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História Domínio do Medo - (Em Hiatus). - Sem porque... Sem pra que...


Escrita por: Ka-S

Capítulo 4 - Sem porque... Sem pra que...


Depois do ocorrido no bar eu e Dinah voltamos para a minha casa, o caminho de volta pra casa foi feito em total silêncio, Dinah teve que me segurar para que eu não saísse correndo pelas ruas de Miami, ela praticamente me forçou a entrar em seu carro, minha cabeça ainda está pesada e no rosto de Dinah é possível ver uma enorme interrogação. Assim que eu cheguei em casa fui direto tomar banho, o sangue ainda estava úmido no meu braço e eu precisa me livrar daquilo, após o banho enfaixei o braço, não queria meu sangue espalhado pela casa. Como eu sabia que Dinah ainda não tinha ido embora, eu coloquei uma blusa de moletom bem larga da banda The 1975 e uma calça de moletom. Quando saí do banheiro me deparei com Dinah para na porta com os braços cruzados me encarando, fecho a porta atrás de mim. Fiquei parada de frente para Dinah me sentindo um pouco sem jeito. 
— E então? — Pergunta Dinah apreensiva. 
— O que você quer Dinah? — Pergunto sem muita paciência. 
— Não fale comigo desse jeito. Esse tempo todo eu te dei o espaço que você precisava e tentei não forçar a barra e eu acho que no mínimo você me deve uma explicação. 
— Eu não te devo absolutamente nada. — Falei aumentando o tom de voz, não estava de bom humor pra ficar dando explicações a ninguém. — Mas é claro que você deve— Bufei, tentei me afastar de Dinah mas ela me puxou pelo braço me arrastou pelo quarto e me jogou sentada na cama. — Quem você pensa que é? Você acha justo deixar todo mundo preocupado com você, acha mesmo que se isolando do mundo vai conseguir resolver os seus problemas que aparentemente só existe na sua cabeça. Eu não vou sair daqui até você me disser o que é que está acontecendo com você. É a segunda vez que você simplesmente surta sem motivo nenhum. E eu acho bom você começar a falar antes que eu perca a minha paciência. — Olhei incrédula pra Dinah enquanto ela cuspia as palavras. 
— ISSO É PROBLEMA MEU. — Gritei tentando levantar, mas Dinah me empurrou de novo pra cama. 
— Quando você faz as pessoas em volta sofrer, o problema se torna de todos nós. E como você pode ter sido tão mau educada hoje com Normani e Camila. 
— As amigas são suas e não minhas. — Falei entre os dentes. 
— Foi Camila quem te tirou da frente daquele carro sabia? — Abaixei a cabeça não pude evitar a surpresa. — É claro que você não sabia, porque quando eu fui te apresentar ela, você fez questão de deixar bem claro que você não estava nem aí pra existência dela. Mas a culpa foi minha eu que chamei ela lá, porque ela estava tão preocupada pra saber como você estava. — Levantei a cabeça e meus olhos se encontraram com os da loira, a expressão de surpresa ainda estava fixa no meu rosto. — Alguns dias atrás ela voltou no bar perguntando por você e por coincidência acabamos nos encontrando, eu falei que você estava bem, mas mesmo assim ela queria te ver com os próprios olhos pra certificar que não faltava nem pedaço do seu corpo. Então eu tive a péssima idéia de chamar ela pra ir no bar. 
— Porque não me disse isso antes. — Falei um pouco envergonhada. 
— E por acaso mudaria alguma coisa. Com a antiga Lauren eu até poderia conversar, mas com essa aqui na minha frente eu tenho que andar pisando em cacos de vidro. O que está acontecendo com você Lauren? ME FALA ALGUMA COISA, EU PRECISO ENTENDER. — Dinah não conseguiu mais segurar as lágrimas, ver a minha amiga sofrendo por mim daquele jeito quebrou os pedaços que ainda sobrou do meu coração. 
— Dinah... — A loira se abaixou na minha frente e segurou minhas mãos e estavam apoiadas na cama. 
— Me diz o que está acontecendo. — Sua voz saiu como um sussurro. — Por favor me fala. 
— Desde aquele dia, aquela mulher não tem me deixado em paz, eu a vejo em todos os lugares, ela me culpa pelo que aconteceu, acho que ela quer me enlouquecer. — Dinah me olho assustada. 
— Como assim a vê em todos os lugares? Lauren aquela mulher está morte. 
