POV Samantha
Cochilei um pouco, depois que Elliza pegou no sono, era tão lindo vê-la adormecida, tão tranquila.Os lábios entre abertos e as pálpebras se movimentando vez ou outra, o melhor era ter suas pernas em volta de mim.
Eu quis tanto tê-la assim, tão minha. Bem antes disso eu pensava que poderia me apaixonar por seus olhos, pelo jeito como me olhavam, e pouco tempo depois eu soube que estava acontecendo eu estava realmente apaixonada por ela e saber disso já me dava um frio na barriga, agora então eu me sentia totalmente perdida. Elliza não era mais só a mulher por quem eu poderia me apaixonar, ou a mulher por quem me apaixonei, o que eu sentia por ela envolvia paixão, mas não só isso, esse sentimento se aproximava do amor de forma rápida e perigosa, e eu sabia que esse era um caminho sem volta.
A tarde caía e embora a temperatura ambiente fosse confortável me soltei lentamente das pernas dela e fui até a lavanderia procurar algo para cobri-la e enquanto abria alguns armários não pude conter o riso ao ouvir ela me chamar.
—Ok que tipo de despertador biológico é esse que te acorda quando me afasto? —falei voltando a sala com um lençol na frente do corpo.
—Não sei, meu corpo sente falta do seu? —ela ria e eu me derretia, eu a amava e estava tão fodida por isso.
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Nós descemos enroladas no mesmo lençol. Resolvi fazer uma calda para o bolo que ela tinha feito, tinha ficado realmente muito bom e logo depois ela foi tomar banho. Quando fui avisar que tinha terminado ela me chamou para o chuveiro, eu não recusei e ela se entregou novamente para mim.
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Depois do banho definitivamente relaxante eu estava no sofá da sala procurando algum filme na tevê. Eu tinha deixado minha bolsa de roupas noite passada e Elliza tinha lavado junto com as delas, eu ri quando ela as trouxe e de cara me entregou o short jeans “que foi? Eu gosto desse” ela tinha dito e saiu rindo.
Elliza voltou à sala e se sentou no canto do sofá colocando as pernas sobre as minhas.
—Olha só, as pernas no meu colo em vez de só a cabeça, dois garfos e um prato só, intimidade é mesmo uma droga –ela revirava os olhos rindo.
—Estou apenas exercitando o ato de compartilhar. – ela falou dando uma pequena garfada e eu também.
—Tenho que dizer que para o seu primeiro bolo está muito bom.
—Obrigada, vindo de você é um elogio e tanto. — nós riamos.
—Mas voltando ao ato de compartilhar, isso não é tão difícil quando se tem irmãos é?
—Maggie e eu nunca dividimos nada além da casa onde crescemos e esse apartamento, graças a deus por pouco tempo.
—Sério?
—Sério, Ela é três anos mais velha do que eu e pelo que meu pai me contava Maggie não ficou muito feliz quando eu nasci, e a ideia dele de sermos melhores amigas foi por água a baixo.
—Isso é normal dos irmãos mais velhos, quando eu nasci, David queria que eu ficasse na casa de cachorro e ele só tinha cinco anos — eu ri e comi outro pedaço— mas com o tempo e insistência de nossos pais nós nos demos bem e acho que a única coisa que não dividimos depois foram as roupas. –Ela deu risada.
—Não sei, Maggie e eu éramos mais como colegas do que irmãs, pode ser maldade, mas eu gosto tanto do meu cunhado mesmo sem conhecê-lo direito e ele nem sabe que é só porque ele levou a Maggie daqui.
—Cada vez que você fala da sua família a trama toda fica cada vez melhor – ela revirou os olhos– acho que é porque nunca vi nada igual, é tão estranho e você conta como se fosse à coisa mais normal do mundo.
—Porque é assim que é pra mim, eu não conheço nada diferente disso então é o que é. –ela disse comendo o último pedaço, mas percebi seu semblante um tanto quanto triste.
