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História Don't Belive in Fate. - Broken Heart


Escrita por: Emm8

Notas do Autor


Hello Monkeys, desculpem a demora é a edição, estou na cidade dos meus pais então provavelmente postarei somente pelo cell e como disse anteriormente é mau editado.
Então aproveitem.

Capítulo 18 - Broken Heart


POV Samantha
Quinta
Eu não queria outra pessoa é claro que não queria e também não queria deixá-la, não conseguiria. O que eu fiz na noite passada foi para força-la a entender seus próprios sentimentos e descobrir de vez o que diabos ela quer da vida e de mim. Mas agora deitada em minha cama abraçada ao travesseiro dela eu me arrependia.
E se ela não entender? E se ela preferir desistir ou pior e se ela simplesmente não quiser?
As perguntas torturavam minha mente, eram elas ou uma terrível dor de cabeça. Me arrastei até o banheiro, tomei os analgésicos e implorei mentalmente para que a dor passasse antes do trabalho.
#
Na editora eu não conseguia me concentrar em um parágrafo que fosse que dirá corrigir a tradução de um artigo inteiro, tudo me fazia perde a paciência e os olhares de Joy não estavam ajudando.
Decidi dar uma pausa e desci até cantina, peguei um café e me sentei perto de uma das janelas.
Elliza adora se sentar a janela.
Não ela não iria sair da minha mente. Tomei um pouco do café e abaixei a cabeça sob a mesa apenas sentindo o calor dos raios de sol sobre a minha pele.
—Dia difícil? —reconheci a voz da minha chefe e levantei a cabeça agradecida a politica tão liberal da empresa, talvez em qualquer outra eu estaria bem encrencada agora.
—Consideravelmente. —Falei mexendo o copo sobre a mesa.
Não sente, por favor, não sente.
—Não sabia que conhecia o pessoal da W’s. — Ela se sentou.
—Só conheço a Liz... Elliza e alguns amigos dela.
Ela soltou um “Ah” e ficou calada por algum tempo.
—Não é da minha conta, mas... Vocês namoram?
—Tem razão, não é da sua conta. —falei automaticamente e só percebi o que tinha dito depois. — Ai me desculpa Joy não queria ser...
—Não tudo bem eu entendi, eu que me intrometi, só fiquei curiosa por você conhece-la e ainda assim optar por trabalhar na Miles.
Respirei fundo, ela não iria sair e eu definitivamente não iria conseguir não pensar na ruiva, então me endireitei na cadeira e a olhei pela primeira vez.
—Bom, a Miles me chamou primeiro, o cargo aqui era de editora como eu queria e na época nós nem nos conhecíamos e eu não sei se gostaria de trabalhar no mesmo lugar que ela. —especialmente hoje.
—Eu sei como é. Meu marido ter ido para outra empresa foi a salvação do nosso casamento...
Quando ela começou a falar eu voltei para o meu copo, eu realmente não queria ouvir sobre o casamento dela, não queria saber sobre nenhum tipo de relacionamento. O que surtiu efeito porque em poucos minutos ela me deixou em paz, mas os meus pensamentos voavam para a ruiva, e eu me continha para não mandar uma mensagem, só pra saber como ela estava ou o que estava fazendo.
Deus eu vou enlouquecer.
Abaixei novamente a cabeça sobre a mesa repassando a noite anterior para que ao menos a dor me desse certeza de que fiz a coisa certa.

