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História Don't Belive in Fate. - Mom are Here.


Escrita por: Emm8

Notas do Autor


Olá queridas, tudo bom com com vocês?
Quero agradecer ao favs, as observações e as menções no tt e também das as boas vindas as novas leitoras <3
Como prometido trago mais um capítulo
Divirtam-se e até as notas finais. :)

Capítulo 10 - Mom are Here.


Depois de uma manhã tranquila e um almoço agradável com as meninas eu estava em minha sala dando minhas últimas opiniões num projeto que Amber pediu minha ajuda.
Enquanto eu fazia uma busca do slogan para ver se já existia. Uma aba do app de comunicação da empresa se abriu no meu computador.

Ben- Ouvi dizer que está chateada comigo.

Você- Amber foi modesta, querido, eu estou furiosa com você.

Ben- Eu apenas pensei no seu bem estar, achei que seria melhor para você ficar em casa.

Você- Melhor para mim? Onde você estava em todo nosso tempo de amizade?
Você- Eu amo esse lugar e a única coisa que poderia me deixar doente é ficar longe daqui.

Ben- Eu não pensei nisso Liza.

Você- é só isso que você tem feito ultimamente Benjamin, falar coisas sem pensar, você não pensou no quão constrangedor seria para mim sentar na frente daquele homem e escutar o tom de pena em sua voz
Você- Isso sem falar na insinuação de que a Hell me obrigou a vir trabalhar, Você esta louco?? Sabe que ela nunca faria isso. e eu acho que você só continua empregado porque ela não conseguiu convencer o pessoal do RH.

Ben- isso seria abuso de poder ela não pode tentar me demitir toda vez que estiver com raiva de mim. E ela é viciada em trabalho claro que nem te ofereceria a opção de ficar em casa.

Você- Porque diferente de você ela sabe que isso é o que me deixaria mal de verdade. E você pensa que ela esta com raiva? Acho que você esqueceu-se de como a Hell é também. Ela está possessa assim como eu. Então recomendo que continue fora do nosso ponto de vista.

Ben- Liza não faz isso, me desculpa de verdade eu só queria te ajudar.

Você- Pode até ser, mas eu não estou te reconhecendo Ben. Sinceramente você faz uma idiotice atrás da outra e eu nem quero saber os motivos porque isso não tem desculpa. E como sei seu modo de agir de ultimamente não vai mudar de uma hora para outra e até lá, por favor, só me chame novamente para assuntos da agência, e digo isso no meu caso, em relação à Hellen acho melhor vocês não se encontrarem.

