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História Dominated (Revisão) - Eu quero você de todas as maneiras e formas que eu conheço


Escrita por: btchcrft

Capítulo 22 - Eu quero você de todas as maneiras e formas que eu conheço


Fanfic / Fanfiction Dominated (Revisão) - Eu quero você de todas as maneiras e formas que eu conheço

Tateio o outro lado da cama na esperança de que eu ainda pudesse ter uma sessão do que Jared chama de "sexo baunilha" antes que eu tenha que tomar uma decisão – que já está tomada – e que obviamente vai mudar tudo o que eu conheço.

Fecho os olhos com força. Em parte, para me esquivar do sol da manhã, e em parte para tentar interromper o fluxo de pensamentos que parecem querer explodir a minha cabeça a qualquer momento, tudo isso se misturando com as lembranças quentes do Sade's Room e tudo o que significa para mim. Na verdade, eu ainda estou decidindo se é certo ou não ter me sentido excitada com todas aquelas coisas novas. Sei que para a maioria das pessoas, isso é doença, um tabu, uma corrupção de caráter. Isso quer dizer que eu sou doente em ao menos considerar essa hipótese? 

Sei também que é apenas uma questão de gostos – excêntricos ou não – mas a minha mente sempre tão preta e branca não estava preparada para essas nuances de vermelho. Prefiro não negar a mim mesma todos os sentimentos confusos que tenho em relação a esse lado escuro e sexual. Fui completamente pega de surpresa, e infelizmente com isso vem à mente algumas perguntas que eu não gostaria de pensar agora;

Levanto devagar, analisando o que vestiria, já que tudo o que tenho é o vestido de ontem e outro vestido que eu tinha usado para encontrá-lo no hotel, antes de vir parar na casa de Jared Leto. Quem diria que isso poderia, eventualmente, simplesmente acontecer? 

Jared, o meu chefe, o dominador, o amante. 

Meu peito parece se contrair até ficar do tamanho de uma ervilha, decido que esse não é o melhor momento para pensar, não quero deixar Jared e sua imaginação fértil chegarem a conclusões erradas. Um pouco curiosa e muito hesitante, coloco uma calcinha e uma regata cavada de Jared.

Uma maldita regata cavada. Se esse homem não é a epítome do inesperado, eu não sei o que é.

Ando devagar sentindo o cheiro de comida vindo do andar debaixo. Meu estômago ronca consideravelmente e antes que eu realmente perceba, estou andando em passos largos até a cozinha. A imagem mental de Jared só de cueca me faz sorrir de orelha à orelha, mas, quando finalmente chego ao meu destino, tudo o que encontro é uma enorme cesta de café da manhã e o cheiro de café vindo de uma garrafa térmica cromada. A cor lavanda da fita que amarra a embalagem da cesta, que faz ter certeza de que é para mim.

Assim que eu a abro um pequeno cartão preto cai no balcão

“No meu escritório” É tudo o que as letras prateadas escritas à mão dizem. Desconfiada, não demoro muito para começar a comer seguindo a lógica de quanto mais rápido eu terminar, mais rápido nós conversamos.

[...]

Quando tomo o meu último gole de café, me levanto indo em passos largos em direção às escadas. Meu coração parece frenético, talvez por não saber exatamente o teor da nossa conversa, ou então pela pequena parte de mim que grita que eu devo sair correndo daqui antes que seja tarde demais.

Talvez até já seja.

Paro em frente à porta de madeira clara, respirando fundo antes de bater duas vezes.

– Entre, Alex.

Engulo em seco, tentando manter a minha paz de espírito antes de entrar na sala. Depois de alguns poucos segundos, abro a porta me deparando com Jared me olhando na mesma posição que fica no trabalho: Inclinado na mesa, apoiando os cotovelos na mesa e com os dedos entrelaçados dando suporte ao seu queixo. Percebo que ele está vestindo uma calça social assim como a blusa, que tem os três primeiros botões abertos.

Sinto-me menos confiante pela roupa que estou usando.

– Dormiu bem? – Ele parece estar se divertindo com alguma coisa, provavelmente com a minha expressão, e isso me deixa levemente irritada.

– É, dormi. – Dou de ombros. – E você?

– Dormi pouco, mas bem.

– Por que saiu tão cedo? – Deixo a minha curiosidade levar a melhor e vejo seus olhos se solidificarem um pouco.