POV Elliza
Doze horas...
Acordei meio grogue, efeito dos anti-histamínicos  da noite anterior. Eram quase uma da tarde  e as manchas em meu travesseiro indicavam que eu não tinha tirado a maquiagem antes de dormir. Passei para o box  evitando os espelhos não queria acabar com a imagem que tinha em minha mente do meu último reflexo. Liguei o chuveiro, desprendi o cabelo e deixei a água quente tomar meu corpo e não foi só a água.
Samantha...
Como um clique nossa discussão na noite anterior vinha tão clara em minha mente que parecia que eu estava revivendo a cena.
Samantha me deixou
Ela tinha me deixado ela disse que me amava, mas me deixou.
Não se deixa quem ama não é?
Tinha mais coisas a serem processadas é claro, mas no momento isso era única coisa que pairava e se repetia em minha cabeça, meus olhos doíam numa vontade involuntária de se acabar em lágrimas, tratei de evita-las, eu não iria chorar por ela, não merecia.
Depois de Joe, depois do almoço, da casa e tudo mais que pudesse me manter ocupada eu finalmente encarei as varias mensagens em meu celular: Amber, Hellen, Ben e propagandas.
Nenhuma da Sam
Eu não sabia o que isso significava. Se ela não estava nem aí já que tinha me deixado ou se... Talvez ela estivesse chateada comigo. Ignorei as mensagens e agora deitada no sofá do andar de cima eu repassava a noite anterior em minha mente desde o começo.
Era minha culpa?
Depois disso tudo que eu tentava não pensar, pensamentos que minha mente bloqueou tomavam o lugar da raiva assim como a angústia. Eu a tinha magoado, eu a fiz chorar, eu ignorei seus sentimentos por não entender os meus próprios. Eu queria ir atrás dela me desculpar, mas dizer o que? Ela deixou bem claro que não queria me ver a menos que eu soubesse as respostas das três perguntas que ela me fez.
“O que você realmente sente Elliza? O que eu sou pra você? E o que você quer pra gente?”
Mas eu não tinha essas respostas nem para mim, muito menos para formular algo que a fizesse reconsiderar.
“Eu só quero você, mas também só a quero quando se resolver”.
“Elliza eu te amo!”
Eu a teria de volta quando me resolvesse, mas o que isso significa? eu não posso dar o que ela quer e o que merece: Um relacionamento sério e alguém que a ame.
Minha lista de problemas com relacionamentos era extensa e quanto ao amor, bom eu nunca amei e talvez nunca fosse capaz disso. Esse era o nosso ponto final, tínhamos um impasse intransponível.
Mas eu sentia tanto a falta dela, da sua voz, do cheiro do toque e dos olhos
Ah os olhos...
Aquelas grandes esmeraldas que me diziam tudo em um silêncio reconfortante, conforto que eu não tinha agora com meus próprios pensamentos. É como se eu soubesse o que fazer e ao mesmo tempo não fizesse ideia do que poderia ser, em meio a minha confusão eu  só tinha certeza de que a queria feliz, mesmo que quisesse ser o motivo dos seus mais lindos sorrisos, acima de tudo eu a queria feliz e se eu não fosse capaz de fazê-lo deveria deixa-la ir.
Mas porque esses pensamentos me doíam tanto, a ponto de parecerem rasgar meu peito e fazerem meus olhos marejarem a todo instante? Não sabia o que dizer a Samantha porque ela queria saber o que eu sentia e tudo que eu sentia agora era dor.
#
POV Samantha
Entrei em casa e larguei a mochila com as luvas num canto, há algumas semanas eu tinha seguido a insistência de Elliza para que eu voltasse aos exercícios regulares e assim que descobri a academia de boxe feminino perto do meu prédio achei perfeito.
Elliza não gostou muito da ideia, mas isso era porque ela não sabia como era lá e lembrei que tinha prometido levá-la um dia, agora eu não tinha certeza de que isso iria acontecer.
Estava exausta, no corpo e na mente, fui elogiada pela instrutora por minha dedicação nos golpes, mal sabia ela que era tudo culpa das coisas que perturbavam minha mente.
#
Eu rolava na cama de um lado para o outro, eu sabia que era cedo, da última vez que olhei o celular, antes de desliga-lo para evitar algum ato impulsivo, não eram nem nove da noite, mas eu precisava dormir precisava me livrar dos pensamentos que me perseguiram durante todo o dia, não só da noite passada, mas de bem antes disso.
“Você me salvou. Eu faria de novo.”
“Você está comigo agora e eu nunca me senti tão segura”.
“Você é louca! A louca mais linda que eu já vi”.
E então a voz da minha mãe sobressaiu com nossa ultima conversa de quando me visitou, pouco antes dela embarcar...
“...Mas tenha cuidado querida, porque por maiores que sejam nossos sentimentos tem sempre a possibilidade do outro não sentir o mesmo e acabar nos machucando.”
Uma lágrima perdida correu meu rosto com a lembrança.
Não podia ser isso.
#
POV Elliza
Sexta
Vinte e quatro horas...
Já era o começo da madrugada e eu ainda não tinha conseguido pegar no sono, nem mesmo revisar várias vezes os mesmos papéis durante quase toda a noite, banho quente, leite morno. Nada. A verdade é que nada traria calma aos meus pensamentos, nada além de uma pessoa que também era o motivo de toda a confusão. Dispensei a companhia da Amber assim como da Hellen que não parava de me mandar mensagens. A ideia de tomar remédios era tentadora, mas eu sabia que abusar de antialérgicos poderia acabar não só com minhas alergias.
Eu só queria ouvir a sua voz de novo me dizendo de novo que estaria comigo e que sempre estaria.

