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História Dominated (Revisão) - Pronta para o seu último dia de inocência?


Escrita por: btchcrft

Capítulo 21 - Pronta para o seu último dia de inocência?


Fanfic / Fanfiction Dominated (Revisão) - Pronta para o seu último dia de inocência?

– E então?

– Um tour seria bom, eu acho. – Dou de ombros, como se eu não estivesse ainda petrificada, meio envergonhada e completamente chocada.

De maneira reconfortante, Jared sorri para mim, como se soubesse os pensamentos exatos que rondam a minha cabeça. Ele segura firme em minha mão quente e saímos por um pequeno corredor que está posicionado atrás de nós.

É como se de repente, tivéssemos saído daquele salão esquisito para entrar em um hotel de luxo, há várias portas brilhantes e pretas espalhadas, e para a minha surpresa, fico curiosa para saber como elas são por dentro,tenho certeza de que não é como nada que tivesse visto antes, continuamos por uma porta dupla escura, e mais uma vez o cenário muda, me deixando pasma.

Há salas como as de interrogatório da polícia. Por trás de um vidro, todos conseguem ver o que se passa lá dentro. Diferente do palco, uma mulher com um macacão preto e um sobretudo de látex também preto, segura uma espécie de remo de madeira, batendo sem dó em um homem robusto de meia idade vestindo apenas cueca, preso a várias correntes e algemas no teto. As pessoas que assistem, sussurram umas com as outras, é ainda é possível ver algumas se acariciando.

– Terapia de casal? – Debocho em um sussurro no ouvido dele. Diferente do que eu penso, ele dá uma risada baixa, tentando manter meu bom humor.

– Algo do gênero.

Com isso dito, ele apenas nos guia para outra porta, mas antes mesmo de entrar uma voz chama por ele, fazendo-o congelar.

– Apollo? – Meus olhos voam primeiro para a mulher. Uma latina alta, magra, com um vestido vermelho que a deixa quase toda exposta e uma máscara dourada. E então olho para Jared, que tem o maxilar trincado e os olhos azuis a fuzilam.

– O quê? – Resmunga mau humorado enquanto ela se aproxima com a elegância de uma predadora.

– Ora, Jared, não se deve tratar os velhos amigos assim, faz tempo desde a última vez. – Sua voz soberba e alta, me faz pensar em como seria horrível ouvi-la gemendo. Sorrio internamente com isso, consolando algo que prefiro chamar de ego ferido.

– Velhos amigos? – Reconheço a sua máscara odiosa, que ele usa com Ian também. – Eu não iria tão longe, Sofía. – Jared dá aquele sorriso angelical de quando suas palavras são pesadas demais.

Sofía crispa os lábios com ódio, finalmente colocando sua atenção sobre mim.

– Vejo que seus padrões caíram bastante, huh? – Ela exibe os dentes brancos e o sotaque forte, suas mãos acariciando meu cabelo. Sustento seu olhar com o máximo de arrogância possíve, porém me mantenho calada. Não quero parecer uma novata. – Bem desde...

– Cale a boca. – Jared interrompe a mulher que alarga ainda mais o sorriso, arqueando a sobrancelha para ele. Sofía está simplesmente deliciada ao aparentemente saber de algo que Jared não gostaria de compartilhar.

– Então eu devo entender que ela é...

– Eu já falei para calar a sua boca, não me faça repetir de novo. – Sofía não consegue reprimir o deleite por conseguir tirar Jared do sério.

– Ou então o que? Vai me bater? – Instiga sensualmente, dando dois passos para mais perto. Seguro o braço de Jared, que parece a ponto de avançar contra ela, e não do jeito que Sofía espera. – Podemos ir até um quarto, e eu mostro o que uma mulher de verdade faz com toda a sua violência em quatro paredes. – A palma de sua mão voa para o peitoral de Jared, passeando pelo seu tronco.

A raiva ferve o meu sangue e por algum motivo estúpido eu resolvo me pronunciar.

