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História Don't Belive in Fate. - Thinking About Us.


Escrita por: Emm8

Notas do Autor


Hey monkeys, perdoem o sumiço, mas eu também estava de ferias (êeeee)
já estou de volta com capítulos quentinhos, bora lá?

Capítulo 19 - Thinking About Us.


Com os arquivos abertos no computador a minha frente eu tentava me distrair com o trabalho. Já tinha analisado com atenção e liberado todos os projetos atrasados por causa dos preparativos da festa, assim como os que Amber havia me entregado hoje. Eu tinha sido dispensada da reunião das onze e eu sabia que Hellen tinha algo haver com isso, mentalmente eu a agradecia. Eu não tinha mais nada para fazer, nada que não requisitasse que eu saísse da minha sala, Amber estava tão quieta que eu nem percebi que tinha saído, ela ficou a manhã toda calada provavelmente não querendo me irritar e eu me sentia tão mal por isso, por ter gritado com a Hellen e por tanta coisa. Mas eu não podia deixar que minha mente divagasse de novo.

 Eu dava uma olhada nos arquivos da Amber, seu estágio estava acabando e ela teria que apresentar um projeto, eu já tinha passado por isso e tentei ajudar. É claro que ela conseguiria o contrato permanente não só por ser minha amiga e da Hellen que dava o veredito final, mas porque ela era realmente boa, parte dos motivos de eu não ter o que fazer em minha sala era porque ela já tinha se adaptado a minha rotina e ao meu jeito de trabalhar e aprendeu rápido todo o processo. Pensar que em algumas semanas ela seria minha assistente de criação era reconfortante, pelo menos ela não teria que correr para atender todo andar como aconteceu comigo.

Ouvi as batidas na porta e não respondi

Quatro, três, dois...

A porta se abriu e mesmo sem olhar para o lado eu sabia quem era.

Tão previsível.

—Escuta, eu sei que você não quer falar e sei que não vai almoçar com a gente, mas você tem que comer então. —ela colocou a embalagem ao meu lado na mesa. — e quando quiser falar sabe onde me encontrar.

A loira se afastou voltando a porta.

—Hell... — eu chamei e ela parou com a mão na maçaneta e me olhou. — desculpa por mais cedo e... Obrigada.

—Ta tudo bem baby. —ela sorriu e então fechou a porta atrás de si.

Minha amizade com a Hellen parecia ser bem mais antiga do que realmente era, eu tive mais noção do que era ter uma irmã nos quatro anos com ela do que toda a minha vida com a Maggie. Ela me conhecia e me entendia melhor até que eu mesma, aliás ela sempre me ajudou a entender as  coisas que eu sentia e eu sabia que em algum momento eu iria falar com ela, precisaria, só ela podia me ajudar a entender a mim mesma, mas não agora eu ainda precisava do meu tempo.

 

#

Na volta pra casa Amber e Hellen me acompanharam em silêncio, quando nos despedimos de Ben na saída percebi que ele e Hellen mal se olharam, eu nem quis perguntar com medo da resposta.

—Quer companhia? —Hellen perguntou assim que chegamos a sua esquina.

—Não, eu estou um pouco cansada, mas amanhã eu te ligo ok? —ela me olhou por alguns segundos.

—Ta bom. —ela disse antes de me abraçar tão rapidamente que nem tive como evitar.

—Cuida dela Amber.

—Pode deixar. —ela saiu e nós continuamos.

—Quantos anos vocês acham que eu tenho?

—Cala a boca, eu vou cuidar de você.

—Você está se tornando uma morena muito abusada sabia?

—Deve ser efeito de morar com uma Ruiva irritante hm.

Ela bufou e não tive como prender o sorriso.

#

Eu nunca tinha ficado tanto tempo sem falar com Samantha desde que nos conhecemos e eu sentia como se estivesse entrando em crise de abstinência. Por mais tempo que eu ficasse sozinha minhas ideias não se alinhavam eu tinha que encontrar uma resposta, alias três, tinha que vê-la de novo e logo, mas antes teria que entender todo esse medo e o porquê desse turbilhão de emoções que ameaçava tomar conta de mim.

