1. Spirit Fanfics >
  2. Don't Belive in Fate. >
  3. Fire Meet Gasoline

História Don't Belive in Fate. - Fire Meet Gasoline


Escrita por: Emm8

Notas do Autor


Olá Queridas! como vocês estão?
Já me desculpo por não ter postado ontem, mas tive problemas técnicos com a minha internet, e eu juro que não sabia como era produtivo ficar sem ela. (estou desenvolvendo uma cena doida pra fic se der certo, vocês vão gostar)
Mas então, eu tenho uma ou duas musicas pra cada capitulo, elas ajudam a pegar o clima, mas essa eu realmente queria compartilhar com vocês: Fire Meet Gasoline da toda poderosa Sia escutem com o cap. vale a pena.
até mais.

Capítulo 11 - Fire Meet Gasoline


POV Samantha

 

Acordei com os barulhos de minha mãe na cozinha, alcancei o celular e vi que já passavam das nove e tinha uma mensagem de Elliza.

Era uma foto dela correndo no parque, na verdade metade do rosto dela e no fundo a pista de corrida lotada a legenda era “enquanto você dormia”.

Era ótimo saber que ela estava se sentindo bem para voltar a correr. Tomei coragem e me levantei.

Depois de trocar os curativos, senti o cheiro de panqueca tomar conta do ar assim que abri a porta.

Sentada a mesa servida tirei uma foto da pilha de panquecas com calda de chocolate a minha frente e mandei para Elliza em resposta “enquanto você trabalha”.

Tomei o café com gostinho de infância e fui me arrumar, minha mãe viajaria as onze.

—Mãe, o que você achou da Liz? — Perguntei enquanto ela dobrava algumas roupas.

—Um amor, vocês fazem um belo casal. –ela sorriu.

—Mãe, já disse que não somos um casal, estamos só saindo.

—Depois do que você fez ela deveria te pedir em casamento. –Eu dei risada

— Mas assim... Você acha que ela sente alguma coisa por mim?

— Você não?–ela me encarava

—Só queria saber se não é coisa da minha cabeça.

— Oh querida, você está apaixonada por ela?

—Não sei... Acho que sim.

#

Na volta do aeroporto eu pensava nas coisas que minha mãe tinha me falado, ela dizia não saber muito do relacionamento entre duas mulheres, mas conhecia bem o amor e o clima de romance que emanava entre duas pessoas e para ela, Elliza e eu, tínhamos esse clima. Pensei no que eu disse a ela sobre estar apaixonada por Elliza, eu nunca tinha dito isso em voz alta, nem para mim mesma, e ter dito isso parecia fazer com que fosse mais real do que quando pairava somente dentro de mim. Ela também tinha me dito para tomar cuidado, porque por maior que fossem os meus sentimentos tinha sempre a possibilidade dela não sentir o mesmo por mim e eu acabar me machucando. Eu conhecia essa possibilidade e eu já não tinha expectativas de que ela me correspondesse eu só queria estar perto dela, fosse o que fosse.

 

 Parei em um semáforo enquanto dirigia em direção à ponte do Queens e vi pela janela um restaurante interessante que eu não tinha visto antes, com mesas próximas as enormes janelas e um estilo clássico. Tirei uma foto do local e segui quando o sinal abriu.

Assim que cheguei em casa peguei o celular e mandei a foto para Elliza com a mensagem “Jantar. a sós. hoje?”

Eram quase uma da tarde quando ela respondeu “Que horas você me pega?”.

Combinei de busca-la as oito e meu estomago já se aquecia.

Parte do meu fascínio por Elliza, além de ser ela, eram as coisas novas que ela me fazia sentir, nos meus vinte e nove anos já estive com muitas mulheres. Já me apaixonei, já amei, já parti e tive meu coração partido algumas vezes. Mas nunca me senti assim antes, era tudo novo como se fosse à primeira vez. O calor no estomago, o suor nas mãos e toda aquela ansiedade me atingiam só de pensar em olhar naquela imensidão azul que era seus olhos onde eu me perdia e me encontrava.

