Acordei com o barulho de Joe correndo no terraço e sem ressaca, graças aos dois comprimidos que tomei antes de dormir. Alguns flashes da noite anterior vinham a minha mente e eu queria apagar tudo. Não sei se eu ficava triste ou feliz por Samantha não ter ido em frente naquele banheiro, era o que eu queria, mas não como eu queria.
Pior do que não ter feito nada seria ter feito e não me lembrar de nada.
Levantei-me decidida a aproveitar o domingo comigo mesma.
O dia estava nublado e ameaçador, nada legal para uma corrida no parque, mas perfeito para uma tarde relaxada no terraço acompanhada de um belo café e um guia de sexo lés. E era assim que eu estava naquele começo de tarde.
Eu já tinha desistido de que Samantha e eu déssemos algum passo em direção à cama, mas o guia era interessante, eu o tinha baixado a alguns dias na internet e o subtítulo era animador: "Dicas simples e importantes para iniciantes." como as coisas não tinham previsão para acontecer decidi que teria tempo suficiente para estuda-lo. Era o que tinha me restado depois de um começo de dia extremamente movimentado.
Durante a manhã eu havia terminado os esboços para a correção do último projeto do mês e aproveitei para imprimir o tal guia, tinha arrumado a casa e esvaziado meu cesto de roupas sujas. Fui ao mercado e depois até me arrisquei a assar um bolo. Na embalagem tinha a foto de uma criança mexendo a massa e se ela conseguia, eu também iria tentar. Até o Joe colaborou com um banho tranquilo e sem me ensopar.
Tirando a parte em que chamei a Hellen para vir experimentar o bolo e ela deu a desculpa da ressaca e que até a Amber arrumou um plano de fuga, o dia estava indo bem. Samantha tinha me ligado mais cedo para saber como eu estava e graças a deus fingimos não nos lembrar da noite anterior, ela estava trabalhando então nos falamos pouco. logo depois minha mãe me ligou e essa parte eu tentava esquecer também.
"...Melhor do que saber onde tocar, é saber como e com que intensidade tocar." foi o paragrafo em que parei quando a campainha tocou. Marquei a página com minha caneca e desci.
— Ok, a oferta para o bolo foi suspendida — eu dizia alto quando me aproximava da maçaneta— Nem adian... — parei ao abrir a porta.
—Olá! –era Samantha.
— Oi. – eu disse já querendo retirar o que eu havia acabado de gritar.
— Desculpe vir sem avisar, você esta esperando alguém? – ela disse já se afastando da porta.
— Não, entre, por favor. –dei espaço para que ela passasse e Fechei a porta – Na verdade eu levei um fora das garotas hoje então.
— Coitadinha. – ela me deu um beijo rápido e acariciou meu rosto enquanto sorria debochadamente –Você não me convidou, mas posso te fazer companhia se quiser.
— Claro que quero. –falei indo em direção a cozinha e ela me seguiu– achei que você estivesse trabalhando em casa.
— Eu estava, mas assim que terminei resolvi vir trazer sua chave e ficar um pouco com você.
Samantha guardou a chave e subiu enquanto eu enchia mais duas canecas de café para nós.
— Você quer bolo? – gritei da cozinha– Sam?
Esperei uns segundos e como ela não respondeu subi apenas com os cafés.
Parei a alguns passos da escada quando vi a cena. Samantha estava sentada onde eu estava antes de ouvir a campainha, com as folhas que eu estava lendo nas mãos e um sorriso largo no rosto.
—Não acredito. Sam... – eu disse choramingando indo em sua direção, eu já tinha certeza de estar totalmente vermelha.
—Isso é divertido – ela apontava para as folhas.
Coloquei as canecas sobre a mesinha de centro, tomei o conjunto de papeis de suas mãos e a coloquei debaixo de minhas pernas ao me sentar.
—hey. –ela reclamou.
—Não era para você ter visto isso – levei uma das mãos ao rosto rindo de nervoso.
—Qual o problema?
—Estou com muita vergonha para isso.
— Por quê? – ela sorria e se aproximava de mim no sofá.
— Não se faça de idiota. – ela riu alto e não tinha como não rir também.
—O quê, pela revista? Ou por ontem?
—E essa ainda, por favor, não me lembre de ontem.
—Ok, Qual o problema de você estar fazendo um cursinho sobre sexo lésbico? – ela ria
— Oh god – eu disse me afundando ainda mais no sofá.
—Você fica tão linda sem jeito.
—Para, por favor, ou eu não vou conseguir mais te olhar.