—Você vai correr amanhã? —Amber perguntou deitada no sofá, assim que sai do meu escritório.

—Porque? A Hell mandou você me acompanhar caso eu fosse? —Falei indo em sua direção.

—Nem tudo gira em torno de você sabia. Sanduiche? —ela levantou o prato e eu peguei um— perguntei por que se for não pode levar o Joe, a veterinária ligou e a consulta ficou pra amanhã de manhã.

—E você vai leva-lo? —ela fez que sim sem conseguir esconder o riso— você esta usando ele pra paquerar de novo?

—Ah ele adora sair comigo, e a dona da clinica é muito simpática.

—Amber sua pervertida está dando em cima da veterinária dele. —eu a acertei com a almofada mais próxima.

—Ai! Ele não se incomoda. —nós riamos— conte para Hell que eu fiz você rir.

—Ah então foi por isso que falou essas bobagens?

—Não —ela se levantou— eu realmente vou levar o Joe na clinica e a veterinária é realmente muito gata.

Joguei outra almofada e ela correu.

 

POV Samantha

Sábado

Quarenta e oito horas...

“Como ela está?”

“Esta melhor eu acho”

“Acha? Ela comeu?”

“Eu não sei o que ela fez nas quase duas hora que ficou no escritório, mas quando ela saiu consegui que ela comesse um sanduíche e sorrisse, vai ficar tudo bem agora me deixa dormir”.

“Obrigada Amber, mesmo. boa noite”.

“Eu faria mesmo se não me pedisse, mas disponha e vê se dorme você também. Bons sonhos”.

Passava da meia noite quando Amber em fim me respondeu para que eu a deixasse em paz, e eu agradecia por ela me ouvir, ela entendia o que eu estava passando e também estava preocupada.

Quarenta e oito horas...

Fazia dois dias que eu não a via, não tocava e nem ouvia sua voz, pessoalmente, porque eu já tinha perdido a conta de quantas vezes tinha escutado sua ultima mensagem de áudio “Você está fazendo muito mistério, não vejo a hora de descobrir, mas sei que estará perfeita como sempre”. Dois dias e eu não sabia ao certo como eu estava respirando, deitada na cama novamente abraçada ao travesseiro que tinha o cheirinho dela eu tentava me convencer de que tudo ficaria bem como minha mãe tinha dito quando me ligou mais cedo. Minha mãe sempre foi muito perceptiva e quando ela perguntou como eu estava, mesmo eu dizendo o ”Bem” mais convincente do mundo, ela soube que eu mentia. Eu não tive alternativa a não ser falar a verdade e é claro que ela quis me ajudar, mas eu já estava tão desanimada que por mais que ela dissesse que iria ficar tudo bem eu não conseguia acreditar.

E agora só me restava dormir e esquecer esse dia horrível, mais um dia sem Elliza.

 

 

POV Elliza

Sábado

Eu acordei cedo dessa vez e a claridade indicava que o dia estava ensolarado. Deixei a cama dei alguns passos, abri as cortinas e a claridade fez meus olhos arderem, destravei a porta de vidro, a trava não muito utilizada até emperrou, eu não costumava visitar a varanda do meu quarto.

Quem precisa disso quando se tem um terraço inteiro.

A área era bem pequena uns dois metros de largura no máximo e uma proteção de vidro grosso que por sinal estava precisando de uma limpeza. Eu quase não ia ali, mas me lembrava muito bem da última vez.

(...)

Eu abri os olhos e Samantha não estava mais ao meu lado, não me movi ela deveria voltar logo. Um vento fraco fez as cortinas à frente da cama se mover e no susto me sentei tão rápido que minha cabeça girou. Levantei devagar e caminhei na direção da minha pequena varanda. Afastei as cortinas e sorri ao vê-la apoiada no parapeito de vidro. Vestia um dos meus pijamas, que agora já era dela, Os cabelos negros esvoaçando com a brisa e o corpo levemente inclinado, distraída como se estivesse em outro lugar. Admirando-a mesmo de costas não pude deixar de notar:

Meu Deus como é linda...