– Fui resolver um problema. – Ele passa a mão pelo queixo. – Andou pensando bem?

– Praticamente acabei de acordar. – Essa conversa estava bem estranha, comigo desviando dele, e Jared indo bem direto ao ponto como sempre.

– Pois bem, podemos começar respondendo algumas das suas perguntas que eu sei que está doida para fazer.

Fico em silêncio, meus neurônios se conectando rápido para filtrar as perguntas de maior importância para mim, mas isso também parece estar falhando. Sento-me na cadeira de frente para ele, mantendo contato com o olhar.

– Você faz todas aquelas coisas?

– Na verdade, há tantas “coisas” nesse mundo que é impossível fazer todas, acaba se contradizendo, mas acho que as atividades principais sim, eu faço. – Jared parece perceber que dizer certas “atividades” em voz alta não faria nada para ajudar o meu constrangimento, e fico agradecida com isso. – E eu adoraria que você participasse delas comigo. – Acrescenta com um sorriso malicioso.

– Por quê? – Sei que minha voz soa insegura e incrédula.

– Por quê? Porque o que temos é tão especial para mim que eu quero que você conheça cada coisa sobre mim, conheça, entenda e participe. E eu quero você de todas as maneiras e formas que eu conheço.

– Isso é meio egoísta.

– Não, não é. – Ele ignora a rispidez em minha frase. – Eu quero que você conheça, quero dividir essas experiências com você, sei que vai adorar, tenho certeza. – Sua expressão é meio arrogante, como se já soubesse exatamente o que aconteceria em seguida, como se ele sempre tivesse o controle sobre tudo, inclusive sobre mim.

– Então isso vai ser como os livros de romance adulto? – Pergunto confusa e Jared fica estático.

Ele me observa em silêncio com as duas sobrancelhas levantadas em descrença, como se eu tivesse falado alguma coisa realmente absurda. Olho para baixo com as bochechas em brasa e levo um susto quando a gargalhada estridente de Jared ressoa em meus ouvidos.

– Pare de rir, eu não tenho nenhuma outra base para comparação. – Grunho irritada. Como ele pode ser tão inapropriado assim?

– Desculpe. – Ele tenta se manter sério, segurando a risada. – Mas não, eu não vou mandar em você fora do nosso playground, não vamos ter um contrato e eu não tenho sérios problemas com o meu passado, e nem nada disso. Pense no que teremos como um bônus no nosso relacionamento. Uma atividade extracurricular que faremos juntos.

– Então você leu alguns livros. – Debocho com sarcasmo e ele revira os olhos.

– Não costumava ser comum algo do gênero fazer tanto sucesso. – Explica com tédio. – Agora é bem mais fácil achar mulheres dispostas a submissão.

É impossível reprimir uma careta.

– Então, por que eu? – Assim que as palavras escapam da minha boca, Jared bufa alto, mudando de posição na cadeira. Tento me lembrar das intermináveis sessões de terapia onde aprendi a não ser tão defensiva. Não estou em perigo.

– Você está vendo pelo ponto de vista errado Alex. – Percebo que ele tenta manter a calma. – Eu não estava procurando por uma submissa, muito menos por alguém, aí você apareceu e bem, estamos juntos, e eu quero você, principalmente quero que faça isso comigo, por mim, por você, por nós.

É bastante coisa para absorver, muita mesmo, então eu apenas fico em silêncio, pensando na próxima pergunta.

– Você já teve relacionamentos sem o “bônus”?

Ele ri mais uma vez.

– Sim, mas para mim sempre parece que falta algo, como se o relacionamento nunca atingisse o seu potencial, pelo menos é como sempre me senti. – Chacoalho a cabeça para mostrar que eu tinha entendido. Já tive essa sensação, não no mesmo contexto, mas ainda assim...

– Quando você descobriu esse universo paralelo?

– Eu tinha uma namorada um pouco mais velha quando fiz vinte anos, e ela era submissa, aí me mostrou um clube uma vez, no final acabei terminando com ela, depois de algum tempo, voltei ao lugar e resolvi tentar, desde então... Aqui estou.

– Parece bem menos complexo do que eu imaginava. – Resolvo ser sincera.

