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História Don't Belive in Fate. - Visit


Escrita por: Emm8

Notas do Autor


Hey vocês,
eu quero agradecer a todos que estão acompanhado essa historia e dar as boas vindas as novas leitoras :)
Como dito trago o capitulo dessa semana, estou ao máximo tentando ser regular, mas as vezes o meu tempo não permite, por favor não desistam de mim não rs.

Capítulo 24 - Visit


—Não sei o que estamos fazendo aqui. — ela bufou

—Você disse que tinha que fazer compras não disse? Então, eu também.

—Sim, mas eu falei pra irmos na lojinha perto de casa e não num concorrente do WallMart.

—Pra você encher o carrinho de besteira?

—Eu não faço isso

 —Abri a sua geladeira e só tinha comida congelada.

—Ainda é comida.

Lancei um olhar para ela que logo tratou de se encolher atrás do seu carrinho de compras.

Desde que eu tinha conhecido a ruiva as únicas vezes que a vi comer algo saudável, ou no mínimo recém-preparado, foi de restaurante ou quando eu cozinhava para ela, e muito me admirava ela ainda não ter ficado doente. Eu nunca fui o tipo saudável, mas sempre gostei de me alimentar bem e já que Elliza gostava quando eu a ensinava a cozinhar, e como na noite anterior ela provou estar mesmo interessada nisso, então tinha que aprender desde as compras.

Ela era minha namorada agora então eu podia interferir em sua vida, certo?!

Andamos por alguns corredores, cada uma com seu carrinho, Elliza reclamava de quase tudo que eu colocava no seu, mas só por implicância, a ruiva ria a cada vez que eu a censurava depois de alguma reclamação estava extremamente animada àquela manhã fazendo piada de tudo enquanto eu me derretia com seu sorriso travesso mostrando a pontinha da língua entre os dentes. Eu tentava não rir de suas brincadeiras correndo com o carrinho feito criança.

Numa dessas ela perdeu o controle do “veículo” e acertou em cheio outro carrinho que dobrava o corredor.

—Merda! —corri em sua direção.

—Ai meu Deus me desculpe moça, está machucada? —Elliza perguntava a pessoa do outro corredor.

—Pra sua sorte não, que tipo de louca é você?

—Está tudo bem? —Perguntei assim que alcancei minha namorada, tomando suas mãos e mesmo ela dizendo estar bem eu a olhava procurando algo errado.

—Sam?

Só então prestei atenção à“vítima” da Elliza

—Lily! —sorri

—Lily? —Elliza questionou mais pra mim do que para a mulher.

—Caramba é você... Você está...Bem? —Medi a mulher de cima a baixo.

—Estou sim, que loucura encontrar você aqui e assim... —ela sorria me olhando e eu devolvi o sorriso um pouco sem jeito.

Senti a mão de Elliza em meu braço o que chamou atenção de Emily.

—Que bom que se conhecem —ela sorriu sem ânimo—posso fazer alguma coisa por você? —Direcionou a outra mulher

Tencionei a falar algo, mas Elliza apertou meu braço.

—Não, está tudo bem —ela me olhou novamente — foi só um susto.

—Ok então, me desculpe novamente. Vamos Amor? —ela pousou a outra mão em meu braço e sorriu amavelmente para a mulher.

Amor? Ela sabia jogar sujo.

As duas trocaram olhares por alguns segundos e então me despedi da mulher que nos sorriu e soltou um “Foi bom te ver”

—Então agora eu sou seu amor hein —falei assim que ela parou de me arrastar pelos corredores.

—Você sabe que é. E então, Lily não é? Sua ex?

—Sim. —ela me encarava com os olhos semicerrados— Ei. Não me olha assim, estou tão surpresa quanto você.

—Estou é lamentando por não ter batido com tanta força.—ela falou mais para si do que pra mim.

—Liz... —Reprovei.

—Você viu o jeito que ela falou comigo.

—Assim como também vi você a acertar do nada.

—Vai defendê-la?

—Não estou defendendo nada vem aqui.

A abracei e ela se apoiou em meu peito

—Não gostei do jeito que ela olhou pra você. —suspirei revirando os olhos— e não diga que não viu porque eu estava lá a encarando enquanto ela olhava fixamente pra você.

—Você é muito ciumenta para o seu tamanho sabia? —a apertei outra vez em meus braços — mas eu gostei de ouvir me chamando de amor, mesmo que fosse pra marcar território.

—Isso não é ciúmes —ela desviou o olhar para as prateleira só por uns trinta segundos e então voltou a mim— Por Deus o que viu nela?

—O que, você não a achou bonita? Eu gosto de ruivas.

—Ruiva? Eu sou ruiva! Ela derramou uma garrafa de vinho barato nos cabelos —riu—e aqueles olhos enormes? Totalmente desproporcionais.