Fiz algumas series de abdominais, já que não podia frequentar a academia com as mãos machucadas, estava até pensando em voltar ao judô e passei o restante da tarde lendo alguns projetos tentando controlar minha ansiedade pela noite.

 

 

POV Elliza

Depois que cheguei da agência, tomei um banho, peguei um café e subi.

 Amber estava deitada no sofá com seu iPad na mão,  Joe estava deitado nos pés dela e nem se quer levantou a cabeça para mim.

—Encontrou outra mãe Joe? — falei deitando nos futons empilhados de frente para o sofá. Amber riu e Joe apenas olhou para mim e logo voltou ao cochilo.

Nós ficamos ali em silêncio cada uma do seu lado, eu estava pensando no jantar de logo mais e também na minha indecisão mais recente, sexo.

—Posso te perguntar uma coisa? — falei ainda mirando o teto e Amber concordou com um sussurro— é que é bem pessoal.

— Pergunta. —ela falou tirando os olhos da tela.

—Você já fez sexo com uma mulher? –Perguntei e ainda não a olhava, mas ouvi um riso baixo.

—Claro. –Ela falou e de impulso me virei para ela

—Como assim, “claro”?

—Eu sou bi Liza.

—Bi tipo bissexual? –ela ria e fazia que sim com a cabeça

—E como eu não sei disso?

—Não é o tipo de coisa que se pergunta numa entrevista de emprego.

— Mas tipo você nunca tocou no assunto, nem nos últimos surtos de Ben.

—Eu não sou o tipo de pessoa que gosta de gritar aos quatro ventos sobre sua sexualidade —ela ria— e em relação a discursos preconceituosos eu prefiro ignorar porque eu sei quem eu sou e acho que isso só diz respeito a mim então pouco me importa o que os outros pensam.

Eu a olhava boquiaberta, desde que a conheci Amber foi sempre muito na dela, um amor de pessoa mas bem reservada e ouvi-la falar desse jeito tão intimista sobre si, me fazia sentir como se não a conhecesse.

—E então porque a pergunta? –ela falou me lembrado do meu real interesse

—Eu queria saber como foi a sua primeira vez com uma mulher. —me sentei— sei lá, por mais que eu tente resistir, as coisas entre a Sam e eu caminham para isso.

—Sério que ainda não rolou entre vocês? Vocês mostram uma química tão... Digamos sexy.

—Sexy? –eu a encarava e ela se sentou também

—É tipo quando você esta perto de duas pessoas e a química, a tensão sexual entre elas é tão grande que você acha que elas vão se pegar a qualquer momento. –eu revirei os olhos enquanto ela ria- é sério, Hellen e eu tínhamos certeza que tinha rolado naquele dia em que vocês saíram e ela passou a noite aqui.

—Sexta?Foi só o nosso primeiro beijo Amber.

—Meu deus não parece—ela ria— mas voltando, a primeira vez de cada um é bem singular, na minha, por exemplo, eu tinha uns 17, eu mal conhecia a garota e eu estava bem nervosa, mas ela me deixou tão confortável que acabou rolando naturalmente e foi algo marcante pra mim. E teve a ultima com quem estive, era a primeira vez dela com uma mulher e tipo ela era hétero e continua assim, apenas rolou no momento e foi bom, mas depois agimos como se nada tivesse acontecido –ela pensou por um segundo– o que eu quero dizer é que não depende especificamente de alguma coisa além de as duas estarem a fim.

Eu fiquei olhando para os meus dedos pensando no que ela falou.

—Porque você acha que estava... Como você disse resistindo?

—Não sei, acho que eu tive certo medo e quando ela tentou eu pedi para irmos devagar, mas agora eu quero tentar.

—Mas você decidiu por você mesma que quer fazer ou ela...

—Ah não, Sam é perfeita comigo, é só que quando estamos perto de mais, quando nos beijamos, não sei como explicar quão intensa é a atmosfera que nos envolve.

—Não é algo que dê para explicar. Se você se sente segura com ela apenas se permita.

