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História Domínio do Medo - (Em Hiatus). - Recomeço...


Escrita por: Ka-S

Capítulo 16 - Recomeço...


Lauren... Lauren...

Meses antes...

Hoje era dia de ir à campo pra colocar em prática a operação anti-terrorismo. Após uma tentativa de ataque ao governador, Michael Jauregui como Ministro de Segurança foi pressionado pelo ministério a agir com pulso firme junto ao FBI para prender Josh Akim um dos terroristas mais procurados.

Akim é acusado por 29 atentados, 20 deles apenas nos Estados Unidos, é procurado em 9 países por atentado terrorista, tráfico de drogas, sequestro, assalto a mão armada, formação de quadrilha, falsidade ideológica, entre outros crimes, sua ficha criminal tem mais de 127 páginas. Pouco se sabe sobre o passado de Josh, apenas que nasceu no Irã e foi criado por imigrantes mexicanos em algum lugar dos Estados Unidos, não foi encontrado qualquer tipo de ligação com a Al-Qaeda, Xiitas ou qualquer outro grupo de extremistas.

Mas isso não significa que ele haja sozinho, até mesmo porque as coisas que ele faz não poderia ter sido arquitetado e muito menos colocado em prática por apenas uma pessoa.

Nunca ficou claro qual é o seu objetivo com todos esses ataques, ele nunca se manifestou nem por carta e nem por vídeo, nunca deixou qualquer tipo de pista sobre o que há por trás desses ataques.

Ao contrário do que o governador pensa eu não acredito que Josh seja apenas um simples baderneiro querendo chamar atenção e aterrorizar o país, um homem tão inteligente quanto ele, não iria cometer tais atentados sem nenhuma finalidade, eu tenho certeza absoluta que existe algo muito forte por trás de tudo isso.

Depois de tanto tempo afastada finalmente pude voltar ao trabalho e a minha primeira missão Invadir Little Havana, lar de muitos cubanos imigrantes residentes e de muitos moradores da América Central e do Sul, é um bairro de Miami com uma população estimada de 76.163 moradores.

Ponto de parada Calle Ocho principal rua de Little Havana, segundo o governador é onde Josh Akim se esconde.

Estar de novo nesse bairro me trás um sentimento nostálgico quase melancólico. Lembrando das tardes que passei brincando pelas ruas do bairro quando vinha visitar a minha avó e o quanto eu chorava pra não ir embora quando meus pais vinham me buscar. Após a morte dela eu não vi mais motivos de continuar vindo aqui.

Meus pais... Meus irmãos... Quanto tempo não os vejo, não posso dizer que sinto culpa ao ignorar suas ligações ou de não abrir a porta pra eles, eu sei que Dinah mantém contato com eles e deve falar que eu ainda estou viva. Minha dor não permite aproximações, eu apenas quero ficar sozinha enquanto me afundo cada vez mais nesse limbo da minha alma. Prefiro eles longe do que vê-los contaminados com a minha escuridão.

Foi organizada uma operação discreta, não queríamos que Josh soubesse que estávamos a caminho e muito menos que os moradores ficassem assustados e com isso atrapalhassem o plano, mas como nem tudo na vida é como queremos, o governador ordenou que o exército invadisse o bairro e logo a guerra estava decretada, sabíamos que a prisão de Josh seria difícil e que esse plano de mandar o FBI na calada da noite invadir o bairro não seria mil maravilhas, mas envolver o exército nisso foi a maior idiotice que o inútil do nosso governador poderia fazer, assim que chegamos no bairro que já estava deserto por causa do horário, o exército chegou sem nenhum tipo de cuidado, tentamos argumentar mas eles foram claros em dizer que estavam ali para nos ajudar e estavam apenas recebendo ordens de cima, com todo esse movimento despertou a atenção de membros da gangue Mara Salvatrucha (MS-13).

MS-13 é uma gangue formada principalmente por salvadorenhos que atua nos Estados Unidos e na América Central. A gangue que começou nos anos 80 com imigrantes fugitivos da guerra civil de El Salvador, instalados nas áreas de baixa renda de Los Angeles. Porém, esse fluxo de imigrantes buscando emprego e moradia não foi bem recebido pela população local (mais precisamente pelas gangs já existentes) que acabaram tornando-se vítima da violência das gangues já existentes. Para se defender das hostilidades os ex-guerrilheiros se juntaram, e a gangue logo ficou conhecida como a mais violenta da região, substituindo rapidamente seus rivais. Ganharam territórios e pontos de venda de drogas, o que fez a quadrilha crescer ainda mais. Seu nome vem da combinação de “Mara”, gíria que significa “bando”, ou gangue de rua, e o termo “Salvatrucha”, um termo usado para designar pessoas vindas de El Salvador. Já o numero 13 é atribuído como homenagem a “Mexican Máfia”, gangue de mexicanos nos presídios californianos.

Assim como sua arquirrival Calle 18, a MS-13 se expandiu rapidamente pela América Central através dos deportados.

Seus membros se identificam pelos sinais MS, que fazem com as mãos, e pelas tatuagens pesadas (que incluem o "MS-13") espalhadas pelo corpo, inclusive na testa.

Sem dúvida, MS-13 é o grupo mais cruel e mais mortífero do mundo. Hoje eles têm mais de 70.000 membros.vA Mara Salvatrucha faz todas as outras gangues parecerem pessoas tolas vendendo drogas. A MS é conhecida por tráfico de drogas, venda de armas no mercado negro, roubo, assassinato, matadores de aluguel, tráfico de seres humanos, e assalto. Eles não se preocupam com qualquer tipo de vítimas até crianças e mulheres.

