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História Dominated (Revisão) - É que você é intimidante demais


Escrita por: btchcrft

Capítulo 11 - É que você é intimidante demais


Fanfic / Fanfiction Dominated (Revisão) - É que você é intimidante demais

Quando finalmente consigo me livrar de todas as pessoas que queriam dançar comigo, espero mais uma eternidade na fila para os táxis. Eu não imaginei que tantas pessoas fossem usar justo esse meio de transporte para voltar para casa, quer dizer, quase todos aqui são ricos, porque não tem um motorista particular, um chofer contratado para a noite ou coisa assim?

— Quer uma carona? — Quase tropeço nos meus próprios pés ao me virar para fitá-lo.

— Não acho que seja uma boa ideia. — A minha resposta é rápida, quase como se já tivesse sido ensaiada. Depois do que sabe-se lá o que aconteceu, eu prefiro ficar longe dele o máximo possível. Claro que eu quase caio no chão quando o último motorista avisa que o próximo táxi chegaria dentro de quarenta e cinco minutos.

— Não acho que você tenha opção. — Ele debocha e eu me seguro para não revirar os olhos, quando se trata dele eu nunca sei qual a sua reação.

— Muito obrigada pela oferta Sr. Leto, mas eu posso esperar. — Cruzo os braços rente ao peito, em uma forma de me manter parada quando Jared sorri mais uma vez. Talvez eu devesse dar a sugestão de que ele sempre vá trabalhar embriagado, com esse Jared eu posso lidar.

— Quarenta e cinco minutos o próximo táxi chega, calculando agora, parece que tem pelo menos mais treze pessoas na sua frente. — Ele levanta os dedos, como se tivesse fazendo cálculos. — Eu não sou nenhum expert, mas acho que para a sua vez chegar vai demorar pelo menos duas horas, e você parece querer descansar.

Droga, ele tinha razão.

Obviamente ele percebe a minha cara de quem sabe que está perdendo e alarga mais o sorriso, me fazendo observá-lo com um pouco mais de atenção. Claro que eu sei que esse é um caminho perigoso, mas talvez a bebida ou o seu sorriso me fizeram ver mais do que só o chefe tirano, talvez Jared não fosse assim sempre.

Instantaneamente consigo ouvir os alarmes soando na minha mente.

— Tudo bem. — Minha voz soa incerta, mas ainda assim começamos a andar, com ele na frente me indicando o caminho. Entramos no estacionamento quase vazio e paramos em frente de uma SUV preta. Eu estava prestes a falar que não é seguro que ele dirija bêbado, mas então um homem sai do carro e eu imediatamente o reconheço como o seu motorista que ocasionalmente nos leva até as nossas reuniões fora da empresa.

Ele murmura alguma coisa para o homem e então Jared abre a porta para mim, com uma expressão irônica. Subo com rapidez para o interior de couro do carro, sentindo minhas pernas e pés agradecerem em alívio pela folga merecida.

Depois que entra no carro, pega um pequeno controle prateado, fazendo com que uma música comece a tocar, e eu abro um sorriso bobo porque é a minha música favorita. Quando me viro para fitá-lo, percebo que ele já está me observando, com o semblante insondável. Mas então, ele sorri também.

— Conhece? — Sei que ele se refere à música e eu assinto com a cabeça animadamente.

— A minha favorita.

— Você não parece o tipo que gosta de Audioslave. — Seu tom é divertido enquanto me acusa. Seus olhos gelados parecem derreter-se pela segunda vez em apenas um dia.

— Bem, e nem você Sr. Leto. — Por algum motivo nós dois rimos. A sensação é gostosa, como se eu não risse por algum tempo, e ouvir o tom grave da gargalhada de Jared me fez arrepiar. Talvez porque eu nunca tenha ouvido antes, pelo menos é o que prefiro pensar.

