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História Domínio do Medo - (Em Hiatus). - Não Sou Uma Dama...


Escrita por: Ka-S

Capítulo 9 - Não Sou Uma Dama...


—  Como podem ver o projétil perfurou o crânio e devido ao trajeto da bala, o lado esquerdo do cérebro foi prejudicado causando hemorragia e inchaço do cérebro a morte foi quase que instantânea, pelo meu conhecimento posso dizer que o tiro é de uma arma Glock 9mm a mesma usada por policiais e pelas forças armadas, mas não posso afirmar com toda certeza, pois a bala que saiu do corpo da vítima e o cartucho não foram encontrados e assim não é possível fazer o teste de balística— Falou o médico legista.


— Mark a pericia não conseguiu encontrar nada? — Perguntou Dinah.


— A pericia vasculhou aquele lugar o dia todo e nada foi encontrado. — O agente respondeu olhando o ferimento da bala na cabeça da Ruiva.


— Isso é muito estranho. — Sem querer pensei alto demais fazendo os outros escutarei.


— O que é estranho Lauren? — A loira perguntou curiosa me tirando dos devaneios.


— É... Estranho não terem encontrado nem mesmo o cartucho, pelo tipo de crime ficou claro que o atirador estava com pressa, era para pelo menos terem encontrado o cartucho da bala. — Expliquei meu pensamento.


— A não ser que... — Antes que Dinah pudesse terminar a interrompi.


— A não ser que o assassino tenha voltado no local do crime pra recolher o cartucho e até mesmo a bala. 


— Mas é uma área  muito grande e seria muito difícil alguém sozinho encontrar um bala que saiu do corpo da vitima e os policiais chegaram ao local cedo assim que os trabalhadores chamaram. — Concluiu Mark.


— A menos que o assassino tenha ficado de longe observando pra ter certeza de que não tinha mais ninguém no local e de alguma forma sabia onde a bala poderia ter caído. — Afirmei.


— Mesmo assim não faz sentido ficar ou voltar no local do crime apenas para recolher o cartucho e a bala. — Mark falou como se fosse óbvio.


— Mark tem razão porque alguém iria querer isso? Nem precisou de muito pro Dr. Chan identificar o tipo de arma usado. 


— Parece que a questão aqui não é descobrir o tipo de arma que foi usado Dinah. 


— O que está querendo dizer Lauren? — Mark me perguntou confuso.


— Quero dizer que ninguém teria nenhum motivo pra pegar cartucho e bala de um crime, a não ser que tem alguma coisa nesses objetos que alguém esteja querendo esconder. 


— Tipo o que? Pra mim isso não está fazendo nenhum sentido. — Antes que eu pudesse responder Mark, o legista pigarrou chamando nossa atenção.


— Se me permitem um observação. — Nós três assentimos. — Talvez a agente Jauregui tenha razão. Venham até aqui. — Nos aproximamos da tela do computador. — Olhem bem no trajeto que a bala fez. — Falou dando zoom na imagem. — Bem aqui na parte de cima onde a bala passou é possível ver um peque relevo que as balas normalmente não tem é como se tivesse alguma coisa gravada na bala. 


— Será que não dá pra melhorar a imagem de uma forma que dê pra identificar o que estava gravado. — Perguntei.


— Com a velocidade da bala é impossível deixar algum vestígio do que estava gravado.


— Obrigada Dr. Chan ajudou muito. — Assenti para o legista e saí com Dinah logo atrás me acompanhando. 


— Ei Lauren você está bem.


— Eu estou bem Dinah. — Falei sem muita paciência pra interrogatórios. — Só não consegui dormir direito.

— Tem certeza de que é só isso mesmo? — Bufei.

— Dinah. — Minha voz saiu mais alto do que eu queria e a Loira levantou as mãos em sinal de rendição. — Desculpa só estou meio sem paciência hoje.

— Deu pra notar. — Deu um sorriso amarelo. — O dia foi cheio hoje.

— A Mila mandou mensagem pra avisar que a Normani não quebrou o nariz como eu pensei.

— Bom pra ela. — Dinah continuou me seguindo até o vestiário.— Mas isso já faz alguns dias.

— É que por sua causa a Normani não quer falar comigo e a Camila teve que mandar mensagem escondida. — Dinah revirou os olhos ao falar.

— Que infantilidade. — Dei de ombros. — Qual é a dessa Normani com a Camila? 

— Huuumm parece que alguém aqui está interessada na latina de bunda grande. — Revirei os olhos e Dinah gargalhou.

