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História Dokusai - Prólogo


Escrita por: Horke

Notas do Autor


Homem da city, homem do campo, homem do mundo!

Capítulo 1 - Prólogo


Os meus pés avançavam cansados de mais uma missão, a terceira seguida. Não dormia a dias e agora me arrastava pela vila em direção ao meu antigo apartamento.

Olhava ao redor, via pedintes que antes eram comerciantes estáveis, via lixo empilhado nos cantos dos prédios e algumas crianças caçando ratos para o jantar.

Esse era o preço da guerra, uma luta totalmente desvairada de duas pessoas que acaba afetando milhares de pessoas.

Olho para uma pequena quitanda, passava aqui todo dia nas voltas de missões, era um lugar colorido e alegre, agora só consigo ver alguns repolhos sujos em uma pequena caixa, mas não se engane, até mesmo os repolhos velhos e talvez estragados daquela caixa estavam sendo guardados pelo dono da loja.

O homem olhava ao redor hesitante, esperando que alguem surgisse para finalmente comprar os malditos repolhos. Olhando mais atentamente posso ver algumas crianças esquematizando um plano para roubar os tais repolhos. Por serem crianças não conseguiriam bater de frente com o dono da quitanda, por isso um plano seria a melhor saída.

Suspiro cansado e sigo meu caminho. Se imaginaram que eu compraria os repolhos para as crianças estão enganados, em tempos como este não se pode ajudar todo mundo, ou você mesmo acabaria na condição dos que precisam ser ajudados.

A situação me faz divagar de volta ao tempo de Gatou e da ponte, quando ele controlava o comércio e praticamente impunha a pobreza. Seria tão mais fácil se fosse só derrotar meia duzia de inimigos para recuperar a velha juventude. Mas quem disse que a vida é fácil? Guerras nuncam ajudam ninguém, quer dizer, nenhum lado que esta realmente guerreando, os únicos que ganham são os espectadores, que lucram rios de dinheiro com a alta demanda.
A vida é mesmo complicada.

Posso ver ao longe o prédio do Hokage, como disse lá no início acabei de chegar de missão e, como sempre, preciso me reportar ao líder, nosso ilustríssimo Hokage Kakashi Hatake, meu velho sensei.

Subo as escadas rumo a sala do Hokage, é nostálgica essa construção, quantas vezes não pichei essas paredes? Quantas vezes me subi para pegar alguma missão ou reportar outra? São memorias boas e ruins que assolam esse meu coração só de sentir o cheiro característico do produto que passam no chão e de ver as rachaduras das paredes e escada.

Paro em frente a porta do Hokage bato duas vezes com um pouco de força e abro a porta, entrando como sempre faço.

Kakashi lia um papel com suas olheiras pesadas e muito marcadas, desde que foi declarada a guerra ele mantinha esse olhar.
Pigarreio e ele me olha, um olhar cansado e perdido em meio aquela montanha de papéis e relatórios.

- Ah, Naruto - falou meu sensei desanimado - relatório? - perguntou voltando o olhar pro papel.

- Amegakure está enviando algumas tropas, pelo que vi eles vão entrar no pais pela ponte Tenchi, consegui isso desse pergaminho - relato e tiro o pergaminho de minha bolsa ninja que estava nas minhas costas.
Kakashi pega o pergaminho de minha mão inexpressivamente.
- Algo mais? - perguntou ele sem me olhar, ele não despregavam o olho daquele maldito papel.
- Oficial não ... - reflito por um segundo e decido continuar - mas sensei ... Amegakure queimou nossas plantações, não tem comida nas ruas. Acabei de ver crianças caçando ratos e ... - ia falando agora mais pessoalmente com meu sensei, mas ele ainda não tinha desgruda do o olho daquela merda de papel, quer saber, que se foda, tomei o papel dele. Ele me olha assustado por um instante, mas sua face inexpressiva volta em um instante - o que você vai fazer sobre isso, HOKAGE-SAMA ? - falo acusatório fuzilando o mais velho com o olhar.

- Como sempre Naruto, enérgico e inconseqüente. Isso mesmo eu sou o Hokage, e como tal eu não posso discutir táticas de guerra com ninja comuns - ele fala se levantando da cadeira e assumindo uma postura mais solene - mesmo que eles sejam os meus alunos - terminou me olhando duramente.

Bufo irritado e jogo o papel com um pouco de força de volta na mesa.

- O povo está faminto! E você fica com essa bunda sentada o dia todo lendo essas merdas! - grito pela sala, a minha garganta arranhava a cada palavra e a saliva se acumulava um pouco em baixo de minha lingua.