Continuamos a rir por minutos incontáveis até os músculos de minha barriga protestarem e meus olhos começarem a derrubar lágrimas de tanto gargalhar. Volto a olhar o cenário noturno da cidade, tentando me livrar da estranha sensação se instalando em mim, como se eu estivesse muito confortável perto dele agora e não quisesse ir para casa. Talvez eu não devesse beber tanto da próxima vez que estiver no mesmo ambiente festivo que Jared Leto.

Mesmo sendo tarde, muito tarde, o trânsito não parece diminuir, inclusive até parece um horário de rush, mas bem, é um sábado, tenho certeza de que todo mundo está saindo de alguma festa também.

— Me chame de Jared. — Sua voz acaba com o silêncio e minha paz de espírito. Volto a olhar para ele, que tem o braço apoiado na janela aberta, que sobra um vento agradável do meu rosto fervente, é impossível controlar minha expressão de incredulidade.

— Ok, Jared. — Testo a palavra com um sorriso, não é como se eu não o tivesse chamado pelo nome hoje. Mas ainda assim, consigo ver um pequeno curvar de lábios querendo se transformar em um sorriso. Isso é que eu chamo de uma evolução em um relacionamento.

— Acho que demos um grande passo hoje. — Franzo o cenho, tentando entender do que ele está falando agora. — No nosso relacionamento quero dizer, claro que hoje também foi uma exceção, mas quero que se sinta confortável falando comigo, não como uma discussão, mas se você é o meu braço direito, é porque às vezes eu preciso da opinião de mais alguém.

Seus olhos são serenos enquanto fala, e sem querer eu fico observando  seus lábios bem desenhados se mexerem enquanto pronuncia as palavras. Pisco nervosamente, afastando esse pensamento.

Ele deve ser bipolar, porque não parece a mesma pessoa que fez a minha melhor amiga chorar.

— É que você é intimidante demais, é difícil ficar confortável. — Quase me estapeio quando as palavras saem da minha boca. O que diabos deu em mim?

— Acho que é mais fácil assim, as pessoas têm medo, então fazem o que tem que fazer com excelência, que é o mínimo que eu espero dos meus funcionários. Mas não quero que você pense que isso deva te interromper quando precisar dar sua visão dos fatos. — Se tem uma coisa que eu posso admitir que gostei sobre Jared desde o momento em que o conheci é o jeito que ele fala mantendo contato visual, desde pequena fui criada para sempre olhar nos olhos das pessoas enquanto converso com elas, e então com tempo passei a apreciar isso nos outros também.

A música muda mais uma vez, e eu sorrio a reconhecê-la também. Nunca pensei em ter nada em comum com Jared. Mas a questão é que talvez ele fosse mais humano e ordinário do que eu construí na minha cabeça.

Apenas com algumas trocas de olhares, acontece uma conversa silenciosa entre nós dois.

“Você também conhece essa música?” Sua expressão é divertida e ele levanta uma sobrancelha.

“Sim, não imaginava que você gostava também” Balanço os meus ombros com uma risadinha.

“Parece que temos muito em comum” Seus olhos escurecem e então eu não consigo decifrá-los mais

Ele pigarreia antes de falar.

— Posso fazer uma pergunta nada profissional e completamente nada da minha conta? — Sua voz está perceptivelmente mais baixa enquanto eu percebo que estamos perto da minha casa, mesmo sem ele me perguntar onde moro.

— Essa noite foi muito “nada profissional” de várias maneiras, então pode perguntar. — Maneio com a cabeça, em um gesto para que ele continuasse.

— Você está namorando Henrick Slade? — Sua expressão endurece ao dizer o nome de Rick. 

Primeiro eu tento digerir a pergunta, porque eu não acredito que ele tenha mesmo a feito. Segundo eu tento pensar em uma resposta. Faz quase um mês que saímos juntos. Conheci sua família, dormi em sua casa e até conheci alguns amigos próximos, mas eu não podia dizer a mesma coisa de mim. Ele não me conhecia porque eu não o deixei, porque Rick — apesar de ser um cara lindo e incrível — não havia despertado nada a mais que me quisesse oficializar nada, mesmo que ele tenha tocado no assunto algumas vezes.