— Eu sei disso melhor do que ninguém. — A essa altura eu e Dinah já não controlávamos as lágrimas. 
— Você contou isso pra Lucy? — Conformei com a cabeça. — O silêncio incômodo se espalhou pelo ambiente. 
— Você também me acha maluca? — Suspirei pesado liberando todo o ar que estava preso desde que aquele conversa começou. 
— Acho... Mas o que eu posso fazer se eu adoro pessoas malucas. — Rimos quebrando o clima pesado que havia se instalado. — Eu vou estar sempre aqui. — Dinah levantou e me puxou para um abraço apertado. 
Eu estava me sentindo um pouco melhor por ter contado isso pra ela, não tive coragem de contar sobre Josh Akim, nem sobre o pedido de ajuda gravado no meu braço e muito menos sobre a mensagem escrita com o meu sangue no espelho daquele. Isso era difícil até pra minha compreensão imagina pra Dinah. Não quero deixa-la mais preocupada do que já está. A única coisa que eu sei é que aquele lugar aprisionou a minha sanidade. Acho que já é era de encarar isso de frente e sei extremamente por onde começar. Acho que Josh Akim está merecendo uma visita e eu diria que não será uma visita de cortesia. 
— Dinah eu... Posso te pedir um favor?— Saio dos braços da minha amiga e a encaro. 
— fala... 
— Eu quero falar com Josh Akim.— Dinah me olha espantada. 
— Com quem? 
— Josh Akim o terrorista. 
— Lauren eu sei que é Josh Akim e só não sei porque você quer conversar com ele. — Me olhou confusa. 
— Eu preciso perguntar uma coisa é nem adianta perguntar o que. 
— O que é que você está aprontando Lauren? 
— Eu apenas preciso fazer uma pergunta, nada demais. — A loira ainda continua confusa. 
— Bom seja lá o que for que você tenha em mente, pode esquecer. Agora ele está com o estado e não temos mais autorização para interroga-lo. 
— E porque o caso foi tirado do FBI? 
— As ordens veio de cima, Ryan até tentou mas como ele tem o rabo com o governo nem questionou muito. — Explica Dinah. 
— Claro o governador. Sempre esse cara se mantendo no nosso trabalho, nós fazemos o trabalho duro e ele só aparece pra tirar foto e posar de herói. 
— Nunca fui com a cara daquele velho.— Confessa Dinah. 
— Dinah eu sei que você faz muito por mim, mas eu preciso da sua ajuda pra falar com Josh. — Dinah cruza os braços e ergue uma sobrancelha. 
— Isso significa arrumar confusão e desobedecer uma ordem direta do governo?— Pressiono os lábios e confirmo com a cabeça. 
— Então pode contar comigo. — Dinah estande a mão direita pra mim e abre um sorriso malicioso. — Como nos velhos tempos? 
— Como nos velhos tempos. — Respondo devolvendo o mesmo sorriso malicioso e apertando a sua mão. 
Enquanto a água morna caia no meu corpo as lembranças daquele dia logo tomou conta do meus pensamentos... Quem é você Lauren? O que será que aconteceu na sua vida? O que se passa na sua cabeça? A única coisa que eu sei é que você é um mistério, mesmo não reparando em mim eu fiquei feliz em te ver. Deviria ser pecado existir uma pessoa tão linda quanto você, porque você não pode ser tão agradável como Dinah? Olhos brilhantes apagados. 
Sou tirada dos meus pensamentos quando escuto alguém entrar no banheiro correndo. — MANI eu estou tomando banho. 
— Já faz uma hora que você está aí e eu preciso usar o banheiro. — Fala abaixando o short e sentando no vaso. — O que tanto faz aí? 
— Só estava aqui pensando e nem vi o tempo passar já vou sair pra você tomar banho. 
— Já até sei em que ou melhor em quem você estava pensando. Camila esquece aquela maluca além dela ter sido totalmente mau educada ela nem se importou com a gente, ficou o tempo todo brincando com aquele copo e sem mais nem menos deu a louca e saiu correndo. Eu avisei que ela era maluca. 
— Mani não fale assim dela, não sabemos as coisas que aconteceram em sua vida para que ficasse assim; 
— Sério? Você ainda vai defender alguém que nem se importa com você, ela é muito mau agradecida mesmo, ela poderia ter morrido se você não tivesse aparecido na hora e ela nem pra falar obrigada ela te deve e muito. 
— Mani eu só fiz o que tinha que fazer. Não espero nenhum tipo de agradecimento e ela não me deve nada. 
— Eu acho que você deveria ser freira. Espero nunca mais ver aquela garota. 