A porta da frente fez barulho. Amber.
—Hey Liza olha quem eu encontrei lá em baixo... –ela parou nos encarando por alguns segundos e depois sorriu Hellen que vinha logo atrás fez o mesmo.
Elliza tirou as pernas de cima de mim devagar e sorrindo.
—Atrapalhamos algo? —Hellen perguntou com um olhar indecente.
—Não, estávamos falando de nossos irmãos. — Sorri.
E ela se sentou na poltrona ao lado do sofá e começou a falar.
—Ah! Adoro essas historias, ela já te contou da vez em que a Maggie colocou um pássaro morto na cama da Liza com ela dormindo?
—Como é? –eu ria, aquilo realmente ficava cada vez mais estranho.
—Ok já que minha infância feliz vai ser o assunto vou pegar mais bolo.
Elliza foi até a cozinha e Amber a ajudou, depois as duas se juntaram a nós.
Hellen parecia conhecer toda a vida de Elliza e contava os eventos quase tão naturalmente quanto ela, a diferença é que ela colocava Maggie e Martha, mãe de Elliza, como uma espécie de vilãs e Richard, o pai, como o herói.
Hellen contou como Elliza voltou para casa sozinha da escola num dia de inverno aos dez anos porque ela se atrasou e pediu que a irmã avisasse o motorista, mas Maggie disse ao motorista do ônibus que a irmã já tinha ido. De como Elliza tentou se vingar descobrindo o esconderijo de doces da irmã e os afundando na água da banheira e que mesmo depois de dedurarem uma a outra para os pais nenhuma das duas ficaram de castigo.
Ela continuava com a histórias e eu escutava tudo boquiaberta, aquilo fazia minha infância parecer mil maravilhas, mas na minha opinião Elliza tinha uma irmã com sérios problemas de convivência, uma mãe ausente e um pai que tentava compensar tudo com dinheiro.
—Resumindo a Maggie é uma bruxa. –Hellen disse por fim.
—Não fala assim dela. –Elliza disse recolhendo os pratos.
—O que? A garota me viu pela primeira vez e me mandou trocar a cor do cabelo porque era ridícula Liza e eu mantenho minha antipatia por ela desde então, e olha que não foi nada perto do que ela fez com você a vida toda, como pode esquecer?
— Ela ainda é minha irmã e eu não a suporto, mas é meu sangue e isso não quer dizer que esqueci ta bom. Vamos lá pra cima? —Ela falou e eu me levantei para acompanha-la.
— Oh não eu vim aproveitar o silêncio do seu escritório –Hellen mostrou a pasta do notebook– meus vizinhos estão em obra.
—Tudo bem, eu terminei as correções do projeto da Skynext se quiser dar uma olhada a Amber te explica os ajustes.
Subimos e Elliza foi direto se debruçar no parapeito. O céu estava escurecendo e o vento jogava o cabelo dela de um lado para o outro, mas não parecia se incomodar. Juntei-me a ela.
—Tudo bem? –Perguntei depois de um tempo em silêncio.
—Tudo. –Ela não me olhou.
— Eu sei que não gosta de falar da sua família.
—Não é isso.—ela suspirou– é que sei lá, eu sei que não tenho a família perfeita, que tive uma péssima irmã e que cresci fazendo de tudo para ter a atenção da minha mãe. Mas isso é tudo que eu tenho e tenho que me conformar com isso. –segurei suas mãos e pensei ter visto seus olhos se umedecer enquanto ela continuava– Vou passar minha vida me iludindo e minha mãe vai continuar me ignorando.
Ela passou a mão no rosto e percebi que ela estava mesmo chorando e eu não fazia ideia do que estava acontecendo.
—Eu não deveria ter dado corda pra Hellen.
—Eu já disse que não é isso – ela se virou e seus olhos estavam avermelhados– eu não me importo de falar ou que falem. –ela parou de falar eu já estava angustiada.
—Então o que é?
—Nada esquece.