#

Em meu closet enquanto me vestia eu pensava na última frase de Amber, “se permita”.

Dessa vez fui mais rápida eu só tinha um vestido de noite com mangas compridas o bastante para cobrir meus braços até os cotovelos, as marcas do pulso já tinham desaparecido, mas as dos braços e das costas ainda tinham um tom amarelado.

Acabei de me vestir, prendi algumas mechas de meu cabelo e marquei os lábios. As oito pontualmente, Samantha avisou que estava chegando e eu desci. Assim que empurrei a porta de vidro da portaria eu a vi, era impossível não nota-la.

Samantha estava próxima ao seu carro de costas para onde eu estava, falando ao telefone com uma das mãos apoiada no veiculo. Ela usava um vestido preto justo até os joelhos, o cabelo todo para um lado deixava a mostra suas costas nuas até a altura da cintura e outrapequena fenda na parte de entre as pernas. Eu não tinha certeza se ela tinha noção de quão sexy ela estava.

Ela se virou na minha direção ainda ao telefone e sorriu ao me ver. Eu caminhei devagar até ela.

—Tudo bem mãe tenho que desligar, dê um abraço neles por mim... Pode deixar. – ela disse por fim e desligou.

—Olá. –Ela disse sorrindo e me abraçou — esse é por minha mãe e esse é por mim– Samantha me beijou brevemente e eu não recuei.

Logo depois entramos na sua SUV e saímos. O restaurante não era muito longe e com o trânsito tranquilo para o horário em menos de quinze minutos conversando chegamos.

Samantha pousou uma mão em minhas costas e seguimos o atendente para a mesa que ela tinha reservado.

—Tenho que dizer que você está incrivelmente bonita hoje. –Ela sussurrou em meu ouvido enquanto subíamos as escadas para o segundo andar.

—Eu só quis estar a sua altura. –ela sorria

Meu sorriso se intensificou quando o atendente nos indicou a mesa. Era bem no meio de uma das enormes janelas de vidro com vista para a iluminada ponte do Queens.

Nos sentamos e Samantha pediu um vinho.

—A vista é linda. – falei olhando pela janela.

—Concordo. –Ela disse olhando para mim.

Sorri baixando os olhos rapidamente e depois voltei a olha-la.

—Comoconsegue fazer tudo ser tão perfeito.

—Talvez eu esteja tentando conquista-la.

— Talvez você esteja conseguindo. –sorri.

Seguimos com o clima de romance por todo o jantar, eu estava me permitindo sentir e viver o nosso momento, sem julgamentos, sem medos e sem culpa.

Após o jantar maravilhoso e algum tempo de conversa, decidimos ir.

Samantha me levou até a porta de meu apartamento e nos despedimos com um beijo demorado e calmo.

#

A noite tinha sido incrivelmente perfeita, mas não terminou como eu esperava,assim como na quinta, quando fui até seu apartamento e na sexta quando ela veio ao meu.

 Nos últimos dias sempre que nossos beijos ficavam quentes de mais ou estávamos sozinhas o suficiente para fazermos o que quisesse, Samantha dava um jeito de se afastar como se sentisse desconfortável.

#

—O que eu faço Hell? –perguntei

Era sábado e tínhamos acabado de almoçar. Hellen tinha vindo mais cedo para discutirmos alguns projetos sem a interferência dos demais departamentos da agência. Amber tinha saído com Joe e estávamos a sós nas espreguiçadeiras do terraço aproveitando os raros raios de sol, onde eu a colocava a par do meu mais novo dilema.

—Tem certeza que ela está te evitando? –ela respondeu.

— Não sei, eu acho que a fiz esperar tanto que agora ela perdeu o interesse.

—Mas só tem duas semanas que vocês se conhecem.

—Eu sei, mas a Amber me disse que no mundo gay isso é uma eternidade, você sabia que Amber é bi?

—Ah sim, ela... Ela me contou outro dia – ela disse num tom desinteressado. – Mas e você, acha que é tempo de mais?