O silencio reinou por um segundo, Kakashi parecia tranquilo, ele sempre foi assim, um perfeito ninja, impossível de saber o que sente e o quanto esta sentindo.

- Fora . - ele falou. Um calor tomou conta do meu corpo, é aquele velho ditado, agora to sangue no zói.

- E se eu não quiser? - falei olhando ele desafiadoramente.

Kakashi suspirou e estalou o dedo, alguns anbus apareceram ao lado dele.

- Vou ser obrigado a pedir de novo. - disse ele me olhando opacamente - Mas acho que nós dois preferimos uma saida sem problemas, não é Naruto? - bufo irritado e abro a porta com força.

- Eu estou te avisando Kakashi, o povo não esta feliz - disse sombriamente, batendo a porta nas minhas costas.

--//--

A porta se abre com um leve ranger, com a luz entrando suave eu podia ver os folículos de poeira dançando no ar com a abrupta agitação que causei.
Dou um passo adentro do meu apartamento e, como sempre, tiro minha sandálias, andando descalço pelos cômodos posso sentir o quão sujo o chão esta.

A louça suja na pia e alguns pacotes de ramen velho denunciavam o nivel da minha disponibilidade, digamos assim, tiro a minha bandana e a coloco no criado mudo ao lado de minha cama.
Abro as janelas e deixo o ar fresco entrar, paro e fico ali observando.
Os prédios ao lado tinham algumas luzes acesas e pela janela eu consigo ver exatamente a mesa de jantar de uma familia, quer dizer, duas crianças e uma mulher, mas isso é familia, não?

Enfim, a mãe se sentava na ponta da pequena mesa e ficava encarando um ponto fixo desta, as duas crianças, um menino e uma menina corriam um atrás do outra em volta da mesa.

Um tempo segue e as crianças continuavam correndo, a mãe fecha os olhos com força, podia jurar que vi uma fina lagrima escorrendo. Ela soca a mesa com força e grita com os dois, ambos se assustam com a ação da mae, que cada vez mais parecia inclinada a dar uma surra em cada um, mas de uma forma divertida.

No melhor modo Kushina ela dá um cascudo em cada um e se senta na mesa de novo e passa a mão no rosto. Uma conversa se segue, não poderia ouvir, então simplesmente paro de olhar.

Eu conheço aquela familia, não lembro dos nomes agora, mas eles sempre foram meus vizinhos de frente, eles eram em 5, três crianças, um homem e uma mulher. O homem e o filho foram pra guerra, estavam agora neste instante lutando em algumas parte dos fronts por Kakashi.

No final da rua podia ver um novo estabelecimento, pessoas entravam aos montes, era grande e tinha um formato simples, com duas portas grandes na frente e janelas de madeira.

Uma luz de curiosidade se acende em minha cabeça e, como bom ninja que eu sou, pulei de minha janela e me juntei a algumas pessoas que andavam em direção ao local, todos estão silenciosos e são em sua maioria mulheres com algumas crianças, posso ver também alguns homens mais velhos e outros aleijados.

Agora, mais perto do lugar, posso ver que ele é branco, recém pintado, as janelas estavam novas ainda e as portas estavam abertas convidativamente.

Adentro naquele ambiente iluminado algumas lâmpadas bem distribuídas. Haviam muitos bancos enfileirados palaleramente, no fundo havia um altar com muitas velas.

As pessoas se sentavam, a maioria procurava um assento perto do altar. Algo esta para começar alí.

Me escondo brevemente e pulo em cima de uma viga, escondido no escuro e observando tudo aguardo.

O sono me atinge, deito na grossa viga de madeira e tiro um leve cochilo, estava escuro nesta parte, então caso fosse um complô contra ninjas eu estou seguro o suficiente.

- ... TEMOS QUE LUTAR ! - acordo assustado com alguém gritando abaixo. - Deus no deu essa vida para sermos livres! Para louvarmos ele! Para pregar a palavra! Mas esse hokagezinho do demônio vem e começa com essa guerra sem sentido! Isso só pode ser coisa do demônio! O coisa ruim possuiu Kakashi! - com cada exclamação as pessoas respondiam positivamente, concordando com toda aquela baboseira. - Devemos lutar! Deixar Deus assumir a liderança! Posso contar com vocês ?! - gritou o pregador. Não podia vê-lo bem desta posição e qualquer movimentação me entragaria, claramente eu não devo ser visto em algo deste tipo. Com esta ultima declaração o povo foi ao delírio, levantando os punhos em concordância.

