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História Dominated (Revisão) - E se eu prometer me redimir?


Escrita por: btchcrft

Notas do Autor


É gente, eu sei, uma eternidade depois e eu chego assim na maior cara de pau.
Não vou amolar vocês nas notas iniciais, então se quiser saber de tudo, aparece lá nas notas finais, juro que conta pra vocês.
Essa capítulo é INTEIRAMENTE dedicado a minha querida leitora maravilhosa @mrsletocevic por não ter desistido de mim, e ainda mandar uma mensagem maravilhosa que fez com que eu desse meu jeito para postar esse capítulo. Se não fosse por ela, não sei quando eu postaria este capítulo. Obrigada mais uma vez meu amor <3
Quero aproveitar aqui, rapidinho só para agradecer imensamente todo mundo que continuou a favoritar a história e todo mundo que deu uma chance para ela, mesmo quando eu meio que abandonei essa fic, MUITO OBRIGADA!
BOA LEITURA!

Capítulo 26 - E se eu prometer me redimir?


Fanfic / Fanfiction Dominated (Revisão) - E se eu prometer me redimir?

Ele diz: “Oh, babygirl não se corte em minhas bordas

Eu sou o rei de tudo, e oh, minha língua é uma arma.

Há uma luz na fenda que separa as suas coxas

E se você quer ir para o céu, deveria me foder esta noite.” 

– Young God

Meu humor só piorou ao longo do dia.

Primeiro almoçamos em um lindo restaurante á beira mar, que servia os melhores frutos do mar de toda Miami. Claramente eu estava faminta depois de nossa sessão na academia particular dele, mas a questão era que o restaurante só satisfez uma parte do meu apetite, enquanto a outra parte apenas crescia em uma urgência desesperadora. Jared realmente tentava puxar assunto durante todo esse tempo, mas o meu mau humor não cooperava, e suas mãos acariciando minha perna, também não.

Então, fomos á uma sessão no cinema, e tenho que admitir que é bem difícil sair em público com ele. Eu acabava sempre vigiando os lados, garantindo que ninguém que nos conhecesse nos visse. As duas horas que passei sentada no escuro ao seu lado serviram apenas para que meu emocional ficasse em frangalhos.  Ele levantou o braço das poltronas de modo que não houvesse nada separando a gente, então me puxou para que eu deitasse em seu peito enquanto seus dedos provocavam impulsos elétricos no meu pescoço.  Minha imaginação estava em seu limite quando as luzes se acenderam, mostrando que o filme já havia acabado. 

Depois disso, todos os instantes seguintes passaram como um flash que eu não prestei atenção, porque quando percebi, estamos estacionando na garagem subterrânea de um edifício, provavelmente onde se encontra a boate.

– Você parece estranhamente quieta. – Ele provoca, enquanto abre a porta do carro. Nunca me senti com tamanho mau humor, e honestamente, nem eu mesma estava me suportando. Eu só queria transar até meu cérebro explodisse, não parece muito para se pedir, mas, quando isso está somado a Jared Leto, claramente toda coisa é muita coisa. 

O respondo com uma simples comprimida de lábios que o faz soltar um sorrisinho maléfico. Ás vezes eu realmente o odeio. 

Ignoro a sua mão estendida para mim, e me levanto, desamassando o vestido branco.  Tento ficar afastada dele por puro reflexo, e enquanto andamos em passadas largadas até o elevador, não consigo evitar, mais uma vez olhar para os lados, querendo ter certeza que não há nenhuma testemunha familiar para nos flagrar. Aliás, o que diabos eu diria se encontrasse alguém conhecido? A Leto Inc. com certeza não trabalha com boates de luxo, muito menos o próprio Jared Leto costuma sair com seus funcionários.

– Quer ir embora?

Obviamente ele parece irritado, mas bem, ele trouxe a tempestade a si mesmo. Entro no elevador vazio e olho torto em sua direção.

– Não.

Quase mudo de ideia quando o vejo apertar o botão para o 65º andar, o último. Ficar enjaulada em uma caixa metálica apertada com o causador da minha extrema frustração não me parece uma boa ideia.

– Vai me ignorar por muito tempo ainda? – Sua voz me pareceu mais perto do que deveria.