– Provavelmente os seus pais não te ensinaram, mas quando um cara te dá um fora, você pega o resto da sua dignidade e vai embora. – Acrescento um sorriso sarcástico ao ver sua expressão desmoronar. – E se no caso, você for a “mulher de verdade”, minha nossa, o mundo está mesmo fodido.

– Amor, se um dia você durar mais de um mês com ele. – Sofía aponta com a cabeça para Jared. – Aí você me avisa.

– Foi só o tanto de tempo em que você aqueceu a cama dele? – Cruzo os braços com força, me sentindo infantil, mas essa mulher realmente me tirou do sério. – Quase me sinto mal por você, amor.

Sinto-me um pouco melhor quando seu rosto congela.

– Se considere com sorte. – Murmura por fim, dando as costas para nós enquanto rebola cabisbaixa para longe de nós.

– Adorável. – Brinco. Jared ainda parece bastante perturbado. Não é como se eu não quisesse saber sobre o que ela estava falando nas duas vezes que Jared a interrompeu, mas se ele não quer que eu saiba, é um direito dele. – Vamos, não deixe-a estragar a nossa noite. 

Dou um beijo rápido em seus lábios, mas quando ameaço me afastar, suas mãos se prendem na minha cintura como grilhões de metal. Jared afaga as minhas costas enquanto seus lábios se aproximam dos meus em uma velocidade lenta e agonizante. Primeiro, nossos narizes se encostam, e depois, sua boca devora a minha em um beijo sensacional de tirar o fôlego. Tento juntar nossos corpos um pouco mais, como se eu pudesse obrigá-los a se fundir e ocupar o mesmo espaço.

– Você é realmente especial. – Murmura. O jeito rouco e verdadeiro que diz isso, o jeito que seus olhos se prendem aos meus, me faz sentir as bochechas queimarem e meu corpo tremer. Meu coração parece um cavalo de corrida e eu sinto as palavras aquecerem o meu coração.

– Imagino que isso faça de você alguém ainda mais especial. – Beijo seu pescoço.

– Estava começando a pensar se em algum momento da discussão você ia falar alguma coisa, só não esperava que você conseguisse fazê-la sumir.

Um som estridente de tapas se faz presente, assim como vários murmúrios, e ao olhar para a origem deles, me lembro de onde estamos. O homem de cueca está gemendo alto enquanto a garota ainda bate nele.

– Vamos continuar com o tour? – Acho que ele percebe que eu realmente estou perturbada em ter uma discussão aqui, com tantas pessoas como testemunhas e os sons de violência consentida.

Jared apenas assente com a cabeça, abrindo mais uma porta. É como um porão de alto padrão, onde várias garotas e garotos sem roupa estão algemados à parede, eles vestem máscaras simples e pretas de couro. Todos eles estão agachados e olham para baixo, e não levantam o olhar nenhuma vez. Há um homem já um pouco velho, desprendendo a corrente de uma das garotas e a guiando para fora do cômodo. É como uma adoção de animais, eu diria.

– Acho melhor pararmos por aqui. – Ele murmura no meu ouvido, nos guiando para fora. – Sei que já deve ter milhares de perguntas, e vou responder todas elas amanhã. – Me avisa, e ainda distraída, faço que sim com a cabeça. Eu ainda me sinto em transe, enquanto meu cérebro luta com unhas e dentes para absorver e encaixar tudo o que foi visto hoje sem julgar Jared e os outros.  

– Tudo bem. – Concordo, ainda meio zonza.

Vagamente percebo que estamos passando em todos os lugares que já vimos antes.

Eram tantas perguntas na minha cabeça, que eu sei que eu vou esquecer um terço delas quando for a hora certa de fazê-las. Mas é impossível não se questionar sobre algumas coisas, como: quando e como ele começou a se interessar por isso, ele já teve algum relacionamento que não foi assim, quantas parceiras ele já teve que eram assim, quantas pessoas ele conhecia que frequentavam esse tipo de clube, e tantas outras...

Sua mão afaga a minha com leveza, e seus braços estão me sustentando, como se eu pudesse cair em algum momento.

