperaram demais! Não deu pra revisar o capítulo, então se tiver algum erro, me falem que eu conserto depois.
Só uma dica: aconselho vocês a lerem o final do último capítulo antes de começarem esse, pra retomarem as emoções. :)
Não deixem de ler as notas finais.
Enjoy!

Capítulo 10 - Explosão de sentimentos


Senti os lábios macios de America por um segundo antes dela se afastar rapidamente. Como um reflexo, me afastei também.

— Desculpe — murmurei envergonhado.

— O que você está fazendo? — America perguntou, claramente chocada com meu ato repentino.

— Desculpe — pedi mais uma vez, virando meu rosto para o lado.

O que eu mais temia aconteceu: fui levado pela emoção e acabei assustando America. Ótimo. Era tudo que eu precisava.

— Por que você fez isso? — ela perguntou, ainda soando abalada.

— É que... — comecei, ainda sem olhar para ela — o que você disse no programa... E ontem você me procurou... Seu modo de agir... Pensei que seus sentimentos tinham mudado. E eu gosto de você.  Achei que já tivesse notado. E... — olhei para America, que estava com a mão na boca e os olhos arregalados. Pela sua expressão, parecia que ela tinha acabado de presenciar um assassinato ou algo do tipo. Era possível eu me odiar mais? — Ah, o que fiz foi terrível? Você não parece nem um pouco feliz.

America tentou suavizar sua expressão, mas já era tarde. Eu já havia percebido que cometera um grande erro ao supor que America estaria sentindo qualquer coisa por mim que passasse de amizade. Mais uma vez, minha falta de experiência com mulheres estava dando as caras.

— Sinto muito, demais — lamentei. — Nunca beijei ninguém antes. Não sei o que estou fazendo. Eu só... — só queria te mostrar como me sinto, pensei. Dei um longo suspiro. — desculpe, America.

Apoiei-me no parapeito, decepcionado comigo mesmo.

Será que eu sempre faria tudo errado assim? Se eu era incapaz de entender o que se passava na mente de America, que era a garota com quem eu tinha mais contato, como seria com as outras então? Agora que estava óbvio para mim que America não queria nada comigo, eu teria que começar a pensar em como me aproximar de verdade das outras. Mas a verdade era que eu não queria pensar nisso.

Eu queria pensar nela.

Por mais que doesse no mais íntimo do meu ser, eu queria pensar em como seria se as coisas fossem diferentes. Queria pensar em como seria se ela tivesse correspondido ao meu beijo. Se ela me dissesse que teria alguma possibilidade, mesmo que mínima, de termos algo no futuro, eu já me sentiria privilegiado. Mas eu sabia que esse era um sonho distante da realidade. Agora eu sabia. Seu coração pertencia a outro, e eu não era capaz de mudar isso. Eu teria que aceitar esse fato, por mais difícil que fosse.

E então, aos poucos, sentia minha esperança esmorecer.

Enquanto chorava por dentro, vi pelo canto do olho que America se aproximou de mim. Ela levou sua mão até minha testa e esfregou.

— O que você está fazendo? — perguntei, realmente confuso.

— Apagando essa lembrança — respondeu docemente. — Acho que podemos fazer melhor.

America abaixou a mão, aproximando-se mais de mim.

Eu ouvi direito? “Acho que podemos fazer melhor”? Ela queria... me beijar? Por acaso eu havia pensado em voz alta ou America sabia ler pensamentos?

Eu sabia que aquele gesto dela não apagaria, de fato, a lembrança de que o meu primeiro beijo havia sido um fracasso. Ainda assim, não pude conter um sorriso diante de sua fala.

— America, acho que não podemos mudar a história.

Apesar de minha fala, o que eu mais queria naquele momento era sentir seus lábios novamente. Eu queria mudar a história.

— Claro que podemos — falou em um tom baixo. — Afinal, quem vai saber disso além de nós dois?

Observei America, procurando cuidadosamente por qualquer sinal de incerteza em seus olhos.

Não encontrei.

Ao invés disso, encontrei no olhar de America um desejo de tentar. Fiquei preso a esse olhar, querendo nunca mais sair dali, desejando que minha vontade de tê-la em meus braços somada à sua vontade de iniciar algo novo criassem entre nós um laço eterno.

America sustentou o olhar por um tempo e então repetiu:

— Ninguém pede para nascer perfeito.