—Vem aqui.
Peguei sua mão e a fiz me seguir até a espreguiçadeira onde me sentei e a puxei pro meu colo.
—Pode começar a falar.
Ela revirou os olhos e respirou fundo.
—Eu recebi uma ligação da minha mãe hoje.
—Que bom, vocês quase não se falam, ela tá bem né?
—Ta sim, Ela está ótima. O seu livro "Ame o que você tem." está fazendo muito sucesso e no final do verão ela virá divulga-lo aqui.
—Martha Reynolds é a sua mãe? – ela revirou os olhos de novo – Quer dizer, eu li algumas sinopses, coisa do trabalho, ela é mesmo boa?
—Não precisa fingir, ela é tão boa quanto é em ignorar todos a sua volta, ela usa o nome de solteira porque Reazzer não soa bem.
—Tudo bem, pelo menos eles vão vir te visitar.
—Sam ela não se importa, ela só falou comigo porque meu pai me ligou e passou para ela e depois de falar o motivo de vir ela disse que não sabe se vai dar pra gente se encontrar porque só vai passar algumas horas aqui, sabe qual foi a última vez que nos vimos? No natal e de dois anos atrás —Ela respirou fundo secando outra lágrima e continuou— eu tento ignorar, como eu sempre faço, mas dessa vez não dá eu não consegui, sabe o que meu pai me disse para me confortar? Ele falou pra eu não me importar porque eles foram para Berlim no começo do ano, coisa que eu não sabia, e ela não foi ver a Maggie também, e o pior a minha irmã está grávida outra coisa que eu não sabia. —ela parou,os olhos marejados novamente e eu a abracei.
—Eu... Eu não sei o que dizer.
—Nem eu, eu cresci sabendo como ela é e mesmo assim me surpreende, mesmo que a Maggie a conheça tão bem quanto eu, como você ficaria se estivesse grávida e a sua mãe que não vê a quase três anos está na mesma cidade que você e não quer te ver?
—Mas a sua irmã foi na divulgação?
—Pelo que meu pai me disse não, e eu não esperava o contrário. Maggie não era tão obcecada por aprovação como eu, mas com certeza não deve ter respondido bem. —ela respirou fundo se acalmando aos poucos— Eu só queria saber qual é o problema dela e como ela consegue escrever sobre amar o que tem sendo essa pessoa tão fria, Ah se as pessoas soubessem.
— Ta tudo bem. –afastei uma mecha de cabelo do rosto dela e a beijei.
—Desculpa me ver desse jeito, eu não fico assim não fico mesmo, dessa vez ela ultrapassou os limites e eu não sei o que me deu pra chorar na sua frente.
— Eu sei ta tudo bem, tudo bem, eu estou com você.
Ela sorriu pra mim.
—Eu não quero mais pensar nisso.
—Ok, vamos pensar em outra coisa lá dentro Porque vai chover logo.
Elliza prendeu Joe na parte coberta,e depois de conseguir arrancar alguns sorrisos dela enquanto fechávamos as janelas dos fundos, descemos as escadas e sentamos nos últimos degraus.
—Ta melhor? –Pergutei colocando a mão em sua perna.
—Eu tô sim. –e ela também colocou a mão em minha perna.
—Ainda quer que eu te faça pensar em outra coisa? – eu a encarava do jeito que só nós entediamos e ela sorriu.
—Eu quero. – ela desceu a mão pela minha coxa até a barra do short– mas as garotas estão logo ali.
—Podemos conversar então.
—Sobre o que?
—Sobre ontem –ela revirava os olhos– qual é, agora não tem mais porque se envergonhar e eu gostei muito.
—Gostou é? –ela sorria e nem lembrava mais a angústia de alguns minutos atrás.
—Aham, você toda sexy e dominadora abusando do meu corpinho. –Eu ria
—Abusando de você? Eu me lembro muito bem de você me puxando e me apertando.
—Ah você lembra?