— Nah, venha cá — Samantha me puxou para os seus braços – sabe que só estou brincando não é?
— Não. – falei fingindo estar brava.
— Ah claro que você sabe. Agora me diga por que escolheu aprender com essa revista?
—Não é que eu tenha escolhido aprender com isso – baixei os olhos– não tenho outra opção e esse guia pareceu ser bem explicativo.
— E quanto a mim? –ela me encarava– não sou explicativa?
—Não sei você não parece estar muito interessada. —Seu sorriso desapareceu.
— O que? Por que você acha isso?
—Sei lá, talvez porque você se afasta quando nossos beijos ficam quentes de mais e sempre arruma uma desculpa para não dormir aqui. E eu não te culpo, eu sei que demorei de mais para me decidir e que talvez você tenha perdido o interesse. —eu a olhei rapidamente e ela tinha um sorriso de incredulidade no rosto. —que foi eu estou errada?
— Sim está. Eu parecia desinteressada ontem?
—Da pra esquecer-se de ontem, por favor? Eu estou falando dessa ultima semana.
Ela me encarou com um pequeno sorriso.
—Liz, eu nunca disse que não queria fazer sexo com você.
— Mas também não disse o contrário.
Ela ficou calada o que me fez pensar se eu realmente devia ter falado algo.
Alguns segundos depois Samantha retirou suavemente os braços de minha volta, respirou fundo e pousou as mãos sobre minhas pernas e eu mantive meu olhar nelas, eu realmente não queria vê-la dizer os motivos para não transar comigo.
—Liz? —ela chamou procurando meu olhar sem sucesso, então acariciou levemente meu rosto das bochechas até o queixo levantado meu rosto e me fazendo encontrar seus olhos.
—Elliza – ela começou novamente – Claro que quero transar com você, eu quero isso desde a primeira vez que te vi naquele pub. é só que, se você não se lembra, quando tentei ir mais a diante você me disse para irmos devagar e eu entendi por ser sua primeira vez com uma mulher, e eu estava indo muito rápido mesmo, tentei te dar espaço para raciocinar tudo, eu quero você – ela respirou fundo —mas quero muito mais que você esteja confortável e segura com isso.
—Mas essa semana eu queria e você claramente fugia.
—Eu não podia adivinhar, e não poder ir em frente era tão frustrante que era melhor parar enquanto eu podia.
Eu não sei se morria de vergonha ou de amores, eu fiz um desenho totalmente errado dela esses dias que na verdade estava só respeitando o meu tempo.
—Desculpa – dessa vez eu a puxei para um abraço escondendo meu rosto em seu pescoço– eu estou tão envergonhada pelo o que eu disse e você só estava sendo linda comigo, como sempre é.
Ela me abraçou também e depois segurou minhas mãos.
— Bom não foi tão lindo pra mim.
—Por quê? —perguntei me afastando um pouco para olha-la.
— Eu não estava brincando quando disse que era muito duro resistir a você. –eu sorri – e foi muito difícil.
— Muito?
— Bastante — sua voz rouca que normalmente já é muito sexy, agora estava irresistível. –você não sabe o quanto me segurei essas semanas, como foi difícil me afastar quando nossas peles pegavam fogo. –ela fazia caminhos no meu braço com a ponta dos dedos, não sei se ela percebeu quão arrepiada eu fiquei.
—Não, eu não imagino — suspirei.
— Oh... Eu te digo. – ela tinha um sorriso malicioso e seus dedos continuavam enquanto sua outra mão acariciava minha coxa esquerda. —em algumas situações quando estávamos tão próximas assim e nossos corpos se encaixando, eu tinha vontade de tirar toda sua roupa peça... Por... Peça... — as três ultimas palavras fizeram meu corpo tremer.
—Sabe... –Samantha continuou se aproximado até que a ponta de nossos narizes quase se tocasse— quando nos beijávamos assim? — ela acabou com os centímetros entre nós com um beijo calmo e ao mesmo tempo com tanto desejo, suas mãos agora estavam em minha cintura e ela me apertava como se fosse para ver até onde eu aguentaria e depois afrouxou as mãos. — beijos assim me deixavam louca. Principalmente quando eu tinha que ir embora e acabar isso comigo mesma.
— Você se tocava pensando em mim é? – falei com clara excitação em minha voz.
— Sim — ela sussurrou em meu ouvido e logo após mordeu o lóbulo de minha orelha.
—Por deus, você realmente quer me matar me deixando assim.
—Assim como? –ela se divertia com minhas reações.
— Não sei... Louca?
Ela riu.