- Ótimo! Ótimo! Preguem a palavra ! É tudo que peço ! - disse mais calmo agora. - Vão e passem a palavra! - terminou assim dispensando a todos.
Saio sorrateiramente e me junto à multidão que deixava a capela. Uma igreja sensacionalista, já esperava por algo assim dentro de Konoha em tempos difíceis como este, é comum elas aparecem e tomarem multidões por sua insegurança. Mas esta de agora é de longe a mais forte que já vi, toda a aceitação do publico, a força com que o homem falava, tudo, isso é perigoso demais para Kakashi e para Konoha, uma revolução acontecer em plena guerra é praticamente uma declaração de derrota. Isso se não contarmos com a loucura do homem que comandava tudo aquilo.

Não conseguir vê-lo me deixou realmente irritado, mas voltar agora não estava nos meus planos, como bom fiel que eu estava fingindo ser agora enquanto volto pra casa, eu deveria seguir as ordens do homem.

Algumas pessoas falavam comigo brevemente, dando palavras de incentivo e de culto. Simplesmente respondia com sorrisos e acenos, escondendo minha real preocupação sobre o assunto.

Algo deve ser feito contra estes extremistas religiosos. Por isso vou agora mesmo procurar Kakashi, sei que ele deve estar meio bravo ainda por conta da nossa 'pequena' discussão, mas esse assunto é mais importante.

Como um ninja, que eu realmente sou, logo estou parado em frente a porta do Hokage, bato mais um vez naquela porta e abro rapidamente.

Kakashi lia alguns papeis, ele me olha entrando.

- O que foi? - perguntou impaciente dessa vez. - veio dar mais um show?

- Não, vim falar com o Hokage - disse formal para que a dimensão fosse entendida.

Kakashi me analisa, logo ele apóia os cotovelos na mesa e entrelaça os dedos.

- Pois fale - conclui enfim.

- Desculpe o horário, Hokage, mas eu presenciei um culto religioso - falei breve.

- E? - perguntou Kakashi.

- Eles estão se organizando, analisei o suficiente para crer que haja algum tipo de conspiração contra o senhor - reportei.

- Quanta baboseira Naruto - concluiu Kakashi - civis nunca conseguiriam, mesmo que se organizassem, fazer revolução alguma - disse inteligentemente.

- Desculpe, é que eu ... achei que deveria saber - digo abaixando minha cabeça.

- Pode ir. Amanhã você fará mais uma missão de espionagem. Descanse. - ele disse relaxando na cadeira e voltando a anotar alguma coisa em outro papel.

Me viro para deixar a sala, até Kakashi me chamar:

- Me desculpe por mais cedo, Naruto. Toda esta situação me deixa tenso. - completou, não podia vê-lo de costas mas pela voz sabia que estava sem jeito.

Um sorriso singelo brota em meus lábios.

- Tudo bem, sensei,só ajude o povo - digo indo embora, ouvindo a resposta ao longe.

- É o meu trabalho, no fim.
--//--

Ando pela vila, sem reparar muito nas coisas, olhando para o chão e chutando algumas pedra pelo caminho até meu apartamento.

Pelo caminho me deparou com muitas cenas, as portas do Ichiraku fechadas por falta de clientela e produtos. A loja de armas lotada de ninjas que tinham que cumprir suas missões, alguns pedintes andando pela rua e mais ao longe vejo Hinata acompanhada de seu time, ao que parece iam em direção ao portão da vila e logo me cruzariam.

Que sorte.

Kiba me cumprimenta de longe com um aceno e um leve grito animado

- Ei Naruto! - disse acompanhado de um latido de Akamaru

Um sorriso sincero se abre no meu rosto como não fazia a alguns dias.

- Cachorro! - falo alto batendo na mão de Kiba, que ao perceber a ofensa parece tremer de raiva com o punho na altura do queixo.

Ele falava alguma coisa mas eu já não ouvia mais, olhava Hinata, que me olhava de volta.
- Oi, Naruto kun - fala ela tímida, mas menos que o normal.

- Oi Hinata - falei enquanto olhava hipnotizado para ela, viajando naqueles olhos esbranquiçados.

Ao lado dela um pigarro me faz voltar a terra.

- Olá, Naruto - falou Shino formalmente como sempre.

- Oi Shino, como sempre aparecendo do nada ! - falei sem graça.

- Eu estava aqui o tempo todo .. - falou baixo como sempre.