Enquanto isso em uma base de segurança do governo em algum lugar de Miami... 
— JASON. — Diz o moreno alto com porte de atleta batendo no ombro do parceiro que estava sentado com a pra trás encostada na parede babando. 
— Tá doido Siope. — Falo assustado passando a mão na boca para secar a baba. 
— Cara vai dormir em outro lugar. 
— Desculpa é que essa rotina tá puxada pra mim. — Justifica o loiro coçando os olhos. 
— Sei... Só porque eu sou um cara legal eu deixo você ir dormir enquanto eu fico aqui cuidando do prisioneiro ele não vai pra lugar nenhum mesmo. 
— Sério mesmo? Tô muito cansado. 
— Pode ir não vou contar pra ninguém e se alguém perguntar eu falo que você foi ao banheiro e deixa o rádio perto que qualquer coisa eu te chamo. 
— Vou ficar te devendo essa, vou dormir em uma das salas. 
Siope olhou para os dois lados e se certificou que Jason foi mesmo dormir em uma das salas, pegou o celular e mandou uma mensagem. 

(...) Caminho livre (...) 

— O caminho está limpo vamos lá. — Disse Dinah puxando Lauren. 
— Tem certeza que ainda podemos confiar nele? — Pergunta Lauren desconfiada. 
— Isso é o que vamos descobrir. 
Não tivemos nenhum tipo de dificuldade para entrar no local, Siope é um antigo namorado de escola de Dinah mas de vez em quando eles gostam de relembrar os velhos tempos se é que vocês me entendem, nós três éramos inseparáveis e isso durou durante o ano letivo, Siope se tornou o chefe da segurança particular do governador e acabou comentando com Dinah que estava servindo de babá para um terrorista que estava sendo mantido preso em uma base do governo, o local era uma base secreta dos militares e hoje é usada pelo governo para esconder alguns criminosos perigosos assim seus comparsas não podem tentar resgatá-los pois não sabe onde estão. Dinah convenceu Siope de que eu precisava falar com o Josh por uma questão de segurança nacional e que ninguém poderia saber que estivemos lá, foi difícil mas Dinah soube bem como convencê-lo, claro que ele não sabia que eu estava afastada do FBI caso contrário nem se Dinah implorasse de joelhos ele me deixaria entrar. Ele estava no da turno da noite então às 21:15 ele passou na minha casa e eu e Dinah entramos no porta malas do carro de Siope que nos deixou no estacionamento da base. Por volta da 01:00 ele mandou uma mensagem nos informando que o parceiro que estava de guarda junto com ele na entrada tinha ido dormir em algum lugar e não tinha perigo entrar desde que fossemos rápidas, Josh estava em uma das câmeras subterrâneas espalhadas pela base, cada câmera tinha apenas um corredor não muito grande e 3 salas sem nenhuma ventilação e portas de aço extremamente resistentes que nem o melhor arrombador de cofres conseguiria abri-las. Siope deixou o carro próxima da entrada para que durante o caminho não tivesse perigo de darmos de cara com alguém indesejado até mesmo porque se fôssemos pegas pegaríamos no mínimo 10 anos de prisão por invadir uma base secreta do governo e sendo do FBI as coisas complicariam e muito pro nosso lado. Eu estou me perguntando porque o governador deixaria o chefe da sua segurança particular e um parceiro sozinhos tomando conta de um dos terroristas mais procurados dos estados unidos com poucas pessoas no local pra ajudar Siope caso alguma coisa desse errado. Bom, são perguntas de mais e respostas de menos. 
Chegamos na câmera e Siope já estava na porta olhando pros lados pra ver se não tinha ninguém, entramos e ele trancou a porta. 
— Ele está na última sala. —Falou Siope apontando pra porta no final do corredor; Lauren seja rápida não quero ter problemas. — Apenas assenti com a cabeça. 