—Não sei, o máximo que demorei para transar com alguém que eu gostava foi uma semana.–respirei– mas com ela é totalmente diferente eu queria entender melhor como isso funcionava, entender meus novos sentimentos e isso não é de uma hora para outra.

—Então mostra pra ela, mostra que você já se resolveu e está pronta para o próximo passo.

—E como faço isso? Eu não vou pedir pra ela dormir comigo. –Ela revirou os olhos.

—Ela vai sair com a gente hoje não vai?

—Vai sim.

— Seduza-a – ela ria e agora eu é que revirava os olhos. – eu estou falando sério, é uma boate e estamos saindo para dançar não tem que falar nada apenas se insinue para ela e se ela estiver a fim não vai ignorar.

Hellen foi para casa e marcamos de nos encontrar no meu prédio ás dez, Samantha veio horas antes para jantar comigo e depois sairmos.

—Ainda não entendi porque eu sou a motorista da vez? —ela falou depois de me beijar rapidamente e eu fechei a porta atrás dela.

—Porque seu nome saiu no sorteio. – falei rindo

—Eu não estava presente, como posso saber que não foi manipulado? —ela me entregava uma sacola de papel com os ingredientes do nosso jantar.

—Porque fui eu quem tirou o seu nome, vai discutir comigo?

—Não. – ela disse por fim sorrindo. —posso colocar isso no seu quarto?

—Claro. – ela saiu com uma bolsa pequena nas mãos, como ainda íamos jantar sugeri que ela se arrumasse aqui.

Levei a sacola para cozinha e organizei os ingredientes no balcão. Ouvi a porta da frente bater e os passos na escada para o terraço, minutos depois Amber apareceu.

—Passeio demorado esse.

—Ah oi, é que Joe fez novos amigos sabe. – ela ria.

—Joe? –eu a olhava.

—Digamos que as donas dos cães também eram muito amigáveis. –ela piscou

—Ok, Samantha e eu vamos fazer o jantar se quiser comer com a gente.

—Tudo bem vou tomar um banho. –Ela entrou para o quarto

Samantha iria me ensinar a fazer um espaguete a carbonara.

—E então vamos lá? –Ela disse voltando a cozinha e prendendo os cabelos.

Ela disse os utensílios de que iriamos precisar e eu fui pegando, Samantha usava uma blusa listrada de alças finas e short jeans, nunca tinha a visto tão casual e eu a observava disfarçadamente.Suas costas largas, as curvas avantajadas do corpo, as coxas grossas e totalmente a mostra naquele short, eu já me perdia em devaneios, não fosse ela me chamar a atenção para começarmos.

Ela me ensinou o passo a passo e eu segui. Samantha já tinha tirado os curativos e suas mãos estavam ótimas, mas ela apenas supervisionava, só na hora do molho que ela teve que intervi antes que eu o queimasse.

Quando tudo ficou pronto Amber se juntou a nós pondo a mesa.

Depois do jantar arrumamos toda a bagunça, tínhamos pouco mais que uma hora para nos arrumar então peguei uma toalha para Samantha e ela foi para o banho enquanto eu escolhia bem o que vestir já que meus hematomas tinham desaparecido por completo. Quando eu olhava um vestido de frente ao espelho do closet vi pelo reflexo, Samantha ainda de toalha na porta atrás de mim.

—Gostei desse. –Ela me olhava e eu sorri. –Já terminei se quiser ir tomar o seu.

—Ok, vou já.

O vestido que Samantha gostou era um tubinho preto um pouco mais curto do que os que eu costumava usar e um decote, adornado de pedrarias, não tão profundo. Escolhi os sapatos e acessórios e fui colocar sobre a cama como de costume. Samantha estava na frente do espelho do quarto, vestida com uma calça escura justa e abotoando uma camisa azul escuro de seda transparente, ela fechava de baixo para cima e eu fingi não ver seu abdômen e os seios fartos cobertos pelo sutiã, apenas coloquei o vestido sobre a cama e fui para o banheiro.

—A Hellen vai vir pra cá ou vamos passar para pega-la?