—Lembro, eu bebi não bati a cabeça – ela deu risada– o flashback veio aos poucos hoje.
—Pena que era o álcool, eu gostei muito daquela mulher.
—hey, era eu, o álcool só me deu coragem.
—Não sei não.
—Você duvida é?
Elliza deixou a barra do meu short e levou a sua mão pela parte interna da minha coxa até o meio dasminhaspernas e eu respirei fundo e dei risada.
—Você não vai fazer nada, você mesmo disse que as meninas tão lo...Aar...
Eu arfei quando ela apertou e apertou com vontade me encarando e eu apertei sua coxa.
—E agora? –Ela sorria sem tirar a mão.
—Não faz isso. –minha boca dizia uma coisa, mas meu corpo e meu tom de voz diziam o contrário.
Ela veio pra cima de mim e agora ela que estava no meio de minhas pernas, ouvimos um trovão e ela deu risada, Elliza pressionou seu corpo contra o meu até minhas costas encostarem-se aos degraus, minhas mãos estavam em sua cintura e ela beijava meu pescoço.
—Liz... A Hell e a Amb...
—Cala essa boca. – ela agora beijava minha orelha.
Eu não ia mesmo fazer com que ela parasse.
—Que se dane, vem cá.
Eu a puxei pra mim e a beijei um beijo intenso e bastante quente. Minhas mãos deslizavam da cintura as costas dela, Elliza apoiava as duas mãos no degrau atrás de mim e pressionava seu quadril no meio das minhas pernas num ritmo constante, abrindo ainda mais minhas pernas fazendo a costura interna do short pressionar ainda mais meu sexo e eu gemia o mais baixo que conseguia. Ela deixou meus lábios e foi para o meu pescoço mantendo o ritmo do corpo, ela deslizava a língua, beijava e mordia, depois desceu para os meus seios afastando um pouco o quadril de mim.
—Volta, continua. – ela riu me olhando, eu a puxei, ela voltou a se movimentar e eu gemi.
—Ta falando sério? –ela perguntou roçando os lábios nos meus.
—Tô, vai mais rápido. –e ela obedeceu.
Os movimentos dela, o short apertado e os beijos, eu apertava sua cintura e me segurava para não gritar, estava quase.
—Ta OK eu pego. –ouvimos a voz de Amber.
Elliza saiu de cima de mim e voltamos a nos sentar lado a lado na escada arrumando a roupa e os cabelos. Amber passou pela sala sem nos ver e foi até o quarto dela.
— Você estava mesmo quase...– Elliza perguntou me encarando e não continuou.
—Estava Liz –falei apoiando os cotovelos nos joelhos e o rosto nas mãos ela ainda me olhava sorrindo e eu respirei fundo para relaxar.
—Você parece irritada. –Ela ria e colocava a mão de novo na minha coxa.
—Para ou eu vou botar as duas pra correr daqui.
—Você não pode. –Ela ria e isso era verdade.
—Pega sua bolsa.
—Aonde vamos?
—Pra minha casa.
—Mas ta chovendo– ela falou, eu a encarei e o seu riso sumiu– me dá dois minutos.
Elliza se levantou pegou o celular e a bolsa e eu fiz o mesmo, antes de sairmos ela apenas falou pra Amber que iamos dar uma volta.
POV Elliza
Corremos alguns metros na chuva até o carro de Samantha rindo sem parar, durante o caminho eu passeava com uma mão discretamente pelo corpo dela e Samantha mordia os lábios tentando se segurar. Ela estacionou na garagem que estava vazia e fomos aos beijos até o elevador subterrâneo, no terceiro andar ele parou e nos afastamos, uma mulher loira com duas crianças entrou e Samantha pareceu conhecê-los.
—Julie? – Samantha disse e ela a olhou.
—Hey Sam, que bom te ver, como está? –Ela respondeu depois de entrar e elas se abraçaram.
—Eu estou bem e vocês? Deixa eu te ajudar. –Samantha disse pegando a bolsa enorme que ela carregava nos ombros.