- Estamos saindo em missão Naruto. Depois você namora com a Hinata - falou Kiba brincalhão. Eu sinto meu rosto esquentar. Estava corando! - Quem diria! O doido do Naruto corando! - gozou Kiba entre risadas

Dou um soco no topo da cabeça dele, só pra ficar esperto e não mexer comigo nem com a Hina.
Falando em Hinata, acho que preciso explicar algumas coisas pra vocês, cada vez mais eu e ela estamos nos aproximando, eu a noto, a gente se olha intensamente, sorrisos são trocados, posso não saber lidar muito bem com isso mas tenho certeza, o que eu sinto por ela agora não é um simples gostar, nem paixão, mas sim um amor, jovem e imaturo, mas um amor que tem tudo para crescer como um broto de pinheiro, pequeno e indefeso, mas no futuro grande e majestoso.

- Só pra ficar esperto, cachorro! - falei com tom raivoso.

- Vamos, Hinata, Kiba, temos que nos apressar. - disse Shino no seu jeito de sempre.

Meu maxilar se trava repentinamente.
Eles vão se despedindo ao longe de mim, seguindo seu caminho, indo em direção ao perigo, ela ia em direção a guerra e eu estava aqui.

- Ei! Vocês! - grito para o pequeno grupo, que vira para me olhar.

Eles me olhavam curiosos, mas eu só tinha olhos para Hinata.

- Cuidado lá fora - peço em suplica, tanto pela voz para todos quanto pelo olhar para Hinata, que certamente havia pego o recado.

- Pode deixar, loira! - disse Kiba sorridente indo embora, Hinata me olhava enquanto se distanciava e eu correspondia, numa atração mais forte que qualquer outra.

Enfim, acho melhor ir para casa, afinal, eu também tenho missão amanhã.
--//--

Infiltração completa.

Depois da morte de Nagato, após nossa batalha, a infiltração em Amegakure se tornou mamão com açúcar.

Me espreitou pelas vielas, olhando a movimentação militar, não haviam civis em parte alguma, mas o que eu queria, estava chovendo e era madrugada.

Alguns guardas passavam rijos, as guerras faziam isso, deixavam as pessoas tensas e prontas para qualquer imprevisto.

Subo em um telhado e vou avançando lentamente em direção ao centro da vila.

Minha missão era simples, reconhecer o novo líder de Amegakure. A morte de Nagato foi uma coisa publica, todos sabiam que o fim de Pain já havia chegado, mas o novo líder de Ame é uma grande interrogação. Forte o suficiente para coordenar as tropas com precisão e para chegar ao topo de uma vila com velocidade e ainda começar uma guerra com uma outra vila muito maior que já havia matado o antigo líder, Pain.

Realmente, ou era muito forte ou muito burro.
A grande torre central aparece na minha frente de uma hora para outra, essa chuva prejudica muito a minha visão!
Acho mais em cima a minha passagem para dentro em um cano de escoamento, muito comum por causa das chuvas constantes da área.

Coloco chakra em meus pés, sentindo aquele formigamento familiar da concentração de energia e subo em alta velocidade.
Alcanço o cano em pouco tempo,  e logo estou dentro da alta torre, o cano tem o chão pegajoso pela umidade constante e eu posso ouvir ao longe alguns pingos de água.

Vou correndo e em cada oportunidade de subir a torre eu subia.

Obviamente a sala do Amekage era a mais alta, não só por demonstrar o seu nivel hierárquico mas também por ser, antigamente, o local onde Pain sensoriava a vila.

Finalmente chego na parte mais alta da vila, sem nenhum problema, o que é estranho para uma vila que está em guerra.

Acho uma porta em um cano, passo por ela sem fazer barulho e me encontro em um corredor, de serviço pelo jeito.

Cubro a distância do corredor em direção a uma outra porta, a abro com cuidado e espio, outro corredor, mas este parecia ser importante, tinha alguns quadros na longa parede com uma porta no começo, a direita, e no fim a esquerda.

Entro no corredor e ando antecioso pelo corredor,olhava atentamente os quadro, chego nos três últimos antes da porta no fim do corredor.

Agira entendo, são quadros dos Kages de Amegakure, tenho Hanzo com sua mascara, ao lado cejo Pain e o seu manto da Akatsuki, no ultimo quadro há um homem de cabelos escuros, com alguns fios brancos, curtos, uma barba desgrenhada e olhos escuros e selvagens, realmente um homem intimidador.

Paro do lado de fora da porta, aquela deveria ser a sala do Amekage, este momento exige o máximo cuidado.

- ... Pai! Porque essa guerra sem motivos?! Acabamos de sair da grande guerra! - falou em tom alto uma voz jovem. - É idiotisse!

- Você não entende, é só um jovem estupido por enquanto, ande pela nossa vila e veja por você mesmo o que a grande guerra fez com a gente. - falou uma grave voz dentro da sala, estava cansada mas certamente pertencia a alguem forte. - agora, saia.