—Ela disse que viria. –respondi do banheiro e olhando-a de relance vi minha imagem no espelho do quarto junto a de Samantha que estava de cabeça baixa.

Eu não fechei a porta, simplesmente fiquei de costas e comecei a me despir peça por peça, quando fiquei só de calcinha olhei para o espelho e ela desviava o olhar disfarçadamente e então eu fui para a parte do box.

 

POV Samantha

 

Assim que terminei de abotoar os pequenos e difíceis botões de minha blusa, voltei ao espelho para verificar e vi o reflexo de Elliza no banheiro atrás de mim. Ela estava de costas e tirava a blusa e depois a calça, tudo tão devagar que parecia planejado, ela abriu o sutiã e deixou que ele escorregasse pelos braços e então começou a prender o cabelo exibindo suas costas, eu não via mais hematomas e não era bem isso que eu reparava. Eu queria parar de olhar, mas não conseguia parar de apreciar seu corpo bem perto do nu, a calcinha branca de renda que ela usava era tão transparente quanto tule. Então ela fez como se fosse se virar e eu desvie o olhar e sai do quarto.

Deus eu não sabia o que fazer com ela, por mais que eu tentasse ir devagar como ela tinha pedido, tudo nos levava a uma ocasião propicia ao sexo e eu não sei se estava aguentando bem. Nos últimos dias a tensão entre nós estava inflamável, bastava o começo de um beijo e eu já queria a possuir por inteiro, e ter que me afastar me deixava frustrada e irritada coisas que eu tentava não deixar transparecer.

Fui até a cozinha tomar um pouco de água e fiquei por lá por um tempinho conversando com a Amber que já estava praticamente pronta. Quando faltavam quase vinte minutos para as dez voltei à porta do quarto de Elliza e bati de leve, ela pediu pra eu entrar e eu abri a porta.

—Me ajuda aqui. –Ela disse se virando com as costas nuas para que eu  fechasse seu vestido, para que sutiã não é mesmo? Subi o zíper rapidamente.

Sentei-me na beirada da cama onde tinha deixado meus sapatos e comecei a calça-los enquanto Elliza se virava de um lado para o outro no espelho.

—E então? – voltei a olha-la e ela se virava para eu ver melhor.

—Está linda. – ela ficou na ponta dos pés e se olhou no espelho.

—Acha que vai ficar muito curto com salto?

—Está ótimo. — falei e voltei a me calçar, ela pegou seu salto e juntou-se a mim.

Assim que terminei me levantei, peguei minha nécessaire e fui para o banheiro. Prendi o cabelo e fiz minha maquiagem rapidamente. Assim que sai Elliza entrou e fui espera-la na sala com Amber.

—Hellen deu notícias? —perguntei enquanto ela mexia no celular.

—Ah mais ou menos meia hora ela perguntou se estávamos prontas e eu disse que vocês estavam no banho.

Eu sorri com a parte de que "estávamos no banho" e voltei a pensar em Elliza se despindo no banheiro e minha vontade de tirar minha roupa e me juntar a ela.

Pouco tempo depois Elliza saiu do quarto, deslumbrante como sempre.

—Vamos? Hell disse que já está lá em baixo.

Quando começamos a descer as escadas Elliza colocava cuidadosamente um pé após o outro.

—Venha cá. –falei passando o braço em volta de sua cintura e apoiamos uma na outra.

No carro Elliza se sentou ao meu lado, Amber e Hellen no banco de trás e saímos.

—Imaginem quem tentou falar comigo hoje? — Hellen disse após alguns minutos.

—Fala logo. –Amber disse rindo.

—Ben. – ela falou e Elliza automaticamente a encarou pelo retrovisor.

—E o que ele disse?–Ela ainda a encarava.

—Perguntou quanto tempo mais iríamos puni-lo e eu disse que só dependia dele e do quanto nós éramos importantes para ele e se seus preconceitos eram maiores do que isso.

—E aí?– Elliza mostrava certa impaciência.

—E aí ele não mandou mais nada.

