1. Spirit Fanfics >
  2. Doce vingança >
  3. Foi minha culpa

História Doce vingança - Foi minha culpa


Escrita por: JDreamygirl

Notas do Autor


Cap novo o/// beijos e até as notas finais pq eu peço um favorzinho lá kkkkkkk

Capítulo 27 - Foi minha culpa


Fanfic / Fanfiction Doce vingança - Foi minha culpa

Já estávamos chegando na casa do Alexy, dirigimos tanto pra chegar onde ele estava morando agora que eu quase tinha desistido de ir até lá. Depois da morte do irmão ele juntamente com os pais se mudaram da cidade para uma outra, já estávamos dentro desse carro a no mínimo umas 2 horas, se é que eu consegui contar direito, não estava prestando muita atenção afinal de contas e não reparei muito bem nas horas quando saímos de casa. Eu já sentia meu corpo inteiro doer, principalmente as minhas costas, isso era por ter que ficar sentada na mesma posição por tanto tempo, ainda com a gravidez tudo piorava, mesmo que a barriga não estivesse grande, mas já era um dos efeitos. Meu estômago também estava revirando loucamente dentro da minha barriga, ou essa criança não gostava do que eu havia comido, ou então ela não gostava de ficar em um carro balançando por muito tempo. Eu tentava respirar profundamente, fazendo o possível para não vomitar e manter aquele pão com ovo no lugar onde ele deveria ficar que era dentro do meu estômago, mas não estava dando muito certo. Eu não tinha contado pra Rosa ainda que eu estava grávida e pra falar a verdade a única pessoa que sabia até agora era o Castiel por que ele precisava saber mesmo e era o mais importante, eu não fazia muita questão de sair contando pra Deus e o mundo sobre isso, achava que era uma notícia que uma hora ou outra todos iam ficar sabendo, afinal o tamanho da minha barriga delataria isso, mas acontece que a Rosa era a minha melhor amiga, eu não sei exatamente por que não tinha contado a ela ainda, talvez por falta de tempo ou oportunidade.

Natasha - Rosa pelo amor de Deus, pare esse carro agora. (Eu pedi a ela fazendo uma careta e sentindo a minha boca salivar mais do que o normal e com a mãos sobre a barriga, eu já não estava aguentando mais, eu ia vomitar.)

Ela me olhou sem entender e parou o carro no acostamento como eu havia pedido. Eu praticamente pulei pra fora do carro e saí correndo dali de dentro me apoiando sobre os meus joelhos e colocando tudo pra fora que eu tinha comido de manhã na primeira moita que eu havia visto por perto. A Rosa chegou até mim passando as mãos pela minha cabeça, segurando meus cabelos pra trás para que eu não me sujasse, me ajudando e deixando que eu acabasse logo com isso. Ela não falou nem perguntou absolutamente nada até que eu acabasse. Logo retirei uma garrafa de água de dentro da minha bolsa que eu aprendi a carregar junto comigo exatamente por momentos como esse, não era a primeira vez que isso acontecia assim também como eu sabia que não seria a última com certeza até o final dessa gravidez.

Rosa - Comeu alguma coisa que te fez mal hoje? (Ela perguntou preocupada comigo enquanto eu lavava a boca com um pouco da água da garrafa, apenas neguei com a cabeça já pronta pra contar a ela.)

Natasha - Eu não te contei, me desculpe, essa não seria a situação melhor pra te contar, mas vamos fazer o que. (Eu disse com humor.) Eu estou grávida. (Ela arregalou os olhos e abriu um sorriso soltando um gritinho agudo de animação.)

Rosa - Ai meu Deus, parabéns, eu nem acredito que eu vou ser titia. (Ela disse empolgada me fazendo rir.)

Durante mais alguns 10 minutos ela continuou falando animadamente sobre a minha gravidez, nunca tinha a visto tão empolgada, o que consequentemente me deixava da mesma maneira, mas tudo isso acabou assim que batemos na porta do endereço do Alexy e o vimos atender a porta, nosso sorriso morreu o vendo parado ali. No meu caso não foi apenas o meu sorriso, eu né mantive estática e levemente enjoada, meus músculos tremiam e meu coração estava acelerado, de tudo o que eu esperava ver, isso era o que eu não tinha imaginado. Seu cabelo já não era mais azul, ele tinha deixado a cor sair e agora estava preto… Como o do irmão. As lentes de contato roxas também não faziam parte do seu visual, agora estavam o azul natural… Como o do irmão. Alexy estava como ele, estava como o Armin. Parte de mim estava sentindo a culpa recair sobre os meus ombros fazendo meu coração se apertar e lamentar por ele estar assim, a outra parte sentia raiva, era como se fosse o Armin ali na minha frente, era como se fosse um trabalho não terminado.