Alguns minutos depois de eu encerrar minha conversa com Ben, Amber voltou à sala e eu a confrontei.
—Eu sei que tem boas intenções, mas não comente mais nada do que nós conversamos com Benjamin ok?
—Desculpe só queria que ele pedisse desculpa a vocês e voltassem a se falar.
— Amber supondo que um dia ele deixe todo esse seu lado machista e preconceituoso, recém-descoberto por nós, para trás. – me levantei– e volte a ser o Ben que conhecemos. Eu talvez pudesse voltar a falar com ele, mas Hellen seria bem difícil. – caminhei em direção ao bebedouro – ela é o tipo de pessoa que ignora qualquer tipo de desavença pessoal, mas se chega ao seu trabalho ela não perdoa.
—Porque você acha que isso não passaria de uma suposição.
—Simples — falei e bebi um gole—  o lado teimoso dele eu já conheço há seis anos.
Ela riu e nós voltamos ao trabalho.
#
—Levar um vinho francês para um jantar com uma Francesa seria muito clichê? – perguntei no caminho da empresa para casa com Amber e Hellen.
—Espera –Hellen literalmente parou na calçada– quando uma francesa entrou na jogada?
—Quando Samantha me intimou para um jantar com sua mãe que está de visita e ela é francesa.
— Apresentando para os pais hein?  – ela ria e voltava a caminhar
—Não é nada formal e seremos só nós três.
—Claro que não é, imagino que ela só queira conhecer a mulher por quem sua filha arriscou a vida e você quer impressiona-la, o quão sério isso soa para você Amber?
—Muito! – ela respondeu e as duas caíram na risada logo em seguida.
—Muito engraçado, mas por favor, me ajudem.
—Se achar mais conveniente leve um bom Allegrini italiano. – Amber disse
—Bom eu sou apaixonada pelos franceses e todos nós sabemos que são os melhores então não seria um clichê e sim uma questão de bom gosto. ¬— Hellen discordou rindo.
Andamos mais alguns metros e passamos numa loja de vinhos na Madson, eu realmente estava em dúvida com tantas opções, mas no fim optei por um Cabernet francês por ser o que eu conhecia melhor.
#
À medida que a hora do jantar se aproximava eu ficava mais nervosa, por mais que eu tentasse pensar que era só um jantar a possibilidade de que a mãe de Samantha não fosse com a minha cara não saia da minha cabeça.
Desde pequena minha relação de não proximidade com minha mãe me levou a uma grande busca por ser a filha perfeita e conquista-la, com o tempo eu entendi que esse era o seu jeito e ela não iria mudar. Cresci com essa espécie de complexo por não ser amada por ela. E agora eu sentia novamente a mesma sensação.
Na frente do espelho eu me virava de um lado para o outro procurando alguma imperfeição, eu tinha escolhido um vestido rosa bebê que era justo até a cintura e soltinho até um pouco acima do joelho – sem decotes, sem coxas a mostra– e o mais importante, de mangas compridas para esconder os resquícios de hematomas em meus braços. O vestido quase dizia "sou adorável, me ame" e mesmo que mentalmente eu reprimisse meu desejo de aceitação a roupa era perfeita para a ocasião.
Calcei um salto baixo e fui para a sala.
—Que tal? –perguntei me aproximando de Amber no sofá dando uma volta para que ela pudesse ver melhor.
—Ótimo. –ela sorria me olhando dos pés a cabeça – típica moça de família.
Amber estava começando a botar as asinhas de fora.
—Cabelo solto ou preso? – falei levantando as mechas
—Solto, da um ar mais meigo, apesar de que ser ruiva já te da essa aparência. – ela ria
—Ah você nunca me viu abusando dos olhos azuis. –pisquei
#
Estacionei próximo ao prédio de Samantha poucos minutos antes das oito, horário marcado para o jantar.
Como era minha primeira vez ali tive que me identificar para o senhor na recepção e ele confirmou interfonando para Samantha.
Peguei o elevador equilibrando minha bolsa e a embalagem do vinho e apertei o botão, e ele subiu sem interrupções segundos depois as portas se abriram no nono andar. Assim que sai do elevador vi Samantha no fim do corredor, ela se afastou da parede em que se escorava e deu Alguns passos em minha direção. Ela sorria me olhando de cima a baixo e fiz o mesmo. A morena usava um macacão cinza escuro de malha encorpada sem mangas e com um decote nada ortodoxo.
—Olá doce garota. – ela disse colocando as mãos em minha cintura e selando meus lábios rapidamente com os seus, e percebi como sentia falta do seu perfume.
—Muito menininha?
—Está perfeita. – ela disse com o sorriso irresistível.
—Trouxe vinho e é francês fiquei em dúvida então trouxe um que eu conhecia. – falei entregando a embalagem.
—Ah não se preocupa ela adora todo tipo de vinho. – ela falou e sorriu– OK, vamos às considerações.
—Considerações? – repeti
—Só algumas coisinhas que você tem que saber. Eu sei que te disse que o nome da minha mãe é Eleanore, mas, por favor, não a chame assim, ela prefere Lore e não pergunte o porquê. Outra coisa ela cozinha muito bem e sabe disso, mas ela fica chateada se as pessoas não repetem sua comida então eu espero que esteja com fome, e eu acho que é só.
— Ok. Lore, não perguntar e repetir. —falei contando nos dedos e ela ria e Me encarando com as grandes esmeraldas. —Que foi?
—Nada. – ela pegou minha mão, me guiou até sua porta e entramos.
—Ela está se trocando, fique à vontade.
Samantha disse caminhando a minha frente. Seu apartamento não era um cubículo como ela dizia, depois do pequeno hall seguimos num corredor até uma sala ampla que como a minha era dividida invisivelmente entre sala de estar e jantar, a minha esquerda ficava uma cozinha relativamente pequena e superequipada, e a direita na parede da tevê tinha outra entrada que devia levar ao quarto e o banheiro.
—A disposição dos móveis ficou muito boa. – falei reconhecendo cada uma de nossas escolhas.
— Ficou mesmo. –ela disse da cozinha.
Ela tinha colocado a mesa de jantar próximo a bancada e a parede da cozinha e no espaço entre a mesa e a área do sofá colocado às duas cadeiras de varanda de frente para uma janela enorme que também era a única do cômodo, as cadeiras se encaixavam perfeitamente.
Aproximei-me delas e observei a vista das luzes do parque por sobre os prédios menores.
Samantha se aproximou por trás de mim e eu me arrepiei com a respiração dela perto o bastante do meu pescoço.