—Então é isso, não somos tão importantes para ele. – ela falou e eu a olhei percebendo o olhar triste.

—Eu ainda estou com raiva dele, mas sinto a falta daquele idiota. – Hellen falou e Amber e Elliza concordaram.

Meu coração doía de vê-la assim, mas não tinha nada que eu pudesse fazer.

Chegamos e o lugar devia estar cheio, pois tive dificuldade para estacionar.  Era uma boate Alternativa e tinha todo tipo de gente, eu ouvia a música num som abafado e assim que pegamos nossas pulseiras passamos por um corredor com luz negra e depois da entrada para os banheiros Hellen empurrou uma porta grande de vidro e então o volume da música aumentou e muito quando entramos para a parte da festa.

Hellen falou com alguém e conseguiu uma mesa a alguns metros da pista de dança e do bar e logo vieram nos servir uma bandeja cheia de doses de tequila e limão.

—Quero voltar aqui quando não for minha vez de dirigir, que isso fique bem claro. – falei bem alto enquanto elas se serviam.

—Pode deixar, na próxima tiramos seu nome do sorteio. – Elliza disse elas riram.

Elas contaram até três e viraram juntas as primeiras doses e fizeram o mesmo com a segunda, e eu ria das caretas que elas faziam. Elliza me olhava rindo, umedeceu os lábios com a língua e os encostou nos meus, eu senti o gosto em seus lábios macios e ela se afastou sorrindo.

—Não pode dizer que não provou. – ela ria e as meninas também.

Elliza nunca tinha me beijado tão publicamente e não podia ser o efeito do álcool ainda, o que realmente não importava porque eu adorei.

Elas pegaram outra dose e antes que elas virassem eu peguei uma das fatias de limão e Amber e Hellen fizeram o mesmo. Dessa vez eu contei e assim que elas viraram eu coloquei a fatia na boca e Elliza a chupou junto com os meus lábios.

—Ok. Já nos aquecemos o bastante– Elliza disse se levantando – vamos dançar.

Ela me pegou pela mão e as outras nos seguiram para pista de dança.

Na pista o Som era muito mais alto e era bem difícil dese comunicar, não para Elliza e eu, bastava apenas nos olhar, ela me encarava e sorria enquanto dançávamos no mesmo ritmo. Seu corpo se encostava no meu e eu deslizava minhas mãos na lateral dele sutilmente.

 Algumas músicas depois perdemos Amber de vista, deixei Elliza com a Hellen e fui até o bar e eles fizeram uma ótima produção para um simples energético. Voltei à mesa e fiquei as observando de lá, Elliza dançava e se divertia como nunca e por um segundo eu pensei no tamanho do seu vestido que parecia ter diminuído, volta e meia ela olhava para mim e sorria lindamente. Minutos depois Amber reapareceu com outras duas garotas, falou com Elliza e Hellen na pista e vieram todas para a mesa. Dei espaço e Elliza sentou-se ao meu lado e as outras preencheram a mesa.

—Essas são Callie e Thereza. –Amber apresentou à morena e a loira respectivamente. E logo depois nos apresentou para elas.

Elas começaram a conversar e pelo que eu entendi Amber tinha conhecido as duas em um passeio com Joe e riam da coincidência de se reencontrarem.

Callie puxou Amber de volta a pista de dança e Hellen foi buscar cervejas.

—Vocês já vieram aqui antes? —Thereza perguntou para Elliza e eu,do outro lado da mesa e balançamos a cabeça negativamente. —OK, então vocês têm que provar o shot da casa, eu já volto.

Ela saiu e Elliza se encostou mais em mim.

—Frio?

—Nem um pouco–ela sussurrou tão perto do meu ouvido que seus lábios roçaram em minha orelha e eu mordi o lábio para me conter.

Hellen voltou logo em seguida com Thereza, Uma trouxe cervejas e a outra, três copos pequenos com líquido vermelho-alaranjado. E mentalmente eu odiava a história do sorteio.

—Vocês tem que beber isso antes da cerveja, é só virar como tequila. – ela disse empurrando os copos na direção de cada uma.