Eu tinha que rir, ela estava mesmo tendo um ataque de ciúmes e estava linda, irritante, mas linda.

—Se calar a boca agora eu deixo pegar aquela lasanha congelada que você adora.—Ela pressionou os lábios um no outro no mesmo instante —Ah o silêncio! —suspirei.

—Oh não fique tão feliz iremos conversar depois.

Ela sorriu e nós continuamos as compras.

Emily e eu tivemos um relacionamento relativamente curto, namoramos por uns seis meses e terminamos porque ela iria se mudar para Seattle. Foi um fim triste como tinha que ser, mas ainda assim amigável, ambas entendíamos nossas prioridades no momento e elas não nos permitiam ficar juntas. Eu a amava e tinha grandes planos para o nosso futuro juntas e acabar com eles foi tão difícil que levei bem mais que seis meses para me recuperar. Vê-la novamente foi uma surpresa, desde a despedida no aeroporto a mais de um ano eu não a via e da última vez que tive notícias dela por Julie, Emily ainda estava em Seattle. Eu nunca pensei na possibilidade desse encontro acontecer e algo me dizia que não seria uma coisa boa, mas foi o contrário, fiquei feliz em vê-la e não foi desconfortável, foi como rever uma velha amiga, mesmo que minha namorada não tenha achado a mesma coisa.

Tive que contar essa mesma história para Elliza assim que chegamos ao meu apartamento. Tínhamos passado no dela antes para deixar suas compras e pegar algumas roupas, Ela ficou inquieta o caminho todo e logo que entramos liberei-a do acordo de silencio, me arrependendo no mesmo instante.

—Ok você disse que você a amava, e quanto a ela? Você achava ser reciproco?

Olhei feio para a ruiva enquanto preparava nosso almoço.

—Você disse que eu podia perguntar.

—Sim, mas não entendo em quê isso te esclareceria alguma coisa. —Abaixei o fogo e me encostei ao lado dela na bancada— Amor isso é passado e eu estou com você. —passei um braço a sua volta — Eu não quero falar do passado, meu presente e futuro são muito mais interessantes, Eu amo você e você me ama, foque nisso —beijei um lado do seu rosto — Apenas nisso— o outro lado — está bem? — ela fez que sim com a cabeça fazendo beicinho e eu o mordi de leve antes de beija-la.

Assim que terminamos de preparar o almoço, Elliza arrumou a mesa e comemos tranquilamente falando sobre a nossa aula de mais tarde e outras trivialidades como eu ter esquecido meu celular em seu apartamento mais cedo. Ela não voltou a falar da minha ex.

Eu tinha combinado de levá-la comigo para a academia onde eu treinava, para que ela conhecesse e tirasse suas próprias conclusões do lugar, e hoje era o dia. Elliza não parecia muito animada até ganhar seu próprio par de luvas, eram pequenas e reguláveis própria para iniciantes, mas ela nem se importava com isso, eram douradas e foi paixão a primeira vista.

Depois do almoço passamos um tempinho vendo tevê e ela cochilou deitada sobre mim, acariciei seu cabelo, seu rosto e segui o contorno do seu nariz fininho com as pontas dos dedos. Naquele momento admirando a mulher em meus braços eu agradecia mentalmente a Emily, talvez se tudo aquilo não tivesse acontecido hoje eu não estaria com o amor da minha vida adormecida tranquilamente sob meu peito.

#

POV Elliza

“Amor...”

A voz do anjo ecoava em minha mente. Longos cabelos negros, pele cintilante, olhos de esmeralda e uma beleza descomunal.

Em meus sonhos ela tinha asas, brancas e longas e suas vestes eram transparentes evidenciando seu corpo.E seu sorriso... Ah o seu sorriso... Era radiante!Faíscas tintilhavam como diamantes sob o sol e aumentava de intensidade a cada passo que dava em minha direção.

“Amor” ela chamou-me novamente, tão doce e suave que a familiar rouquidão quase passou despercebido. E o fez de novo.

—Elliza Reazzer Acorde agora! —O anjo sumiu junto com a voz assim que abri os olhos e por um segundo de confusão eu não sabia onde estava— Vamos nos atrasar minha dorminhoca. —Ouvi e senti as mãos afagarem minhas costas.

Correção: eu sabia exatamente onde estava... No céu.

#

Nos vestimos para a aula de boxe e Samantha ainda não tinha tirado o sorriso bobo do rosto desde que lhe contei do meu breve sonho. Podia ser um sonho, mas era assim que eu a enxergava em todos os momentos, acordada ou não, como um Anjo.

Vesti um top e uma camiseta por cima seguindo Samantha, calça de malha e tênis. Ela pegou suas luvas no armário e colocou na bolsa esportiva dependurada no ombro e eu a entreguei as minhas também, lindas e luxuosas luvas douradas.