—Vinho? –Ela disse colocando uma taça minha frente e eu sorri.
Ela adorava brincar com meus sentidos quando estávamos em situações meio que impossíveis.
Peguei a taça, ela voltou à cozinha e eu fiquei a observando do outro lado do balcão, às vezes ela se abaixava e eu via perfeitamente o formato dos seus seios e me perguntava como seria toca-los. Ouvi os passos ao fundo e me virei.
Na porta surgiu uma senhora muito elegante num conjunto de blusa e calça azul marinho, ela era baixinha, loira e um pouco rechonchuda, mas o rosto era quase idêntico o de Samantha, mais velho e um pouco corado, mas tão bonito quanto o da filha.
—Oh aí estão vocês– ela sorriu. coloquei minha taça sobre o balcão e fui cumprimenta-la.
—Olá é um prazer conhecê-la – falei e antes que eu estendesse a mão ela abriu os braços e tive que me render ao seu abraço, e foi tão bom.
—O prazer é todo meu, deixa eu te ver. – ela disse se afastando para me olhar. – agora eu entendo porque Samie se arriscou tanto, você é uma graça.
—Mãe! –Samantha reclamou da cozinha.
—Obrigada. – Eu falei e tinha certeza de estar totalmente vermelha.
—Não disse nada de mais, você tem bom gosto. – ela disse indo em direção à cozinha. – Ponha a mesa que já vou servir.
Samantha saiu do seu caminho rindo e veio para o meu lado.
—O que você disse a ela? – Perguntei enquanto a ajudava com os talheres.
—Nada, não preciso falar nada ela percebe por si própria e o que não vê ela supõe. –Samantha ria.
"Fettuccine com mascarpone" Lore anunciou servindo nossos pratos. O cheiro estava divino assim como sabor. E eu imaginava como foi fácil para Samantha aprender a cozinhar com uma professora tão boa.
— Mais? – Lore perguntou assim que terminei.
—Por favor. – respondi e pude ver Samantha tentando esconder o riso.
Para Samantha ela nem perguntou apenas serviu mais um pouco da massa, e eu a imaginava fazendo isso numa mesa cheia todos os dias com Samantha e seus irmãos.
Depois da segunda rodada eu estava completamente cheia, nós conversamos sobre a infância de Samantha durante e depois do jantar, Lore contava às coisas que ela aprontava com os irmãos rindo e gesticulando com as mãos assim como Samantha fazia. Após tirarmos a mesa nos sentamos no maravilhoso sofá e voltamos a conversar munidas de taças de vinho ,minha primeira e última porque eu iria dirigir.
—Este vinho é delicioso, é francês?
—Sim. –respondi– é um Cabernet Sauvignon
—Tenho que apresenta-lo para o seu pai. –Lore disse para Samantha tomando outro gole e ela balançou a cabeça positivamente.
Ficamos alguns segundos em silêncio até Lore puxar assunto.
—Seu nome se escreve com ‘z’ ou com ‘s’?
—Com ‘z’, E-l-l-i-z-a –soletrei– por quê?
—Porque uma letra pode mudar totalmente seu significado.
—Não mãe – Samantha a interrompeu.
— Que foi que eu disse?
—Você começa a falar sobre nomes e não para.
—Elliza não se incomoda não é? –ela virou se para mim.
—Não, tudo bem. – respondi e Samantha revirou os olhos.
—Então querida –ela ignorou a filha– escrito com ‘s’ seu nome significaria "consagrada por Deus", mas com ‘z’ vem de Elizah que no fenício quer dizer Alegre, doce ou Frágil.
—Gostei do alegre–sorri- como sabe dessas coisas?
—Ah eu sempre sonhei em ser mãe e antes de tê-los eu gostava de saber o que cada nome significava. E também tive uma colega com esse nome. — Ela ria de um jeito contagiante.
—Interessante, e qual o significado do da Sam?
—Samantha, eu li que significava mulher forte, protetora, independente e que sabe como conseguir o que quer,  e eu pensei, “acho que quero uma filha assim.” – ela falava num tom divertido.
—Quando me perguntavam na escola eu só dizia que era por causa da Samantha do seriado “A Feiticeira". – e não consegui segurar o riso.
  Mais alguns minutos e eu entendi porque Samantha não queria que ela falasse de nomes, Lore falou dos significados de David e Shawn e de todos que ela sabia, descobri que ela preferia Lore por questão de numerologia coisa que não entendi muito bem mesmo depois dela explicar. Samantha tentou desmotiva-la varias vezes sem sucesso, e por fim desistiu.
—Em fim Eleanore não batia com o sobrenome Beverari então eu prefiro Lore.
—Beverari? Achei que fosse Jones. –perguntei e Samantha ria.
— Beverari é da família do pai da Samie e além do significado obscuro, só atrapalharia nos números então optamos por Jones ,que era o sobrenome de solteira da mãe dele, para nossos filhos.
—E eu agradeço, já foi difícil aprender a escrever Samantha Marienne Jones.
—Eu sei por isso o mais novo se chama Shawn. – Lore falou e nós rimos.
—Não acredito que meus pais tenham pensado nisso, mas os nomes curtos caíram bem, Elliza Jane Reazzer.
—Soa como nome de princesa, querida. – Ela falou com um olhar doce e eu sorri.
A conversa agora se virava para o meu lado, Lore fazia perguntas sobre minha família e eu pacientemente respondia sem detalhes.
#
Quase onze da noite e depois de algumas taças de vinho Lore se despediu de mim, ela iria viajar na manhã seguinte e tinha que descansar.
—Me desculpe por isso. –Samantha disse sentando novamente ao meu lado no sofá depois de levar as taças.
—Pelo que?
—As perguntas insistentes dela, eu sei que não gosta de falar dos seus pais.
—Ah tudo bem, não tem muito que falar, não somos próximos como você e sua família e isso não me incomoda. –sorri– eu me diverti bastante conversando com ela.
—Ela também gostou de você, acho que você a ganhou no vinho e mais ainda quando quis ouvir os significados dos nomes.
—Ela realmente leva isso a sério.  –coloquei minha mão sobre a dela no sofá.
—Muito. – ela entrelaçou seus dedos no meu– eu sei que não acredita nessas coisas e nem eu, mas algo nos significados de nossos nomes se esbarraram.
—Eu a frágil e você a protetora? –falei rindo.
— achei que não tinha percebido, é besteira, mas o pensamento do nosso destino estar ligado desde a escolha de nossos nomes é no mínimo bonito.
Eu concordei e sorri.
—Mas eu prefiro outro tipo de ligação. – Falei bem próxima do seu rosto e a beijei.
Foi um beijo calmo, comportado e breve a final Lore tinha acabado de ir para o quarto e poderia voltar a qualquer momento.