– Talvez. – Cubro um sorriso que ameaça aparecer.

– E se eu prometer me redimir?

– Então você deveria fazer isso agora. – Continuo sem olhar para ele. O silêncio volta a se instalar sendo quebrado apenas pelo barulho leve do elevador.

– Tenha um pouquinho de paciência, tudo ao seu tempo.

Reviro os olhos, é óbvio que Jared Leto não iria se render. Incrível.

No fundo sei que só estou tão frustrada, porque todas essas sensações mistas são completamente novas para mim e eu não sei como lidar com elas. Também sei que não estou acostumada a sentir minha dignidade ir para o ralo com tanta facilidade assim. É como se eu fosse um filhote sendo adestrado pela primeira vez, completamente á mercê do meu dominador, chega a ser ridículo.

Mas, um voz dentro de mim surge aqui, de repente, eu me lembro que antes dele eu costumava ser uma mulher que sabe jogar esse tipo de jogos também, e então concluo que está na hora de revidar. 

– Okay. – Murmuro confiante com um sorriso amplo estampado no meu rosto. Observo com prazer quando seus lindos olhos azuis se estreitam, tentando entender o que está acontecendo ao mesmo tempo em que tenta esconder qualquer vestígio de surpresa.

Logo o elevador começa a encher conforme subimos, então eu tento me concentrar nisso e me focar no meu plano brilhante. 

Pela minha noção de tempo, não demora até chegarmos na cobertura. Mesmo que eu esperasse algo bem pomposo, não imaginava algo assim. Tudo está iluminado com luzes fracas de cor púrpura, há poles onde estão uma incrível seleção de homens e mulheres semi nus dançando sensualmente.

Mal colocamos o pé para fora e ouço uma voz feminina chamando por ele.

– Jared Leto. – A voz rouca e sexy chama a nossa atenção e eu me viro para olhar. Claro que eu preferia não ter visto. A dona da voz consegue ser daquelas que te nocauteiam só com a aparência. Não é nada menos do que uma belíssima loira com peitos gigantes anormais – e para a minha tristeza, naturais – que parecem competir em tamanho com suas pernas longas. Seus olhos azuis faíscam junto com seu sorriso. No mesmo momento me sinto a última pessoa no mundo, a mulher é linda.

Mas nada mais me faz sentir ainda pior do que a reação dele.

Diferente da latina do clube BDSM, Jared a recebe com um sorriso cretino de tirar o fôlego. 

– Kate.

Ele diz seu nome como uma reverência. Ao mesmo tempo, ele anda até ela a engolindo em um abraço.

Sim, um maldito abraço.

Eu fico para trás, me sentindo deslocada enquanto eles se comem com o olhar. Não sinto ciúmes, mas é claro que eu fico com raiva por ele aparentemente ter esquecido que eu existo. Pois bem, eles que se comam.

Enquanto nenhum deles me nota, decido entrar no meio da multidão, procurando o bar mais próximo de mim. A música parece ficar ainda mais alta enquanto eu tento abrir espaço entre os corpos inquietos. 

{...}

– Ei, você pretende ficar aí o tempo todo? 

Levanto os olhos preguiçosamente para o barman, meio irritada.

– Estou pagando pela bebida, eu posso ficar aqui por todo o tempo que eu quiser.

– Hey, eu não estou reclamando, mas não é sempre que uma modelo fica aqui no canto do bar por tanto tempo assim. E você não parece do tipo que acabou de levar um pé na bunda.

– Não que seja da sua conta, mas eu não levei um pé na bunda mesmo e não sou modelo. – Reviro os olhos com o projeto de cantada. O tédio começou a se instalar depois dos primeiros trinta minutos que eu sentei no banquinho posto junto com o bar, tentando ficar o mais escondida o possível. Se por acaso Jared fizesse questão de olhar para trás e eu não estivesse parada esperando por ele como um cachorro, ele ia ficar puto. 

De qualquer maneira, parei de me importar com ele depois do quarto copo de uísque. 

– Eu reconheceria essa grosseria há uma milha de distância.

Me sobressalto com a voz tão perto do meu ouvido, mas o meu coração volta a bater normalmente quando eu vejo que não é Leto.

– Rick! 