Aproximei-me dela, envolvendo-a com meu braço e trazendo-a para bem perto de mim. Encostei meu nariz no seu, sentindo seu aroma me invadir. Acariciei levemente sua bochecha, contemplando seu belo rosto, que tornara a ficar tão próximo de mim.

— É, não acho que seja possível evitar — sussurrei, completando sua fala.

Aproximei ainda mais seu rosto do meu. Seu cheiro doce me deu o aval para que eu fechasse o pequeno espaço que havia entre nós. Senti novamente seus lábios macios tocarem os meus. E então, à medida que sentia America corresponder ao meu beijo, eu era invadido por uma sensação que até então era desconhecida para mim. Um arrepio subiu pelo meu corpo, como se cada célula agora necessitasse apenas daquilo para sobreviver. Cada parte de mim foi preenchida pelo único desejo de ter America sempre em meus braços. Ela passava a mão delicadamente pelos meus cabelos, me fazendo sentir querido por ela. Seu toque era suave e o sabor de seus lábios era o melhor que eu já havia experimentado. Naquele momento, eu soube que estava onde deveria estar.

Nosso beijo foi calmo, sereno, e trouxe com ele uma nova certeza: poderia passar o tempo que fosse, eu sempre guardaria um sentimento especial por America.

Relutante, afastei-me dela e perguntei:

— Melhorou?

America balançou lentamente a cabeça em afirmação. Ela tinha um leve sorriso nos lábios, mas parecia nem perceber. E então percebi o sorriso nos meus lábios também. Mas eu sabia que, mesmo se desse o maior sorriso já visto por alguém, não seria o suficiente para expressar a felicidade que eu sentia naquele momento. A garota com cabelos de chama acendeu uma nova chama no meu peito. Era irônico, mas havia algo belo nisso.

America não parecia arrependida, mas seu olhar denunciava certa confusão. Não a culpava por isso. Ela tinha uma vida em Carolina, e de repente tudo em sua vida mudou. Ela gostava de um cara, mas acabara de beijar outro. A confusão era inevitável.

— Posso dizer uma coisa? — perguntei.

America consentiu.

— Não sou burro o bastante para crer que você esqueceu seu antigo namorado. Sei pelo que vocês passaram e que as circunstâncias aqui não são exatamente normais. Sei que você acha que há moças aqui mais adequadas para mim e para a vida no palácio. Não quero me apressar e tentar ser feliz com qualquer uma. Eu só... só quero saber se é possível...

Eu sabia que America já tinha entendido o que eu queria dizer. E, por mais que não quisesse pressioná-la, eu precisava saber se poderia ao menos lutar por ela.

— Sim, Maxon — America sussurrou. — É possível.

Sorri e a abracei carinhosamente. Ela retribuiu o abraço, apertando-me contra si. Fechei os olhos, aproveitando cada segundo daquele momento. Senti-me grato por ter conhecido America e por tê-la escolhido para dar meu primeiro beijo. Eu sabia que não poderia ter feito escolha melhor.

— Maxon? — America chamou depois de um tempo.

— Sim?

America desvencilhou-se do abraço e me olhou. Seu rosto estava levemente corado.

— Você realmente não havia beijado ninguém antes?

Sério, eu realmente estava começando a acreditar que America lia meus pensamentos. Olhei para baixo, sem graça com sua pergunta. Não era para ela saber disso, mas acabei soltando com o nervosismo. Agora ela sabia da minha experiência com mulheres: nenhuma.

— Não — respondi. — Você foi a primeira.

— Por que? Quero dizer, foi por falta de oportunidade ou foi uma decisão sua?

Ri baixinho de sua pergunta direta.

— Um pouco dos dois, acho. Não conheci muitas garotas na minha vida, e as que conheci, não me causaram interesse. Mas eu já tive oportunidade de beijar algumas delas e não o fiz. Não que elas não fossem atraentes, elas eram. Mas eu não via razão para beijá-las sem ter qualquer sentimento por elas.  

Olhei para America, que sorriu para mim. Percebi que seu olhar trazia algo como... admiração?

— Sinto-me honrada por ter sido a escolhida para dar o primeiro beijo no príncipe de Illéa — disse em um tom brincalhão, mas com sinceridade no olhar.

Sorri para ela.

— Acredite — respondi —, a honra maior é minha.