#

—Essa vista deve ser maravilhosa ao amanhecer. —Falei olhando pela janela enquanto Samantha voltava à sala.
—Sinta–se convidada para conferir. –ela sorria maliciosamente e eu serrei os olhos – Que foi? Eu já dormi na sua casa, qual o problema de você dormir aqui?
Eu sorria e reconhecia o quadro que ela tirava de detrás da cortina.
—Alguém tem um quadro para colocar.
—Não está falando sério né, está muito tarde.
—Eu sei, mas não vamos usar pregos. – ela virou o quadro e mostrou a fitas adesivas próprias para isso. – é só escolher a parede.
Andei pelo corredor observando e parei em frente à parede branca e nua do Hall de entrada.
—Aqui. – falei e ela retirou a proteção dos adesivos e me entregou o quadro.
Eu o posicione e Samantha observava um pouco atrás para que não ficasse torto, coloquei e me afastei para olhar como ficou.
—Perfeito. -Ela disse em meu ouvido colocando as mãos em minha cintura.
Samantha me abraçou por traz me fazendo suspirar.
Eram inacreditáveis as reações explícitas que meu corpo mostrava quando ela me tocava. E eu sabia que ela percebia porque lentamente tirou as mãos.
—Acho que está na minha hora. – falei e ela deu um sorriso leve.
Samantha me acompanhou até o carro, e nos despedimos sem beijo.
Eu já estava dentro do carro colocando o cinto enquanto ela ainda me olhava e por mais que eu não gostasse da ideia de nos beijarmos publicamente, não tinha como resistir àqueles olhos, e a rua estava vazia mesmo.
—Venha cá. – chamei depois de abaixar o vidro.
Ela se aproximou sorrindo, com um olhar cheio de convencimento. E nos beijamos.
—Feche esse vidro –ela disse assim que se afastou e eu obedeci.
#
Em casa tudo estava silencioso, e eu fui direto para o meu quarto.
Voltando do banheiro apaguei as luzes e me deitei.
Encarando o teto a única coisa que vinha em minha cabeça era as coisas que eu sentia quando Samantha me tocava, não só essa noite como em todas as outras vezes e do meu desejo por ela, eu sabia que meu corpo a queria desde o começo, mas psicologicamente eu achava que não era a hora. E agora imaginando seu corpo e me lembrando dos seus beijos eu pensava seriamente em não perder mais tempo.
Deixando os pensamentos tomarem conta de mim adormeci.


Notas Finais


E então?
Gostaram da Lore? (cá entre nós ela a personagem é baseada em uma senhora muito animada que conheci anos atrás)
E o que esperam dessa mudança de planos da Elliza?
Espero que estejam gostando e fiquem espertas amanhã tem outro OK.
Beijos e até breve.


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