— Não. — Eu não titubeio nas respostas. — Só estamos nos conhecendo. Porque a pergunta? — Eu não tinha reparado, mas em algum momento durante a nossa conversa, saímos de perto das portas e nos encontramos sentados de frente para o outro, no meio do banco, nossas pernas se encontrando.

— Não sei. — Parece que Jared responde para si mesmo, em um murmúrio muito baixo. Ele abaixa o olhar, como se pensasse em alguma coisa e quando levanta as orbes azuis até mim mais uma vez, me sinto de novo naquela bolha que estávamos no salão de festas, durante a dança. Como se fosse apenas um interruptor que só ele soubesse ligar e então eu estou apenas focada nele.

Meu coração ameaça arrebentar a minha caixa torácica de tão forte que começou a bater de repente. Meus lábios se entreabrem sutilmente, sugando um pouco mais de ar. Jared tem essa expressão sexy no rosto enquanto franze os lábios me fazendo umedecer os meus lábios com a língua. Algo neste ato dá a ele o impulso para avançar contra mim e colar os nossos lábios.

Uma de suas mãos agarram com força a parte de trás do meu pescoço enquanto a outra mão trilhava algum padrão abstrato que ia da lateral das minhas costelas até o topo da minha coxa.

Eu ainda estou de guarda baixa quando seu beijo se intensifica me fazendo gemer baixo. Seu beijo é diferente de qualquer outro, é dominante, como se eu fosse indefesa, quase como se não tivesse espaço para mim ao mesmo tempo que é tudo sobre mim. Normalmente eu reclamaria disso, sempre fui a pessoa dominante no beijo, algo a ver com o fato de eu ter um grande orgulho. Mas isso está tão bom e excitante que eu não me atrevo a mudar, Jared sabe o que está fazendo. Sua boca se afasta minimamente da minha para então começar a beijar o meu maxilar e arranhar os dentes no meu pescoço, tudo bem diferente da leveza e delicadeza de Shannon ou Rick. Deliberadamente sinto-o deixando um chupão forte no lado direito do meu pescoço. Eu até reclamaria, mas a sensação é tão boa que eu apenas enfio os meus dedos por entre o seu cabelo surpreendentemente macio e aveludado.

Seus beijos começam a descer e eu fecho os olhos, empinando o meu torso em sua direção, arqueando as costas e suspirando. As suas mãos quentes parecem queimar a minha pele e piora ainda quando ele consegue ir até a fenda lateral do meu vestido, passando as mãos na minha coxa, agora seminua. Minhas unhas arranham com força sua nuca enquanto ele aperta a carne da minha coxa com uma força brutal, fazendo-a doer, o que parece bom somado ao fato de que agora estou em seu colo, sua ereção roçando na minha entrada, me fazendo forçá-lo contra mim.

Duas batidas na janela do meu lado me fazem pular. É Emma de cenho franzido. Meu rosto se contorce em choque enquanto me jogo para longe dele.

— O vidro é muito escuro, ela não consegue nos ver. — Sua voz é falha por conta da sua respiração rápida e pesada. A vergonha me consome e eu quase pulo para fora do carro, fazendo Emma arregalar os olhos.

— Alex, o que você está fazendo aí? — Eu abro a boca para tentar falar alguma coisa, mas a excitação e a vergonha não me deixam pensar.

— Vim trazê-la para casa, a fila para os táxis estava enorme. — Ele parece ter se recuperado com rapidez, é até impressionante. Jared passa os dedos pelos cabelos, meio que os ajeitando e meio que exasperado. — Eu já vou indo, está tarde. — Suspira, fechando a porta e então abaixando o vidro. — Até segunda-feira Srtª Hall, e quanto a você Emma, espero que nossa conversa tenha surtido efeito.

Emma anui com a cabeça amuadamente e então a SUV começa a andar para longe de nós duas.

Não demora muito tempo até que eu perceba a merda que eu tinha feito, minha respiração aumentou e eu arregalo os olhos, obviamente tendo um ataque de pânico.

Meu Deus, o que diabo foi que eu fiz?



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