Sorrio amigável, já que não estava esperando por uma reação tão cortês de sua parte, mas ele parecia ainda menos sóbrio do que eu.

– Não sabia que costumava sair de casa. – Ignoro a acidez em sua voz.

– É um milagre. – Dou de ombros. – E você, o que está fazendo aqui?

– Homens solteiros costumam vir a lugares como esse para caçar. 

Reviro os meus olhos, mas como eu já estava fazendo tantas exceções hoje, porque não usar isso para alguém mais do que Jared?

– Isso quer dizer que está sozinho?

– Por mais humilhante que seja admitir, sim.

– Então vem comigo. – Desço do banco segurando sua mão e então puxando-o para a aglomeração pulsante que é a pista de dança. 

Com um sorriso travesso, colo os nossos corpos ao máximo, fechando os olhos em seguida e movimentando-me como todos os outros ali. Rick não demora para me acompanhar enquanto suas mãos percorrem as minhas costas indo para lugares nada lisonjeiros.

– Você é a última pessoa que eu imaginava encontrar aqui, mas estou feliz por isso.

A ponta do seu nariz se encontra com a pele quente do meu pescoço e eu começo a queimar por dentro. Toda aquela frustração querendo sair, e o meu pequeno monstro escuro sorri, sabendo que Rick não hesitaria em me dar exatamente o que eu quero. Ele meio que me abraça, e esse contado é onde se vai a minha última gota de sanidade.

Abro os olhos por uma fração de segundo para respondê-lo, dando de cara com a visão ampla das pessoas se divertindo, ou a maioria delas.

Porque á poucos passos de mim, estava Jared Leto me olhando com a pior expressão que já vi no seu rosto. Pior do que todas as vezes que nos desentendemos no trabalho. Imediatamente meu sangue – antes tão quente – se congela e eu empurro Rick para longe como se eu tivesse sido eletrocutada.

– O que foi?

Não consigo abrir a boca para responder, então seus olhos seguem os meus. Como dois machos alfas competindo, Ricky veste um sorriso debochado enquanto Jared anda em passos largos em nossa direção. Entro em pânico por não saber o que ele pretende fazer, ou seja, ele pode estar tão irado e esquecer que somos um segredo.

– Senhorita Hall, que coincidência te encontrar por aqui. – Seus olhos estão me perfurando e eu posso jurar que sinto sua raiva fisicamente.

– Porque, suas funcionárias não podem aproveitar clubes? 

Quase fecho os olhos de frustração com a intervenção de Rick. Ficou claro pelo sorriso cínico de Jared que ele estava á poucos segundos de corrigi-lo quanto a palavra “funcionária”

– Claro que podem, só fiquei surpreso de te ver com ela. – Pontua com calma. – Na verdade, eu tinha ouvido por aí que ela te trocou por outro cara. 

– Jared... – Murmuro furiosa. Rick se cala e posso sentir que são dois homens que me odeiam agora. 

– O que foi? Claro que são só boatos, certo?

A falsa expressão de curiosidade dele é a última coisa que necessitava para que eu perca a paciência e o controle. 

Hoje já havia tido o suficiente de frustração, palavras não ditas, coisas não feitas. Meu emocional esteve por um triz o dia inteiro. Não me importa que Jared seja o meu chefe e possa me demitir com toda a certeza, ou se ele é um cara bizarro com fetiche por controle, ou que eu esteja realmente gostando de bancar a submissa, mas todo mundo tem um limite, e o meu estourou por hoje.

– E o que você tem com isso? – Tenho a impressão que estou gritando mais do que deveria. – Quer saber de uma coisa? Porque você não cuida da sua vida e me deixa em paz?

Eu até consegui respirar melhor depois desse meu surto psicótico. Olhei bem no fundo dos olhos de Jared, e apesar de obviamente estar surpreso com a minha reação, claramente eu estava com sérios problemas agora. Ele parecia prestes a voar no meu pescoço em poucos segundos, e não da forma que eu – ainda – queria.

Então é óbvio que como uma boa covarde, eu simplesmente peguei o resto da minha dignidade e dei as costas para os dois, indo em direção aos elevadores. Era bem melhor eu ir para a minha casa e passar todo o meu domingo escondida lá, até ter que enfrentá-lo de novo na segunda. Parece um ótimo plano. 