Ficamos ali, sorrindo e encarando um ao outro em silêncio, como se qualquer palavra pudesse quebrar a magia daquele momento.

Depois de um longo instante, limpei a garganta e falei:

— Está ficando tarde... Acho que devo deixá-la descansar.

— Acha? — America perguntou, levantando a sobrancelha e dando um sorriso de lado.

— É... Bem, não é algo que eu queira fazer, mas eu devo ser cavalheiro, certo?

America riu e repondeu:

— Certo. Aliás, eu adoro isso em você, sabia? O cavalheirismo, quero dizer. É admirável, de verdade.

Sorri, lisonjeado com seu elogio.

— Obrigado. Agradeça à minha mãe. Tudo que sou hoje, devo a ela.

— Também adoro sua humildade — America comentou com um sorriso.

— Desse jeito, você vai me deixar mal acostumado...

— Está bem, chega de elogios por hoje — declarou. — Quase me esqueci do que você me fez passar no Jornal Oficial.

Soltei uma risada alta e caminhei com America até a porta, virando-me para ela antes de sair.

— America...

— Hum?

— Obrigado pela noite maravilhosa — falei em um tom baixo.

Ela sorriu.

— Eu que agradeço. Mesmo.

Levei uma mão até seu rosto, colocando uma mecha do seu cabelo atrás da orelha. Acariciei levemente sua bochecha e depositei ali um beijo carinhoso. Depois olhei em seus olhos, que tinham um brilho diferente, e sussurrei:

— Boa noite.

— Boa noite — sussurrou em resposta.

 

-*-

 

Chegando ao meu quarto, tomei um banho rápido e me deitei, pensando em tudo que aconteceu.

Eu não planejava beijar America naquela noite. Mas eu também não planejei sentir tudo que senti.

Eu não sabia explicar o que era aquela explosão de sentimentos no meu peito. Tudo aquilo era novo para mim, aquela vontade incontrolável de ter America em meus braços chegava a ser assustadora.

Eu sabia que era muito cedo para dizer que estava apaixonado por ela. Mas também sabia que isso não era tão difícil de acontecer. Ri diante desse pensamento. Tão previsível eu me apaixonar pela primeira garota que encontrei na Seleção e que, não por acaso, fora a primeira garota que beijei na vida.

Mas, ao menos dessa vez, ser previsível não era assim tão ruim.

Contudo, eu sabia que teria que colocar os pés no chão. Havia mais vinte e quatro garotas no palácio que sonhavam em ter um futuro comigo. E havia a possibilidade de America não conseguir se desprender de um sentimento antigo. Eu precisava ao menos tentar me relacionar com as outras garotas.

Mas eu deixaria para pensar nisso depois. Naquele momento, eu queria pensar somente em uma pessoa.

Em apenas uma noite, America me elogiou diante de todo o país, eu a beijei, ela se assustou com meu beijo, eu perdi as esperanças, ela me pediu que a beijasse novamente, a beijei novamente, senti uma mistura de sentimentos maior que qualquer outra na vida, voltei a ter esperanças. Aquela havia sido uma noite e tanto. Sem dúvidas, a melhor da minha vida até então. Ou, talvez, a segunda melhor. A noite em que a conheci também estava no páreo.

America despertou em mim algo diferente. Eu ainda não sabia o que era, mas sabia que era bom. Muito bom.

E então eu percebi que talvez não fosse tão difícil assim amar alguém. Na verdade, se o amor fosse algo parecido com o que eu sentia agora, seria bem fácil mantê-lo. Eu só esperava que, um dia, conseguisse fazer alguém me amar tão facilmente assim.

E foi pensando nisso que adormeci.


Notas Finais


E aí, gostaram?? Comentem, comentem muito! Hahahahahaha
Bom, gente, eu organizei meus horários, e os dias que terei para escrever são segunda e terça, e algumas vezes no fim de semana. Então, provavelmente, os capítulos sairão em um desses dias. Mas quero deixar avisado que, na semana que vem, eu não vou conseguir postar no início da semana, porque vou para um retiro da minha igreja no feriado e não vou ter tempo de escrever. Mas tentarei postar até sexta.
É isso. Obrigada por ler e desculpa pela demora! Vejo vocês no próximo capítulo!
Ps.: Se você gosta da fic, não deixe de favoritar! Assim, você receberá uma notificação sempre que eu postar um capítulo novo. :)


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