—Obrigada. Estamos bem. Ah oi! –ela disse por fim me cumprimentando e eu sorri em resposta.
—Semana da Lexie?
—Pois é
Enquanto elas conversavam eu apenas observava.
Samantha e Julie pareciam se conhecer a muito tempo e as crianças eram lindas, o menininho de cabelos castanhos dormia no colo da mãe parecia ter menos de um ano e a menina lourinha era um pouco maior.
O elevador tremeu um pouco para subir e a menininha agarrou a perna de Samantha.
—Venha cá pequena. –Samantha disse pegando a no colo e ela olhava para mim. –Essa é a Emma.
—Oi Emma. – Eu disse pegando na mãozinha dela e ela sorriu–Quantos anos você tem?
Ela não respondeu
—Mostra como a mamy te ensinou. – Julie a encorajou e ela levantou a mãozinha mostrando os quatro dedinhos.
—Quatro. –ela disse perfeitamente depois com um pequeno sorriso.
Samantha e eu brincamos um pouco com a Emma até o elevador chegar e ela tinha um brilho nos olhos com o sorriso da menina.
Samantha ajudou Julie até o apartamento da tal da Lexie e assim que ela atendeu ela as deixou e voltou ao elevador que eu segurava.
—Que anjinhos. –falei quando ela entrou de novo no elevador.
—Eles são sim.
—Elas são separadas?
—Lembra de quando nos conhecemos e eu disse que estava comemorando o divórcio de uma amiga? Pois é eram elas. –ela sorriu.
— Que triste e as crianças?
—Ah elas estão bem, no começo eu também achei triste e não apoiei a ideia, mas elas são bem melhores como amigas do que como esposas e são ótimas mães.
Eu assenti e chegamos ao nono andar.
POV Samantha
—Você leva jeito com crianças. –Elliza falou entrando depois de mim.
—Elas me amam. –Sorri.
Ela foi em direção ao sofá e se jogou nele enquanto eu pegava a água que ela tinha pedido.
—Sempre gostei de crianças, eu fui babá dos meus primos desde pequena e depois do Shawn e eu adorava. —Falei voltando a sala com uma garrafa de água— também já tomei conta da Emma e do Max algumas vezes eles são um amor. —eu bebi e depois entreguei para ela que riu.—Ato de Compartilhar. –Falei ela deu outra risada e bebeu.
—Na verdade eu quero compartilhar outras coisas com você. –ela colocou a garrafa no chão– Vem aqui.
Eu fui na direção dela sorrindo e ela também ria, mas de um jeito sexy. Ela sentou ereta no sofá e eu parei a sua frente, Elliza pegou minha mão me puxando e eu me curvei para beija-la, sua língua ainda gelada da água envolvia a minha e quando tentei me aproximar mais ela parou o beijo e eu a olhei.
Elliza afastou mais as pernas e me puxou para o meio delas, soltou minha mão e a deslizou em minhas coxas em direção ao meu short. Eu a olhava admirando cada movimento desabotoando e abrindo a peça, ela voltou a me olhar e o rostinho angelical não combinava com todo o desejo que tinha naqueles olhos azuis que me olhavam fixamente, ela sorriu descendo o short.
—Você é boa nisso.
—Eu aprendo rápido. – ela fechou as pernas, mordeu os lábios e eu entendi.
Me aproximei, apoiei os joelhos no sofá e sentei no colo dela, ela colocou as mãos em minha cintura ainda me encarando e voltamos a nos beijar ansiosas, ela subiu minha blusa e eu a ajudei a tira-la. Elliza desceu os beijos até o meu pescoço beijando e chupando de um jeito que eu sabia que deixaria marcas, mas eu não me importava só queria que ela me domasse, que amasse meu corpo e fizesse amor comigo ali, mesmo que não fosse isso que ela sentia, eu não me importava. Ela tirava meu sutiã e beijava meus seios, me apertava e eu movimentava meu corpo no dela enquanto ela me tomava.
