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História Do Que Somos Feitos - Opposite families


Escrita por: focusnavy

Notas do Autor


Capítulo novo no meio da semana? Como isso? É que vocês estão merecendo demais por todos esses comentários e esses favoritos disparados na fanfic!
Obrigada por estarem aqui, vocês são incríveis!!
Ps : vou dar uma explicadinha sobre a história nas notas finais pra quem tiver com dúvidas!
Boa leitura!

Capítulo 5 - Opposite families


                                             Sarah Montserrat


- O que é isso, mamãe? - Sun se sentou no sofá ao meu lado, deitando no meu colo enquanto eu analisava os papéis nas minhas mãos.

- Isso é uma intimação - coloquei os papéis em uma pasta e beijei a pontinha do seu nariz.

- O que é isso? - sorri para ela e acariciei seus fios cuidadosamente.

- A mamãe está processando um lugar onde as pessoas são tratadas muito mal, então, para eu poder ver todos lá com sorrisão e não biquinho de tristeza eu tenho que fazer uma intimação - ela cruzou o cenho e eu ri, negando com a cabeça - é coisa de gente grande.


Sunshine fez uma carranca e se sentou.


- Eu já sou grande, já sei contar até dez.

- Você é inteligente - mordi sua bochecha e beijei, a abraçando - O que nós podemos fazer hoje? É sábado, quer ir no shopping?

- Não, mãe, eu quero ficar em casa e comer um bolo de chocolate com muita calda - ela falou e enfiou a chupeta na boca, mudando o canal da televisão.

- Então nós vamos até o mercado e comprar os ingredientes - me levantei e prendi seu cabelo - coloca seu sapatinho que a mamãe vai pegar a bolsa no quarto.


Fui pegar a bolsa e dei a mão para minha filha, desliguei a televisão e apaguei as luzes, trancando a casa.


- Nós vamos de carro?

- Não, Maria gasolina, vamos andando até lá, não é longe e nós precisamos caminhar.


Sunshine esticou os braços pra mim e eu neguei com a cabeça.


- Vamos andar, o dia está lindo!

- A gente pode ir de carro? Daí nós vamos no outro mercado grandão, vai mamãe? Por favor, a gente nunca mais saiu juntas pra comprar comida.


Bufei baixinho e encarei a pequena, voltando até a garagem, pegando a chave pra abrir o portão.


- Eba, eba, eba! - Sun ficou pulando com os braços erguidos e quando eu abri o portão ela correu até o carro e abriu a porta, sentou na cadeirinha e passou o cinto.

- O que eu faço com você, Sunshine? - revirei a bolsa e peguei a chave, entrando no carro.

- Eba!


Suspirei e dei partida, rindo.


(...)


- Vamos pegar os legumes primeiro? - coloquei os alimentos no carrinho, olhando para o mesmo, pensando no que pegar.

- Vamos, mas só se você comprar cenoura - Sun falou e correu até as cenouras, pegando muitas - prontinho.


Dei risada.


- Tem que colocar no saquinho - peguei a sacola de papel e coloquei as cenouras, deixando no carrinho.


Coloquei mais algumas coisas e fui até o setor de guloseimas, para fazer o tal bolo.


- Vovó! - dei um pulo de susto e Sunshine correu até a senhora bem vestida de cabelos grisalhos - oi!


Encarei minha mãe, vendo ela não dar atenção nenhuma para a neta.


- Sunshine, venha, vamos pegar as coisas pra fazer seu bolo.

- Eu estou com saudades dela, mãe - Sun a abraçou e minha mãe olhou minha filha com desdém, a afastando.

- Eu mandei vir, Sunshine! - elevei um pouco a voz e ela veio até mim, cabisbaixa.

- Não mordo, Montserrat - sua voz ecoou nos meus ouvidos.

- Como vai, Geórgia?

- Aprendeu a não me chamar de mãe? - ela riu e eu engoli em seco - você não merece uma mãe - Geórgia abaixou o olhar e encarou a Sun, a peguei no colo e a beijei.

- Você não merece uma filha - retruquei.

- Eu não tenho.


Engoli qualquer amargura e empurrei o carrinho, fingindo não conhecer a mulher atrás de mim.


- Mamãe?

- Oi, Sun…

- Eu te amo, você vai fazer bolo e eu te amo mais e mais e mais e mais - ela ficou repetindo e eu disfarcei minha má expressão - posso pegar balinhas?


Assenti e beijei sua testa, indicando as coisas para ela pegar e olhei para trás.


- Como você pode odiar uma criança tão inocente, Geórgia? - pensei alto, apenas mexendo os lábios.

(...)


                                                     Justin Bieber



Pelas vozes alteradas pelo corredor, hoje é domingo, ou melhor, hoje é o segundo domingo do mês, dia de visita.


Estiquei o corpo e gemi de dor. Maldito coronel de merda.


Analisei meu corpo marcado e levantei, soltando um grunhido, massageando minha barriga e meu rosto. Andei pela cela e cocei a cabeça, sentindo uns ferimentos por ali, provavelmente de quando eu bati a cabeça nos pés da cama.


