Chego na casa da Jully e deixo minha mala próxima a porta.
Jully: Bem vinda..
Mika: uoooooooou é linda
Jully: é uma casa normal comparada a sua no Brasil
Mika: comparada com a do meu pai...você quer dizer
Jully: desculpa
Me jogo no sofá, e como de costume, deixo meus pés para cima. Era bom estar com a Jully, mais ao mesmo tempo ruim por estar longe da minha família.
Mika: Me da uma toalha?
Jully: perae
Ela anda até um armário embutido na parede e me joga uma toalha cor de rosa. Era a mesma toalha que eu usava quando dormia na casa dela.
Mika: brigada
.
.
.
Depois do banho me jogo no sofá novamente. Estava faminta.
Mika: Jully, tem miojo?
Jully: Não, você vai ter que ir comprar
Mika: aaaah tenho mesmo?
Jully: Sim tem
Mika: ta bom então
Me levanto frustrada. Desço o elevador e vou até o porteiro. Ele me disse que tem um mercadinho a 2 quadras daqui seguindo reto.
Eu obedeço aquele senhorzinho, que tinha o nome de Dong Lee, que foi muito simpático e pediu para eu chama-lo de Dong Dong.
passeando pelas minúsculas ruas, olhava ao redor e via lojas de cosméticos, farmácias, restaurantes, meninas e meninos saindo da escola, carros buzinando na outra rua e mais a frente, um prédio enorme. As janelas espelhadas reluziam com o sol me deixavam com dor na vista.
Na sua frente, havia um murmurinho. Ando até lá completamente curiosa para saber o que estava acontecendo.
Flashes, câmeras, repórteres e fãs, gritavam o nome de um idol, até então desconhecido por mim.
Chego mais perto e vejo uma menina com a blusa do BTS
“Meu santo Yoongi do céu, me ajuda”
Olho para cima, e sim, estava na frente do prédio da BigHit.
Vou me enfiando no meio das armys e dos repórteres, e, na ponta dos pés consigo ver quem eu nunca imaginei nem chegar perto.
Jeon Jungkook
De cabeça baixa e com uma mascara preta, aquele ser maravilhoso tentava entrar em uma vã, onde os outros membros estavam.
Subo em um banquinho, e no meio de tantas pessoas e acompanho o trajeto dele até a vã. Eu queria gritar, e berrar o nome dele, mais ele não ia me ouvir.
Mesmo assim, estava mais do que feliz por poder vê-lo ao vivo.
Meu corpo estava quente e minhas bochechas ardiam de tanto que eu sorria. Tinha esquecido até que estava com fome.
Ele entra na vã e o murmurinho vai desaparecendo.
.
.
.
Chego em casa um pouco afobada e coloco o lámem pronto em cima da bancada da cozinha.
Mika: JULLY EU VI O JUNGKOOK
Pulo em cima do sofá, e não conseguia para de pular em cima do mesmo, que afundava meus pés em sua almofada extremamente macia.
Jully: como assim?
Mika: EU VI O JUNGKOOOOOK
Jully: cadê o calmante?
De dentro do quarto da Jully, sai um homem alto, bonito. Os cabelos negros estavam perfeitamente arrumados em um topete endurecido com gel e spray de cabelo.
Jully: para de pular
Eu a encaro séria. Aquele homem se aproxima de mim, ficando na minha frente.
mesmo em cima do sofá, ele conseguia ser maior que eu.
Mika: é um poste mesmo –digo em português-
Jully; cala boca –ela reproduz na mesma língua-
O “poste” ficava nos olhando, como se estivéssemos repetindo um ritual satânico.
Jully: Mika, esse é o Kwan. Foi ele que me ajudou quando cheguei aqui.
Mika: ah sim. Annyong –me curvo em 90 graus-
Kwan: não precisa disso tudo
Mika: estou colocando em prática a educação que minha mãe me deu.
Jully: MIKA!
Mika: que?
Jully: Bom. Estou de saída. Vou entrevistar um grupo
Mika: É O BTS?
Jully: Não Mika...é um grupo floop ai
Mika: então ta, vai com Deus.
Aceno para os dois, e deito no sofá, com os pés para cima
Jully: vê se arruma um emprego ta?
Mika: vou ver
Ela sai na frente e Kwan vai atrás como o cachorrinho dela.
Mika: é..até que não é feio....
.
.
.
As ruas estavam super movimentadas.
O que eu queria as 17;00?
O engarrafamento estava caótico. As mães carregavam seus filhos de um lado para outro, panelinhas de amigos saiam zuando pelas ruas, cantando músicas e pulando. Advogados, médicos, empresários dominavam a rua central de Seul.
Passo por um café, onde tinha a placa “procura-se ajudante”
Entre na mesma e logo fui recepcionada
“Não tem essa organização toda no Brasil não gente. Q Q É ISSO”
A moça me leva até uma salinha, onde...MEU DEUS DO CÉU QUE HOMÃO DA PORRA.
Hyun: Boa tarde senhorita....?
Mika: Mikaella
Hyun: Você esta procurando emprego não é?
Mika: sim sim
Hyun: De onde você é?
Mika: Brasil
Hyun: Ah...praia, samba, brigadeiro, coxinha
Mika: corrupção, Temer, Lula, Dilma, Bala perdida, escândalo.....é so de La mesmo
Ele olha para mim com o sorriso mínimo nos lábios.
Me arrepiei toda viado
Hyun: Então, o que você fazia La?
“esse cara vai pedir um meu currículo ou vai bater papo comigo porra?”
Mika: Eu fazia faculdade de medicina.
Hyun: sério? Que legal.
Mika:....
Hyun: eu gostei de você Mikaella...esta contratada
“ÉOQUE? JÁ? COMOASSIM? MOÇO, MEU CURRICULO AQUI OOOO!!! MOÇO!!!!”
Mika: Cof~ obrigada Sr. Hyun.
eu me curvo e ele também.
Hyun: Pode me chamar de oppa
“MIKAELLA É UM ESTUPRADOR! CORRE!!!”
Hyung: Chegue amanha as 9:00. Não se atrase
Mika: ta bom oppa...estou indo
Hyun: vá em segurança
Eu aceno e saio da sala.
Eu não acredito que já consegui um emprego. Mano, Coreia é outro nível.
.
.
.
Chego em casa um pouco cansada. Jully, não tinha chegado ainda.
“deve estar na entrevista ainda”
Tiro meu salto do pé. Ia ser a ultima vez que saio na rua com aquele salto. Meu pé estava muito dolorido e parecia formar bolhas atrás do mesmo.
Vou até o quarto da Jully e me jogo na cama, caindo no sono no mesmo estante.
Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.
Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.