— Dinah me espera aqui que eu já volto. — Dinah me olhou preocupada. Mas não disse nada. 
Comecei a andar em direção a porta meu coração já estava a ponto de sair pela boca, aquela sensação já começava a tomar conta do meu corpo, o corredor parecia mais longo e mais estreito do que realmente era, meus passos eram lentos, eu já estava suando frio e as lágrimas insistiam em cair mais eu as engolia, sangue começou a escorrer pelas paredes minha respiração já estava ofegante aquele sangue parecia me aprisionar em algum tipo de transe, eu ainda estava andando só não sentia minhas pernas quando a insanidade começou a querer tomar o controle do meu corpo, eu fui tirada da minha loucura por uma voz grossa de sotaque iraniano. 
— Porque demorou tanto? — Parei e continuei olhando para o sangue que escorria na parede no final do corredor. 
— Você sabia que eu iria vir não é mesmo? — Ainda não conseguia olhar para ele. — Você me trouxe até aqui. Você veio até mim deixou que eu o prendesse e está tentando me enlouquecer como se eu já não fosse atormentada o suficiente. Quem é você Josh Akim? E por fim a pergunta de um milhão de dólares, o que você quer comigo? 
— A resposta está na sua frente criança. — Me joguei pra porta de aço me agarrando nas grades de 30X40CM onde Josh estava parado me observando. 
— Não brinque comigo. — Falei com raiva. — O que você quer de mim? Me deixe em paz. 
— Acredite senhorita Lauren eu apenas recebo ordens. — Falou encostando o rosto mais perto da grade para me encarar mais de perto. 
— Agente Jauregui pra você. — Falei entre os dentes eu o encarava como um cão raivoso. — Ordens de quem? Eu quero respostas. 
— Já falei que as respostas estão na sua frente mas você as distorce, enquanto você estiver presa nessa prisão que você criou na sua cabeça você nunca conseguirá enxergá-las e acredite isso ficará cada vez pior, então Agente Jauregui saia logo de onde você estiver e abra os olhos precisamos de você, nos ajude antes que seja tarde de mais, não posso te ajudar a enxergar essas respostas, pois da última vez que tentei as coisas ficaram piores, veja o que realmente está na sua frente, não perca o controle é isso que eles querem. Você quer a sua vida de volta tanto quando eu então chega desse porque e pra que e comece a encaixar as peças desse quebra-cabeça que você mesmo espalhou. Tenha certeza de uma coisa não sou eu o seu inimigo, eu acredito em você desde quando você era criança eu sempre soube que você iria conseguir nos ajudar. E se me permiti te dar um conselho, acho bom você pensar em alguma coisa para ser retornar ao seu cargo no FBI você precisará dele para abrir portas enferrujadas e não envolva ninguém nisso, tenho certeza que você não quer ver mais ninguém machucado. — Ouvi tudo sem dizer uma palavra, aquilo era demais pra minha cabeça durante todo o tempo ficamos com os olhos fixos um no outro. Minha cabeça latejava eu precisava sair dali estava me sentindo sufocada. 
— Lauren vocês tem que ir agora, o governador acabou de visar que está vindo pra cá — Me avisou Siope. — Dei uma última olhada pro Josh e me afastei das grades indo em direção a Sipoe e Dinah. 
— 11 de novembro de 1926 3. 939 km chegue há tempo. — Ouvi Josh gritar, aquilo não fazia o menor sentido;

Acabei encontrando mais perguntas do que resposta, preciso pensar, preciso entender, se isso me fará encontrar as respostas pras minhas perguntas, então está na hora da Agente Jauregui assumir seu posto.


Notas Finais


"Sonha e serás livre de espírito... Luta e serás livre na vida."


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