—Eu passo. – falei quando ela empurrava um para mim.

—Motorista da vez? – eu fiz que sim com a cabeça – Ah, então somos duas. – Ela estendeu a mão e eu apertei, ela ria de um jeito divertido e descontraído.

Fizeram a contagem e ao fim Elliza e Hellen viraramos copose eu ri.

—Deus, eu poderia ficar muito bêbada com isso, – Hellen disse passando a língua nos lábios – é muito doce.

Nós rimos e eu peguei o outro copo e empurrei para Elliza.

—Quero provar. —ela sorriu e pegou o copo.

Assim que ela terminou me beijou, e eu senti o gosto da bebida e o aperto das mãos dela em minha perna e tive que rir.

Conversamos mais um pouco sobre os drinques do local assistimos Amber se pegar com Callie na pista de dança e confesso que fiquei um pouco surpresa.

Amber gostava de garotas?

 

POV Elliza.

Na pista de dança com Samantha eu pensava no que Hellen tinha me dito sobre seduzi-la e nem as três doses de tequila fazia isso parecer uma boa ideia, deixei rolar apenas eu não iria forçar nada.

#

Virei o outro copo com o líquido vermelho e antes de engolir tudo beijei Samantha, era como se o doce da bebida ficasse em nossas línguas e o ardor do álcool em minha garganta, e assim que senti queimar instintivamente apertei sua perna e ela riu quebrando nosso beijo.

—Muito forte? – ela me olhava e ria. E eu fiz que sim com a cabeça.

Algumas conversas sem rumo depois e uma cerveja eu já estava Alegre de mais, assim como Hellen. Eu via Samantha conversar com a loira que Amber nos apresentou, mas parecia que seus lábios se movimentavam rápido demais e eu também não prestava atenção à conversa meus olhos estavam fixados nela, eu olhava para seus lábios volumosos, para o movimento do seu peito quando ria e depois eu encarava suas coxas tão evidentes naquela calça. Os pensamentos relativos ao meu desejo por Samantha me consumiam, eu sabia que mais cedo tinha pensado em algo referente a isso, mas agora eu não me lembrava. Samantha disse que ia ao banheiro, ela se levantou e meus olhos a seguiram até desaparecer entre as pessoas, e como se algo dentro de mim desse um "click", eu fiz o que deveria ter feito no pub quando nos conhecemos.

 

 POV Samantha

 

Depois de passar novamente pela porta de vidro o som voltou a ficar abafado, entrei no curto corredor para os banheiros e agradeci por não ter fila. O banheiro era relativamente grande embora só tivesse duas cabines eles investiram bastante na parte das pias e no espelho que ocupava a parede toda.

Quando abri a porta da cabine de novo não acreditei no que via, Elliza estava sentada com as pernas cruzadas na imensa parte de mármore, entre as duas pias.

—O que é isso? –Eu perguntei sorrindo indo até uma das pias.

—Eu segui você –ela disse como se fosse obvio– não é isso que mulheres fazem quando querem algo? –Ela completou enquanto eu secava as mãos.

Aproximei-me e fiquei a sua frente.

—E o que você quer? —perguntei tocando seu joelho.

Ela descruzou as pernas devagar e eu observava seus movimentos suaves, Elliza me olhava como se enxergasse através de minha roupa. Apoiei minhas mãos na bancada ficando a centímetros do seu rosto.

Era hoje que meu autocontrole iria para o espaço!

—Você. –Ela falou e num gesto não tão suave me puxou para um beijo que podia ser tudo menoscalmo.

Com as mãos apertando minha cintura ela encaixou meu corpo no meio de suas pernas. Deslizei minhas mãos por suas coxas até o quadril e a puxei mais para mim, suas pernas abriram mais um pouco.Nossas cabeças se movimentavam em direções opostas, nossos narizes se esbarravam e mesmo assim nos encaixávamos perfeitamente no nosso beijo insaciável.

