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História Dominated (Revisão) - Você não vai embora, Alexandra


Escrita por: btchcrft

Capítulo 10 - Você não vai embora, Alexandra


Fanfic / Fanfiction Dominated (Revisão) - Você não vai embora, Alexandra

Depois de três danças com alguns recém-conhecidos e nada de Emma, estou determinada a vasculhar cada centímetro quadrado de área à sua procura. Já fazia pelo menos uns quinze minutos, isso daria tempo suficiente para que ela e Jared tenham se resolvido, e mesmo assim eu não os vi em lugar nenhum esse tempo todo.

Obviamente, procurá-la é um grande esforço, já que o lugar está completamente cheio de pessoas alegres e bêbadas, dançando por todos os lados como se não houvesse um amanhã, e nem ressaca. Como todas as luzes do salão principal estão apagadas e a única iluminação vem das luzes coloridas e fracas, eu mal consigo distinguir uma silhueta.

Meus pés estão me matando quando eu finalmente saio do salão, indo em direção ao lobby, onde há uma porta de vidro, que é nada mais que um corredor que dá acesso há algumas salas privativas e aos banheiros. Está tudo quase vazio se não fossem pelos seguranças vestidos com ternos negros e agora, Emma que sai de uma das saletas com o rosto inchado de choro.

Quando ergue o olhar para me ver, seus passos se apressam para chegar mais perto.

Posso ver que ela está soluçando de tanto chorar e instintivamente meu coração se aperta enquanto eu franzo o cenho. Emma nunca chora, e o fato de que Jared ser o causador disso me faz ficar ainda mais desconfiada. Ele deve ter realmente pego pesado com ela. Só eu sei o quanto ele pode saber usar as palavras como armas. Quando ela finalmente se aproxima, me engole em um abraço apertado enquanto funga perto do meu ouvido. Meus braços voam para abraçá-la.

— O que aconteceu? — É a única coisa que consigo murmurar enquanto ela nos desvencilhar.

— Acho que eu estava desacostumada com toda a hostilidade vinda daquele homem. — Ela soluça, claramente tentando controlar as lágrimas grossas que insistem em cair de seus olhos claros. — Odeio ele.

— Eu sei, mas tudo por causa de uma dança? — Não faz sentido toda essa reação exagerada por causa de uma dança sensual, quantas pessoas estavam fazendo a mesma coisa? Mas quando se trata de Leto, reação exagerada chega a ser o seu nome do meio.

— Eu não devia ter feito aquilo. — Ela nega com a cabeça, totalmente arrasada. Uma parte de mim quer entrar naquela sala e bater em Jared até ele perder a consciência. Quem eu quero enganar? Todas as minhas partes querem espancá-lo até a morte, por mim e por Emma. — Eu já vou embora. — Anuncia enquanto abre a sua pequena bolsa, pegando um lenço de papel para limpar a pouca maquiagem derretida debaixo dos olhos.

— Quer que eu vá com você? — Pergunto limpando um floco preto de rímel que havia caído em sua bochecha. Ela assente com a cabeça, uma expressão carente e infantil no rosto. Dou um sorriso para ela.

— Nem pense nisso, você não vai embora, Alexandra. — A voz dele faz com que eu dê um pulo de susto, aparentemente Emma também não tinha o visto. Trinco o maxilar e engulo em seco a raiva amarga subindo pela minha garganta. É um pouco surpreendente porque não me lembro dele me chamando pelo nome uma única vez desde que nos conhecemos.

Viro-me para ele que tem a pior expressão que eu já tinha visto até agora, e olha que isso é um feito quase emotivo. Mesmo que esteja falando comigo, seus olhos gelados estão encarando Emma. Com toda a adrenalina acumulada, as minhas mãos parecem estar congeladas. Confronto ele ou não?

— Desculpe Sr. Leto, mas acho que eu não entendi. — Ele agora descola o olhar afiado da minha melhor amiga, fincando-os em mim. Minha voz é impassível e dessa vez não vou deixá-lo me intimidar. Emma abre a boca para falar alguma coisa, provavelmente dizendo que podia ir para casa sozinha, mas é interrompida por ele.

— Ah sim, você entendeu direito. — O seu tom de voz o faz parecer mais alto e mais feroz, como se eu não pudesse detê-lo. — Como eu disse antes, isso aqui continua sendo trabalho e, portanto, você vai ficar aqui. Acho que a Srtª Ludbrook é capaz o suficiente para pelo menos poder voltar para casa sozinha. Não é mesmo? — Ele volta a falar com Emma, que assente com a cabeça repetidamente.

— Sim, senhor. — Responde com um fio de voz. — Eu já vou indo Alex, nos vemos mais tarde. — Ela balbucia e então, sem nem esperar uma resposta, vira as costas e sai em disparada em direção a saída. Sinto que meu maxilar está prestes a despencar com o choque de toda essa grosseria. Vindo dele, era quase improfissional.

— Você vai ficar parada feito uma estátua ou vamos voltar para a festa? — Volto o meu olhar fulminante para ele, que parece agir como se não fosse um homem das cavernas. Estreito os olhos e enlaço o meu braço em seu braço estendido para mim. Lentamente andamos de volta ao salão. O clima aqui dentro está do mesmo jeito de quando eu saí. Sem nem me pedir, Jared começa a nos mover de um lado para o outro, iniciando uma dança.