Pra ser sincera, eu sei que vou aceitar qualquer coisa que ele proponha. Sei disso porque agora tudo ficou muito claro para mim, eu me deixei levar e as coisas estão mais fora de controle do que eu já desejei um dia. Quando chegamos nesse ponto em qualquer situação, só há dois finais: ou as coisas dão terrivelmente certo, ou então terrivelmente errado. Mas mesmo sabendo qual é a opção mais provável, é quase fisicamente doloroso me afastar agora, ainda mais sabendo tudo o que sei agora. Ainda mais tendo tanto para conhecer.

Meu lado curioso está morrendo para saber toda a história e todas as coisas por trás desse estilo de vida de Jared, sim, estilo de vida, porque há tantos cuidados e informações, que isso nunca poderia ser tachado como hobby. Ainda assim, isso tem o enorme poder de melhorar ou piorar o nosso relacionamento, se ainda puder ser chamado assim.

Acho que no fim, a verdadeira questão é: eu consigo fazer isso?

Sei que deve haver centenas de mulheres dispostas a isso, talvez até melhores do que eu posso ser, posso inclusive citar a maldita latina de seios fartos que parece conhecer Jared melhor do que eu gostaria. Quantas mulheres mais? E no entanto, ele resolveu escolher a mim, que até hoje ignorava o fato que existia uma sociedade secreta que se reúne para suprir as necessidades de forma assim, tão exótica.

– Ah não. – Jared pragueja e sinto suas mãos se fecharem em punhos. – Só pode ser brincadeira.

Sigo o seu olhar e tudo o que vejo é um homem branco e alto com um terno caro e uma máscara cor de chumbo vindo em nossa direção. Seus cabelos negros são bem cuidados, mas, quanto mais o homem se aproxima, mais fácil fica de reconhecê-lo. O maxilar tão anguloso e os olhos tão azuis já me deram as pistas, mas quando os lábios rosados se viram em um sorriso de canto, fica claro quem é. A cor do meu rosto some por um momento, antes de todo o sangue se concentrar em minhas bochechas.

– Minha nossa, que surpresa... Excitante. – Ian sorri maldoso ao pegar a minha mão e beijá-la. – Eu sempre soube que você é uma em um milhão. – E então ele volta o seu olhar para Jared que está ainda mais nervoso depois de Sofía. – Você é mesmo um canalha sortudo, Jared.

– É, eu sou.

Mesmo acompanhada pelo Deus do sexo em pessoa que é Jared Leto, ainda assim é difícil desviar o olhar de toda a glória de Ian, o seu jeito arrogante e confiante o faz ficar ainda mais sensual e irresistível. Talvez esse lugar e a máscara o deixem ainda mais misterioso. O olhar que me lança torna ainda mais difícil não desejar os dois em uma cama comigo.

Estapeio-me mentalmente pela ideia perversa, esse lugar está definitivamente mexendo com a minha cabeça.

– Adoraria explorar os seus limites qualquer dia desses, seria ainda melhor do que o jantar. – Ele abaixa a cabeça um pouco, de um jeito que quase caio de joelhos com o sorriso tentador que ele me lança. Sinto Jared se mexer ao meu lado, e acho que ele contempla como poderia acabar com Ian sem nenhuma testemunha, mas tudo o que ele faz é se aproximar do ouvido dele e dizer alguma coisa que faz o oceano caloroso que é os olhos de Ian, se congelarem.

– Golpe baixo, amigo. – Seu maxilar quadrado se trinca e ele parece enfurecido pela primeira vez. Em um piscar de olhos, seu sorriso volta à minha direção – Mas eu sou paciente, Alex. Sei que em algum momento seu querido dominador vai pisar na bola, e eu vou estar lá, pronto para dar o que você precisa. – Ele beija a minha mão de novo. – Eu adoro ser o consolo. – Ele dá uma piscadela antes de se retirar mais rápido do que veio.

– Já chega, estou cansado de interrupções, vamos para casa. – Jared se pronuncia assim que Ian está fora do nosso campo de visão. – Agora, pronta para o seu último dia de inocência?

Solto um sorriso maligno antes de responder.

Eu nasci pronta.



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