—Quer que eu te ensine como fazer isso? –Samantha deslizava seus lábios pelo meu pescoço– Prometo ser bem explicativa.
Puxei as folhas debaixo de mim e joguei longe.
—Por favor, me ensine. –ela sorria.
—Ok.
Ela voltou a me beijar, dessa vez com mais fome e intensidade, minhas mãos estavam na sua nuca acariciando e as dela na minha cintura e aos poucos subiam por baixo da minha blusa até os meus seios. Eu não podia saber qual sensação era melhor, a dos seus lábios devorando os meus ou o toque firme e ao mesmo tempo suave das mãos dela no meu corpo.
Eu me ajoelhei no sofá e passei uma perna por sobre as dela, eu estava sentada no colo de Samantha e nosso beijo continuava intenso. Nossas línguas dançavam juntas, nossos lábios consumiam um ao outro rápida e deliciosamente, eu estava agarrada a gola de sua camisa puxando-a mais pra mim, mesmo que não fosse possível, pois já estávamos completamente grudadas. As mãos dela pressionavam e movimentavam meu quadril no ritmo do seu corpo.
—Não quer ir pra cama? –ela disse entre os beijos.
—Esta muito longe. E eu quero você agora–respondi mordendo de leve os lábios dela.
— Eu não vou fugir.
—Tenho uma ideia melhor. —Me levantei rapidamente.
POV Samantha
—Tenho uma ideia melhor– ela falou e se levantou do meu colo tão rápido quanto sentou.
Foi até o outro lado da sala e puxou a segunda parte do futon, arrastando-o para o chão e juntando as duas partes lado a lado, formando um colchão enorme.
—Que tal?– ela disse virando se para mim e mordendo lábio inferior.
—Perfeito.
Eu me levantei e caminhei lentamente em sua direção desabotoando os botões da minha camisa e ela me olhava acompanhando cada movimento meu. Parei a frente dela colocando minhas mãos em sua cintura e subindo sua blusa, Elliza levantou os braços para que eu tirasse e assim o fiz. Tirei minha camisa também, nossos corpos se juntaram e pude sentir que ela queimava como eu. Deus como era bom senti-la assim.
O olhar de Elliza sustentava o meu, seus olhos azuis, hora claros e límpidos, agora estavam escurecidos de desejo. Minha mão esquerda estava no seu rosto e a outra em sua barriga acariciando de leve. Elliza levou suas mãos até o botão da minha calça e desabotoou sem esforço. Antes que ela fizesse mais algum movimento, desci minha mão da sua barriga para dentro da calça dela. Elliza fechou os olhos e soltou o ar pela boca quase amolecendo em meus braços. Eu mordi meus lábios ao sentir a quão molhada ela estava.
—Deita. – ordenei retirando minhas mãos.
POV Elliza
Deitei rapidamente como Samantha mandou e apoiada nos cotovelos, me arrastei mais para o meio dos futons para apreciar a vista, e que vista, ela abriu o zíper da calça e movimentava o quadril fazendo com que o jeans deslizasse por suas pernas. Samantha estava seminua e eu podia admirar cada parte do seu corpo escultural, o conjunto de lingerie preto assim como seus cabelos destacavam sua pele tom de neve.
Suas curvas eram perfeitas como se moldadas a mão, mordi meus lábios observando seu sutiã rendado e bem transparente.
Ela jogou os longos cabelos de lado e se ajoelhou aos meus pés, Samantha subiu até mim engatinhando como fera a espreita da presa, eu era sua presa, e tudo que eu mais queria era que ela me devorasse ali e naquele instante.
Com o rosto a poucos centímetros do meu e a mesma distancia entre nossos corpos Samantha colocou uma perna entre as minhas e pressionou me fazendo arfar. Ela me olhava com um sorriso lascivo apreciando o modo como me deixava, começou a deslizar seus lábios em mim, primeiro pelo meu rosto e pescoço, depois descendo para a parte descoberta dos meus seios me fazendo delirar. Era como se ela tivesse fogo nos lábios e por onde eles passassem deixavam um rastro, ela continuou descendo por minha barriga, distribuído beijos, e a essa altura minha respiração já estava totalmente desregulada. Samantha segurou o elástico da minha calça e desceu se livrando dela, dois segundos e nossos lábios já estavam se esmagando de novo num beijo selvagem. Sua língua invadia minha boca explorando e incitando.