Alexy - E então depois que tudo aconteceu nós não aguentamos ficar mais lá. Eu ainda sinto falta dele. (Ele estava contando o que tinha acontecido, sua voz era dolorosa, eu podia quase sentir a dor que ele sentia, e ele sentia isso… Por minha causa.)

Rosa - Não foi culpa sua Lexy, ninguém sabe o que aconteceu, você não pode simplesmente deixar de ser quem você é pelo que aconteceu, não pode deixar de viver a sua vida. Infelizmente coisas ruins acontecem, mas nós precisamos seguir em frente. (Ela disse tentando o consolar, eu estava tentando não me sentir culpada, tentando não chorar por vê-lo naquele estado, daquele jeito não sendo ele mesmo.) Não concorda Nah? (Ela disse chamando a minha atenção.)

Natasha - Han? Ah é, claro. Concordo sim. (Eu disse de forma embolada.)

Pela primeira vez em muito tempo eu estava me sentindo culpada, vendo o resultado de tudo o que fiz, eu fiz tudo aquilo pensando em mim e agora o vendo dessa maneira era de cortar o coração, talvez eu esteja bem mais sensível por causa da gravidez, mas mesmo assim eu entendo um pouco agora o por que essa pessoa está fazendo isso comigo. Da mesma maneira que eu queria vingança contra os meninos, agora a pessoa também quer vingança contra mim. Eu queria chorar, abrir a boca e pedir desculpas ao que causei ao Alexy, mas pelo que eu pediria desculpas? Eu não podia contar o que fiz, não poderia mesmo. Respirei fundo olhando pra ele o vendo de cabeça baixa, ele já não era mais o mesmo garoto alegre que eu sempre conheci, eu não matei apenas o irmão dele, eu acabei com a vida de muita gente e não tinha percebido isso até o presente momento. Pela primeira vez na vida eu estava começando a sentir o peso daquelas mortes sobre as minhas mãos e ombros.

Natasha - Eu sinto muito pelo que aconteceu Lexy e… Eu sei que pode parecer duro isso que eu vou te falar, mas… (Eu disse engolindo seco chamando a atenção dele pra mim.) Você não pode viver a vida do seu irmão, tem que viver a sua. Quem morreu foi ele, e… Independente do por que, se foi realmente aquela garota… Foram de certa forma, escolhas dele que levaram a isso, não suas. E você tem que lembrar que ele não está sofrendo agora, ele não precisa se manter forte, mas você está vivo e precisa continuar a sua vida, mesmo que isso pareça difícil, volte a ser o mesmo garoto alegre e feliz que você sempre foi, pelo seu irmão, ele não gostaria de te ver dessa maneira. (Eu não sei se deveria dizer algo, mas quando comecei eu apenas fui desembolando as palavras da melhor maneira possível, tentando não parecer que eu era culpada de tudo isso.)

Ao contrário do que eu pensei ele não ficou com raiva de mim pelo que eu disse, achei que ele gritaria defendendo o irmão, dizendo que ele não havia feito nada e me colocaria pra fora da casa dele, mas não. Ele apenas mordeu os lábios franzindo as sobrancelhas e simplesmente começou a chorar. Eu estava quase morrendo em vê-lo daquela maneira, e já ia abrir a boca pra pedir desculpas pelo que eu disse, “sujando” de certa forma a lembrança do seu irmão morto.

Alexy - Você tem razão. (Oi?) Ninguém aqui sabe o que realmente aconteceu e… Eu adorava a Bianca, eu não sei o que aconteceu naquela noite, não sei o que ele ou os meninos fizeram. Eu queria acreditar que nada tinha acontecido, mas era coincidência demais pra que isso fosse verdade. É só um pouco difícil de admitir certas coisas, principalmente pra si mesmo, mas você tem razão. Obrigada pela visita meninas. (Ele disse soluçando e tentando parar de chorar.)