#

—E então o que você acha? — Amber falou e eu levantei a cabeça  que eu mantinha abaixada sobre a mesa desde que tinha chegado.
—Ta ótimo. —Falei forçando um sorriso.
Ela estava arrumando a prateleira de prêmios e adicionando os novos.
—Tem certeza de que está bem?
—Tenho!
Voltei à cabeça a mesa na vã esperança de que aquele dia acabasse logo.
—Ok pode falar — Hellen entrou tão rápido quanto bateu a porta e eu já perdia a esperança de um dia tranquilo.
—Bom dia Hell. —Não fiz questão de mudar minha posição.
—Bom dia uma ova, o que você tem? Não respondeu minhas mensagens nem ligações e veio sozinha e atrasada pra agência.
—Foram só quinze minutos Hell, estou dentro da tolerância.
—Eu estou pouco me lixando pro seu atraso ou pra tolerância. —ouvi ela puxar a cadeira a minha frente.— eu me preocupo com você, o que está acontecendo?
—Nada.
—Ah não é nada? Olha pra mim Liza. —ela bateu na minha mesa e eu ignorei— Oh você vai mesmo me ignorar, OK vou ligar pra Sam.
—Mas que droga Hellen — agora eu já a encarava — me deixa em paz, da pra entender que eu quero ficar sozinha. — Eu gritei com ela acho que pela primeira vez desde que nos conhecemos.
Ela não disse nada apenas me passou um olhar cortante e saiu, assim como Amber.
Eu não queria fazer isso, não queria magoa-las, não queria machucar ninguém, mas era só isso que eu tinha feito ultimamente. Voltei a posição anterior e deixei as lágrimas caírem pela primeira vez.
POV Samantha
Trinta e seis horas...
Terminei a última correção e eu poderia falar um inglês britânico perfeito até com sotaque, mas eu jurava que se aparecesse mais alguma literatura inglesa eu queimaria com todo o prazer. Estava organizando os arquivos quando meu celular tocou. Mensagem.
“O que você fez com ela?”
“Esse é um jeito bem estranho de começar uma conversa Hellen, e porque eu tenho que ter feito alguma coisa?”
“Reformulando. O que aconteceu entre vocês?”
“Pergunte a ela, talvez ela saiba responder a suas perguntas por que as minhas ela não soube”
O aparelho tocou e dessa vez ela estava ligando.
—Hell eu estou trabalhando.
—Eu sei que está e eu também estou, mas você tem que me dizer alguma coisa. Ela não quer falar. Ela não fala com ninguém desde ontem. Eu tentei falar com ela e ela gritou comigo, tem noção do que é isso? Ela nunca gritou comigo. Então é alguma coisa muito séria, por favor, me conta.
Hellen transparecia todo seu nervosismo na voz.
Elliza gritou com ela. Elliza não estava bem.
Parte de mim queria ligar pra ela mesmo sabendo que ela não iria atender e a outra queria deixar como estava. A segunda ganhou. Teria que deixar, teria que ver no que ia dar, o que ela podia descobrir, não poderia desistir agora e fazer tudo ter sido em vão.
—SAMANTHA! —a loira gritou do outro lado impaciente.
—Hellen eu apenas pedi uma decisão dela, eu também me preocupo com ela. Eu a amo! —Não pude conter— e você não sabe o quanto me dói saber que ela está assim, mas não posso fazer nada está tudo nas mãos dela.
Um minuto de silêncio se estendeu do outro lado, mas antes que eu a chamasse ela voltou.
—Você disse isso pra ela dessa vez? Disse que a ama?
—Disse. E como assim dessa vez?
—Céus Samantha, está explicado então.
—Explicado? —ela estava me confundindo ainda mais— explicado o que?
—Ela não acredita em amor Sam!
—Como? O que isso significa?
—Elliza sabe dos seus sentimentos, parece que você disse que a amava pensando que ela estivesse dormindo, mas não estava e quando ela me contou estava tão assustada que parecia que tinha ouvido uma ameaça de morte. —Ela parou por um instante como se hesitasse — Ela acha que nunca poderá te corresponder, Porque ela não acredita. Coitada da minha ruivinha... —ela suspirou.
Fiquei em silêncio. Ela sabia. Por isso evitava meus olhares e todas as vezes que eu ameaçava tocar no assunto, e eu nem podia deduzir desde quando, porque eu dizia isso pra ela quase que todas as vezes que a via dormir. E essa agora de incredulidade diante do amor, sabia que Eliza tinha aversão a relacionamentos, mas achei que parava por aí. Se ela não acredita isso é outro problema que apenas ela mesma pode resolver.
Mas se ela não acredita como poderia me amar?
Novamente a dor.
—Eu vou dar um jeito de conversar com ela, deve estar enlouquecendo. — ela continuou visto que não me pronunciei.
—Tem alguma coisa que eu possa fazer?—eu já estava me rendendo não queria ficar mais nem um minuto sem Elliza e minha mente projetava a linda ilusão de que eu poderia consertar tudo.
—Não, você continue como está Ela não pode nem sonhar que eu te falei isso. Deixe-a pensar. Como você mesma disse está nas mãos dela e ela precisa de tempo.
—Mas...
—Não se preocupe eu vou cuidar dela.
E tão rápido quanto falou ela desligou e apenas suas palavras ecoavam em minha mente.
“Ela não acredita em amor... Ela acha que nunca poderá te corresponder...”.
“estava tão assustada que parecia que tinha ouvido uma ameaça de morte...”.
O que isso significava? Ela não podia ou não queria me amar?
Minha cabeça latejava enquanto perguntas e mais perguntas surgiam, mas isso uns analgésicos resolveriam. E a dor no peito? Esse aperto agoniado como se alguém tivesse meu coração em suas mãos e tentasse esmaga-lo. O que eu faria com essa dor se o único remédio para ela não me correspondia, não podia ou não queria corresponder. Eu reconhecia a dor, embora nunca a tivesse sentido tão forte, sabia que meu coração estava se partindo.


Notas Finais


Essas duas não tão nada bem né?
Berrem


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