Com o coração batendo tão forte que doía, me acalmei quando finalmente cheguei no elevador, e sem nenhum sinal de Jared. Sorrio comigo mesma, agradecendo por minha sorte ter voltado em hora tão oportuna. Estou realmente começando a sentir a adrenalina nas minhas veias, como quando era adolescente e fazia alguma coisa errada.

Mas, desta vez eu não estou fazendo nada errado. Ou pelo menos é do que eu continuo dizendo para mim mesma.

Aparentemente todo mundo decidiu me fazer companhia no elevador, o que fazia com que parássemos basicamente a cada andar, me deixando com vontade de descer as escadas, mas são 65 andares, e por mais que a insanidade tenha me tomado por hoje, tenho certeza que mesmo se eu não estivesse bêbada, descer todas essas escadas seria imprudente e impossível, então a situação só me deixa com a opção de ficar batendo os pés no chão com impaciência enquanto eu realmente me pergunto por que eu tomei essa decisão equivocada de ficar com Jared, se eu tivesse me mantido na minha zona de conforto, duvido que estaria nessa situação.

É isso, essa relação – se é que pode chamar o que temos disso – claramente não está sendo de muita ajuda para mim, então amanhã mesmo eu falaria para Jared que não somos mais um “lance”. 

Quando finalmente o elevador abre as portas para o térreo, lembro-me de que tanto a minha bolsa quanto o meu celular, ficaram no maldito carro dele. Com os ombros moles, saio sem firmeza, indo em direção ao recepcionista, talvez ele pudesse me chamar um táxi. 

Claro que isso tudo foi só na teoria, porque depois de dois passos para fora do elevador, eu estava sendo arrastada para dentro dele mais uma vez, como uma boneca de pano. 

Eu juro que ia abrir a boca para dizer alguma coisa, mais Jared parecia tão, mas tão descontrolado que nem as pessoas que aguardavam para subir entraram com a gente. Seus dedos foram rápidos em tocar o botão para irmos até a garagem. Era apenas um andar, porém a sensação é de que estávamos ali dentro em um silêncio reprovador há décadas. 

E então as portas de abriram e ele voltou a me arrastar pela garagem vazia, enquanto meus saltos fazem ecos entre as paredes.

 


Notas Finais


Antes de tudo, desculpe pela qualidade do capítulo.
Então, no momento estou viajando, e para ajudar mais um pouco tanto o computador daqui como o da minha casa estão com problemas com a internet, o que não me ajudou, então só consegui ter o arquivo graças á minha irmã, @harlot

MAIS UM OBRIGADA RAPIDÃO PRA @mrsletocevic

Eu realmente me sinto péssima por essa demora monstra para atualizar, como sempre, eu sei. A fic tem mais de um ano e ainda estamos no capítulo 25/26 o que para mim é uma decepção. Eu andei com a vida bastante bagunçada, e a inspiração para escrever não vinha de lugar nenhum, mesmo que eu ás vezes, ficasse encarando a tela do computador com o arquivo aberto um monte de vezes. E por fim, quando eu consegui escrever, decidi que não tinha ficado bom o suficiente, e para mim, realmente não ficou.
Eu até ia excluir a fanfic, mas achei que seria injusto fazer isso sem falar com vocês, além de ser injusto comigo mesma e todo o meu esforço com essa história.
Eu tenho na minha cabeça tudo o que vai acontecer em Dominated, e por isso somado ao fato de eu ser uma pessoa ansiosa de natureza, faz com que eu queira pular logo para outras partes, mas acontece que minhas outras fanfics são muito aceleradas, o que tira um pouco da emoção. Mas, creio que vou mudar pequenas coisas, assim como pretendo não me demorar muito em capítulos desnecessários.
Espero que agora, compreendam que o Jared realmente está levando a sério esse "relacionamento" dos dois, e tá fazendo bem menos jogo duro do que a Alex, e justamente, há tantas coisas para vocês descobrirem que eu não posso me enrolar mais.
Isso aqui já está enorme, mas se você leu, quero agradecer por estar aqui e se você for leitora antiga: muito obrigada por não desistir de Dominated.
Espero que eu não demore com o próximo capítulo :(
Beeeeeijos :*


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