Ela nos virou no futon me deixando por cima, me apoiei sob minhas mãos e continuei o beijo enquanto Samantha abria meu sutiã, nós rolamos de volta a posição inicial e eu fui direto ao fecho do seu e o abri, ela riu durante o beijo e com poucos movimentos puxou as duas peças juntas fazendo com que nossos seios se tocassem.
Há algumas semanas atrás eu jurava essa cena impossível, não fisicamente porque já bem tinha assistido muita coisa, mas de um jeito pessoal, por mais que eu não tivesse sido nenhuma santa, estar sozinha com uma mulher e fazendo o que estávamos fazendo nunca passou pela minha cabeça até conhecer a morena que vorazmente sugava minha língua.
Samantha mordeu meus lábios uma última vez e novamente desceu pelo meu corpo com beijos até os meus seios e as pontas do seu cabelo me faziam cocegas. Com uma mão ela apertava uma massa e com a boca lambia e chupava a outra, emaranhei meus dedos em seu cabelo com a sensação deliciosa de sua língua brincando com meu mamilo, ela tirou minha mão de seus cabelos e a forçou contra o futon.
—Fica quieta! –ela disse com sorriso malicioso no rosto e eu sorri mordendo os lábios.
Samantha desceu até minha calcinha e eu gemi baixo sentindo seus beijos sobre o tecido. Ela tirou minha última peça de roupa quase sem quebrar nosso contato visual. Deu um nó frouxo no cabelo e se aproximou novamente abrindo minhas pernas e distribuindo beijos ao longo do caminho, eu esperava pelo contato principal mesmo sem conhecê-lo, mas Samantha me torturava se entretendo do meu joelho até o interior de minhas coxas e eu estava adorando aquela tortura.
Minhas costas se arquearam com a eletricidade que percorreu meu corpo quando sua língua me tocou pela primeira vez, primeiro como um beijo calmo, depois com curiosidade desbravando intensamente minha fenda de baixo para cima até encontrar o clitóris, e que encontro maravilhoso, sua língua o contornava e pressionava. Minhas mãos passeavam pelo futon procurando desesperadamente algo que eu pudesse agarrar. Ela levou suas mãos para minha cintura me apertando enquanto aumentava os movimentos de sua língua. Eu gemia alto perdendo o controle do meu corpo cravei as unhas no futon tentando conter os gritos, em vão, nunca senti algo como aquilo, nunca senti nada como aquilo.
—Ah... Meu deus... —foi tudo que consegui pronunciar levando minhas mãos novamente aos cabelos dela e dessa vez ela não se importou em tira-las, apenas aumentou a frequência dos movimentos, eu rebolava em sua boca e forçava mais sua cabeça entre minhas pernas pressentindo a explosão, pequenos gritos fugiam de minha garganta, eu não conseguia olhar para baixo e no segundo seguinte uma corrente elétrica que partiu do meio das minhas pernas se espalhou por todo meu corpo e eu levantei meu quadril da superfície acolchoada ficando nas pontas dos pés com um grito. Foi definitivamente o orgasmo mais intenso que já tive.
Samantha veio por cima de mim trazendo seus lábios aos meus num beijo longo e calmo como se quisesse me fazer apreciar meu próprio gosto, seu corpo se juntava ao meu e aos poucos senti meus musculos relaxando.
—E então? —ela perguntou no meio do beijo— foi bom?
Bom? Nenhum adjetivo que vinha a minha mente parecia ser suficientemente adequado, eu não sabia como expressar o que eu senti e apenas suspirei ainda tentando acalmar minha respiração. Ela ria e claro que sabia a resposta.
—Vou levar isso como um "sim"
—É mais do que sim. – eu disse levando uma mão até sua nuca e puxando a novamente para o beijo.
Minha respiração mal se normalizou e já engatamos em outro beijo quente, eu não conseguia me afastar do corpo dela algo nos envolvia numa atmosfera gravitacional como os planetas presos no sistema solar, eu estava em sua orbita e ela era meu sol.
Minhas mãos passearam pelo seu corpo alisando, apalpando e apertando. Quando arranhei suas costas ela soltou o ar entre o beijo, sorriu de leve e voltou a um beijo mais intenso, eu continuei arranhando seu corpo com mais confiança, nossos corpos se movimentavam com uma força tamanha que era como se em algum momento eles fossem se fundir. Minhas mãos passearam novamente pelo corpo de Samantha e pararam em sua calcinha que eu tentava tirar devagar.
— O que você está tentando fazer? – ela perguntou afastando nossos lábios.
—Por em prática – respondi descendo mais a peça rendada.
—Calminha, ainda quero te ensinar outra coisa.