Pouco menos de dois anos membros dessa gangue se espalharam por Little Havana, escondendo dinheiro do tráfico de drogas e armamento pesado, o bairro já não era mais tão tranquilo e seus moradores tinham medo de um confronto armado entre a MS-13 e Calle 18.

Há dois anos e meio, podíamos dizer que as Maras ainda usavam rifles caseiros. Agora, elas usam AK-47s, Galils, AR-15s, metralhadoras com mira a laser, além de pistolas de 9mm e .40.

E claro que a invasão do bairro foi apenas a faísca em cima da pólvora, em uma fração de segundos tiros eram disparados em nossa direção, gritos de desesperos eram ouvidos e a rua deserta vou tomada por pessoas correndo e sendo pisoteadas.

Nos espalhamos para cobrir a maior área possível, um tanque do exército estava bloqueado a principal entrada do bairro.

— Precisamos ser rápidos. — Gritou o comandante.— A essa altura Josh deveria estar planejando um jeito de escapar e agora tínhamos problemas maiores.

Me perdi de Dinah e do meu grupo no meio do tiroteio, eu estava evitando ao máximo usar a minha arma, não era o mais prudente de se fazer em meio ao fogo cruzado com uma das gangues mais perigosas do mundo, mas eu não queria correr o risco de atingir um inocente, as pessoas deveriam ter ficado trancadas em casa, mas não, decidiram sair e dificultar o nosso trabalho, eu sei que elas estavam com medo e desesperadas, mas elas estariam mais seguras dentro de suas casas.

ME AJUDE! — Um grito estridente ecoou em algum ponto perto de mim. Olhei em volta em meios aos escombros e não vi ninguém, senti uma dor aguda no meu braço me fazendo soltar a arma no chão.

ME AJUDE!— Novamente olhei em volta e vi uma silhueta caída no chão em cima de uma poça de sangue, pude ver que ela segurava a barriga como se quisesse protege-la, seu rosto e seu corpo estavam todos cobertos de sangue. Lágrimas escorriam de forma desenfreada pelo meu rosto, me transportando para o dia em que eu matei minha esposa. Era a mesma cena o enorme peso da culpa ainda me consumia por completo. Fiquei parada olhando enquanto a mulher agoniava com a dor da morte pairando sobre ela.

— Alice não me deixa.— Foi o único sussuro que saiu da minha boca.

LAUREN... LAUREN... — Meio atordoada acordo meu transe com Dinah me chamando e sua mão empurrando meu ombro pra baixo enquanto disparava tiros pra todos os lados. — LAUREN SE ABAIXA... — Sinto os braços de Dinah agarrar minha cintura e me jogar no chão, quando um forte clarão cegou meus olhos, e o barulho de uma explosão atingiu o lugar próximo ao que estávamos, pelo barulho que a bomba fez ao atingir o solo, deu pra perceber que era uma bomba caseira, que tinha força suficiente pra fazer um belo estrago, aquele sensação de ódio que foi como uma avalanche em mim, saí dos braços de Dinah e me levantei pra ver a minha sentença por ter sido responsável por mais um vida inocente, olhei em volta e a mulher já não estava mais lá, a bomba tinha caída no mesmo lugar que ela estava, se minutos atrás eu tivesse ido ajuda-la ela poderia ter tido uma chance, uma mísera chance de ter sobrevivido, e agora ele e seu filho que nem chegou a conhecer esse mundo perverso estavam mortos, e não poderiam nem ter um enterro digno pois os pedaços de seus corpos estavam espalhados como lixo.

Sem nenhum tipo de sentimento além do ódio que me dominava, peguei a arma de Dinah e tirei a faca do meu coturno e corri, corri como se não houvesse amanhã, atirei pra todos os lados, eu queria matar, eu os queria mortos, queria ver o sangue deles espalhamos como lama, eles não mereciam viver e eu também não.

FLASHBACK OFF

—Lauren... Lauren...— Senti a mão de Dinah no meu ombro.— Tudo bem?

— Não de preocupe.— Desviei minha atenção da mensagem na parede e olhei pra porta vendo Camila e Normani horrizadas pelo cenário do crime. — Dinah liga pro departamento e avisa o que encontramos.— Me aproximei delas e as puxei pra fora do apartamento. — Meninas voltem pro apartamento de vocês, daqui a pouco os agentes e a perícia vão chegar e eu não quero que algo deles vejam vocês aqui.

— Vamos ser testemunhas? — Normani perguntou assustada.

— Não quero que envolvam vocês nisso, por isso estou pedindo pra vocês irem embora.— Normani assentiu e puxei Camila, mas ela fez força pra ficar parada no lugar.

— Mas e você? — Camila perguntou passando a mão no meu rosto.

— Eu tenho que fazer meu trabalho.

— Você está bem?— Perguntou preocupada, é claro que eu não estava bem, essas lembranças acabam comigo, mas eu não vou deixar isso ficar atrapalhando a minha vida, mesmo não merecendo eu quero ser feliz de novo, e me recomeço está bem aqui na minha frente.

— Eu vou ficar bem, eu prometo. — Dei um abraço em Camila e sussurei em seu ouvido.— Você é minha luz. — Ela saiu do meu abraço para envolver meu rosto com suas mãos e me deu um selinho demorado.

— Eu vou ficar te esperando, não demora. — Dei um beijo em sua testa e ela e Normani se afastaram. Voltei pro apartamento e me aproximei de Dinah que estava analisando a mensagem na parede 

" Estamos esperando por você"

É parece que alguém me fez um convite e seria muito feio da minha parte recusar.


Notas Finais


"Escuta, eu não quero contar-te o meu desejo
Quero apenas contar-te a minha ternura
Ah se em troca de tanta felicidade que me dás
Eu te pudesse repor...
Eu soubesse repor...
No coração despedaçado
As mais puras alegrias de tua infância!"


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