Elliza passou um braço em volta da minha cintura me segurando com força e depois desceu a outra mão para o meio das minhas pernas por dentro da minha calcinha e eu gemi sentindo ela me tocar. Eu apoiei meu corpo no dela fazendo se encostar no sofá, ela riu e prescionou de novo a mão que ainda estava dentro da minha calcinha, eu forcei os joelhos no estofado apoiando as mãos nas costas do móvel me inclinando sobre ela. Elliza voltou a me beijar e a me tocar, sem rodeios direto ao ponto, firme e suave, ela tinha aprendido direitinho, mordi o lábio sentindo a excitação ela percebeu e aumentou os movimentos. Eu não me segurei e gritei desfalecendo meu corpo estremecido sobre o dela e ela me abraçou.
—Eu fiz certo? –Ela perguntou e eu não acreditava que ela ainda tinha dúvidas.
— Fez sim. –Faleisentando no sofá e me levantando alguns minutos depois de me recuperar.
Ela encarava meu corpo e eu me virei.
—Onde você vai?
—Esse sofá é bom, mas minha cama é muito melhor.
Antes que eu chegasse ao corredor ela me alcançou e fomos aos beijos pro meu quarto a tarde estava acabando, mas a nossa noite só estava começando.
#
POV Elliza
—Não, Hell.
—Ah por favor não precisa entrar em detalhes.
—Não.
Ela me seguia enquanto eu andava pela minha sala arrumando e desligando tudo antes de sair.
—Só me diz se foi bom.
Eu a olhei rindo.
—ok ta na cara que foi bom. –ela deu risada– Melhor do que com caras?
— Você não vai parar né?
—Não eu não vou.
—Eu vou dizer só uma vez e você não vai mais fazer perguntas. –ela fez que sim com a cabeça –Foi o Melhor sexo que já fiz na vida.
—Sério?
—Hellen vamos embora?
—Ta bom.
Saímos e ela continuou inquieta, mas calada.
Ontem tinha sido um senhor dia, eu desisti de fazer sexo, teve a ligação dos meus pais, teve o sexo perfeito com Samantha e depois ela me viu chorar como uma garotinha por ser ignorada pela mãe e depois acabei meu dia com as pernas em volta da mulher mais linda que existe e que também era totalmente responsável pela loucura que estava minha cabeça.
—E como você está se sentindo?
— Bem, ótima... Eu acho.
—Como assim você acha?
—Eu não sei é diferente do que eu pensei que seria
Continuamos andando e agora é que ela não me deixava em paz.
#
Cheguei em casa larguei minha bolsa e o celular na mesa do canto e me joguei no sofá.
—O que deu nela? –Amber perguntou passando pela sala.
— Ela fez o melhor sexo da vida dela e descobriu que está apaixonada pela Sam.
—HELLEN!– gritei colocando uma almofada na cabeça.
—Você está apaixonada?
—Não. – gritei.
—Tem certeza? – ouvi a voz da Amber mais perto.
—Não sei. –Respondi debaixo da almofada e elas riam
—Olha uma mensagem da Sam.
Me levantei num pulo e tomei o celular da mão da Hellen, agora elas davam altas risadas e não tinha mensagem nenhuma.
— Você está apaixonada. –Hellen falou tentando segurar o riso.
—Não estou, eu só gosto muito delae nos damos muito bem só isso.
— E ela é um amor de pessoa, é linda, divertida e segundo você é ótima de cama.
—E não esqueça que ela salvou a sua vida e cozinha super bem – Amber gritou voltando do quarto.
—Ta vendo até nós já estamos apaixonadas por ela, porque você não estaria? –Hellen disse por último e eu revirei os olhos.
—Eu não disse que não sinto nada por ela ou que não penso a mesma coisa que vocês eu só não sei o que é.