Samantha se livrou de minhas mãos e deitou com a cabeça aos meus pés, tirou rapidamente sua calcinha e sentou-se novamente estendendo a mão para que eu me juntasse a ela, nos sentamos de frente uma para a outra, ela estava com as pernas abertas e eu no meio delas com minhas pernas dobradas sobre as dela e os pés apoiados no futon.
—Está pronta? –Ela disse com a voz rouca e eu fiz que sim com a cabeça.
Ela deslizou sua mão direita em minha coxa e a colocou no meio das minhas pernas, eu pisquei demoradamente sentido seu toque. Abri os olhos e Samantha me encarava com os lábios entre abertos e com sua outra mão pegou minha mão direita a colocou no meio de suas, ela estremeceu com meu toque e pude sentir que ela estava tão molhada quanto eu.
—É só fazer o que eu fizer – assenti novamente com a cabeça e ela começou a me tocar.
Ela deslizava suavemente seus dedos por minha abertura e eu a segui, fazíamos movimentos circulares uma na outra, fechei os olhos, meu corpo voltou a estremecer e a queimar e eu me empolguei. –um pouco de mais– Só voltei a mim quando Samantha tocou meu braço com a mão livre.
— Calma – ela disse sorrindo –um pouco mais suave.
Só então percebi que tinha mesmo me empolgado de mais, tive medo de tê-la machucado, procurei algum resquício de dor em seu rosto e não achei, eu tinha que ser uma aluna aplicada então suavemente voltei meus dedos ao seu clitóris.
—Assim? –perguntei ajustando meus movimentos aos dela
—Isso... – ela quase fechava os olhos e eu entendi como ela queria.
Nossos movimentos continuaram e se intensificou, a respiração de Samantha era tão desenfreada quanto a minha e ela gemia alto o que me deixava mais excitada e motivada, eu não conseguia parar de olha-la daquele jeito, tão entregue e ao mesmo tempo tomando algo de mim. Eu estava quase lá quando ela diminuiu os movimentos, e penetrando seus olhos nos meus ela desceu mais um pouco com um dedo e depois outro e os introduziu em mim, prendi a respiração por alguns segundos ao sentir e depois fiz o mesmo observando a respirar fundo admirando rapidamente o teto. Quando nossos olhos se encontraram de novo voltamos a nos movimentar em conjunto, primeiro devagar como se acostumando nossos dedos ao ambiente e depois mais rápidos. Era totalmente diferente de qualquer outra coisa que eu pudesse ter imaginado, suas paredes internas se fechavam como se quisessem prender meus dedos ali para sempre. Gemíamos intercaladas encarando uma à outra seus olhos verdes estavam mais escuros, nossos movimentos eram tão intensos que eu sentia meus cabelos chicotearem minhas costas, levemente úmidas de suor, Samantha gemeu mais alto, seus lábios estavam separados, sua língua forçava os dentes superiores e eu percebi que ela estava quase lá, ela aumentou o ritmo e eu também e logo depois ela cravou as unhas da mão livre na minha perna e eu quase urrei sentido a histeria tomar conta de mim. –se teve diferença de tempo entre nós foi de um segundo ou menos– desabamos uma na outra, exaustas e com a respiração entre cortada e de novo eu não conseguia explicar a sensação e acho que o mesmo acontecia com ela, a julgar pelo estado em que estava com a cabeça encostada em meu ombro, sua perna ainda tremia e eu a acariciei até que parasse.
Assim que nos recuperamos deitamos lado a lado deixando nossos corpos relaxarem.
—Como se sente? – Samantha perguntou virando a cabeça para o meu lado e com a voz um pouco embargada ainda.
Eu ri de suas perguntas, sabia que ela estava preocupada em me satisfazer de todas as formas e com certeza ela tinha conseguido.
—Não sei como explicar —respirei— é como se eu estivesse moída e renovada ao mesmo tempo.
— Eu também. –Ela sorriu e eu correspondi.
Virei-me de frente pra ela e ela fez o mesmo encostando-se a mim, deslizei minha perna sobre a dela subindo até seu quadril ela colocou sua perna entre as minhas e eu sorri.
—Que foi? –Ela perguntou sorrindo.
—Sempre quis ficar assim com você, da ultima vez que dormimos juntas era meio que impossível fazer isso. –Ela levou a mão até o meu rosto afastando algumas mechas do meu cabelo e sorriu de leve deslizando a ponta dos dedos sobre o meu rosto como se redesenhasse cada detalhe.
Ficamos ali naquele clima de intimidade por um tempo e eu acabei pegando no sono com os carinhos de Samantha.
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