— Cala a boca Dinah. — Terminei de tirar a camisa social branca e joguei na cara dela. — Você sabe muito bem que eu não tenho o menor interesse em me envolver com ninguém.

— Desculpa não queria te deixar triste. — Dinah colocou minha camisa na porta do armário e começou a se despir também. 

— Tudo bem não é culpa sua.

— E nem sua. — Respirei fundo olhando pro nada e senti a mão de Dinah em meu ombro. — Você tem se culpado muito por coisas das quais você não tinha o que fazer. Eu apenas quero que você volte a ser feliz.

— Eu sei Dinah... Mas eu realmente não tenho nenhum interesse em me envolver com ninguém. 

— A Camila me parece uma boa pessoa e eu tenho a leve impressão que ela tá caidinha por você. — Balancei a cabeça em sinal de negociação. — Quando você me contar o que está acontecendo? — Abri a boca pra falar mas Dinah me interrompeu. — Não venha me dizer coisas que eu já sei, eu quero saber o que está acontecendo agora, eu sei que tem mais coisas acontecendo além das coisas que eu já sei. — Respirei fundo.

— Quando eu descobrir eu te conto, talvez eu vá precisar da sua ajuda. 

— Sempre que precisar eu estarei aqui. — Trocamos sorrisos sinceros. — Agora chega de melação e vamos logo pra sala de treinamento. — Tirou as luvas de boxe do armário e jogou pra mim, por reflexo agarrei as duas. — Você não sabe a vontade que eu tô de quebrar sua cara de cínica. 

— Só nos seus sonhos, só pela sua petulância dessa vez vou ter certeza de que deu nariz está quebrado. — Falei me referindo ao caso de Normani, Dinah percebeu a piada e gargalhou.

— Você é uma garota muito má e é por isso que eu te adoro. — Terminamos de colocar nossas roupas de treino e fomos eu direção a sala de treinamento. — Eu encontro você lá, esqueci de guardar minha identificação. 

Voltei até o vestiário pra guardar minha identificação e aproveitei pra olhar novamente pro cheque amassado e manchado com algumas gostas de sangue e terra, um pequeno pedaço tinha sido cortado propositalmente.


FLASHBACK ON

Estava analisando os números gravados no punhal que foi encontrado na cena do crime quando vi uma Lauren ofegante se distanciar e parar no barranco para olhar a perícia trabalhando ao redor do corpo da vítima, me aproximei da minha amiga e ela balbuciou algumas palavras antes de se perder em seu próprio mundo como sempre fazia. Acordou de seus pensamentos quando Mark chamou nossa atenção, quando Lauren foi dar o primeiro passo seu pé acabou escorregando um pouco pra trás devido a terra solta revelando um papel dobrado com algumas manchas de sangue e terra, fiquei encarando o papel de forma automática me abaixei para pegá-lo como eu estava de luva não iria comprometer em nada caso fosse alguma prova do crime. Quando o abri me surpreendi ao ver o cheque assinado por Lauren Michelle Jauregui Morgado para Josh Malik Akim, antes que alguém pudesse perceber guardar o cheque no bolso, aquele sangue seco significativa que aquele papel não tinha caído agora e porque estava perto do rastro de sangue que fazia uma trilha até o corpo da vítima e a pergunta que não quer calar. Porque Lauren daria um cheque pro terrorista que ela mesmo prendeu, não consigo engolir essa aproximação de Lauren com Josh desde o dia que nos arriscamos pra entrar em uma base secreta apenas para conversar com esse criminoso. Arrastei Lauren de volta pro departamento do FBI, pensei em questionar essa fato com ela, mas achei mais prudente investigar por conta própria até mesmo porque ela não me falaria nada. Quando fiquei sozinha na minha mesa e olhei em volta e vi que Lauren não estava na mesa dela, de forma discreta rasguei um pequeno pedaço que continha uma gota de sangue, tomei cuidado para que os outros agentes que estavam em suas mesas não percebessem meu ato. Levei até o Dr. Chan e pedi que comparece o sangue do papel com o sangue da vítima que chegaria em algumas horas, pedi total descrição ao lesgista e graças a alguns botões que estavam abertos não foi difícil convencer um médico de 55 anos a não comentar nada com ninguém. Quando Mark chamou eu e Lauren pra ir até a sala do lesgista eu Apertei os passos e consegui alguns segundos sozinha com ele, o que foi tempo suficiente pra confirmar que o sangue do papel era o mesmo sangue da vítima, me praguejei por ter pensado que Lauren tinha matado aquela mulher ainda mais depois de saber que a arma usada no crime era a mesma que nós usamos, mas depois de ouvi-la falando sobre suas teorias sobra como o assassino pegou a bala e o cartucho descarei essa hipótese, conheço bem Lauren e sei que ela não faria isso, pelo menos sem motivo. Fiquei aliviada de não ter arrumar um álibi pra Lauren não ser presa, mas uma coisa eu tenho plena certeza Lauren pode não ter matado aquela mulher, mas ela esteve no local do crime antes de todos nós.