Ele tenta começar um contato visual, mas a raiva que eu estou é tão grande, que a coisa mais prudente que eu posso fazer é desviar o olhar antes que eu acabe soltando todas as palavras presas na minha garganta.

Honestamente, eu não consigo entender o motivo pelo qual Jared está me colocando nessa posição desconfortável de ser forçada a ficar com ele aqui. Não conseguiríamos fechar contrato nenhum agora, todos os nossos possíveis investidores estão bêbados demais para até se lembrar do meu nome, ainda mais quem eu sou. Ian, não está em nenhum lugar que eu consiga ver, então não há motivos para ficar. Ninguém notaria nem se ele fosse embora, a festa está boa demais.

— Tire essa carranca do rosto, Alexandra, parece que eu estou dançando com uma criança de dez anos. — Eu levo alguns segundos para acreditar que ele falou isso mesmo. Há uma semana, ele mal falava comigo, apenas me dava ordens. Não que isso não seja uma ordem, mas as minhas expressões faciais não são da conta dele.

— Porque fez aquilo com Emma? — Atiro. Se ele pode ter toda essa audácia comigo, então eu tenho o mesmo direito. Não estou dando a mínima se ele é o meu chefe ou qualquer merda relacionada com isso. Ele precisa aprender o que são limites. Na verdade, a criança de dez anos aqui é ele, irracional, marrenta e mimada.

Jared Leto parece não acreditar que eu estou o desafiando mais uma vez, mas por algum motivo, ele não parece raivoso com isso.

— Isso é um problema meu e da Srtª Ludbrook. — Eu posso jurar que as minhas palmas da mão estão coçando para sentir a textura do rosto dele. Mas entro em seu jogo e permaneço impassível.

— Ainda assim, acho que você como chefe, não deveria agir assim com os seus funcionários, que eu saiba a Leto Inc. ainda tem um setor de recursos humanos. — Eu quase me bato por ter falado antes de pensar, mas como dizem: para quem já está molhado, um pingo é besteira.

— E eu acho que funcionárias como você deveriam saber que não são pagas para “achar” nada, apenas me obedecer. — Ele aproxima seus lábios da minha orelha ao dizer isso em quase um sussurro, fazendo minhas bochechas arderem. 

— Acho que a escravidão acabou há algumas décadas atrás Jared, porque até onde eu saiba, não sou paga para te obedecer, que eu saiba essa palavra implica que você manda em mim, o que não é verdade. Eu sou paga para trabalhar e não obedecer. — Dou um sorriso satisfeito. Eu estou feliz que eu tenha achado alguma resposta e a tenha dito sem gaguejar.

— Gosto de pensar que toda essa conversa seja efeito do álcool, Alexandra. — Eu queria pedir para que ele parasse de me chamar pelo nome, porque um sentimento estranho e desconhecido se apodera de mim cada vez que ele diz “Alexandra”.

— Só saberemos amanhã. — Murmuro petulante, e pela terceira vez, ele dá um sorriso.

A áurea entre nós dois muda bruscamente, como se agora estivéssemos em uma bolha, dois pares de olhos azuis se fitando como se fosse a primeira vez que se encontram. E é mesmo muito estranho porque parece que todo o gelo que parece sempre estar nas orbes de Jared, parece derreter aqui na minha frente. De repente, eu estou sem palavras e sem hostilidade contra ele, sem defesas. Suas mãos me puxam sutilmente para mais perto enquanto dançamos lentamente, sem quebrar o precioso contato. Ele parece inclinar a cabeça na minha direção aos poucos, e eu fico confusa. Ele está mesmo tentando me beijar?

— Alex? — A voz de Shannon é como uma pequena agulha afiada furando a bolha, me fazendo dar um salto para trás, me afastando de Jared. Minhas bochechas voltam a queimar quando olho para Shannon, que parece não perceber o que interrompeu. Aparentemente tenho o dom de ficar envolvida demais nas coisas.

— Sim? — Lanço um sorriso doce para ele, tentando mascarar todo o meu nervosismo e constrangimento.

— Você ainda não dançou comigo. — Ele pisca os olhos castanhos para mim e eu respiro fundo, aliviada por ser interrompida. Ele volta a observar o irmão. — Posso pegá-la emprestada? — Sem vontade, volto minha cabeça para Jared que parece voltar com a rotineira expressão de rei do gelo, dando de ombros ligeiramente.

— Tanto faz. Pode ir embora quando quiser. — Jared fala comigo, seus olhos não parecem demonstrar emoção alguma, como sempre. E o fato de eu poder ir embora me faz refletir se meu chefe realmente tem problemas sérios com a bipolaridade ou apenas queria castigar Emma. Ele se afasta, se perdendo em segundos no meio da multidão.

— Parece que vocês estavam comendo cacos de vidro do que dançando, ele é tão ruim assim? — Shannon volta a me chamar atenção enquanto começamos a dançar. Honestamente, eu já estou começando a ficar de saco cheio de ficar dançando feito uma idiota a noite inteira.

— O pior. — Faço uma careta, mas depois começamos a dar risada. Mesmo que eu não estivesse com os melhores dos humores, me recuso a ficar pensando em Jared. Talvez eu só tivesse que não ter tomado tantos drinks.



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