Elliza subiu as mãos apertando meu corpo, meus seios até seus dedos se esconderem debaixo dos meus cabelos, suas unhas deslizaram em minha nuca e seus dedos puxaram meu cabelo afastando nosso beijo e eu gemi, abri os olhos e ela sorria mantendo a mão firme em meu cabelo, e tão rápido quanto me encarou ela avançou em meu pescoço. Eu sabia que agora era o álcool, assim como sabia que ela queria aquilo, mas agora ela estava alta o bastante para romper os limites, eu deveria para-la  não deveria?

Mas Deus, aquilo estava tão bom, ela beijava meu pescoço, descia os lábios até quase meus seios e voltava a minha boca enquanto eu quase fincava minhas unhas em sua cintura tentando me segurar para não descer elas até o meio de suas pernas, ela gemia a cada aperto, o que deixava tudo mais difícil.

Elliza voltou às mãos a minha cintura puxando e tirando a barra de minha camisa de dentro da calça e eu quase não dava atenção, envolvida no sabor do beijo, até ela subir as mãos por baixo da minha blusa e me puxar para si com tanta força chocando meu quadril contra a bancada, eu gemi e dessa vez foi mesmo de dor, tentei me afastar, mas ela prendeu os pés na parte de traz das minhas pernas.

Não, nós não vamos ter a nossa primeira vez no banheiro de uma boate e com você bêbada

Aos poucos fui me desvencilhando dela, diminuindo a velocidade e intensidade do beijo enquanto ela queria claramente o contrario. Levei uma mão ao seu rosto febril e me afastei olhando-a e ela ainda tinha os olhos fechados, eu sorri e quando ela os abriu eu não soube identificar seu olhar. Ela virou o rosto afastando minha mão e se encostou mais para trás na bancada se afastando de mim, eu dei espaço e ela desceu e se virou para o espelho arrumando o vestido, depois o cabelo.

—Ta tudo bem? –perguntei pousando uma mão em sua cintura.

Ela me olhou do espelho e deu um sorriso fraco.

—Acho que bebi um pouco de mais, pode me levar para casa?

—Tem certeza? –perguntei e ela apenas confirmou com a cabeça.

Deixei Elliza no banheiro, ela disse que me encontraria na saída e fui avisar as meninas.

Hellen estava na mesa com Amber que estava muito envolvida numa conversa com Callie. Aproximei-me de Hellen.

—Vou levar a Liz para casa.

—O que houve? Ela está bem. –Ela perguntou preocupada

—Ta. Está sim, ela só bebeu um pouco de mais e vou leva-la pra descansar, se importam em pegar um taxi?

—Não eu vou com vocês, aqui não está bem como eu planejava – ela disse olhando para Amber de relance.

—Então vamos.

Hellen conversou com Amber e ela iria pegar carona com Callie e Thereza. Passamos pela porta de vidro e Elliza nos esperava encostada na parede.

Hellen a ajudou a entrar no carro e saímos. Deixei a loira em casa e prometi cuidar de Elliza.

 Assim que chegamos a seu prédio e enquanto subíamos as escadas pensei se não teria sido melhor ter levado ela pro meu apartamento, mas ela parecia bem e subiu sem muito esforço, me entregou as chaves e eu abri aporta.

—Vai dormir comigo? – ela perguntou enquanto eu a colocava na cama.

—Amanhã eu tenho que trabalhar numa revisão. –Tentei ser convincente. Ela me olhou e tirou os sapatos.

—Tudo bem. –Ela se virou e pôs os cabelos de lado para ajuda-la com o zíper e eu o fiz. —Tranque a porta quando sair, tem uma chave reserva debaixo da tigela de chaves.

Ela não voltou a me olhar e eu entendi que era a deixa para que eu saísse.

Descendo as escadas eu pensava nas reações dela, sei que não podia levar tudo a sério, pois ela não estava sóbria, mas ela parecia estar um tanto quanto... Chateada?


Notas Finais


E ai, gostaram?
Amber Bi? também estou chocada ;k
Thereza é um nome bonito não acham?
E esse fogo todo da Liza gente?
Até mais.


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...