Foi inevitável um abraço de nós três juntos, naqueles poucos minutos eu me senti na escola novamente, antes de tudo acontecer, quando tudo era mais simples e a minha única preocupação era com a minha nota no final do ano, ou com que roupa eu iria na escola no dia seguinte. Não, não era o Alexy que estava fazendo tudo isso, ele não estava envolvido, eu ainda tinha certa facilidade em notar o comportamento de algumas pessoas e ele estava abalado ainda com a morte do irmão mesmo depois de tanto tempo, como se tudo fosse recente e tivesse acontecido ontem, mas não era ele. Ele sentia tristeza e não raiva de mim. Saímos da casa dele com ele um pouco mais alegre, passamos um bom tempo lá, tempo o suficiente para fazê-lo sorrir e depois que começou nenhuma lágrima mais foi derramada da parte dele, eu estava feliz por isso ter acontecido, mas ainda sentia meu coração pesado e dessa vez quem queria chorar era eu. Sentia a verdade entalada na minha garganta formando um nó ali e se apertando mais e mais me fazendo sentir até mesmo dor. Me sentei no banco do carro no lado do passageiro olhando pro chão a minha frente enquanto a Rosa entrava do outro lado. Meu coração disparado, batendo tão forte que chegava a doer dentro do meu peito, meus olhos começaram a lacrimejar depois de já estar ali dentro e longe dele, eu me mantinha calada tentando me controlar e não começar a chorar ou eu não teria uma boa explicação pra fazer isso, mas foi tudo em vão… Lágrimas após lágrimas começaram a descer desesperadamente pelo meu rosto o molhando por completo, não, eu não estava chorando por ter matado aqueles quatro desgraçados, mas pelo que causei as pessoas que gostavam deles. Coloquei as mãos sobre o rosto e continuei chorando desesperadamente. A Rosa se assustou e ficou sem entender o por que do meu desespero, e também não era pra ser diferente, tínhamos acabado de sair da casa dele e ele estava sorrindo, então pra que todo esse choro?

Rosa - Meu Deus Nah, você está bem? (Ela perguntou preocupada colocando uma das mãos sobre o meu ombro.)  Olha, o Lexy vai ficar bem, você viu, ele estava até um pouco melhor quando saímos, não precisa ficar assim. (Ela disse deduzindo que era isso, e eu poderia até ter mentido e sustentado essa mentira, mas eu estava cansada de mentir, então eu simplesmente neguei com a cabeça.)

Natasha - Não é por isso que eu estou chorando. (Eu disse com dificuldade em meio aos meus soluços. Eu não sei se queria contar a ela a verdade, não sei como ela reagiria, provavelmente iria até a polícia me entregar, mas eu não conseguia mais, não agora, não aqui.)

Rosa - Por que então? O que houve? (A preocupação na sua voz não havia saído, ela estava tentando entender, mas estava sendo difícil.)

Natasha - Foi minha culpa. (Eu disse baixo em meio aos soluços ainda, meu rosto deveria estar vermelho e provavelmente inchado, passei a mãos por ele limpando um pouco das lágrimas e levantei a cabeça para olhá-la nos olhos a vendo com as sobrancelhas franzidas em dúvida sobre o que tinha me escutado dizer e como se me perguntasse “como assim?”) A culpa disso tudo foi minha, fui eu quem matou os meninos. (Seus olhos se arregalaram parecendo que iam sair da órbita e pular pra fora, sua boca se abriu em completa surpresa e por alguns segundos ela ficou em choque sem saber o que falar ou o que fazer.)

Rosa - O que você disse? (Ela perguntou para ter certeza do que havia escutado eu dizer, infelizmente, ela tinha escutado certo.)


Notas Finais


Aaaaaaaaaaaah gravei mais um cover, eu tô que tô kkkkkkk tempo livre aí e a gente aproveita neh, sem contar que o cover é da nova música do Niall e eu simplesmente adorei a música, adorei ao nível de querer lamber a tela do meu pc enquanto passava o clipe kkkkk, mas eu juro que não fiz… Claro que não… De jeito nenhum, pruuuuuuffffff. Enfim… O link do vídeo aqui óh, eu agradeceria imensamente se me ajudassem a divulgar e se inscrevessem também: https://www.youtube.com/watch?v=igQXrMwFwLo - This Town - Niall Horan


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...