Oh Shit! Pulo no teto um instante antes da porta da sala se abrir, o filho do chefe sai com pressa e espumando de raiva, os longos cabelos preto lisos chegavam na cintura, o olhar era igual ao do pai, mas ele tinha uma áurea mais pacífica.

Ele cobria o corredor a passos largos e duros, culpa de sua raiva momentânea.

Ouço um suspiro dentro da sala.

- Quem diria que eu, Yoshiaki, teria que aguentar essas coisas de adolescente rebelde. - falou a voz grossa dentro da sala. - e você, ai fora! Pode entrar, sei que esta ai! - meu estomago se amarra e eu sinto a adrenalina correr pelo meu corpo. O estomago dói quando estamos em situação de perigo porque o sangue que esta nele vai para as pernas, para correr mais rápido. Mas esse não ia ser o caso.

Desco do teto e caio de frente para porta.
- Yoshiaki , não? - falo sem me mexer.

- Sim, e você é Naruto, não? - perguntou meneando a cabeça. - o herói da grande guerra.

- Não são muitas as pessoas que sabem disso - falei sem emoção, eu era um ninja afinal e todo ninja deve esconder os sentimentos fronte ao inimigo.

- Digamos que tenho meus contatos. - disse simplesmente - eu não esperava que alguem como você aderisse a guerra, com seu poder você pode dar fim a isso com um único movimento - falou ele recostando na cadeira.

- Não aderi, digamos assim, mas cumpro minhas ordens - digo simples - Yoshiaki - saboreio o nome dele dançando. - e minha missão aqui já está cumprida.

Ele pareceu que ia dizer algo, mas tarde demais, uso o hiraishin e apareço dentro do meu apartamento em Konoha. Minhas pernas estão bambas e a respiração ofegante, dominei quase completamente a técnica de meu pai, mas ainda não me acostumei a ela, parece que eu vim mas meu corpo ficou lá.

Me apoio na mesa da cozinha e descanso por um tempo, sentido os sentindo desatordoarem.

Yoshiaki, Yoshiaki, Yoshiaki, Yoshiaki, fico repetindo para não esquecer, já havia gravado o rosto dele e o nome. Mas outra coisa que me interessou nessa missão foi que não sou só eu que estou insatisfeito com essa guerra a ponto de reclamar com o próprio Kage com relação ao assunto, o próprio filho, quem diria, outro ponto que ele levantou é o fato de eu ser o herói da guerra.. Aliás, como ele soube que eu era o herói da guerra, as únicas pessoas vivas que sabem disso são o Sasuke, a Sakura, Kakashi, que estavam presentes, e eu contei o que aconteceu no final da guerra para Hinata ... Será que Sasuke ... Não sei, mas isso vai ter que esperar, vou completar minha missão primeiro.

--//--

Mais uma vez, estou subindo as escadas em direção a sala do Hokage, que agora era de Kakashi, cruzava com alguns ninjas apressados que me comprimentavam com breves acenos antes de saírem para seus afazeres.

Logo estou de frente a porta. Como sempre, barro na porta e a abro, Kakashi estava em pé e olhava o lado de fora da janela, não podia ver seu rosto, nem ele o meu, mas ele já sabia que era eu quem havia entrado.

- E a missão, Naruto? - pergunto sem se virar para mim.

Conto todos os detalhes, o rosto, a conversa com o filho, o modo como ele me descobriu escondido, porém, na parte que falo da parte dele saber que eu era o herói da guerra Kakashi parece ficar nervoso.

Ele olhava de um lado para o outro, nervoso, balançava a perna e forçava um pouco a mão.

- Tudo bem? Kakashi sensei? - perguntei preocupado.

Ele para com seu nervosismo e me olha intensamente.

- Eu sei como eles sabem de você - disse baixo.

- Como? - pergunto com aquela sensação de inquietude e ansiosidade me embrulhando o estômago.

- Eles pegaram Hinata - disse enfim.

O chão se abre embaixo de mim.

Não, não, não, não, não.

Logo agora.

Que raiva, ódio.

Quer saber.

Eles se fizeram por pegarem ela.

Minha amada.

A guerra começou pra mim agora.

Mas a deles logo vai acabar, e dependendo do estado de Hinata quando eu a encontrar, e eu prometo pelo meu jeito ninja que eu vou a encontrar, não vai sobrar nem a chuva daquela vilinha de bosta.

Se prepare Amegakure, quem vem ai não é Naruto, o herói da guerra. Mas sim Naruto, o demônio das nove bijuus.


Notas Finais


There was a time
When i was so broken hearted
Love wasn't much
But a friend of mine


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