Sentei mais uma vez com vontade de chorar, chorar de dor e de ódio. Eu já levei surras aqui, mas não como essa, nunca me senti tão impotente por não ter acertado um soco sequer no Yale.


Como todos estão indo ao encontro dos parentes, resolvi ocupar minha mente com outra coisa que não seja família ou ser surrado.


Entrei no chuveiro gelado e funguei o nariz, sentindo os ferimentos pelo couro cabeludo arderem, minha pele queimou por completo e eu apertei os olhos, passando a mão pelos meus fios.


Ouvi alguém bater na porta e o barulho dos ferrolhos, logo, a porta de ferro abriu e Marcus abriu a cela, entrando com a bandeja.


- Seu café da manhã - ele deixou na minha cama e me olhou, rindo - parece que alguém apanhou ontem…

- Parece que alguém quer apanhar agora - falei estridente, fechando o chuveiro, pegando o pano velho que costumam chamar de toalha.


Montgomery olhou meu rosto com deboche.


- Come e se veste, tem alguém querendo te ver.


Suspirei pesado, farto dessa psicóloga intrometida. Sarah está começando a me encher a paciência com aquelas perguntas relutantes! Definitivamente, hoje eu vou dar um basta nela, olha o que aconteceu comigo por culpa dela. Sarah quer justiça, mas toda essa justiça vem com consequências e, uma delas sou eu estourado.


Engoli o café amargo junto com o pão dormido e me vesti, Marcus ficou me olhando fixamente e eu enrijeci o corpo.


- Quer chupar? - indiquei meu membro e ele travou a mandíbula - para de me olhar, filho da puta!


Montgomery se virou e eu me vesti, fui até ele e  estendi os braços.


- Se eu estiver tomando banho, não é pra entrar, me ouviu? - o encarei e ele assentiu, passando as algemas.


Revirei os olhos, imaginando a Sarah toda amiguinha, eu a avisei que era pra aparecer na outra semana. Petulante.


Marcus me puxou e eu entrei no pátio, vendo um monte de detentos abraçando as famílias, recebendo algumas guloseimas e respirei fundo, não me deixando abalar por isso.


- Ali está a sua visita - Montgomery apontou e eu vi um homem alto de costas, abraçado com alguém.


Todos me olharam com estranhamento, pois eu não costumo receber visitas, então, tirei qualquer esperança da minha cabeça.


Provavelmente esse senhor não passa de um juiz ou alguém “exercendo ordens jurídicas”, como diz a psicóloga.


Fui até ele e o cara soltou a mulher que abraçava, cruzei o cenho e senti meu peito se encher de alegria, junto com um medo, desespero, angústia.


- Pai? - sussurrei e Jeremy se virou, com os olhos cheios d’água, olhando meu rosto meio preocupado - você…


Ele me surpreendeu com um abraço apertado, como se tudo estivesse sem importância. Nós começamos a soluçar, retribuí o abraço, sentindo todo carinho que ele costumava a ter. Eu tenho vinte e cinco anos, mas agora, eu pareço ter apenas três anos, pareço uma criança que se perdeu no super mercado e encontrou seus pais depois de uns minutos.


Cada centímetro do meu corpo se arrepiou, cada parte de mim se juntou violentamente, como se meus cacos tivessem formado algo novo em mim.


- Desculpa eu ter sumido - Jeremy fungou o nariz e Erin nos abraçou, chorando também - Eu nunca mais vou sumir, tá bom? Eu te amo filho.

- Eu te amo, pai - afundei meu rosto entre o casal - obrigado, obrigado - os apertei e depois de uns minutos eu ergui meu olhar, sentindo olhares em nós.


Pois é, Justin Bieber recebeu visita depois de dois anos.


Olhei em volta e vi um sorriso estonteante no rosto dela.


Sarah.


Sorri discretamente e vi ela secar os olhos, parecendo contente. Ela piscou pra mim e saiu do pátio.


Obrigado mais uma vez, Sarah. 







Notas Finais


Pessoooal, lindos maravilhosos do meu core, eu to incrivelmente impressionada com os comentários de vocês na história, sério, vocês são INCRÍVEIS.

Esse capítulo retratou muito sobre laços familiares, por isso o nome do capítulo ficou como "Opposite families", famílias opostas.
O que eu quero que vocês entendam da história a vida que os personagens têm, quero que vejam como o Justin é opressor e é muito oprimido e sente muita saudade da família, a Sarah é maravilhosa, mas ela também tem os problemas dela que vão ser explicados futuramente.

****

A palavra certa agora para todos vocês é PACIÊNCIA, sejam pacientes comigo, por favor, perdoem todos os meus atrasos e se tiver capítulos ruins, me perdoem também.
Eu estou muito empenhada na DQSF, estou adorando ver vocês comentando aqui, essa fic é uma história que eu quero levar até o auge e eu sei que vou conseguir com a ajuda de vocês.
Enfim, eu fiz esse capítulo curtinho pra agradecer vocês e adorei ele, até chorei nesse final hsusu.

Obrigada, Todo amor.


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