—Demorou a sentir minha falta dessa vez. —Ela falou me despertando do devaneio, ela não se virou, mas soube pelo tom que ela sorria.

Me aproximei e a abracei por trás pressionando seu corpo contra o parapeito.

—Acho que é culpa da garrafa de vinho de ontem. —Beijei-a no ombro e deitei a cabeça no mesmo lugar. —O que você está fazendo aqui?

—Pela primeira vez abri essas cortinas e imagine a minha surpresa ao encontrar essa mini varanda.

—Eu quase nunca venho aqui, nem me lembro da última vez. Prefiro o terraço, a vista daqui não tem muita graça.

—Como não? Venha aqui. —Ela pegou em meu braço e me colocou ao seu lado.  —Olha as árvores da rua o verde e a dança suave de seus galhos com a brisa, aquele prédio amarelo todo chamativo na esquina, as flores coloridas na janela do prédio em frente e o lindo gatinho tirando uma soneca perto delas.

Ela falava e eu observava cada coisa como se fosse à primeira vez, e na verdade era, porque nunca reparei em nada daquilo e agora eu percebia o encanto de cada uma.

—Você consegue ver beleza em tudo não é? —Atentei-me ao balanço das árvores.

—Por que há beleza em tudo, basta querer enxergar. E... Existem outras belezas tão explícitas que não tem como passarem despercebidas.

Voltei a olha-la e ela me encarava, corei imediatamente, os globos verdes me olhavam como se fosse a única coisa que pudessem ver e como se eu não pudesse ficar mais encantada ela sorriu me iluminando mais que o próprio sol.

(...)

Agora observando as mesmas coisas que ela me mostrou naquela manhã eu tentava ver beleza, mas não consegui, estava tudo no mesmo lugar menos o gato e Samantha.

—Sinto tanta falta do seu sorriso de sol... —suspirei antes de voltar para dentro.

Troquei de roupa, me arrumei e desci. Estava uma manhã tão linda e eu não podia desperdiçá-la me lamentando dentro de casa.

No parque estava tudo igual, outra manhã de verão qualquer. Eu estava acostumada a correr sozinha, aliás, sempre foi assim, mesmo depois de Samantha eu continuava a correr sozinha, às vezes ela me acompanhava com Joe, mas só mesmo para passear com ele. E era dessas vezes que eu estava sentindo falta agora. De dar voltas ao redor dela enquanto ela brigava rindo por eu me exibir, de observa-la de longe na grama brincando com Joe, de encontra-la me esperando com um sorriso e uma garrafa d'agua e dos seus beijos e abraços sem nem se importar se eu estava suada.

Só percebi o quão rápido eu corria quando senti a pontada em baixo das costelas pelo esforço e respiração inadequada. Parei aos poucos respirando fundo com as mãos apoiadas no joelho. Antes de me recompor totalmente, por instinto me virei rapidamente sem nem saber o que procurar, não tinha nada além de algumas poucas pessoas.

Estranho...

 Retomei o ar e fiz a volta.

Voltei para casa ainda com a sensação estranha, Amber já tinha saído com Joe e já passava das dez. Tomei um banho rápido, ultimamente ficar muito tempo em baixo do chuveiro me trazia os pensamentos que eu tentava bloquear, me vesti e fui ver a Hellen.

#

Toquei a campainha algumas vezes até finalmente ela abrir. Com certeza eu a tinha acordado, ela estava com a cara amaçada e o cabelo desgrenhado.

—Trouxe café! —Falei levantando a bandeja com os dois copos.

—Ao menos isso né.

—Ah você quer que eu vá embora? Eu vou.

—Não! Entra logo a gente precisa conversar.

Respirei fundo e entrei, ela fechou a porta e me seguiu até a sala.

—Precisamos mesmo. —admiti num suspiro.


Notas Finais


E então, vamos dialogar né rs
estou esperando ansiosa pra saber o que acharam
see ya


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