– Eu não sou um personagem, Alex. – Essa é a minha vez de revirar os olhos para ele. – E então? Você decidiu se vai nos dar uma chance de explorar esse mundo?

Engulo em seco, hesitante em responder. Parece que se eu falar em voz alta, é possível que eu não consiga mais voltar atrás.

– Sim, só por favor, vamos com calma.

– Eu prometo. – Ele se levanta, vindo em minha direção. – Só temos que repassar algumas regras básicas que eu realmente preciso que preste atenção. – Se senta em cima da mesa, perto de mim, de modo que consegue até me roubar um beijo rápido.

– Algo como regras sexuais? – É impossível não dar risada, e quando vejo, nós dois estamos rindo feito adolescentes.

– Algo como. – Concorda com um sorriso. – Quando estamos juntos, tudo o que eu preciso é que você tenha três palavras. – Ele me observa com cautela, mas mostrando firmeza. – A primeira para me dizer que posso ir mais forte, ou algo similar, a segunda para me deixar saber que está chegando perto do seu limite e a terceira para que eu possa interromper qualquer ato, seja ele qual for. – Agora Jared parece um professor, muito informativo. – Eu poderia dizer para você simplesmente usar mais forte, mais rápido, cuidado, tenha calma, pare ou qualquer coisa assim, mas, você vai dizer essas palavras sem querer que eu leve a sério.

– Que tal, verde, amarelo e vermelho, assim como o semáforo? É mais fácil para lembrar. – Sugiro pensativa. Não imagino que eu tenha que um dia usar o “vermelho” com ele, mas de qualquer maneira eu tenho que lembrar que possuo esse poder.

– Agora, sobre o Sade’s Room, há muitas coisas que você tem que saber. – Jared agora é sério. – Nunca diga o seu verdadeiro nome, nunca vá até lá sem a sua gargantilha, muito menos sem a minha presença. Também imagino que tenha muitas perguntas sobre o lugar.

– O que eram as pessoas amarradas com coleiras naquela salinha? – É a primeira coisa que não fez sentido para mim e permaneceu rondando meus pensamentos.

– Pense como uma vitrine de submissos, homens e mulheres de todas as idades à disposição, só você escolher quem lhe agrada mais.

Minha boca se abre em choque.

– São pessoas, não objetos Jared!

– Sei disso, mas você ficaria surpresa em saber que existem pessoas que tem prazer, e muito, sendo tratados como objetos, ninguém está fazendo nada que não seja com consentimento de todas as partes. – Quem em sã consciência gostaria disso? Não parece real. Mas pensando bem, se dissessem contassem minha história com Jared há alguns meses, eu pensaria a mesma coisa: Quem em sã consciência gostaria disso?

– E, hm... – Minhas bochechas coram ao fazer a pergunta de um milhão de dólares. – O que nós vamos fazer?

Jared sorri perverso.

– Eu irei te amarrar, algemar, chicotear, açoitar, e te foder de maneiras que você nunca imaginou. – Engulo em seco com suas palavras, já sentindo que o nosso dia seria longo. – Não quero entrar em muitos detalhes para não estragar a surpresa.

– Não acho que vou conseguir fazer isso. – Disparo, dando voz à insegurança que parecia me arranhar por dentro.

– Não pense na dor, o que eu faço não tem a ver com isso. – Jared se ajoelha na minha frente, separando as minhas pernas bruscamente e se aproximando do meu ouvido. – O que eu faço tem a ver única e exclusivamente com o nosso prazer bruto e lascivo. – Ele me dá um beijo no pescoço antes de continuar. – Você acha que eu seria capaz de te machucar?

– Não, não acho. – Me detenho antes de completar “pelo menos não fisicamente” e fecho os olhos quando suas mãos acham o meu centro.

– Você confia em mim, certo?

– Uhum. – É o que eu consigo gemer, encostando a cabeça em seu ombro enquanto seus dedos trabalham para entrar dentro da minha calcinha.

– Esse estilo de vida é como uma droga, cuidado para não se viciar, baby.

O problema seria se eu me viciasse nele.

Aí sim eu estaria em ruínas.

– Que tal começarmos agora? – Sugere quando finalmente ultrapassa o fino tecido da minha lingerie. – Mal posso esperar para te mostrar o meu playground.

Eu suspiro forte quando seus lábios encontram os meus em um beijo ardente e sujo.



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