Caminhamos alguns metros até a esquina e mais um pouco até atravessamos a rua e pronto, estávamos lá.

Entramos no enorme prédio, nos dirigimos à primeira porta a esquerda do largo corredor que era uma recepção. O rapaz de cabelos castanhos atrás do balcão sorriu abertamente assim que viu Samantha se aproximar.

—Decidiu fazer aula com o grupo hoje, Sam? —falou assim que ela lhe entregou um cartão.

—Hey Lou. Eu Trouxe minha namorada para conhecer a academia.

—Oh que ótimo seja bem vinda. —Ele me sorriu gentilmente e eu correspondi do mesmo modo.

Passamos por uma porta grande de vai e vem e seguimos por um corredor não muito grande ate uma escada e ao final dela e também do próximo corredor chegamos ao vestiário. Antes de entrarmos não pude deixar de reparar nos dois bombados escorados próximo aporta do vestiário masculino e o modo como nos olharam, Revirei os olhos e segui a morena. Era um espaço grande e bem decorado, repleto de espelhos. Samantha abriu uma das portas do armário e colocou sua bolsa depois de retirar as luvas e eu a observava de braços cruzados. Retirou um elástico de dentro da bolsa e se encaminhou paro o espelho mais próximo ajuntando os cabelos e prendendo-os num coque apertado, e logo em seguida tirou a camiseta e ajeitou o top.

—Você não vai treinar assim. —Falei depois de vê-la guardar a blusa no armário.

—É assim que treino sempre, vamos suar bastante.

—Isso não está ajudando.

Ela riu e se aproximou o bastante pra que eu pudesse tocar seu abdômen que já começava a se definir.

—Relaxa —ela segurou a barra da minha camiseta e em segundos estávamos iguais.

Ela pegou meu braço me arrastando para uma porta no fim do vestiário e eu fiquei realmente surpresa.

Os sacos de areia, ringues e aparelhos de musculação estavam lá, mas com acolchoamentos e detalhes cor de rosa,no lugar dos homens enormes tinha mulheres de todos os tipos treinando em grupos e separadas.

—Eu disse que não tinha com o que se preocupar. —Samantha sussurrou em meu ouvido e seguiu a minha frente me lançando um olhar convidativo.

Nos aquecemos e treinamos por alguns minutos apenas nós duas, bom não foi bem um treino, Samantha me ensinava às posições e movimentos básicos, que peguei com facilidade e então depois fomos para a aula em conjunto. Eu me animei com o tema da aula: Autodefesa

Flávia, a instrutora da aula falou um pouco sobre a importância da autodefesa e eu ouvia atentamente, cheguei a olhar feio para Samantha quando ela tentou tirar minha atenção. Depois da teoria fomos para a prática.

#

A aula foi realmente animada e Samantha e eu estávamos exaustas, descansamos um pouco antes de vestirmos as camisetas e irmos pra casa.

Caminhamos de mãos dadas discutindo sobre a aula:

—Eu sabia que você iria gostar. —Samantha disse sorrindo

—Sim eu gostei —revirei os olhos retribuindo o sorriso— Se soubesse teria procurado essa aula antes. —suspirei um tanto pesarosa com a memoria do dia mais assustador de toda a minha vida. Samantha entendeu no mesmo instante e sua mão apertou a minha, não importa quanto tempo passasse ela sempre odiaria aquele dia tanto quanto eu.

—Só não gostei de você se oferecendo para servir de exemplo. —falei sorrindo para afastar as lembranças.

—Tinha que ser Alguém, não é mesmo. —Olhei feio para a morena que caiu na gargalhada logo em seguida.

Fomos para o apartamento dela, tomamos banho, comemos e só então lembramos do celular de Samantha que tinha ficado em meu apartamento e então fomos para la.

#

­—Ganhei! —Vibrei assim que alcancei o topo da ultima escada.

Depois de uma discussão no carro sobre quem era mais ágil, Samantha e eu tínhamos apostado para ver quem subia todos os lances de escada mais rápido e como sempre eu venci a disputa e nós entramos as risadas em meu apartamento.

—Você nunca... Nunca vai ganhar de mim. —falei um pouco ofegante

—Por em-quanto. —Ela se escorou na porta que acabara de fechar. E eu ri ela estava simplesmente exausta.

—ok eu vou pegar água pra você, gosto de tirar seu folego de outra maneira.—Pisquei e fui para a sala.

Agora era eu quem estava sem ar, ou simplesmente esqueci como respirar.

Amber vinha em minha direção, mas parou e pude ler um “desculpe” mudo em seus lábios e logo atrás no sofá os dois me encaravam.

—Mãe? Pai?



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