FLASHBACK OFF


— Eu não sei com o que você está envolvida Lauren. Mas pode ter certeza que eu vou descobrir.


Enquanto isso em algum lugar em Cuba um homem de meia idade usando um terno de seda branco com o cabelo grisalho penteados pra trás fazia uma ligação para Miami.

— Espero que não tenho deixado nada pelo caminho. — Saiu firme a voz do velho carregada com sotaque cubano. 

— Não se preocupe senhor não é atoa que sou considerado melhor no que faço, não sou nenhum amador. — Falou o homem alto residente de algum buraco em Miami passando a mão na bainha onde seu punhal ficava.

— Conseguiu identificar?

— Não senhor estava escuro com muita neblina e não pude ver o rosto, nem posso confirmar se era um homem ou uma mulher. — Seus olhos imediatamente foram em direção as fotos da Agente Jauregui espalhadas pela mesa de centro.

— Não é amador né? — Perguntou o cubano irritado e desligou o telefone.


Na noite seguinte Normani estava voltando a pé sozinha pra casa depois de ter ficado até tarde em reunião com o diretor rádio. 

Camila já tinha ido embora e os táxis estavam todos ocupados por ser uma sexta à noite.

A passos lentos Normani seguiu pelas ruas badaladas de Miami sua atenção estava totalmente voltada para o celular e pras mensagens que trocava com sua mãe. 

Só se deu conta que tinha entrado em um beco com pouca iluminação quando ouviu uma voz grossa parar na sua frente.

— O que uma dama tão bonita está fazendo sozinha a essa hora. — Normani engoliu seco quando os olhos do homem percorreu todo seu corpo fazendo ela se sentir nua, apertou o celular e a bolsa contra o peito e tentou passar por ele de forma rápida.

— Por favor me deixa em paz. — Falou com a voz trêmula. Com força o homem segurou o braço de Normani fazendo o corpo dela se chocar com seu.

— Aonde pensa que vai com tanta pressa. Ainda nem me apresentei. — O homem era um pouco mais alto que Normani, tinha o corpo atlético, cabelos claros e não aparentava ter mais que 25 anos. 

— Pode levar tudo só me deixa ir embora. — O loiro jogou Normani na parede de forma violenta que gemeu de dor ao sentir o impacto deixando a bolsa e o celular cair no chão. Não conseguiu segurar as lágrimas de desespero. 

— Acho que hoje é o meu dia de sorte e o seu dia de azar. — Sussurrou no ouvido da morena enquanto apertava seus braços contra a parede de tijolos. O choro da mulher se tornou mais alto e desesperador, apertou os olhos com força mas os abriu de forma brusca quando seu coração quase saiu pela boca ao ouvir uma voz rouca que foi escutada poucas vezes mas o suficiente pra reconhecer, os braços serem soltou quando o homem levantou as mãos em sinal de rendição quando o som da trava de uma arma se fez presente.

— Acho que hoje é o dia de sorte dela e o seu dia de azar. — O loiro congelou no lugar mas sentiu seu corpo se mover quando alguém agarrou em seus cabelos e deu um chute em sua perna o fazendo cair pra trás, guiou seus olhos pro alto e se deparou com um par de olhos verdes apontando uma arma engatilhada pra sua cabeça e com a mão apoiada na barriga da mulher que estava em estado de choque encostada na parede.

— Lauren... — Sussurrou Normani com a voz trêmula em meio aos soluços.

— Por favor dama me perdoa. — Nesse momento o homem de 1,90 estava implorando e chorando igual uma criança de colo.

— Eu não sou uma dama e eu não perdôo. — Rosnou entre os dentes. 

— Eu vou matar você sua vagabunda. — Em total desespero o homem tentou parecer assustador ao ameaçar Lauren, logo sua pose de durão sumiu quando a morena se inclinou contra seu corpo aproximando mais a arma pra sua cabeça.

— Acho que você chegou tarde demais, porque eu já estou morta à muito tempo...



Notas Finais


"Se tens um coração de ferro, bom proveito. 
O meu, fizeram-no de carne e sangra todo dia."


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