—Ok nos avise quando tiver certeza pra eu poder dizer que eu já sabia.
ignorei, peguei o celular e fui pra escada.
—Onde você vai?
—Ligar pra Sam. –gritei da escada já esperando as risadas que vieram a seguir.
Eu sabia o que sentia, já tinha acontecido antes, não com a mesma intensidade e rapidez, mas eu conhecia aquele frio na barriga e a vontade indescritível de estar perto de uma única pessoa.
A verdade é que eu tinha medo, medo do tamanho daquilo, medo da seriedade que aquilo poderia se transformar. Confesso que sempre tive medo de me entregar, mostrar meus sentimentos e emoções. Eu aprendi isso com minha mãe desde cedo e pratiquei isso por muito tempo, mas Samantha, ela quebrava minhas barreiras, ela tomava conta de tudo em mim e eu tinha medo de todo o poder que ela tinha sobre mim.
Só tínhamos nos falado por mensagem e eu estava louca para ouvir a sua voz, liguei duas vezes e ela não atendeu resolvi dar um tempo, abri a porta de correr e fui para o muro de proteção seguida por Joe.
E eu novamente estava pensando nela, eu nunca acreditei na frase "eu penso o tempo todo em você"até o momento em que isso começou a acontecer comigo, não tinha um só minuto que eu estivesse desocupada e que meus pensamentos não voassem para ela.
Meu deus eu estava mesmo apaixonada por ela.
Ouvi o barulho da porta de correr e pelo silêncio eu soube quem era e esperei.
Ouvi os passos calmos, um após o outro até ela se encostar e me abraçar por trás.
—Queria falar comigo? – Samantha sussurrou no meu ouvido.
—Tava vindo pra cá quando te liguei?
—Estava. –ela beijou meu rosto– timing perfeito não acha?
—Acho sim. –me virei colocando os braços em volta do pescoço dela e tirando os calcanhares do chão para alcançar sua boca eu a beijei.
Ela desceu as mãos pelo meu corpo acariciando e apalpando.
—Ta pegando na minha bunda? – falei com os lábios ainda nos dela.
—Eu tô sim, pode pegar na minha se quiser. – ela riu e mordeu meu lábio.
—Eu não vou pegar e eu não vou começar algo que não vamos continuar. –subi as mãos dela de volta a minha cintura.
—Não mesmo? – ela me olhava com as sombrancelhas arqueadase sexys.
—Não.
—Tudo bem eu espero.
E ela esperou, esperou o jantar com as meninas, esperou o vinho e os assuntos idiotas por causa dele e até depois da Hellen ir embora.
—Tem mais alguma coisa pra fazer? –Ela perguntou enquanto eu organizava os papéis que tinha terminado de conferir com Amber. eu não precisava, mas estava adorando ver Samantha quietinha só observando e tentando não parecer impaciente.
—Não sei, sinto que estou esquecendo alguma coisa.
—Ta bom cancei de ser boazinha. –Ela falou e pegou meu braço me virando de frente pra ela, encostando meu corpo na mesa de projetos e eu me apoiei nela.
—Ah você estava sendo boazinha comigo é?
—Estava. –Samantha desceu as mãos pelas minhas coxas e subiu elas num só impulso me fazendo sentar na mesa.
—Ai!
—Que foi te machuquei?
—Não. –mordi o lábio e ela me olhava ainda.– Ah para, você já deve ter percebido que eu não sou frágil – olhei de novo e ela sorria. — eu não vou quebrar.
—Não vai é? –Ela me pegou pela cintura bem forte encostando nossos corpos e eu soltei o ar sorrindo.
—Não vou. –Ela me olhou com os olhos meio escurecidos e o meu riso desapareceu.
Samantha desceu as mãos de novo abaixo da minha coxa, me puxou pro seu colo e eu a agarrei, ela agora tinha um sorriso sexy nos lábios e eu a beijei. Eu estava com as pernas presas a ela e ela me segurava enquanto íamos para o meu quarto na porta ao lado.
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